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Vagões exclusivos para mulheres no metrô do Rio é uma vitória, avalia jornal francês

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Nesta segunda-feira, o jornal Libération dedicou duas páginas aos vagões exclusivos para mulheres no metrô carioca, projeto apresentado como uma "vitória". A reportagem ganha vida ao escutar as anedotas dessas mulheres, que enfrentam o empurra-empurra diário nos transportes públicos do Rio de Janeiro. Com números interessantes e um estilo descontraído, a jornalista vai além da informação sobre vagões exclusivos e se interessa pelas histórias das passageiras, coletadas em meio ao balanço do trem, para desenhar a atual situação econômica e social da mulher brasileira.

O sistema de vagões exclusivos ao público feminino foi um projeto de lei votado no dia 8 de março de 2006, dia internacional das mulheres. O Rio de Janeiro é um dos poucos lugares no mundo a implantar esse projeto, junto com outras cidades japonesas e mexicanas, sem contar países muçulmanos, que também praticam a separação por motivos religiosos. Segundo dados do MetroRio, companhia responsável por operar o metrô carioca, as mulheres são maioria entre os usuários do transporte, com 54% do total.

A repórter começa a viagem às 6h15 da manhã na estação General Osório, quando ela encontra Danielle, uma secretária de 34 anos, que a adverte: "Por enquanto não tem muita gente. A separação entre homens e mulheres parece inútil, mas você vai ver que daqui a alguns minutos, quando nos aproximarmos do centro da cidade, o vagão vai lotar imediatamente". A jovem também conta ser desagradável estar em um metrô lotado e ter que enfrentar as "mãos bobas" de alguns rapazes. "A gente nunca sabe como reagir. Então, normalmente, a gente se mantém calada e fica com o coração batendo esperando a hora de descer", confessa.

Entre os argumentos de Michelles, Luzias, Nívias e até mesmo de um Fernando, a jornalista mostra as vantagens em ter um vagão especial para o "sexo frágil", mas também traz depoimentos contrários à iniciativa. É o caso de Jussara, de 46 anos, que considera a lei uma discriminação contra os homens. "Eu nunca me senti insegura dentro do metrô. Eu fico no canto, me apoio sobre a parede e fica tudo bem. Eu não sei porque as mulheres se beneficiam disso e não os homens. Isso é discriminação e não é digno de nosso país", contesta a auxiliar de enfermagem, que passa cerca de duas horas diárias dentro do metrô.

Enquanto descreve a história de brasileiras que enfrentam rotinas pesadas de trabalho, a reportagem do Libération ainda aborda o número de empregadas domésticas usuárias da linha 2 do metrô carioca, o que sublinha a estrutura social do país. E no meio da mulherada, a jornalista encontra um homem que a lança olhares assustados. É um francês que, desavisado, entrou no vagão exclusivo sem perceber a proibição. "É reservado às mulheres? Eu havia reparado que era o único homem. Me perguntei se isso era um sonho ou um pesadelo...", disse o rapaz.

Com a colaboração de Murilo Salviano / RFI

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Câmara rejeita projeto de ônibus só para mulheres em Curitiba

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Depois de ter a votação adiada por 50 sessões, o projeto de lei que pede a circulação de ônibus exclusivos para mulheres em Curitiba voltou ao plenário da Câmara Municipal nesta segunda-feira (17) e foi derrubado pela maioria dos vereadores. A discussão sobre a proposta começou por volta das 10 horas, acompanhada de representantes de grupos a favor e contra a ideia, e durou cerca de três horas. Dos 30 vereadores presentes, 20 votaram contra e sete a favor. Houve três abstenções.

Defendido pela bancada evangélica e rechaçado por vereadores e grupos que interpretam a medida como uma lesão ao direito de igualdade de gênero, a proposta determinava reserva de 20% da frota de ônibus de Curitiba para uso exclusivo de mulheres. Os ônibus restritos seriam identificados com a cor rosa – motivo pelo qual chegou a receber o apelido de “Panterão” – e circulariam nos horários de pico da manhã e da tarde (6h às 9h e entre 17h e 20h), com exceção nos sábados, domingos e feriados.

