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Curitiba terá 54 novos ônibus elétricos em 2025, promete Greca

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou o repasse de R$ 380 milhões para a aquisição de mais ônibus elétricos, que vão circular na linha do Novo Inter 2. 

O anúncio foi feito na manhã desta quinta-feira (28/11), pelo prefeito Rafael Greca, durante o seminário que celebra os 50 anos do BRT (Bus Rapid Transit), que acontece no período de 27 a 29/11, no Salão de Atos do Parque Barigüi. O sistema de canaletas exclusivas mudou o modo de deslocamento no transporte coletivo em Curitiba e inspirou mais de 190 cidades pelo mundo. 

“Curitiba avança na eletromobilidade e, nos 50 anos do BRT, modelo que consagrou a cidade como pioneira em solução para o transporte, afirma a excelência do ônibus rodoviário e agora, com o advento dos ônibus elétricos, nós vamos ter um modelo sustentável no nosso metrô de superfície, que são as nossas canaletas, que já somam 80 quilômetros", comentou Greca.

Atualmente, Curitiba já conta com sete ônibus elétricos em operação em duas linhas: seis nas linhas 010-Interbairros I (horário) e 011-Interbairros I (anti-horário) e um na linha 863-Água Verde.

54 ônibus elétricos
Os recursos de R$ 380 milhões são advindos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal e serão usados para comprar mais 54 veículos, que vão entrar em funcionamento em 2025.

Os veículos, articulados, devem circular nas linhas Novo Inter 2 (piso alto) e Interbairros II (piso baixo).

A primeira obra viária do projeto Novo Inter 2 foi concluída no mês de novembro de 2024. Trata-se da requalificação viária para a implantação do novo binário formado pelas Ruas Osmário de Lima e Engenheiro Alberto Monteiro de Carvalho, no Capão da Imbuia, e envolveram 3.937 metros de drenagem, 2.620 metros quadrados de novo pavimento em concreto – que é mais resistente e requer menos manutenção – e 5.240 metros quadrados de calçadas planas e seguras, com 132 rampas de acessibilidade. 

O Projeto Novo Inter 2 integra o Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba e conta com US$ 106,7 milhões em financiamento do BID para expandir a capacidade e velocidade das linhas Inter 2 e Interbairros II.

Bonde puxado por mulas
Além de anunciar as boas novas, Greca conduziu os participantes do seminário a dar um mergulho na história da cidade, começando pelos primórdios, quando em 1887 a cidade inaugurou o seu primeiro bonde puxado por mulas, lançado pelo prefeito da época, Cândido Ferreira de Abreu.

“O mesmo Cândido de Abreu voltou a ser prefeito em 1915 e lançou os bondes elétricos, sobre trilhos. Depois, em 1952, isso acabou e vieram as lotações ou os ônibus rodoviários, os trilhos foram arrancados.  Passou esse tempo, veio o sonho, ou do metrô ou de um VLT, mas daí se descobriu que um quilômetro de metrô custa mil, um quilômetro de VLT custa cem, mas um quilômetro de BRT custa um”, relatou o prefeito. 

Virada aconteceu em 1974
Greca citou que Curitiba passou a ser vanguarda no transporte coletivo a partir de 1974, quando o então prefeito Jaime Lerner, acompanhado de outros visionários como Rafael Deli, Moreira Garcês, Lubomir Ficinski, Franchette Rischbieter, Nicolau Kluppel, entre outros, implantou o sistema de canaletas exclusivas para os ônibus expressos com embarque em nível.

“Imediatamente, após Jaime Lerner, que eu tive a honra de suceder como prefeito, em 1993, na ocasião dos 300 anos de Curitiba, incorporei o BRT como modelo de mobilidade para a capital, que foi copiado por 190 cidades do mundo. A história mostrou que estávamos no caminho certo. Agora abraçamos a eletromobilidade, porque a Terra é uma só e não existe planeta B e por isso investimos na sustentabilidade”, frisou Greca.

Nova concessão do transporte
O vice-prefeito Eduardo Pimentel também participou do seminário 50 anos do BRT. Eduardo integrou o painel BRT – Nascido em Curitiba, ao lado de Ilana Lerner (Instituto Jaime Lerner), Ogeny Pedro Maia Neto (presidente da Urbs) e Maurício Gulin (empresário e integrante da diretoria do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba-Setransp).

Para Eduardo, Curitiba tem uma grande missão no ano que vem, que é a nova concessão do transporte coletivo.

“A nova concessão do transporte coletivo tem que ser discutida por todas as partes, com a Urbs, com o Ippuc, com os operadores, com o BNDES, que já está fazendo este trabalho, para que a gente possa aproveitar essa janela da oportunidade e trazer grandes ideias, fortalecer o nosso transporte coletivo, que é referência mundial e precisa continuar sendo”, avaliou o vice-prefeito.

Três pontos
Para Eduardo, existem três pontos que devem ser observados nesse processo.

“O primeiro ponto é consolidar a eletrificação da frota e a descarbonização que faz parte das metas de sustentabilidade de Curitiba. O segundo ponto é reduzir o tempo de percurso com obras de infraestrutura e dar mais conforto ao usuário com ônibus modernos e climatizados. E não menos importante é trabalhar por uma tarifa justa, de acordo com o bolso do trabalhador”, resumiu o vice-prefeito.

