Cinquenta toneladas de lixo foram retiradas do metrô do Recife em 2015, número que já foi maior do que em 2014. Este ano está só começando, mas os entulhos, as embalagens de pipoca, as garrafas de água e outros objetos já estão lá nos trilhos. Enquanto isso, muitas das lixeiras disponibilizadas nas estações estão vazias.
Passageiros culpam os próprios usuários pela sujeira. "Não sei se é por vício ou por falta de informação, mas é recorrente. As pessoas têm que ter consciência de que aquilo prejudica todo mundo", diz a universitária Fernanda Gonçalves, 25 anos. A estudante sugere que, se não houver lixeiras próximas, cada um guarde o seu lixo na bolsa até chegar em casa, uma lição que aprendeu com um professor na escola e é o que faz até hoje.
Pombos tomam conta de terminais integrados e do metrô, colocando passageiros em risco
A cuidadora de idosos Dulce Maria da Silva, 52, conta que já abordou um jovem para reclamar sobre o lixo que ele estava jogando nos trilhos. "Ele respondeu que o metrô teria que pagar alguém para limpar", relata. "Isso não é certo."
De acordo com a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), em 2014, o metrô gastou R$ 10 milhões com limpeza de estações e composições, além da retirada de entulhos dos trilhos. O orçamento diminuiu no ano passado para R$ 8,5 milhões, segundo a empresa, por causa da crise econômica.
Informações: JC Trânsito
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