A justificativa da proposta, criada pelo vereador Rogério Campos (PSC), é de “preservar a integridade física e moral das mulheres que utilizam o transporte coletivo” da capital. Segundo Campos, a ideia não era obrigar as mulheres a usar os ônibus cor-de-rosa, mas disponibilizar uma alternativa para aquelas que não se sentem bem compartilhando espaços pequenos de ônibus com homens. “É uma opção de fuga para as mulheres. Acho que o momento é esse, antes que aconteça alguma coisa como aconteceu no Rio de Janeiro, onde uma mulher chegou a ser estuprada dentro de um ônibus”, declarou o vereador, em seu pronunciamento desta manhã.

Por outro lado, contrários classificaram a medida como “segregadora”, uma vez que, de maneira paliativa, apenas separa homens e mulheres, sem ser uma resolução prática para as questões de machismo, assédio moral e violência contra as mulheres. “Essa não é a forma de resolver a questão de assédio dentro dos ônibus. Não queremos ser segregadas”, declarou, em discurso, a vereadora professora Josete (PT). Para ela, a concretização da proposta representaria um atraso para a sociedade, voltando ao tempo em que meninos e meninas eram segregados, inclusive, dentro de escolas. “O assédio não acontece só em ônibus. Ele acontece nem diversos espaços onde a gente está, na rua, no cinema. Não é separando que vamos resolver. Temos que fazer um debate muito anterior a esse, discutir uma sociedade que ainda é patriarcal e que ainda é machista”, disse.

Confusão

Um pequeno tumulto precedeu o início da votação na Câmara nesta segunda-feira. Grupos que defendiam a implantação do projeto entraram nas galerias superiores do plenário e ocuparam os vãos livres com faixas a favor da reserva dos ônibus exclusivos. Representantes de grupos feministas que chegaram logo depois não conseguiram mais espaço para pendurar os materiais trazidos, o que gerou um pequeno bate-boca.

As faixas já colocadas pelos grupos a favor não foram retiradas, e os materiais que pedem a reprovação da lei ficaram em um espaço reduzido. 

O QUE PEDIA O PROJETO

--Destinar 20% da frota de Curitiba para uso exclusivo de mulheres
--Os ônibus levariam a cor rosa e circulariam nos horários de pico, entre 6h e 9h; e 17h e 20h. Não valeria para sábados, domingos e feriados
--A ideia inicial é estabelecer percentual para frotas principais, como biarticulados e ligeirinhos
--Mulheres acompanhadas de filhos com até 12 anos poderiam usar os ônibus reservados

SÃO PAULO VETA LEI

Um projeto de lei semelhante foi aprovado pelos vereadores de São Paulo em julho deste ano. A proposta levaria à criação de vagões só para mulheres nos trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô, mas foi vetada pelo governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB).

Vale no Rio
No Rio de Janeiro, lei estadual de 2006 obriga a destinação de vagões exclusivos para mulheres nas composições de trens e no metrô. O uso restrito ocorre em dias úteis, das 6h às 9h e das 17h às 20h. Em cada composição, há um carro identificado com um adesivo que indica o vagão “especial”.
VEJA OS ARGUMENTOS MAIS CITADOS DURANTE O DEBATE DO PROJETO

Contra a ideia
- Fere o direito da igualdade, e, por isso, é inconstitucional 
- Não resolve o problema de assédio e violência contra as mulheres 
- Teria um custo implícito para as empresas e traria custo a todos os passageiros

A favor da ideia
- Daria segurança e garantiria integridade física das mulheres 
- Melhoraria o sistema de transporte coletivo 
- Ajudaria na diminuição dos casos de assédio

Informações: Gazeta do Povo

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Metrô de Salvador terá vagões exclusivos para mulheres

quarta-feira, 2 de abril de 2025

O prefeito Bruno Reis (União Brasil) sancionou, na segunda-feira (31), uma lei que destina vagões exclusivos para mulheres nos horários de pico no sistema metroviário de Salvador. De acordo com a gestão municipal, a medida visa combater o assédio e garantir maior segurança às mulheres durante os trajetos mais movimentados.

