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Linha 3 do Metrô pode sair do papel devido ao Pan no Rio e em Niterói

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Uma nova edição dos Jogos Pan e Parapan-Americanos pode ajudar o Rio de Janeiro a desengavetar um projeto de décadas: a Linha 3 do metrô, ligando o centro da capital às cidades vizinhas de Niterói e São Gonçalo. A cidade do Rio lançou uma candidatura conjunta com Niterói, para que ambas possam receber as competições em 2031 e, se isso acontecer, o poder público precisará investir no transporte de massa entre as duas sedes, que hoje é feito por ônibus – via Ponte Rio-Niterói – ou pelas balsas que atravessam a Baía de Guanabara.

Por enquanto, as duas cidades fluminenses ainda precisam vencer São Paulo, que também está no páreo para ser escolhida como representante do Brasil. Até o próximo dia 16, a proposta oficial de candidatura será enviada ao Comitê Olímpico do Brasil (COB), ressaltando todas as vantagens das duas cidades e também qual legado será deixado pelo Pan e pelo Parapan – a exemplo dos investimentos públicos, como o da ampliação do metrô.

O COB vai escolher seu indicado em uma assembleia geral no dia 29 de janeiro e depois submeter a candidatura à Comissão Desportiva Pan-Americana, que organiza o evento. O principal concorrente brasileiro é a cidade de Assunção, no Paraguai. Em agosto, a Panam anuncia a sede do Pan e do Parapan de 2031.

Mesmo com tantas etapas por vir, a prefeitura do Rio já criou um grupo de trabalho para elaborar propostas que atendam às exigências do COB e demais entidades esportivas. E uma das atribuições do grupo é justamente identificar e propor soluções para as demandas relacionadas à infraestrutura esportiva, urbana e de mobilidade.

O secretário municipal de Esportes do Rio, Guilherme Schleder, diz que os jogos Olímpicos de 2016 deixaram a cidade em um outro patamar para receber eventos de grande porte, mas ainda há onde avançar. "Nós temos no Rio uma estrutura esportiva toda pronta e Niterói tem toda a intenção de fazer isso, de aproveitar esse momento para levantar orçamento para a cidade”, destacou.

“O que tem que se buscar, e a gente vai tentar fazer, são as obras que ficam de legado. E nesse momento, tem grandes obras que podem ser pleiteadas e a mais clássica é a Linha 3 do metrô, que atenderia tanto Rio quanto Niterói, que seriam as sedes do Pan. É uma obra grandiosa e seria um legado incrível", acrescentou Schleder.

Desde o início da construção do metrô do Rio de Janeiro, na década de 1970, já estava prevista uma linha que chegasse até Niterói, atravessando a Baía de Guanabara em túnel submarino. Em 2023, o governo do Rio de Janeiro lançou uma licitação de estudos de viabilidade da expansão, mas ela foi anulada após análise do Tribunal de Contas Estadual.

Por enquanto, o sistema atende apenas à capital, percorrendo 54,5 quilômetros, com 41 estações. A última grande expansão foi feita para as Olimpíadas de 2016, com a construção da Linha 4, ligando a zona sul da cidade à Barra da Tijuca, onde a maior parte das competições foi realizada. Atualmente, 650 mil pessoas utilizam o modal por dia, em média, mas, nas Olimpíadas, mais de 1 milhão de pessoas chegaram a ser transportadas.

De acordo com Schleder, a capital fluminense está fazendo um esforço direcionado para sediar eventos, pensando também no ganho financeiro que eles trazem. "Acho que o Rio se tornou um espaço pra receber grandes eventos internacionais para sempre. Não tem como ser sempre uma Olimpíada, ou um Pan-Americano, mas eles são um chamariz para muitos outros eventos menores”, disse. O secretário lembrou que o Campeonato Mundial de Canoagem e o Campeonato Mundial de Ginástica foram realizados no Rio, movimentando o setor de turismo.

“É um turismo muito importante pra cidade. Só de corridas, por exemplo, a gente recebeu mais de 300 no ano passado, e cada pessoa que vem correr no Rio paga hotel, restaurante, taxi, traz a família”, destacou. “Então, qualquer evento, seja de pequeno, médio ou grande porte, que esteja escolhendo lugar, a gente se candidata", completou Schleder.

Informações: Agencia Brasil EBC

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Metrô-DF terá nova estação, com financiamento de R$ 400 mi do BNDES

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento superior a R$ 400 milhões para o Governo do Distrito Federal (GDF) iniciar as obras de expansão da Linha 1 do Metrô, no trecho de Samambaia.

O projeto, que visa atender a demanda por transporte público no DF, tem como objetivo “elevar a oferta de modais de alta capacidade sobre trilhos”. A contratação do crédito, com a garantia da União, integra o novo programa de investimentos coordenado pelo governo federal.

Com o financiamento, por meio do crédito Finem, a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô – DF) fará o prolongamento da via permanente semienterrada por 3,6 km a partir do atual Terminal Samambaia.

Serão implantadas duas novas estações – de números 35 e 36 (linha abaixo pontilhada em laranja) – nas proximidades da UPA e do Centro Olímpico. Ao todo, o projeto tem investimento de R$ 444,5 milhões.

As obras também contemplam a construção de três viadutos, com passagem de pedestre integrada, e quatro passarelas aéreas para pedestres e bicicletas, localizadas nos principais pontos de circulação já utilizados pela população, a fim de garantir a acessibilidade dos usuários.

Além disso, haverá investimentos na construção de um emissário que fará a drenagem de águas pluviais na área de implantação da expansão Samambaia e na área urbana próxima ao projeto, contribuindo para resolver problemas de alagamento na região das intervenções.

Segundo o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, a expansão do metrô “vai elevar a oferta de transporte sobre trilhos, contribuindo com a redução de congestionamentos, do tempo de deslocamento, da quantidade de acidentes e das emissões de poluentes em cerca de 7,8 mil toneladas de CO2 por ano”.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que as obras de mobilidade urbana do Novo PAC priorizam empreendimentos de transporte coletivo de média e alta capacidades. “O metrô do Distrito Federal é um desses empreendimentos que está na carteira do Novo PAC, assim como obras no BRT e do corredor oeste.”

Ao Metrópoles o secretário Valter Casimiro disse que as obras iniciarão tão logo o valor seja liberado. “Já estamos com a licitação pronta e a empresa contratada. Assim que liberarem o crédito, iniciaremos a obra. O valor é exclusivo para a expansão da linha de Samambaia. Além do financiamento do BNDES, a construção terá contrapartida de 10% do GDF”, pontuou.

Segundo o secretário de obras, o prazo de execução será de 40 meses e terá como empresa à frente do projeto a CG Construções.

Estima-se que o novo trecho expandido transportará população adicional de aproximadamente 9.840 passageiros por dia. Atualmente, o metrô do Distrito Federal transporta, em média, 160 mil passageiros diariamente.

Informações: Metropoles

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