Segundo o secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura, Fernando Marcato, o projeto está em ajustes finais e deve ser publicado em setembro. O cronograma prevê que o leilão deve ocorrer cerca de 90 dias depois. Com isso, está previsto para dezembro.
As empresas interessadas em assumir a gestão do metrô da capital devem aguardar a publicação do edital para entender detalhes do projeto e elaborar as propostas.
O secretário disse estar otimista. “São projetos desafiadores, sobretudo no setor de infraestrutura com juros alto. A questão da pandemia de Covid-19 e da guerra na Ucrânia (afetaram as economias). Mas temos mapeado alguns investidores”.
O que prevê a privatização
A empresa vencedora da licitação deve se comprometer a revitalizar a linha 1 e a construir a linha 2 do metrô de BH. O primeiro ano de concessão deve ser destinado à elaboração desses projetos.
A partir do segundo ano, segundo Fernando Marcato, a revitalização da linha 1 deve ter início. Um dos pontos é a atualização dos trens. Atualmente, o sistema conta com 35. A maioria deles (25) roda desde 1981. Outros 10 operam desde 2012.
Também está prevista a ampliação de um quilômetro da linha, que ganhará uma nova parada: a estação Novo Eldorado. Atualmente a linha 1 conta com 28,1 km e 19 estações.
Em relação à linha 2, o metrô ligará os bairros Calafate e Barreiro (10,5 km de vias e sete novas estações). Essa linha tem previsão de entrar em operação no sexto ano de concessão.
Investimento
O projeto de privatização do metrô de BH prevê investimento de R$ 3,8 bilhões. O governo federal será o principal financiador, com aporte de R$ 2,8 bilhões.
O governo de Minas, com recursos provenientes do acordo firmado com a mineradora Vale pela reparação do rompimento da barragem em Brumadinho, vai arcar com R$ 430 milhões. A quantia restante será de responsabilidade da empresa vencedora do leilão.
Informações: Hoje em Dia