A categoria decidiu, em assembleia realizada nesta tarde, voltar ao trabalho e esperar nova proposta de reajuste salarial da CPTM. O encontro de conciliação no TRT (Tribunal de Regional do Trabalho) deve ocorrer no próximo dia 11, quando uma nova assembleia da categoria decidirá se retoma ou não a greve.
A CPTM estima que aproximadamente 500 mil passageiros foram prejudicados pela paralisação no período da manhã. As linhas 7 e 10 funcionaram parcialmente e as 11 e 12 ficaram totalmente paradas. Apenas as linhas 8 e 9 funcionam normalmente desde o início do dia.
Mais cedo, passageiros revoltados com a greve provocaram um tumulto na estação Francisco Morato, na região metropolitana de São Paulo. Um muro chegou a ser derrubado por vândalos e a Polícia Militar chegou a usar bombas de gás. Uma pessoa foi detida sob suspeita de provocar os atos de vandalismo.
Negociação
Na última reunião com a categoria a CPTM fez duas propostas : a primeira de conceder reajuste de 7,72% nos salários e de 10% nos benefícios e a segunda de aumento de 8,25% nos salários e benefícios. Os trabalhadores pedem 9,29%. A inflação acumulada desde o último reajuste, em maio de 2014, foi de 6,65%, segundo o IPC/Fipe.
Decisão liminar (provisória) concedida na semana passada pelo vice-presidente judicial do TRT, desembargador Wilson Fernandes, determina que, em caso de greve, 90% dos maquinistas e 70% dos demais funcionários trabalhem nos horários de pico (das 4h às 10h e das 16h às 21h) e que 60% atuem nos demais períodos.
Pelo descumprimento da decisão, a CPTM informou que já encaminhou ao TRT um pedido de abusividade da greve, aplicação de multa e julgamento de dissídio.
Informações: A Tribuna
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