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Vergonha, Monotrilho e BRT de Manaus estão fora da Copa

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O Grupo Executivo da Copa (Gecopa) chegou à conclusão de que não há tempo hábil nem competência das cidades-sede para a implantação dos projetos do BRT e do Monotrilho, como a princípio exigia a Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo 2014. Houve muita demagogia em torno do assunto e arrogância na disputa pelo privilégio de sediar ao menos um dos dois jogos internacionais.

A megalomania dos políticos, aliada à fome insaciável de votos, promoveu a crença de que seria possível reconstruir em 4 anos o que foi desconstruído em mais de 40. Em Manaus, concentrou-se esforço na demolição de um estádio para construir outro no mesmo lugar e com a mesma capacidade de espectadores. Fortaleza (CE), mais racionalmente, preferiu a reforma do Castelão. Saiu na frente: o estádio já foi reinaugurado.

O Vivaldão, isto é, a Arena da Amazônia, foi projetado, mas se esqueceu da tal da mobilidade urbana, uma condição que a capital amazonense não tem, pois está paralisada, refém de uma frota enorme de veículos automotivos que não têm mais por onde circular. Como se vai chegar à Arena, se realmente Manaus continuar como cidade-sede? Uma autoridade já antecipou que o estacionamento deverá ser feito a um quilômetro do estádio (o estacionamento suportará apenas 400 lugares, para funcionários e notáveis). A Fifa já adiantou que a Copa não precisará, necessariamente, de 12 cidades. Pode cair para nove esse número.

A mobilidade urbana, o maior legado que essa Copa poderia deixar para a capital do Amazonas, foi inviabilizada por uma disputa pueril: o que é melhor o monotrilho ou BRT. Ah: os dois juntos. Mas os dois (juntos ou separados)ainda podem aparecer, algum dia, como o legado que não foi da Copa. Com a oficialização da retirada dos projetos do cronograma da Copa de 2014, o Monotrilho e BRT podem ser financiados com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento Mobilidade, inseridos em outra linha de financiamento ao Ministério do Planejamento.

A reunião que decidiu a retirada, que aconteceu na última quarta-feira (19) em Brasília, deliberou também sobre outros pontos do documento que devem ser revisados, mas não foram divulgados.

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No Rio, Ônibus com ar condicionado vão custar entre R$ 3 e R$ 5,70

A Secretaria municipal de Transportes divulgou nesta quinta-feira no Diário Oficial a tabela com os novos preços dos ônibus com ar-condicionado. As tarifas entram em vigor no dia 2 de janeiro, mesma data em que as passagens cobradas dos ônibus comuns e do BRT Transoeste passam de R$ 2,70 para 2,90.

Os preços nos veículos com ar variam conforme a distância percorrida. As tabelas se referem a preços máximos o que não impede dos consórcios fazerem promoções. De acordo com a prefeitura, linhas de até 30 quilômetros ficam em R$ 3; de 30,1 a 50 quilômetros, R$ 3,25; de 50,1 a 70 quilômetros, R$ 3,50; de 70,1 a 90 quilômetros, R$ 3,60; e linhas acima de 90 quilômetros, R$ 5,70.

No caso dos ônibus tipo "frescão", os novos preços variam de R$ 5,70 a R$ 13,30. As tabelas com todos os itinerários por linhas podem ser consultadas no site do Diário Oficial da Prefeitura acessado pelo www.rio.rj.gov.br.

Nesta quinta-feira, a prefeitura confirmou que a tarifa do bilhete único carioca sobe de R$ 2,75 para R$ 2,90 a partir do dia 2 de janeiro, segundo decreto do prefeito Eduardo Paes publicado na edição desta quarta-feira do Diário Oficial. O reajuste de 5,4% vale para os ônibus urbanos equipados sem ar-condicionado e para a frota do BRT Transoeste.

O cálculo da tarifa toma como base a fórmula estabelecida no contrato de concessão assinado entre os quatro consórcios que operam na cidade e a prefeitura. Na planilha de cálculos dos insumos, divulgada também nesta quarta-feira no Diário Oficial, estava previsto que o valor final da tarifa seria um valor fracionado: R$ 2,918 (6,12%). O prefeito Eduardo Paes, porém, decidiu arredondar o valor cobrado para R$ 2,90.

Os gastos com óleo diesel que representam 21% na composição do valor cobrado também contribuíram com o maior peso no reajuste já que os gastos com as empresas nesse item aumentaram 10,75% desde o último aumento.

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No Rio, Geladão Chinês registra 28 graus dentro de vagão na Pavuna

O prometido metrô “geladão” tem deixado os cariocas na mão nos dias mais quentes. Ontem à tarde, ao embarcar na Estação Pavuna, passageiros tiveram que se virar com os mais de 28 graus dentro dos vagões. A situação é ainda pior para quem embarca nos trens antigos. Neles, a temperatura chegou aos incríveis 32.9 graus em Acari/Fazenda Botafogo. No geladão, na mesma estação, a temperatura ultrapassou os 28 graus. Em Colégio, foram registrados também mais de 28 graus.

A estação que registrou temperatura mais baixa foi a Nova América/Del Castilho, com 28.3. Porém longe dos 23 graus prometidos.

De acordo com os passageiros, os trens novos, equipados com ar-condicionado 33% mais potente que os antigos, gelam com mais intensidade pela manhã, quando o sol ainda não está forte e nos horários em que os vagões estão vazios. "Estão muito quentes, principalmente os trens antigos. Até os novos já não são a mesma coisa. Desembarco na Cinelândia toda suada. Parece uma sauna", reclamou a secretária Fátima Marques, 46 anos.

Engenheiro civil e especialista em transportes, Fernando Mac Dowell criticou. "O ideal é que a temperatura fique entre 22 e 25 graus. Um trem novo não pode ter 28 graus. É muito quente", comentou.

O MetrôRio informou que não conhece o método de aferimento da temperatura utilizado e ressalta que este tipo de medição deve ser feito com equipamento específico a fim de evitar distorções. Em setembro, com o mesmo termômetro usado ontem, O DIA mostrou a baixa temperatura (21 graus) nos vagões do geladão chinês e não houve contestação em relação à forma de medição.

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