Ele também comemorou a escolha de realizar um seminário internacional sobre transporte coletivo em Curitiba.

É uma alegria que este evento esteja acontecendo aqui em Curitiba. Foi aqui que nasceu a ideia que se disseminou por 190 cidades do Brasil e várias partes do mundo. Os desafios que nós temos agora são os dos próximos 50 anos do BRT e do transporte coletivo de forma geral, as suas integrações com outros modais, com integração com a região metropolitana. É uma oportunidade única abrir esta discussão nesse evento”, pontuou Eduardo.

Atrativos para o usuário
Para o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, a marca dos 50 anos do BRT é esforço de Curitiba pela inovação no transporte coletivo, tanto com a sustentabilidade, com a chegada dos ônibus elétricos, quanto dos novos projetos de infraestrutura e modernização do sistema.

“Nós temos seis corredores de BRT na cidade. Vamos concluir o último, que é o da Linha Verde em dezembro deste ano. Já entregamos o corredor do Ligeirão Norte-Sul, ligando o Pinheirinho ao Santa Cândida e, paralelamente, criamos várias comodidades para o usuário no sistema de bilhetagem, como pagamento com cartões de débito e crédito, smartphone, porque o grande desafio é atrair o usuário para sistema”, comentou Ogeny.

O mundo em Curitiba
Promovido pela Urbanização de Curitiba (Urbs), CWBUS e UITP (Associação Internacional de Transporte Público), o seminário discute, entre 27 e 29 de novembro, o impacto do BRT no planejamento das cidades e o futuro do sistema. O evento reúne especialistas em transporte para discutir os riscos climáticos e as soluções encontradas para reduzir o impacto do transporte coletivo na geração de emissões, inovações e gestão pública dos sistemas de mobilidade urbana.

Participam técnicos da Urbs, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e representantes de governos de vários países, como Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Equador, Costa Rica, México, Arábia Saudita, Bélgica, Canadá, China, Nigéria, Panamá, Polônia, Portugal, Ruanda, República Tcheca, Senegal, Emirados Árabes, Estados Unidos, Espanha, França, Filipinas, Guiné, Itália, Líbano, Malásia, Suécia, Suíça, Tunísia e Turquia.

Informações: URBS

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Ônibus movido 100% a gás natural começa a ser testado em Campo Grande

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Campo Grande dá um importante passo em direção à inovação e à sustentabilidade no transporte público ao iniciar, nesta semana, os testes de um ônibus movido a Gás Natural Veicular (GNV). Esta iniciativa, resultado de uma colaboração entre a Prefeitura Municipal, Governo do Estado, MSGás e Consórcio Guaicurus, coloca a cidade na liderança do Centro-Oeste ao adotar essa tecnologia, que visa não apenas aumentar a eficiência do transporte, mas também reduzir significativamente as emissões de poluentes, garantindo maior conforto e segurança aos usuários, além do ganho ambiental para a Capital.

Dentro das iniciativas voltadas para a mobilidade urbana sustentável de Campo Grande, os testes com o ônibus começam nos próximos dias e vão operar em alguns itinerários pré-estabelecidos da cidade. Nesse período, serão avaliados indicadores de eficiência e a viabilidade do Gás Natural Veicular como alternativa ao diesel, considerando as especificidades pontuais, como distâncias, clima e condições de terreno.

O modelo K 280 IB 4×2, da fabricante Scania, tem capacidade para transportar 44 passageiros (incluindo pessoa com deficiência), é equipado com ar-condicionado e câmbio automático, proporcionando uma viagem mais confortável, além de oferecer aos usuários um ambiente mais silencioso e agradável. O mesmo modelo já passou por bateria de testes em São Paulo, Curitiba e Recife.

“Ao iniciarmos os testes do ônibus movido a Gás Natural, estamos dando um passo significativo em direção à inovação e à sustentabilidade no transporte público de Campo Grande. Essa parceria entre a Prefeitura, o Governo do Estado, a MSGás e o Consórcio Guaicurus, reafirma nosso compromisso em proporcionar uma mobilidade urbana mais eficiente e menos poluente. Estamos liderando o Centro-Oeste com esta tecnologia, que não só melhora a qualidade do transporte, mas também garante um futuro mais sustentável para nossa cidade. Esperamos que esses testes tragam resultados positivos e que possamos expandir essa iniciativa, beneficiando nossa população com um transporte mais moderno e confortável”, destaca a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes.

“Estamos comemorando hoje, 29 de outubro, o início dos testes do ônibus a gás natural veicular. Esse é um resultado da parceria da MSGás com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, o Consórcio Guaicurus e da Scania. Esse ônibus vai reduzir em 90% a emissão de gases de efeito estufa em Campo Grande, além de outros benefícios, como maior comodidade para o passageiro viajar nos vários trajetos. Além disso, essa ação também faz parte da política do governador Eduardo Riedel, que é tornar Mato Grosso do Sul, um Estado carbono zero até 2030. É uma conquista de toda população da capital sul-mato-grossense”, enfatiza a CEO da MSGás, Cristiane Schmidt.

