O sistema de reconhecimento facial da RioCard identificou 34.190 cartões de gratuidade usados de maneira fraudulenta desde setembro do ano passado, quando foi instalado. A maior parte das fraudes – 22.838 ou 82% do total – são usados por bilhetes cujos usuários cadastrados são idosos. Outros 3.365 estão em nome de universitários (12%) e 1.672, de estudantes da rede pública (6%).
Juntos, os cartões usados irregularmente produziram aproximadamente 47 mil eventos de fraude no estado do Rio do Janeiro. Até o momento, 27.875 cartões foram temporariamente suspensos e os seus titulares devem comparecer a uma loja RioCard para explicar a fraude e receber os esclarecimentos sobre o uso correto do benefício.
De acordo com a legislação que regulamenta a biometria no sistema de bilhetagem eletrônica em transporte coletivo no estado do Rio de Janeiro, o cartão é pessoal e intransferível. É importante reforçar que o uso irregular do benefício pode levar o titular a responder criminalmente por fraude.
— O benefício do subsídio não é familiar, é individual, exclusivo do titular do cartão. O filho não pode emprestar seu cartão de universitário para a mãe, a avó não pode dar seu cartão de idosa ao neto, o estudante não pode passar o cartão dele para a namorada na catraca. Estes são exemplos concretos de fraudes que encontramos no uso das gratuidades — afirmou Carlos Silveira, diretor-executivo da RioCard TI.
Por meio de uma câmera instalada junto ao validador eletrônico, o sistema de reconhecimento facial calcula as medidas do rosto do passageiro no momento em que ele passa o cartão.
Se as medidas não conferirem com a foto do cadastro, um técnico audita o caso e emite um laudo comprovando a fraude.
Quem teve o cartão suspenso deve ir a qualquer loja RioCard portando documento com foto e o cartão RioCard. Na loja, ele terá acesso ao laudo comprovando o uso indevido. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, sem intervalo para o almoço. Os endereços estão no site www.cartaoriocard.com.br.