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Prioridade no trânsito de São Paulo deve ser do transporte coletivo

domingo, 7 de março de 2010


Especialistas em transporte apontam como solução à questão da mobilidade urbana na capital paulista a priorização do transporte público através da ampliação dos corredores de ônibus
A priorização do transporte individual sobre o transporte coletivo é apontada por especialistas como a principal causa para o problema da mobilidade urbana na cidade de São Paulo. Os paulistanos enfrentam diariamente longos congestionamentos, principalmente nos horários de pico, devido ao excesso de veículos que transitam na capital paulista.
Para resolver o problema do trânsito, o governo do estado e a prefeitura têm investido bilhões na construção de pontes, túneis e vias, a fim dar maior fluidez ao tráfego de automóveis.
No entanto, especialista alertam que de nada adianta se ampliar a malha viária sem que se promova o desestímulo ao uso do automóvel, porque quanto mais espaço se dispor, mais automóveis o ocuparão. A solução, segundo eles, é se priorizar o transporte coletivo.
Para além da construção de modernas estações de metrô e ampliação da malha metroferroviária, porém, como tem sido feito pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o prefeito Gilberto Kassab (DEM) para solucionar a questão da mobilidade na metrópole, estes especialistas alegam que a saída, a curto e médio prazo, está na construção e ampliação de corredores exclusivos de ônibus.
  • Mais corredores
    Horácio Augusto Figueira, consultor em engenharia de tráfego e transporte, lembra que a população que utiliza o ônibus é a mais afetada, quando o assunto é o trânsito. Além da superlotação dos ônibus municipais, os paulistanos têm de enfrentar longos períodos a bordo dos coletivos, presos nos engarrafamentos da capital paulista, sem previsão de chegada ao destino.
    “O sistema está muito ruim. Não se tem a confiabilidade da chegada do ônibus no ponto num horário supostamente previsto, as frequências não são adequadas à demanda, na maioria das linhas nos horários de pico têm superlotação. E, depois que você conseguiu embarcar [no ônibus], você não tem a mínima garantia do tempo de percurso dessa linha ao longo da rota”, relata Figueira.
    Segundo o consultor, falta vontade política da atual gestão municipal para ampliação da malha viária destinada aos ônibus. “Quer dizer, se vai gastar 2 bilhões em túnel, ponte, viaduto, em aumento de pistas para os automóveis, para os táxis e para as motos. E o ônibus, parece que a tendência é para acabar”, protesta.
    Lúcio Gregori, engenheiro e ex-secretário municipal de transportes (1990-1992), chama a atenção para a desigualdade na utilização do espaço urbano. O espaço que quatro carros ocupam em uma rua é o mesmo espaço ocupado por um ônibus. “Considere-se que um ônibus transporta cerca de quarenta passageiros e um automóvel pouco mais de um, em media. Dá para perceber a quantidade de espaço urbano ocupado por um e outro”, relativiza.
    No mesmo sentido, Figueira explica que em uma faixa exclusiva de ônibus, em horários de alta frequência, como nos horários de pico, leva-se de 10 a 12 mil pessoas por hora, em cada sentido. Já em uma faixa de automóveis, passam cerca de 800 automóveis por hora, cada um podendo levar no máximo quatro pessoas, sendo assim, são transportadas por hora 3.200 pessoas.