O ônibus será monitorado em várias rotas, permitindo uma análise abrangente de seu desempenho sob diferentes condições. Especialistas avaliarão os dados coletados para determinar a viabilidade econômica, técnica e ambiental do projeto. “O nosso objetivo é sempre entregar o melhor para Campo Grande. Estamos atentos às questões ambientais e sabemos que a transição para tecnologias mais limpas é um passo fundamental para o futuro da mobilidade urbana”, afirma Paulo Vitor Oliveira, diretor de operações do Consórcio Guaicurus.

O trajeto será iniciado pela linha 082 – Aero Rancho – Shopping. A Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) explica que a escolha desse itinerário levou em consideração os dois terminais de atendimento e as vias sem obstáculos, projetadas para corredores do transporte coletivo.

Com essa iniciativa, Campo Grande não só avança na modernização de seu transporte público, mas também se coloca na vanguarda das práticas sustentáveis no Brasil.

Benefícios:

Ambiental: O uso do GNV pode reduzir as emissões de CO² (aquecimento atmosférico) em até 90%, 97% menos material particulado (doenças respiratórias) e 95% menos NOX (causador da chuva ácida), contribuindo para as metas de descarbonização da cidade.

Econômico: A expectativa é que o GNV apresente uma economia significativa em comparação ao diesel, com abastecimento seguro e menos poluente.

Social: A população terá acesso a um transporte público mais moderno e confortável, com melhorias na qualidade de vida urbana.

Informações: Prefeitura de Campo Grande

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Ônibus elétrico da Ankai começa a ser testado em Recife

sábado, 12 de outubro de 2024

As mudanças climáticas têm impactos consideráveis na infraestrutura do sistema de transportes e mobilidade urbana. A queima promovida por combustíveis fósseis é responsável pela emissão de gases poluentes prejudiciais à saúde. Com objetivo de repensar o padrão de mobilidade no setor de transportes de passageiros, o Governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Turismo e Consórcio de Transporte Metropolitano – CTM, começaram a testar, em caráter experimental e temporário, um ônibus elétrico que fará itinerário Marco Zero/Praça do Derby, nos dias úteis, e no final de semana, Cais de Santa Rita a Olinda.

A iniciativa, que vai ficar em operação até o dia 03 de novembro, é uma parceria com a empresa Ankai do Brasil e o Consórcio Conorte, que oferecem um serviço opcional com micro-ônibus totalmente elétrico que comporta 35 pessoas, 20 sentadas e cerca de 15 em pé. A tarifa é de R$5,15, equivalente ao serviço opcional mais barato em curso na Região Metropolitana do Recife – RMR. Estudantes e gratuidades poderão conhecer o serviço opcional pagando a tarifa cheia, porém, continuarão contando com os outros serviços disponíveis no centro do Recife.

Já o percurso Recife e Olinda, o micro-ônibus custará R$7,70 por passageiro, aceitando pagamento com Vem Comum. O teste está sendo viável pela parceria entre Grande Recife Consórcio, Ankai do Brasil e Consórcio Conorte.

A ação faz parte dos esforços do governo estadual em busca de alternativas sustentáveis aos veículos a Diesel. O CTM já testou ônibus movidos a GNV e está em fase avançada de homologação e também pretende testar outras alternativas em breve, sempre buscando o ganho ambiental de maneira sustentável.

Segundo Matheus Freitas, Diretor-Presidente do CTM, é uma fonte de energia mais limpa em comparação aos combustíveis fósseis tradicionais, resultando em menores emissões de poluentes atmosféricos na cidade. “Nosso objetivo é fazer investimentos estruturadores na mobilidade urbana da RMR, garantindo uma fonte de energia mais limpa, promovendo um ambiente urbano mais sustentável”.

O Secretário de Turismo do Governo de Pernambuco, Paulo Nery, afirmou que “a Secretaria está buscando impulsionar o turismo em todo o Estado, detectando as carências para pôr em prática uma verdadeira transformação na experiência do visitante e do cidadão pernambucano, no que se refere ao acesso a todo o nosso potencial turístico”.

ITINERÁRIO MARCO ZERO- DERBY
Dias úteis

Avenida Alfredo Lisboa, Avenida Militar, Cais do Apolo, Ponte Buarque de Macedo, Praça da República, Rua do Imperador Pedro II, Rua Siqueira Campos, Rua Cleto Campêlo, Avenida Guararapes, Ponte Duarte Coelho, Avenida Conde da Boa Vista, Rua Don Bosco, Avenida Governador Agamenom Magalhães (Via Local), Rua Amauri de Medeiros, Rua Jener de Souza, Rua Henrique Dias, Avenida Governador Agamenon Magalhães (Via Local), Avenida Governado Carlos de Lima Cavalcanti, Avenida Conde da Boa Vista, Ponte Duarte Coelho, Avenida Guararapes, Avenida Dantas Barreto, Avenida Martins de Barros, PE-09, Terminal Cais de Santa Rita, Avenida Martins de Barros, Ponte Maurício de Nassau, Cais da Alfândega, Avenida Alfredo Lisboa.

