O democrata Rodrigo Dantas já redigiu nove emendas ao texto. Uma delas pede o aumento do prazo máximo para uso do bilhete de duas para três horas. Outra propõe que o intervalo entre as viagens de ida e volta diminua de uma hora para 30 minutos.
Uma pessoa que mora na Baixada e vai para Copacabana pode ficar presa em um engarrafamento e levar mais de duas horas para chegar ao Centro, de onde pega condução para a Zona Sul, ressalta.
Colega de plenário de Dantas, Luiz Paulo (PSDB) questiona o formato dos repasses do estado às empresas de transporte. Ele diz que a mensagem apresentada pelo Executivo não deixa claro o funcionamento dos subsídios. E se o governo não repassar essa verba, O serviço vai ser interrompido, Isso ainda não está claro¿, lembra o tucano.
A maioria dos usuários do transporte coletivo, porém, só vê motivos para sorrir. Morador de São João de Meriti, o office-boy Roosevelt Lutero, de 30 anos, trabalha no Centro e gasta R$ 11,10 de passagem por dia. Com o Bilhete Único, vai passar a desembolsar R$ 8,80. No fim do mês, a economia vai ser de cerca de R$ 46. Dá para comprar muita coisa com esse dinheiro.
O Projeto de Lei que institui o Bilhete Único foi publicado nesta sexta no Diário Oficial. A Mensagem 63/2009, de autoria do Poder Executivo, explica as regras do benefício, que deve funcionar a partir do dia 1º de fevereiro de 2010.
O bilhete vai custar R$ 4,40 e serve para as viagens intermunicipais entre as 20 cidades da Região Metropolitana do Rio. O projeto determina que o intervalo máximo entre o primeiro e o segundo embarques é de duas horas. Os R$ 4,40 de crédito pode ser gasto em dois meios de transporte como ônibus, trens, metrôs, barcas ou vans. O intervalo mínimo para uso do bilhete entre as viagens de ida e volta é de uma hora.