Segundo a nova legislação, os horários de pico no turno matutino foram definidos entre 6h e 9h e o vespertino das 17h às 20h, de segunda a sexta-feira, com exceção dos feriados e finais de semana.

A quantidade de vagões exclusivos será determinada pela concessionária CCR Metrô Bahia, levando em consideração o fluxo de passageiros durante esses períodos. Procurada pela produção da TV Bahia, a empresa informou que não tem detalhes de como a nova lei vai funcionar.

Por meio de nota, a Secretaria de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur), responsável pela gestão do contrato com a CCR Metrô Bahia, a pasta iniciará tratativas com a empresa para estudar a viabilidade da implementação, definir o planejamento necessário e adotar as medidas adequadas para garantir o cumprimento da norma.

A legislação proíbe o ingresso de homens nos vagões destinados exclusivamente para mulheres, exceto em casos específicos, como a presença de crianças de até 12 anos acompanhadas por mulheres, homens que acompanhem mulheres com deficiência, e profissionais de segurança, como policiais e agentes de transporte.

As sanções para o descumprimento da lei incluem advertências e multas que podem chegar a R$ 10 mil por dia e por linha, a partir da terceira ocorrência. Para os usuários infratores, as multas variam entre R$ 200 e R$ 1 mil, a depender da reincidência.

A gestão do sistema metroviário tem um prazo de 30 dias para se adequar às novas normas e garantir a implementação das medidas estabelecidas. A lei entrou em vigor imediatamente após sua publicação, na segunda-feira.

Informações: g1 Bahia

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Vagões exclusivos femininos em trens e metrô de SP poderão gerar problemas ao transporte

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A qualquer momento, o Governo de São Paulo poderá decidir se sanciona ou veta a reserva de vagões exclusivos para mulheres no transporte de massa, feito por trens e metrô. Na visão dos operadores metroferroviários, não há como fazer esta reserva de vagões sem prejudicar todo o sistema de transporte, em especial, nos horários de maior movimento. A política de utilização de vagões exclusivos para mulheres já foi adotada no Rio de Janeiro e os dados existentes apontam a ineficiência da medida para tratar o problema.

Tecnicamente, a medida aprovada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Projeto de Lei nº 175/2013) cria um problema para a operacionalização do sistema metroferroviário do Estado. Atualmente, mais de 6,8 milhões de pessoas circulam diariamente nos trens e metrôs paulistas, sendo mais de 50% mulheres.

Entretanto, segundo a ANPTrilhos, há dúvidas sobre como garantir o embarque de mais de 3 milhões de mulheres em vagões específicos, especialmente nos horários de pico. “Como fazer com que esses 3 milhões de mulheres não se acumulem nas estações e seus entornos aguardando uma vaga em um dos carros femininos? Como garantir a fluidez do transporte numa situação como esta?”, argumenta Roberta Marchesi, superintendente da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos – www.anptrilhos.org.br). A entidade representa 99% dos operadores de trens e metrôs do Brasil.

A ANPTrilhos, diz a superintendente, reconhece a existência do problema de assédio nos meios de transporte e se posiciona firmemente a favor da proteção às mulheres. “Os operadores metroferroviários sempre trabalharam para dignificar a utilização dos sistemas, buscando minimizar as ações dos agressores. Segregar as mulheres que utilizam diariamente os trens e metrô da capital paulista, dando a elas uma ilusória sensação de “proteção” contra os assediadores, promove uma limitação injusta, fazendo aceitar o entendimento de que aquelas que não utilizam o vagão exclusivo podem estar sujeitas à agressão”, argumenta Roberta Marchesi.