ITINERÁRIO CAIS DE SANTA RITA NO BAIRRO DE SÃO JOSÉ A OLINDA
Fins de semana (sábados e domingos):

Sentido Recife- Olinda
Cais de Santa Rita, Av Martins de Barros, Ponte Maurício de Nassau, Av. Marquês de Olinda, Cais do Apolo, Av Militar, Ponte do Limoeiro, Av Norte, Praça General Abreu e Lima, Av. Cruz Cabugá, Av. Olinda, Av Sigismundo Gonçalves, Praça do Carmo.

Sentido Olinda- Recife
Praça do Carmo, Av Sigismundo Gonçalves, Av Presidente Kennedy, Tv do Pisa, Av Olinda, Av Agamenon Magalhães, Av. Cruz Cabugá, Praça General Abreu e Lima, Av Norte, Ponte do Limoeiro, Av Militar, Cais do Apolo, Ponte Buarque de Macedo, Praça da República, Rua do Imperador, Rua Siqueira Campos, Av Dantas Barreto, Av Nossa Senhora do Carmo, Av Martins de Barros, Cais de Santa Rita.

Informações: GRCT

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VW e-Volksbus é aprovado em São Paulo e inicia testes em Curitiba

quarta-feira, 25 de setembro de 2024

A Volkswagen Caminhões e Ônibus dá mais um passo para o início da comercialização do e-Volksbus. Ou seja, o seu primeiro ônibus elétrico. O veículo finalizou sua fase de testes com a SPTrans em São Paulo. Agora, a próxima etapa é dar início aos testes pela URBS, em Curitiba (PR). Assim, a VW dará sequência ao processo de homologação.

Seja como for, essas homologações são essenciais para garantir a segurança, bem como o desempenho e a manutenção do chassi elétrico. Dessa forma, assegurando que ônibus elétrico atenda a todos os requisitos antes de ser lançado ao mercado.

“Durante o processo, o e-Volksbus é submetido a um ciclo intenso de testes. Ou seja, roda no mínimo 10 horas diárias. A autonomia da bateria é levada ao limite, com avaliações detalhadas sobre a durabilidade, frenagem, e comportamento do veículo em subidas e descidas”, explica o vice-presidente de engenharia da montadora, Rodrigo Chaves.

Além disso, o processo inclui a avaliação da carroceria, acabamento e pintura. Assim, garantindo que cada detalhe do e-Volksbus esteja em conformidade com os padrões de qualidade.

“Com essa nova fase de homologação, a VWCO reforça seu compromisso com a inovação. Do mesmo modo, se prepara para a comercialização do modelo destinado ao transporte urbano”, completa Chaves.

Eletromobilidade no transporte de passageiros 
Como parte de seu propósito de desenvolver soluções de transporte sustentável para todos, a Volkswagen Caminhões e Ônibus consolida no Brasil um verdadeiro centro de inteligência em eletromobilidade. Com o pioneirismo em diversas soluções tecnológicas. Principalmente oriundo do desenvolvimento e produção do primeiro caminhão elétrico, o e-Delivery.

Seja como for, a intenção, conforme a engenharia da Volkswagen, é ampliar o leque de cidades onde o e-Volksbus pode atuar. Nesse sentido, conforme o vice-presidente de vendas, marketing e pós-venda da VWCO, Ricardo Alouche, informa que no futuro a marca vai desenvolver versões do e-Volksbus com piso alto.

Dessa forma, o modelo pode atender cidades que necessitam dessa configuração. Por ora, o modelo começa a ser fabricado com piso baixo, atendendo às demandas da SPTrans e da URBS.

Informações: Estradão

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Novo micro-ônibus elétrico apresentado em Hannover, Azure 7 virá ao Brasil

domingo, 22 de setembro de 2024

A fabricante chinês Higer Bus apresentou nesta semana no IAA Transportation 2024, em Hannover, na Alemanha, o novo micro-ônibus elétrico Azure 7 para operações urbanas. Além disso, o modelo chegará ao mercado brasileiro ainda neste ano, em dezembro.

Cadu Souza, CEO da TECX Higer, confirmou a informação. A empresa brasileira representa a Higer Bus no mercado nacional. “Urbano, compacto e robusto, o Azure 7 representa a praticidade para deslocamentos em todos os tipos de vias de um município. Com seu design moderno e com alto padrão de qualidade vem ampliar a gama da marca, inclusive no Brasil”, contou o executivo.

Atualmente, os ônibus da linha Azure estão presentes em cidades brasileiras nas versões de 12, 13 e 18 metros de comprimento. Assim, o Azure 7 será o menor modelo da série disponível no País, com sete metros de extensão.

Higer Bus, Arure 7
Conforme dados do fabricante, o novo miucro-ônibus elétrico tem capacidade para até 40 passageiros. Além disso, a cabine oferece piso baixo e plano, permitindo personalizar a disposição dos assentos.

Azure 7 tem “autonomia suficiente”
Por ora, a Higer Bus ainda não divulgou os dados de desempenho e performance do Azure 7. A fabricante, no entanto, informa que o veículo oferece “autonomia suficiente para eliminar a ansiedade” dos clientes em relação aos ônibus pequenos. Ainda de acordo com a empresa, o modelo é equipado com baterias CATL.

Adicionalmente, a empresa divulgou que o novo micro-ônibus possui suspensão dianteira independente equipada com o sistema ECAS II, eixo de acionamento elétrico coaxial integrado traseiro e design de plataforma de porta simples ou dupla.

