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Em São Paulo, Construção de nove terminais fica no papel

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A gestão Gilberto Kassab (PSD) deixará para o próximo prefeito a construção de nove terminais de ônibus e obras de requalificação em 10 deles. Das 19 obras previstas para serem entregues até o fim deste ano, só três foram feitas, segundo o Plano de Metas.
Foto: Alf Ribeiro/Folhapress

A cidade tem 28 terminais, entre municipais e intermunicipais. Eles são vitais para organização e aumento da capacidade de transporte, diz o engenheiro e mestre em transportes pela Poli (Escola Politécnica) da USP, Sérgio Ejzenberg.

“Eles integram os pequenos ônibus, que servem os bairros, às áreas onde circulam veículos com maior capacidade de passageiros.” 

Segundo o Plano de Metas, alguns terminais, como o Varginha, no Grajaú, na zona sul, não têm nem projeto concluído.
Se o terminal Jardim Miriam, que não tem local definido para implantação, já estivesse pronto, a secretária Bruna Santana, de 21 anos, acredita que não pegaria dois ônibus para ir de sua casa, na Vila Joaniza, ao Itaim Bibi, onde trabalha. “Chego às 6h no ponto e os ônibus estão lotados. Se o terminal estivesse pronto, teria mais opções.”

O pacote de requalificações de Kassab prevê a melhoria nos acessos aos terminais e no mobiliário interno. No entanto, as obras no terminal AE Carvalho, na zona leste, foram anunciadas em 2008 e ainda não ficaram prontas.

A SPTrans, responsável pela administração do sistema de transporte na cidade, diz que estão em andamento as obras de requalificação nos terminais Vila Nova Cachoeirinha, Santo Amaro, Penha e no A. E. Carvalho.

Sobre os novos terminais urbanos, a empresa municipal informa que já foram lançadas as licitações para a construção em Perus, Jardim Ângela e Parelheiros. 




Fonte: Band

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Sinal sonoro vai identificar ônibus para deficientes visuais em Manaus


Um dispositivo sonoro voltado para melhorar a qualidade de vida de pessoas com deficiências visuais que utilizam o transporte público na cidade será produzido em breve no Amazonas. O projeto foi apresentado pelo inventor José Erivaldo Zane Ferreira e busca solucionar as dificuldades do deficiente visual ao utilizar o meio de transporte urbano.

O projeto consiste em um dispositivo de áudio implantado, seja nas paradas ou dentro dos ônibus. O dispositivo será acionado automaticamente pela aproximação dos ônibus, identificando a linha tanto para os deficientes quanto para a comunidade em geral.

Conforme Ferreira, há inúmeros portadores de deficiência visual que utilizam os meios de transportes públicos em Manaus e essas pessoas enfrentam muitas dificuldades para identificar as linhas de ônibus, principalmente à noite. “Os deficientes visuais sofrem nas paradas por não conseguirem identificar a numeração dos ônibus e, muitas vezes, perdem o transporte”, afirmou.

O projeto será viabilizado por meio do projeto intitulado ‘Sistema de Áudio para Identificação do Transporte Coletivo Urbano’, contemplado no Programa Estadual de Atenção à Pessoa com Deficiência – Viver Melhor/Edital de Apoio à Pesquisa para o Desenvolvimento de Tecnologia Assistiva (Viver Melhor/Pró-Assistir), financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), em parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped).

Ao todo, a Fapeam por meio do Programa Viver Melhor/Pró-Assistir contemplou oito projetos voltados para tecnologias assistivas. A lista já está disponível no site da FAPEAM. O programa tem por finalidade apoiar a realização de pesquisas que visem ao desenvolvimento de produto ou protótipo de produto de tecnologia assistiva, para promoção de funcionalidade relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, objetivando a sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social.

Oito projetos serão desenvolvidos em quatro linhas temáticas nas áreas de deficiência visual, deficiência auditiva, deficiência física e deficiências múltiplas. As propostas aprovadas serão financiadas com recursos da ordem de R$ 2,5 milhões em bolsas.


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Deficientes físicos não têm acesso ao transporte público em Fortaleza

São muitas as dificuldades enfrentadas pelos deficientes físicos para circular em Fortaleza. Uma delas é o acesso ao transporte público. Fila, espera e ônibus cada vez mais lotado. Essa é a rotina desgastante de quem depende do trasporte público.

Duas cadeirantes foram chamadas pelo CETV para testar o serviço em Fortaleza. No primeiro ônibus ela encontrou dificuldades. O transporte coletivo não é acessível para cadeirantes e o cobrador teve que ajudar a cadeirante Daiane Clésia a entrar no ônibus. "Já quebraram até uma peça da minha cadeira por causa da dificuldade de entrar no transporte coletivo de cadeira de rodas. São quase todos apresentam problemas", afirmou Daiane Clésia.