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Secretaria dos Transportes de São Paulo considera inviáveis vagões só para mulheres

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos de São Paulo disse considerar “operacionalmente inviável” a adoção de vagões exclusivos para mulheres em composições da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Metrô. Em nota divulgada nesta quarta-feira (2), a pasta afirma que a medida, aprovada por unanimidade na Câmara Municipal da capital na terça (1º), “infringe o direito de igualdade entre gêneros à mobilidade livre”.

De autoria do vereador Alfredinho do PT, o projeto pretende evitar a ocorrência de abusos e situações constrangedoras que mulheres sofrem no transporte coletivo por causa do comportamento de alguns homens. O texto obriga também uma quota exclusiva para mulheres em ônibus e em vagões do Metrô durante o horário de pico (das 6h às 10h e das 16h às 20h), de segunda a sexta-feira, exceto feriados. O projeto ainda vai para uma 2ª votação, sem data prevista.


Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, “diariamente, o sistema metroferroviário transporta 7,2 milhões de passageiros”, e que 58% deles são mulheres, “fazendo com que a adoção de vagões femininos seja operacionalmente inviável”.

Pelo projeto, seria obrigatório destinar faixa cor de rosa “nos ônibus e vagões específicos nos trens e metrô “com dizeres ‘espaço exclusivo para mulheres’ em percentual não inferior a 50% da frota, para identificar o veículo, indicando ser espaço reservado a mulheres em horário determinado", diz o texto.

Na nota, a secretaria do governo estadual ressalta que atualmente há a operação “Embarque Preferencial”, que visa auxiliar pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, como idosos, gestantes, crianças e obesos. A operação acontece em nove estações da CPTM e em 21 do Metrô.

Informações: G1 São Paulo

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Usuários apoiam criação de vagão exclusivo para mulheres em trem e metrô

terça-feira, 15 de julho de 2014

Destinar um vagão só para mulheres como forma de evitar e diminuir o assédio sexual cometido durante as viagens e a ação dos chamados “encoxadores” nos trens e no metrô. A proposta, aprovada pelos deputados estaduais de São Paulo no dia 3 de julho, ainda não é lei e, mesmo pregando a separação de gêneros em um momento de luta por igualdade, já tem o aval da maior parte dos entrevistados pelo R7.

A reportagem percorreu estações de metrô e da CPTM na última terça-feira (8). A estudante Caroline de Oliveira Macedo, 21 anos, acha que a medida pode trazer melhorias.

— O metrô está tão lotado e o pessoal aproveita para ficar encostando. É desagradável para a mulher, mesmo quando o cara não tem maldade. Se não ocorresse tanto abuso, essa medida não seria necessária.

Rebeca Capelupo, 20 anos, também concorda com a criação do vagão.  

— Quando pegamos o metrô, somos apertadas e empurradas na lotação, mesmo quando é sem querer.

Para a estudante Isabely Marcomini, 22 anos, a quantidade de abusos nos vagões vai ser reduzida caso a medida venha a ser aprovada. 

Se o governador Geraldo Alckmin (PSDB) sancionar a lei, o “vagão rosa”, como é informalmente chamado, será obrigatório em pelo menos um trecho das composições administradas pela CPTM e pelo Metrô. O projeto não passou por audiência pública, mas o autor do texto, o deputado Jorge Caruso (PMDB), acredita que a proposta será bem recebida pela população.

— Não recebemos queixas de entidades interessadas. Nos baseamos na repercussão das matérias jornalísticas sobre o tema nos últimos meses.

A recepcionista Sandra Rosa, de 30 anos, destoa do otimismo de Caruso.

— Acho esse vagão uma medida ridícula. É o homem quem tem se controlar, e não as mulheres serem excluídas.

A estudante Cinthya Silva, 23 anos, lembra que a medida já é aplicada na Índia, mas afirma que ela não trouxe benefícios às mulheres.