Informações: Estradão

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Cascavel se destaca na eletromobilidade e inspira países vizinhos

domingo, 8 de setembro de 2024

O projeto de eletromobilidade de Cascavel, no Paraná, está chamando a atenção internacional. Uma comitiva da Buses Vules, uma das maiores empresas de transporte do Chile, visitou a cidade para conhecer de perto o eletroterminal e a frota de ônibus elétricos acompanhado de representantes da TEVX Higer e da Transitar.

O complexo de mobilidade elétrica de Cascavel, composto pelo eletroterminal, com capacidade para carregar 14 ônibus simultaneamente, a estação de geração de energia solar e os pontos de recarga rápida nos terminais Sul e Leste formam um sistema integrado e eficiente que impressionou os visitantes chilenos.

"Cascavel se tornou referência em eletromobilidade no Brasil", afirma Marcelo Barella, diretor da Higer para a América Latina. "O sucesso do projeto, com ônibus elétricos de alta performance e uma infraestrutura completa, desperta o interesse de outras cidades e países."

O projeto de implementação da frota de 15 ônibus elétricos da TEVX Higer em Cascavel levou três anos e representa um avanço significativo para a cidade. Além de reduzir a emissão de poluentes em mais de 2.000 toneladas de CO2 por ano, os veículos elétricos proporcionam maior conforto e silêncio aos passageiros.

A visita da comitiva chilena reforça a força do modelo de Cascavel para inspirar outras cidades que buscam soluções sustentáveis para o transporte público, não apenas no Brasil, como em outros países do entorno.

Informações: TEVX HIGER

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Em Belém, Primeira linha de ônibus elétricos passa a circular no BRT

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Os ônibus elétricos já estão operando no sistema do BRT, em Belém. Os veículos que têm ar-condicionado e wi-fi, opera de forma expressa por rodoviários que foram treinados para conduzir os novos ônibus que se conectam apenas nos terminais do BRT do Mangueirão e São Brás.

Os motoristas iniciaram o treinamento na terça-feira, 3,  para saberem regenerar a energia, tanto na parte de declive, como no freio. Os ônibus elétricos são até 60% mais econômicos na manutenção que os veículos movidos a diesel. O que dá uma maior durabilidade.

Cinco pontos de recarga estão sendo instalados, cada um contendo dois bicos, no caso duas mangueiras ou conectores, no Terminal Mangueirão. Isso permitirá que dois ônibus sejam recarregados ao mesmo tempo, em cada ponto. Com autonomia de 270 quilômetros com o ar-condicionado ligado, capacidade para até 76 passageiros e carregamento total da eletricidade em menos de 3 horas. 

O atraso no início da operação dos ônibus se deu em função da medida cautelar do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-PA), que suspendeu a compra dos veículos. No entanto, a Prefeitura de Belém, por meio da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob), comprovou a legalidade de todo o processo de compra e circulação dos ônibus.

O modelo é 100% elétrico e caracteriza por ser zero emissão de poluentes e ruídos. São construídos em monobloco, ao invés de chassi e carroceria, como nos ônibus tradicionais, tornando os veículos mais leves, seguros, econômicos e causando menor impacto no pavimento asfáltico. A cabine do motorista possui direção moderna com controladores, monitor para as câmeras internas e externas e retrovisores digitais internos.

Os veículos são equipados com carregadores de celular disponíveis aos passageiros e vidros com tratamento UV, influenciando na temperatura interna. O piso baixo, sem degrau, permite a acessibilidade das pessoas com dificuldade de locomoção, idosos, crianças e pessoas com deficiências no embarque e desembarque.

Informações: Agência Belém

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Brasil se aproxima de 600 ônibus elétricos no transporte público, mas Chile lidera com 2,4 mil

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Visto como uma forma de reduzir a emissão de dióxido de carbono — um dos principais gases do efeito estufa — pelo transporte público, o ônibus elétrico integra a frota de cidades de 11 países na América Latina, segundo o E-Bus Radar, plataforma desenvolvida pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade Técnica da Dinamarca. O Brasil é o quarto país com mais veículos do tipo na região, mas tem apenas 578.

Chile (2.456), Colômbia (1.590) e México (752) ocupam as primeiras posições. De acordo com levantamento da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), a frota nacional conta com 107 mil ônibus para o transporte público, de modo que os elétricos representam apenas 0,5% do total.

Os 578, que incluem 276 veículos movidos a bateria e 302 trólebus (que obtém energia de linhas aéreas), estão espalhados por cinco estados (Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia) e o Distrito Federal. A capital paulista é a cidade com mais ônibus elétricos no transporte público, com 381.

O E-Bus Radar estima que com a quantidade atual, será evitada a emissão de 61,05 quilotons de dióxido de carbono por ano.

Cada país signatário do Acordo de Paris, como o Brasil, estabeleceu metas de redução de emissão de gases do efeito estufa, chamadas de Contribuição Nacionalmente Determinada. A Contribuição brasileira estabelece que o país deve reduzir as suas emissões em 48% até 2025 e 53% até 2030, em relação às emissões de 2005.