    A cidade de São Paulo possui hoje dez corredores de ônibus, que juntos somam 118,9 km, em meio a uma malha viária de 17.282 km.
    Devido à precariedade do sistema de transporte por ônibus, Figueira alerta que “as pessoas estão saindo do ônibus, e indo de moto e automóvel, o que é extremamente perverso para a cidade de São Paulo”.
  • Sistema caro e ineficaz
    No início deste ano, a passagem dos ônibus municipais teve um aumento de 17,4%, indo de R$ 2,30 para R$ 2,70, passando a figurar entre as tarifas mais caras de todo país.
    De acordo com Figueira, o alto custo do sistema, alegado pela administração municipal e as concessionárias para o aumento, está relacionado à sua ineficiência, principalmente ao entravamento causado pelo trânsito. “Se um ônibus consegue fazer quatro viagens redondas, ida e volta, numa linha por dia, com aumento da velocidade o mesmo veículo ia conseguir fazer cinco viagens, você teria um acréscimo de produtividade sem aumentar um ônibus a mais na cidade de São Paulo”.
    O consultor em engenharia de tráfego e transporte afirma que, de acordo com uma pesquisa feita pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), em 35% da quilometragem das vias pesquisadas pelo órgão, a velocidade dos ônibus é abaixo de 15 quilômetros por hora, e em trechos “críticos” chega a menos de 10 quilômetros por hora.
    “Eu tive acesso a um relatório da CET de desempenho do sistema viário de 2008 e eles medem a velocidade trecho a trecho desde o Jabaquara até a Paulista, e os ônibus se arrastam ali a 8, 9, 10 e 12 km por hora de manhã e a tarde”, completa.
  • Baixo custo
    Em relação às obras realizadas na malha metroferroviária, o custo da realização de mais corredores de ônibus é relativamente mais baixo, de acordo Figueira.
    Ele explica que não são necessários investimentos milionários para que se façam mais corredores de ônibus. “Tem centenas de locais em que seria preciso ter uma faixa exclusiva [de ônibus], ou à direita ou à esquerda, operando em caráter preliminar, com cones. Não precisaria de obras, não precisaria gastar milhões de reais, não precisaria de nada disso”, defende o consultor.
    Segundo Lúcio Gregori, “os transtornos, as dificuldades da construção e os custos elevadíssimos tornam impossível pensar [na capital e região metropolitana de São Paulo] em redes de metrô de 400 a 500 quilômetros como Paris, Londres, New York. Mesmo assim [estas cidades] têm engarrafamentos de trânsito, sobretudo para quem não abre mão do uso do automóvel”.
    Figueira alerta que é preciso vontade política para se reservar mais faixas exclusivas para os ônibus. “Se a prefeitura ainda está preocupada em resolver problema de congestionamento de automóvel e não está preocupada em resolver problema de congestionamento de ônibus, algo está errado nessa história aí. Ou se foca a solução coletiva, em favor do maior número de pessoas, ou ainda está se dando um voto a favor de você comprar um carro ou uma moto para entupir mais a cidade”, protesta.
Fonte: Brasil de Fato
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Corredor de ônibus diminui tempo de viagem em Santos