Em outro ônibus o cobrador tem dificuldades de descer o elevador. Consegue só depois de várias tentativas. No terceiro ônibus, apesar de ter o equipamento, o mesmo não funcionava, estava quebrado. "É a primeira vez que paramos para cadeirantes. E acho que pelo ônibus ser novo, o equipamento não está funcionando", disse o cobrador Rafael Fontelles.

Pelo menos 12 mil deficientes físicos utilizam o transporte público em Fortaleza. Esses usuários são cadastrados no banco de dados da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) e embarcam de graça nos ônibus. Atualmente metade da frota já adaptada para receber cadeirantes, mas o serviço ainda não é 100% eficaz, segundo especialistas.

"Não existe ponto de parada ainda para os cadeirantes. Essa é a dificuldade sentida pelos motoristas. Poderia ter um espaço para nós encostarmos mais e deixar a via aberta para os outros ônibus passarem", afirmou o motorista José Eduardo.

Já para o diretor do Sindicato dos Motoristas de ônibus, Tobias Brandão, os motoristas são obrigados pelos empresários a não perder tempo nas paradas de ônibus por ter que cumprir com uma rotina sempre apertada. "As empresas não querem trasportar com uma boa qualidade de segurança. Elas querem que o motorista corra. Faça o maior número de viagens possíveis. O motorista tem que sempre andar a mil por hora para tentar cobrir uma programação de viagem", disse.

A Etufor falou em nota que os ônibus passam por vistorias todos os meses. Mas se algum passageiro não conseguir embarcar pode denunciar para a ouvidoria da Etufor pelo número 3452.9292.

Informações: G1 Ceará

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Em BH, Nova lei tira cobrador dos ônibus coletivos nas madrugadas e aos domingos e feriados


A figura do trocador vai desaparecer do transporte coletivo de Belo Horizonte de madrugada, aos domingos e feriados. Pela Lei 10.526, publicada ontem no Diário Oficial do Município (DOM), a prefeitura dispensa o agente de bordo dos ônibus que operam o sistema convencional entre a 0h e as 4h49 nos dias de semana. O mesmo ocorrerá nas 24 horas dos domingos e feriados, quando o quadro de horários e o movimento de passageiros são reduzidos. 

As linhas que passam a operar somente com motorista nesses dias e horários específicos serão definidas por uma comissão paritária formada por empresas, trabalhadores e poder público, conforme prevê o Decreto 14.997, publicado ontem. A redação da lei trata ainda da supressão do agente de bordo nos veículos das linhas troncais do BRT (transporte rápido por ônibus), que já tinham previsão de pagamento prévio em estações, e nos veículos executivos, turísticos ou miniônibus. 


Apesar de já ter entrado em vigor, a nova legislação divide funcionários e empregadores. Para o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (STTRBH), Carlos Henrique Marques, a decisão afeta o trabalho do motorista. “Não somos favoráveis à lei de maneira alguma, pois sozinho o motorista tem de dirigir, cobrar passagem, prestar atenção ao trânsito e aos passageiros. Tem que assumir dupla função, o que pode comprometer a atenção no trabalho e a segurança de todos”, ressalta. 

Outra preocupação da categoria é a realocação dos trocadores, que deixarão de trabalhar nos horários previstos na lei. A decisão, no entanto, já foi abordada no texto. Conforme a regra, as concessionárias dos serviços de transporte público reenquadrarão agentes de bordo, que terão os postos de trabalho extintos nas bilheterias das estações de integração do BRT ou em outras que lhes sejam pertinentes. 

Carlos Henrique afirma que, depois de ter visto a proposta aprovada na Câmara municipal em dois turnos, a saída foi pedir ao prefeito a participação do sindicato na escolha das linhas e na operação do sistema. “Vamos acompanhar tudo de perto e nosso pedido ao usuário é para que a compra do crédito eletrônico seja cada vez maior. Isso vai evitar a circulação de dinheiro no ônibus, o risco de assaltos, além de garantir ao motorista mais segurança na direção.”

Reaproveitamento

Já o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de BH (Setra-BH) acredita que a medida, já implantada no sistema metropolitano, não vá afetar negativamente o trabalho dos empregados. Segundo a entidade, o movimento é reduzido de madrugada e aos domingos e feriados. Além disso, a lei especifica que todos os passageiros deverão ser transportados sentados, sendo admitido o limite máximo de seis pessoas em pé. Caso contrário, a presença do trocador será retomada. Segundo o sindicato, os agentes de bordo serão aproveitados. 

Para o coordenador-geral do Núcleo do Transporte da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o especialista em tráfego urbano Ronaldo Guimarães Gouvêa, a medida segue uma tendência natural de mercado. “Desde que surgiu a bilhetagem eletrônica, vemos que a figura do trocador é cada vez mais desnecessária. Estamos em uma fase de transição, porque ele ainda atende a quem não tem o cartão eletrônico. Mas a presença dele é uma questão de tempo”, afirma.

Fonte: Estado de Minas

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