O Brasil também se comprometeu em alcançar emissões líquidas neutras até 2050, ou seja, tudo que o país emitir deverá ser compensado com fontes de captura de carbono, como plantio de florestas ou recuperação de biomas. Os gases do efeito estufa contribuem para o aquecimento global e as mudanças climáticas.

Nesse cenário, o ônibus elétrico aparece como uma ferramenta importante. Porém, para sua implementação no transporte público no território brasileiro, há uma série de desafios a serem superados, e isso tem impedido sua disseminação nas frotas em ritmo acelerado no país.

Entre os desafios, estão o custo mais elevado que o dos ônibus convencionais, a necessidade de preparação da rede elétrica das cidades para suportar maior consumo de energia e a importância de capacitar pessoas para fazer a manutenção dos novos veículos.

O economista Wesley Ferro, secretário-executivo do Instituto Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte (Instituto MDT), explica que o ônibus a bateria "custa na faixa de R$ 3 milhões, R$ 3,5 milhões". Já um ônibus a diesel convencional, mesmo com motor de tecnologia mais moderna, que possui um nível de emissões de gases menor, está na faixa de R$ 800 mil.

"A diferença [de preço] entre um ônibus e outro é grande. Então o volume de recursos que precisa para investimento em frota é muito mais alto", pontua o especialista.

Ele salienta que você comprar um ônibus de R$ 3,5 milhões e colocá-lo para operar em uma cidade que não tem infraestrutura exclusiva para ônibus nem recursos assegurados para o financiamento do transporte público, como é caso da maioria ou todas as cidades brasileiras, "é um investimento de alto risco". Dessa forma, muitas vezes, a preferência dos governos locais acaba sendo por investir num ônibus que não terá emissão zero de gases, mas possui motor Euro 6, por exemplo, que emite muito menos que outros mais antigos.

Em relação à preparação da rede elétrica das cidades, ele ressalta que São Paulo, por exemplo, estabeleceu uma meta para ter 2.600 ônibus elétricos na frota municipal até o final de 2024, mas não conseguiu avançar rapidamente para alcançá-la. O motivo é porque esbarrou "num grande problema": a necessidade de investimentos em infraestrutura de instalação para garantir o fornecimento de energia para os veículos que estão sendo implementados.

"Os estudos técnicos que foram feitos lá em São Paulo mostraram que se você tivesse 50 ônibus carregando ao mesmo tempo durante um período em determinada região, você derrubava a energia do restante da população toda".

O doutor em transportes Pastor Willy Gonzales Taco, líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias (GCTNT), da Universidade de Brasília, reforça que os ônibus elétricos vão consumir a mesma energia que já é consumida na cidade para vários tipos de uso.

"Como as cidades [brasileiras] estão preparadas para isso? Ninguém se preparou para isso. E aí entra um concorrente, que vem a ser os veículos particulares de passeio, que já consomem energia, iria ter um bom número de veículos elétricos percorrendo as vias".

Para o especialista, é preciso "compreender as potencialidades de produção energética de cada cidade. Cada cidade tem sua característica. Alguns municípios Brasil já estão implementando há um bom tempo outros tipos de energia para sustentar os veículos. Biodiesel e assim vai".

Ele salienta que o planejamento do município para comprar ônibus elétricos precisa considerar ainda o fato de que o modelo pode já se tornar ultrapassado no ano seguinte, visto que a tecnologia avança rapidamente.

Autonomia
De acordo com Wesley Ferro, a autonomia dos ônibus elétricos com bateria é menor que dos ônibus convencionais.

"Esses primeiros ônibus elétricos que foram incorporados nas redes, nas cidades, eles têm a autonomia muito baixa, na faixa de 200 km, no máximo 250 km. Portanto, para operarem, eles são colocados em linhas muito específicas, que são linhas com extensões menores", afirma. As linhas costumam também não ter muitas subidas.

No caso do trólebus, há a questão de ser pouco flexível, por depender da rede elétrica. A circulação fica restrita a vias que possuam rede aérea de energia.

Falando sobre as experiências internacionais, o secretário-executivo do Instituto MDT diz que o Chile e a Colômbia já estão no processo de eletrificação do transporte público há mais tempo que o Brasil. Em Bogotá, capital colombiana, a multinacional italiana Enel, que atua no ramo de geração e distribuição de eletricidade e gás, ajuda na compra de ônibus elétrico e distribui para operadores.

Investimentos em transporte público
O transporte público por si só é uma forma de reduzir a emissão de gases do efeito estufa, porque diminui o número de veículos particulares em circulação.

Segundo o relatório de síntese sobre o diálogo técnico do primeiro balanço global do Acordo de Paris, publicado pelo secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas em setembro de 2023, o transporte contribui com aproximadamente 15% das emissões globais de gases do efeito estufa, e a eliminação gradual de motores de combustão interna e o uso de veículos elétricos "oferecem o maior potencial de mitigação no setor".

"Além disso, intervenções do lado da demanda, como a mudança de modos de transporte (por exemplo, para caminhar e usar o transporte público), serão essenciais no contexto de repensar a mobilidade".

A organização ambientalista World Resources Institute, de Washington, nos Estados Unidos, ressalta que ônibus e trens podem diminuir as emissões de gases de efeito estufa em até dois terços por passageiro por quilômetro em comparação com os veículos particulares.

