A Estrada dos Alvarenga, em São Bernardo, terá ligação direta com a Estação Tamanduateí do Metrô, na Zona Sul em São Paulo (divisa com a Zona Leste) por meio de monotrilho (ou Metrô Leve). O trajeto de 23 quilômetros, com 18 estações, será feito em 28 minutos.
O estudo preliminar encomendado pela Prefeitura de São Bernardo, ao custo de R$ 1,5 milhão, foi apresentado ontem no Paço, com presença do chefe do Executivo, Luiz Marinho (PT), o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), o secretário adjunto de Transportes Metropolitanos do Estado, João Paulo de Jesus Lopes, e o diretor de Planejamento do Metrô, Marcos Kassab.Técnicos dos quatro órgãos públicos trabalharam juntos com a empresa contratada para chegar à conclusão divulgada ontem.
Após oito trajetos diferentes, os especialistas chegaram ao percurso que sai do Alvarenga, segue
pela Avenida João Café Filho, passa sobre a Via Anchieta, continua pela Avenida Brigadeiro Faria Lima, pega trecho da Avenida Pereira Barreto, entra na Avenida Lauro Gomes até chegar a São Caetano.
Na cidade vizinha, segue pela Avenida Guido Aliberti até encontrar com a linha de trem, por onde continua até a Estação Tamanduateí.Jesus Lopes considera que o monotrilho é o ingresso do Metrô na região. "É um projeto moderno, semelhante às linhas Ouro (Metrô Leve que liga o aeroporto de Congonhas à Estação Morumbi da CPTM) e Prata (Lapa-Cachoeirinha)."Segundo projeção de demanda, 300 mil pessoas utilizarão diariamente o monotrilho da região - 20 mil na hora de pico.
A tarifa deve ser a mesma cobrada pelo Metrô: R$ 2,65, com possibilidade de integração ao Bilhete Único. O próximo passo para concretização do Metrô Leve é a realização de estudo base, com prospecto de valores, material a ser utilizado nas obras, desapropriações (serão mínimas), impacto ambiental, dentre outros fatores. Essa responsabilidade é do governo estadual, que ainda aguarda aporte de R$ 27,5 milhões da União para abrir licitação para contratação do levantamento.
A expectativa das prefeituras de São Bernardo e São Caetano, do Metrô e da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado é de que as obras do monotrilho devam começar em um ano e meio. "Se tudo der certo", afirmou Luiz Marinho.
Convênio assinado que garante repasse de R$ 27,5 milhões do governo federal para o governo de São Paulo, para contratar estudo base do projeto, entrará nos cofres estaduais nas próximas semanas.
"O ritmo está rápido, pois temos a perspectiva de projeto viável. Lançaremos o edital para contratar o próximo levantamento ainda em 2010. Essa parceria entre União, Estado e município está sendo bem-sucedida", avaliou o secretário adjunto João Paulo de Jesus Lopes.
Com a implementação do Metrô Leve, as cidades terão de "acompanhar esse processo com um conjunto de melhorias", frisou a secretária de Transportes de São Bernardo, Patrícia Veras. "Terão de ser feitas benfeitorias nas vias nos entornos das estações, pavimentação, passeio, travessias de pedestres, iluminação pública e sinalizações."
O monotrilho do Grande ABC foi inspirado nos moldes de metrôs leves do Japão, Coréia do Sul, Austrália, Portugal, Holanda e Emirados Árabes.
Fonte: Diário do Grande ABC