— Lá, a violência contra a mulher continua bem perceptível. Essa medida vai segregá-las ainda mais e não vai fazer com que os homens passem a respeitá-las.

A cena se repete diariamente: paulistanos se apertam para entrar no metrô e nos trens e, uma vez dentro, fazem uma viagem desconfortável, amontoados. Para algumas mulheres, o vagão exclusivo vai trazer segurança, como afirma a auxiliar de empresa Hilda Maria da Silva, 49 anos.

— Não vai ter mais a situação de os homens se aproveitarem que o vagão está lotado para abusar das mulheres.

A auxiliar administrativa Edileia Silva, 28 anos, também acredita que a viagem será mais segura. Ela diz ter presenciado um homem ser levado pelo guarda da CPTM porque assediou uma menina na frente da própria mãe.

O texto do projeto de lei diz que os meninos acompanhados por mulheres poderão viajar nos vagões exclusivos. Aos sábados, domingos e feriados, o uso ficará livre.

A atendente de lanchonete Hosana da Silva Rosa, 31 anos, vê vantagens, mas lembra que a medida tende a segregar.

— É bom, porque infelizmente tem muitos homens que não respeitam as mulheres. Porém, ao mesmo tempo, você cria uma sociedade separatista, e esse vagão não vai ser suficiente para tanta mulher.

A medida também é apoiada por homens, a exemplo do operador de produção Paulo Eduardo de Freitas, 32 anos, que usa trem e metrô.

— O vagão está cheio, apertado, e os homens se aproveitam da situação. A mulher não tem para onde correr.

Para a secretária Isabel Graciano, 29 anos, a medida impede o desrespeito.

— A maioria dos usuários é homem, e nem todos respeitam as mulheres.

Experiência no Rio

A estratégia pensada para São Paulo segue a experiência do Metrô do Rio de Janeiro, que reserva vagões para mulheres nos horários de pico. A analista financeira Michelle Guimarães, 32 anos, morava na capital fluminense e usava o vagão exclusivo.

— Era uma viagem mais tranquila.

A assistente de recursos humanos Camila Molinari, 27 anos, também usou o vagão no Rio.

— Acho uma boa. Óbvio que tem que haver punição para quem assediar a mulher. Não é uma forma de segregação, mas, sim, uma medida para solucionar um problema que existe.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Metrô declarou que a medida "infringe o direito de igualdade entre gêneros à livre mobilidade".

Por Amanda Mont'Alvão Veloso
Informações: R7.com

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Projeto de lei quer vagões de trem e metrô exclusivos para mulheres

sexta-feira, 28 de junho de 2013

O PL (Projeto de Lei) que obriga que trens, metrô e ônibus de São Paulo destinem vagões e assentos exclusivos para mulheres foi aprovado pela Comissão de Transportes da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. O PL 341/2005, de autoria do então deputado Geraldo Vinholi (PSDB), obriga que as empresas tenham espaço somente para mulheres durante os horários de pico do transporte público.

Segundo o PL, no caso do Metrô e da CPTM, as empresas devem destinar um vagão inteiro para as mulheres. Para os ônibus, pode haver assentos específicos ou até mesmo, dependendo da linha e da disponibilidade de veículos, um coletivo específico para transporte feminino.

O projeto teve parecer favorável do deputado Gerson Bittencourt (PT), que apresentou duas emendas ao PL. Bittencourt alterou o período para adaptação das empresas de transporte, caso o PL entre em vigor, de 90 para 180 dias. Além disso, o deputado acrescentou ao texto que o espaço feminino nos trens e ônibus deve ser identificado.

Na justificativa do PL, Vinholi disse que muitas mulheres são assedias no transporte público e ficam indefesas por causa da superlotação dos horários de pico. A medida de destinar vagão específico para mulheres já existe em trens e Metrô do Rio de Janeiro. 