Entretanto, o Orçamento da União de 2024 prevê um percentual pequeno de despesas com apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e capacitação de recursos humanos para transportes coletivos urbanos, as ações orçamentárias mais específicas sobre transporte público.

As dotações atuais são de R$ 140,4 milhões, R$ 591 milhões e R$ 1,2 milhão, respectivamente, representando somadas 0,01% dos R$ 5,39 trilhões previstos pelo Orçamento com despesas. Dos totais, R$ 88,5 milhões, R$ 111,5 milhões e R$ 283,5 mil foram realizados até o momento.

Em relação às emendas parlamentares, dos 213 congressistas da Frente Parlamentar Mista do Transporte Público, apenas o deputado Marcello Crivella (Republicanos-RJ) direcionou quantia para alguma dessas ações orçamentárias, sendo R$ 400 mil para apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano. A dotação atualizada total das emendas dos parlamentares da frente é de R$ 8,6 bilhões.

Ainda em relação às emendas, no total, são direcionados R$ 17,1 milhões para funcionamento dos sistemas de transporte ferroviário urbano de passageiros e apoio a sistemas de transporte público coletivo urbano, com as bancadas de Goiás e Rio Grande do Norte tendo direcionados montantes também.

Para Wesley Ferro, o tema do transporte público ainda está distante da agenda de prioridades do setor público no Brasil.

Também, de acordo com ele, apesar de alguns processo estarem em andamento, como a discussão da renovação de frota elétrica, a chegada de linhas de financiamento de parceiros e bancos, como o BNDES, e a discussão de um marco legal para o transporte público (proposta tramitando no Senado), a política de mobilidade urbana "não é prioridade" do governo federal nem dos estados e municípios.

"Faltam recursos, falta qualificação de corpo técnico, faltam projetos qualificados para serem implementados", pontua.

Wesley ressalta que, historicamente, o sistema de transporte público no país "foi sempre financiado basicamente pela tarifa paga pelos usuários".

"A receita gerada nas catracas era a única fonte de financiamento do sistema de transporte público. Então servia para custear o sistema, manter o sistema em operação, e minimamente para fazer algum nível de investimento".

Com a queda da demanda durante a pandemia, mas necessidade de manter a oferta do serviço, visto que trabalhos essenciais não pararam, a fragilidade do modelo ficou evidente. A Política Nacional de Mobilidade Urbana, de 2012, acrescenta Wesley, "já apontava alguns caminhos que deveriam ser adotados para você mudar esse quadro, ter financiamento para o transporte público". Porém, para os instrumentos de gestão de política de mobilidade urbana apresentados serem implementados nas cidades, eles pressupõem "que você compre algumas brigas dentro da cidade".

É possível, por exemplo, a taxação do uso do automóvel dentro dos municípios. "Mas esse é um caminho que os gestores evitam. Ninguém quer que se indispor com determinados setores da sociedade".

O secretário-executivo do Instituto MDT salienta ainda que a transição energética não resolve "o problema do transporte público no Brasil", ou seja, você reduz emissões, pode estar cumprindo metas pactuadas nos acordos internacionais, mas se o transporte público continuar sem infraestrutura exclusiva para circulação nas cidades, como faixas e corredores exclusivos, corre-se o risco de ter uma frota eletrificada presa em congestionamento.

"Portanto, a infraestrutura tem o poder de contribuir também para a redução de emissões, num nível muito próximo do que você imagina com a substituição da frota por outra matriz".

O Instituto MDT apoia a implementação, no país, de um Sistema Único de Mobilidade. "A gente defende que esse é um caminho para que o transporte público possa ser de fato o grande estruturador das cidades e a grande prioridade das gestões públicas".

Na opinião de Taco, a atenção dos congressistas e do governo federal ao transporte público "está mais voltada à questão dos subsídios".

"Quando você vê as diversas demandas que se tem, é justamente mais voltada para os subsídios, ou seja, para atender os custos derivados da operação do transporte. Em termos especificamente de infraestrutura, tem havido uma paralisação ao longo dos anos".

Segundo o líder do Grupo de Pesquisa Comportamento em Transportes e Novas Tecnologias, ao se observar os investimentos que os municípios fazem, salvo exceções e algumas grandes regiões metropolitanas, percebe-se que eles estão voltados mais para infraestrutura para o carro do que ao transporte público.

Atuação do BNDES
Em maio, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou que financiará a renovação da frota de ônibus em municípios brasileiros. "Ao todo, serão investidos R$ 4,5 bilhões para aquisição de 1.034 ônibus elétricos e 1.149 ônibus Euro 6, que reúnem o que há de mais moderno no mundo em termos de eficiência energética e baixo consumo de combustível", acrescentou o comunicado.

O banco explicou que a renovação de frota com veículos sustentáveis é uma das modalidades do Novo PAC Seleções. Ela prevê a destinação de R$ 10,5 bilhões para a aquisição de 2.529 ônibus elétricos, 2.782 ônibus Euro 6 e 39 trens para atender 98 municípios. "Além do financiamento do BNDES, no valor de R$ 4,5 bilhões, a Caixa Econômica Federal financiará 39 trens, 1.495 ônibus elétricos e 1.633 ônibus Euro 6, com investimento de R$ 6 bilhões para essa modalidade".