Os números comprovam que os corredores de ônibus da Avenida Ana Costa, implementados pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) no segundo semestre do ano passado, diminuíram entre 20 e 30% o tempo gasto no trajeto das linhas municipais e intermunicipais nos períodos de funcionamento. Isso aconteceu tanto no sentido Centro/praia quanto no lado oposto.

Novos projetos de faixas de ônibus estão sendo estudados pela CET, como nas avenidas Conselheiro Nébias e Bernardino de Campos, e no Centro Histórico, na Rua João Pessoa.

Um dos objetivos do corredor, segundo o presidente da empresa, Rogerio Crantschaninov, é estimular as pessoas a migrarem para o transporte coletivo, em detrimento do veículo particular, o que pode significar benefícios ao meio ambiente e à qualidade de vida. A medida também resulta em tempo menor de espera nos pontos de embarque.

O horário das faixas exclusivas da Av. Ana Costa vai das 6h às 9h, no sentido praia/Centro, e das 17h às 20h, na direção Centro/praia, de segunda a sexta-feira. Neste período fica proibido o estacionamento e circulação de veículos, exceto de transporte escolar e táxis com passageiros.

Fonte: Prefeitura de Santos
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Lojas de atendimento do Cartão BOM da EMTU/SP têm horário ampliado

As lojas do Consórcio Metropolitano de Transportes, que administra os cartões BOM aceitos nos ônibus metropolitanos administrados pela EMTU/SP, estão atendendo também aos sábados, das 9h às 12h.
O usuário poderá fazer recargas, revalidações e cadastros nas lojas localizadas em Guarulhos, Mogi das Cruzes, Osasco, São Bernardo do Campo, e São Paulo (Pinheiros e Vila Mariana).
Dúvidas, reclamações e demais solicitações poderão ser feitas pelo telefone da Central de Atendimento Cartão Bom, que também atenderá aos sábados.
Fique atento aos horários de funcionamento das lojas e da Central de Atendimento do Cartão BOM:
  • LOJAS CMT:
- Guarulhos: Avenida Tiradentes, 1305 - Centro.
- Mogi das Cruzes: Rua Barão de Jaceguaim 595 - Centro
- Osasco: Avenida dos Autonomistas, 500 - Top Shop, loja 13 Próximo ao Terminal de Ônibus da Vila Yara e ao Shopping Continental.
- São Bernardo do Campo: Rua Américo Brasiliense, 343 – Centro.
- São Paulo (Pinheiros): Rua Dona Maria Carolina, 745 – Pinheiros.
- São Paulo (Vila Mariana): Avenida Domingos de Morais, 1297 - Vila Mariana.
Fonte: EMTU-SP
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Projetos para uma mobilidade sustentável em Belo Horizonte


A Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTRANS) tem buscado definir e consolidar os princípios da mobilidade urbana sustentável para Belo Horizonte. Esses princípios envolvem a acessibilidade, a segurança, a eficiência, a qualidade de vida, o dinamismo econômico, a ação integrada e a inclusão social. A mobilidade é fundamental para a qualidade de vida da população e pode contribuir de forma decisiva para a estruturação e melhoria dos espaços públicos. A gestão da mobilidade sustentável significa, antes de mais nada, preservar a segurança do trânsito e priorizar, na circulação urbana, o modo a pé e o transporte coletivo de qualidade, integrado e rápido.

É visando a esta mobilidade sustentável que a Gerência de Projetos de Trânsito – GEPRO – coordena, elabora e analisa estudos preliminares, anteprojetos e projetos básicos e executivos relativos ao sistema viário. Para realizar este trabalho são analisados os planos de circulação, a capacidade e a geometria das vias, as sinalizações horizontal, vertical (inclusive de indicação) e semafórica do local. São também elaborados os projetos especificamente voltados para circulação e infraestrutura destinada ao transporte não motorizado, contemplando pedestres e ciclofaixas, ciclovias e pistas de cooper. É importante frisar que os projetos de faixas e pistas preferenciais e/ou exclusivas para o transporte coletivo por ônibus têm se tornado uma alternativa sustentável para a mobilidade nas grandes cidades.
Além disto, a GEPRO estabelece e atualiza as normas e padrões técnicos para desenvolvimento de projetos geométrico de sinalização sob os aspectos conceitual e legal, baseados no Código de Trânsito Brasileiro e na realidade da cidade. Agindo desta maneira, é possível diagnosticar e elaborar projetos para tratamento de pontos críticos de acidentes, priorizando a segurança e o conforto nos deslocamentos. O meio ambiente do município também é fator de preocupação para a Gerência, que elabora Relatório de Controle Ambiental – RCA – e Plano de Controle Ambiental – PCA - relativos aos projetos viários elaborados pela Gerência para posterior aprovação, em cumprimento à legislação vigente.

A Gerência de Projetos de Trânsito também analisa e aprova projetos diversos: operacionais elaborados por outras gerências; provenientes do Orçamento Participativo da PBH, outros órgãos públicos (municipais, estaduais e federais) ou de outros canais de participação popular; complementares aos projetos viários em parceria com outros órgãos da PBH; e de abertura de novas vias ou trechos viários quanto à definição do traçado e da circulação pretendida. Quanto aos Relatórios de Impacto na Circulação – RIC, a GEPRO é responsável pela aprovação dos respectivos projetos executivos de trânsito. Por fim, o comprometimento com o acompanhamento e a implantação dos projetos, bem como sua avaliação e monitoramento pós-implantação mostram a abrangência do trabalho da GEPRO.
Fonte: GEPRO, BHTRANS.
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