De acordo com a assessoria de imprensa da Assembleia, ainda não há previsão de quando o PL será votado em plenário.

Informações: R7.com

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Fortaleza pode ter linhas de ônibus exclusivas para mulheres

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Em meio a discussões acaloradas sobre as dificuldades enfrentadas diariamente por usuários do transporte público da Capital, uma proposta inusitada está tramitando na Câmara Municipal de Fortaleza: a criação de linhas de ônibus exclusivas para mulheres.

Conforme a proposta, o horário de atendimento desse serviço seria das 6h e 8h e entre as 17h e 19h Foto: Fabiane de Paula

O projeto de indicação foi apresentado pela vereadora Ba (PTC), mas precisa ser acatado pela Prefeitura de Fortaleza, caso os demais parlamentares concordem com a ideia e aprovem a matéria.

Por enquanto, a iniciativa está em análise na Comissão de Legislação da Câmara. A parlamentar justifica a sua proposta lembrando os momentos de assédio moral e sexual que as mulheres passam ao usarem ônibus. "Com carros exclusivos para as mulheres nesses horários de concorrência, elas estarão livres desses assédios criminosos de homens aproveitadores", disse.

A proposta diz que o horário de atendimento desse serviço seria das 6h e 8h e entre as 17h e 19h. Além disso, os coletivos teriam que entrar em terminais e serem especificados por meio identificação visual, para facilitar o acesso.

A vereadora Ba acrescenta que a ideia já existe na Cidade do México, onde 25 rotas circulam pintadas de rosa. No Rio de Janeiro, uma lei obriga empresas concessionárias do sistema ferroviário e metroviário a destinarem vagões exclusivos para uso para mulheres, em horário de pico.

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No Rio, Mais de 6 mil usuários são multados no primeiro ano de fiscalização no BRT

quarta-feira, 30 de outubro de 2019

A Guarda Municipal do Rio (GM-Rio) registrou 6.870 multas no primeiro ano de fiscalização para coibir a evasão do pagamento da passagem nas estações do sistema de transporte BRT. Após período de ações educativas e de conscientização da população, em outubro de 2018, os guardas municipais atuam em estações indicadas pelo consórcio que mais registram casos de calote, nas Zonas Norte e Oeste, aplicando a multa nos casos flagrados. Os dados são de multas aplicadas até o dia 23/10 de 2019.

“Foi um ano de muito trabalho e tivemos quase sete mil multas aplicadas, além de diversos impedimentos com a fiscalização nas estações do BRT. Nesse período, nossos guardas ainda detectaram e coibiram diversas desordens e abusos sexuais, além de orientar e auxiliar os usuários. O resultado comprova que estamos contribuindo para a melhoria da qualidade do transporte em nossa cidade”, disse a comandante da Guarda Municipal, inspetora geral Tatiana Mendes.

A fiscalização é realizada com base na lei nº 6.299, de 3 de dezembro de 2017, que estabelece penalidades aos usuários do BRT que não efetuarem o pagamento espontâneo da tarifa ao utilizar o serviço. As multas previstas são de R$ 170,00 (cento e setenta reais) e de R$ 255,00 (multa mais 50%), no caso de reincidência.

Durante a fiscalização, as equipes da Guarda Municipal também coíbem diversas desordens, delitos e crimes, além de prestar auxílio aos passageiros. Até o momento, foram registradas 19 ocorrências de prisões, apreensões ou de conduções para a delegacia, incluindo casos de importunação sexual, furtos, roubos e também casos de resistência após flagrante de calote. Houve ainda registro de auxílio a passageiros, como no primeiro atendimento em acidentes no entorno e no interior das estações ou ainda em casos de pessoas perdidas, sendo um idoso com Alzheimer e uma criança de 10 anos que, após ação dos guardas municipais, foram devolvidos às suas famílias.