A diretora de infraestrutura, transição energética e mudança climática do BNDES, Luciana Costa, reforça algumas das dificuldades para implementação do ônibus elétrico no transporte público, como o custo bem mais elevado para compra do veículo. Luciana ressaltou vantagens dele em relação ao convencional: possui um custo de manutenção cerca de 80% menor; custo de operação "muito menor", porque energia elétrica é muito mais barata do que diesel; ajuda o país no cumprimento do Acordo de Paris, por não emitir gases do efeito estufa; é silencioso; e não emite poluentes.

Conforme a diretora, diante desses benefícios, o investimento em eletromobilidade, embora ele seja maior inicialmente, "é um investimento que se repaga". Ela pondera que, em alguns lugares no país, ainda não caberá uma frota eletrificada, porque as prefeituras brasileiras têm capacidades financeiras muito diferentes entre si.

Luciana salienta que o Brasil possui "um grande déficit" de infraestrutura de mobilidade urbana, estimado pelo BNDES em R$ 360 bilhões.

"Em 2022, foi investido 0,06% do PIB em mobilidade urbana nos modais de média e alta capacidade. Dentro desse número de R$ 360 bilhões, a gente não considera ônibus. A gente só considera metrô, VLT", explicou. A meta do banco é elevar o percentual de investimento para 0,25% do PIB.

Segundo Luciana, "o histórico de investimento no Brasil, seja em média e alta capacidade, seja em ônibus, é de instabilidade, imprevisibilidade e insuficiência. Por isso que essa pauta de mobilidade urbana, desde que essa gestão assumiu o BNDES, se tornou uma das grandes prioridades, nós sabemos que o desafio é enorme".

O banco está realizando um estudo nacional de mobilidade urbana para identificar qual seria a estrutura de média e alta capacidade que deveria ser implementada. A ideia é criar um banco de projetos para média e alta capacidade, que servirá deum insumo para a estratégia nacional de mobilidade urbana. O estudo começou no início deste ano e deve ser concluído no início do próximo ano. O custo para sua realização será de R$ 27 milhões.

Exemplo de Curitiba
Curitiba, que tem sete ônibus elétricos em sua frota do transporte público, sendo seis que começaram a circular em julho e um que deve começar a circular em agosto, tem como meta fazer com que 33% de sua frota seja elétrica até 2033 e 100% até 2050. Hoje, no total, são 1,1 mil ônibus na capital paranaense.

Segundo a Urbs, que gerencia o transporte coletivo na cidade, 54 ônibus elétricos vão ser adquiridos em 2025, com R$ 380 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). "Mais 70 estão programados com lei aprovada na Câmara Municipal de Curitiba, que prevê recursos de R$ 317 milhões nos veículos".

Questionada se a prefeitura entende que o investimento em transporte público e na descarbonização da frota são medidas importantes para o enfrentamento das mudanças climáticas, disse que "sem dúvida". "Os novos ônibus representam um salto tecnológico e um passo decisivo rumo a uma Curitiba mais sustentável. Sem emissões, sem ruído, com maior conforto térmico, eles trazem uma série de benefícios para a população".

O projeto de descarbonização da frota do município começou em 2018, e, em 2023, teve início os primeiros testes com veículos elétricos. Foram testados ônibus das marcas BYD, Eletra, Marcopolo, Volvo e Ankai até o momento.

"Em paralelo, Curitiba comprou os primeiros veículos elétricos. Cada ônibus elétrico evita, em média, a emissão de 118,7 toneladas de CO2 ao ano na atmosfera, o equivalente ao plantio de 847 árvores por veículo".

Os ônibus elétricos são os primeiros da frota da cidade com ar-condicionado. Possuem piso baixo para melhor embarque e desembarque de pessoas com mobilidade reduzida e contam também com entradas USB para recarga de celulares e sistema de anúncio de fechamento das portas. Em relação aos bancos, 20% são reservados para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Os veículos têm dois espaços para cadeirantes.

"O novo contrato de concessão do transporte coletivo, previsto para 2025, que está sendo formatado em parceria com o BNDES, já contemplará, na sua origem, a operação também de frota elétrica e redução de emissões de gases de efeito estufa", diz a Urbs.

O novo modelo de concessão será o primeiro do Brasil a contemplar, já na sua origem, a prioridade de redução de emissão de gases do efeito estufa com mudança na matriz energética; de acordo com a Urbs, isso "traz também segurança jurídica". Os dois grandes projetos do transporte coletivo em andamento em Curitiba — novo Inter 2 e BRT Leste-Oeste — terão frota elétrica.

A Urbs pontua que as precisam ser "mais resilientes às mudanças climáticas" e buscar soluções para "mitigar esse problema e evitar seu agravamento". "A eletrificação da frota das cidades é um passo importante para tornar as cidades mais sustentáveis, com zero emissões de gases do efeito estufa, de material particulado, e de poluição sonora".

A empresa pondera que, como toda nova tecnologia, apresenta desafios, por exemplo a forma de estruturação da aquisição dos veículos, e a oferta de ônibus e de fontes de financiamento.

Informações: SBT News

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BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

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