De acordo com nota enviada à imprensa, o pedido de "realinhamento tarifário" foi feito "após avaliação do impacto resultante do reajuste salarial e de benefícios concedidos pela Justiça do Trabalho, na sexta-feira (25), como resultado do julgamento do dissídio coletivo dos trabalhadores rodoviários".
Segundo os empresários do setor, com a decisão de aumento salarial para os trabalhadores o custo da tarifa, por passageiro, subiu de R$ 2,96 para R$ 3,15, daí a necessidade de repassar o custo para os usuários do sistema de transporte coletivo. O Setps argumenta ainda que o pagamento do quinquênio para os trabalhadores, o aumento no custo mensal fica em torno de R$ 700 mil. Além disso, a soma do reajuste salarial (7,5%) e outros benefícios gera um impacto da ordem de R$ 5,9 milhões mensais para os empresários. Desta maneira, as despesas com pessoal subiria de 46,7% para 49,7% na planilha geral de custos.
O Sindicato das Empresas de Transporte (Setps) também será penalizado. A desembargadora determinou que os patrões paguem uma multa de R$ 75 mil no primeiro dia e R$ 25 mil nos subsequentes da paralisação. A avaliação dos desembargadores é que não houve pró-atividade dos patrões para que os rodoviários que quisessem trabalhar conseguissem colocar os ônibus nas ruas.