Vagões exclusivos para mulheres
Em maio de 2019, passou a vigorar a reserva de espaço exclusivo para mulheres e crianças nos ônibus articulados do BRT, de acordo com a lei nº 6.274, de 13 de novembro de 2017. O vagão exclusivo funciona no período das 6h às 10h e das 17h às 21h, com o objetivo de prevenir e coibir oportunidades de assédio sexual. A GM-Rio atua na orientação dos passageiros e durante as ações de patrulhamento preventivo e de fiscalização nas estações do BRT já registrou quatro ocorrências de importunação sexual e uma prisão por desrespeito ao vagão exclusivo das mulheres.

Informações: Diário do Rio
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Metrô da Cidade do México tem mais de 200 km de malha

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O transporte público de qualidade contribui para diminuir a poluição. A rede de Metrô na Cidade do México é bem maior que a de São Paulo. Mas os mexicanos também passam o maior aperto.
Todos os dias, 5 milhões de pessoas disputam espaço no Metrô da Cidade do México. O estudante de música Fernando Angeles mora a cerca de 30 km do centro da cidade e depende também das vans e dos ônibus para ir para à aula. “Já aconteceu de demorar até três horas. Na volta, é pior. Tem muito mais gente. As pessoas se empurram”, compara.

A sala de controle do Metrô da Cidade do México funciona como a de São Paulo. Por meio de um painel, os técnicos conseguem saber tudo o que acontece no Metrô, como onde está cada trem. Eles também podem detectar problemas. A diferença está na extensão do Metrô.
Enquanto em São Paulo são 70 km de trilhos, na Cidade do México há mais de 200 km. É quase o triplo. A construção dos dois sistemas começou na mesma época nas duas cidades.

“Nos anos 70, o Metrô de São Paulo firmou um convênio com o Metrô do México para que os maquinistas fossem capacitados. Foi uma experiência muito interessante”, avalia o diretor geral de operações do Sistema de Transporte Coletivo, Salomon Simon.

São interessantes também as tentativas de melhorar a vida de quem tem que pegar o Metrô no horário de pico. Por exemplo, há dois vagões exclusivos para mulheres. “Como está sempre cheio de gente, acontecem muitas coisas no Metrô. É perfeita essa divisão”, avalia a secretária Lourdes Torres.

Essa separação já começa na entrada das estações, com cada um para um lado. Para garantir que todos consigam entrar nos vagões, os seguranças controlam a quantidade de passageiros que podem entrar do Metrô. “É muita gente, mas o metrô é rápido”, conclui a passageira.

Fonte: G1


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Projeto prevê áreas exclusivas para mulheres em trens e ônibus de São Paulo

sábado, 6 de julho de 2013

Um projeto de lei que obriga trens, ônibus e metrô a reservarem um espaço exclusivo para mulheres foi aprovado pela comissão de transportes da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) e já está pronto para entrar na pauta de votação.

O projeto, que é de 2005 e foi elaborado pelo então deputado Geraldo Vinholi (PSDB), tem o objetivo de "coibir as oportunidades de assédio sexual" contra as mulheres que utilizam o transporte público, segundo a justificativa do texto.
O relator do projeto, deputado Gerson Bittencourt (PT), foi quem deu parecer favorável. Ele apresentou duas emendas ao original, determinando que os locais exclusivos sejam identificados e também deu prazo de 180 dias para o governo regulamentar a lei, se aprovada. "Os efeitos psicológicos decorrentes dessa bolinação são gravíssimos, trazendo sérias consequências como insegurança, culpa, depressão, problemas sexuais e de relacionamento íntimo, fobias, entre outros", afirmou Bittencourt em seu parecer.

Em entrevista ao , ele disse que recebe em seu gabinete muitas reclamações de mulheres molestadas, e inclusive uma funcionária dele já passou pela situação. "Esse projeto foi elaborado há oito anos e não prosperou na Casa. Ele tem um apelo muito forte, acho que existe uma tendência de aprovação", disse.

O especialista em transporte Sérgio Ejzenberg afirmou que esta é uma medida paliativa, já que o real problema é a superlotação. "Os ônibus e vagões lotados são propícios para esses abusos. É necessário investir para que todos sejam transportados com dignidade, não separar as pessoas para que as mulheres não sejam abusadas", apontou.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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Expresso Mulher: Proposta de ônibus só para mulheres será analisada em Campinas

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) tem 30 dias para analisar uma proposta que pretende reservar ônibus exclusivos para as mulheres durante os horários de pico em Campinas. A iniciativa, da comerciante Neusa Concetta, teve 1.470 assinaturas e foi entregue para o secretário de Transportes, André Aranha Ribeiro, na segunda-feira (14).

Segundo a assessoria da Emdec, se a reivindicação for acatada, necessita ainda de uma alteração contratual com as empresas de transporte público da cidade e uma aprovação orçamentária na Câmara de Vereadores para entrar em vigor.


Expresso Mulher
A iniciativa pretende reduzir os casos de assédio sexual nos veículos do transporte público e foi batizada de "Expresso Mulher". A ideia é que a prefeitura disponibilize um veículo com identificação diferenciada no trajeto que liga o Terminal Campo Grande ao Terminal Central.

A reinvidicação surgiu após as reclamações constantes de passageiras que desembarcam no Terminal Campo Grande. "Elas passam por aqui revoltadas com a situação que são submetidas nos ônibus", comenta Neusa, que é dona de um mercado próximo ao terminal.

Reclamações
O relato da dona de casa Vânia Barroso é mais grave. "Um homem já chegou a ficar quase sem roupas perto de mim. Comecei a gritar e ele desceu em seguida", conta. A revolta das passageiras, porém, geralmente passa despercebida, segundo Neusa. "Elas sentem que não tem com quem reclamar", diz a idealizadora.

A separação entre homens e mulheres no transporte público não é inédita no país. No Rio de Janeiro, vigora uma lei desde 2006 que garante exclusividade às mulheres em um dos vagões de metrô da cidade durante a semana em horários de pico.

Informações: G1.globo.com

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Publicada lei no RJ que multa homem em vagão feminino com até R$ 1 mil

terça-feira, 5 de abril de 2016

Dez anos após a publicação de uma lei que criou os vagões exclusivos para mulheres em trens e no metrô do Rio, os passageiros que não obedecerem a ordem de deixar a composição poderão ser multados. O texto foi atualizado e republicado nesta terça-feira (5) no Diário Oficial do Estado, prevendo punição de R$ 173 a R$ 1.084 ao homem que "ingressar e permanecer no vagão exclusivo".

O projeto foi aprovado por deputados no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde sofreu modificações, e publicado pelo governador em exercício, Francisco Dornelles. A princípio, as concessionárias teriam que oferecer dois vagões femininos, em vez de um, no horário de pico, mas este trecho foi suprimido do texto.

Em compensação, as empresas vão ter que identificar o infrator, inclusive através de imagens, e deverão solicitar auxílio policial para conduzí-lo à delegacia, caso ele se recuse a cumprir as ordens.

O Metrô afirma que seus seguranças — assim como os da SuperVia — não têm poder de polícia e que, portanto, não podem multar o passageiro. O Poder Executivo ainda vai regulamentar a lei.
Ainda de acordo com o documento, as concessionárias terão que fazer campanhas educativas e identificar os infratores sempre que possível. Em caso de descumprimento, também as empresas poderão ser punidas. A sanção vai de advertência por escrito a multa de R$ 30 mil — a partir da terceira ocorrência.

Proposto pela deputada Marta Rocha (PSD) e pelo presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), o projeto diz que "muitos homens, ainda, desrespeitam o seu comando e utilizam os vagões destinados ao uso exclusivo das mulheres". Na justificativa da lei, os parlamentares dizem ainda que as empresas concessionárias "não realizam a devida fiscalização no vagão".

Informações: G1 Rio
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