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Cuiabá: Sistema VLT é muito mais eficiente e moderno do que o sistema BRT, diz o Pres. da Agecopa

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Apostando na modernidade, agilidade e nova cara que o sistema de transporte VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) vai conferir a Cuiabá e Várzea Grande é que a Agecopa confirmou o modelo R$ 600 milhões mais caro que o sistema inicial escolhido, o BRT.

Para o presidente da Agecopa, Eder Moraes, este foi um momento crucial para o Estado. “Se nós não tivermos a coragem de ousar nesse momento, corremos o risco de passar pela história como homens medíocres”, argumenta.

A escolha do sistema, depois de quase dois anos da criação da Agecopa, tem algumas consequências, como a revisão de projetos das avenidas Miguel Sutil e FEB, que já foram licitados pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Como os projetos básicos serão alterados, o presidente já prevê questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU).

Eder Moraes afirma que os obstáculos burocráticos são muitos, mas a Agecopa tem conseguido vencê-los, apesar das dificuldades. Nem por isso o presidente concorda com o projeto que está sendo votado no Congresso prevendo o sigilo dos valores dos contratos das obras da Copa. Ele afirma que a Agecopa vai continuar divulgando os dados.

Na projeção política, por conta da exposição e do cargo importante que está ocupando, o presidente afirma que não tem pretensão nenhuma de ser candidato ao governo em 2014.

Diário de Cuiabá – O VLT foi escolhido como novo sistema de transporte a ser adotado em Cuiabá e Várzea Grande. Como a Agecopa chegou a essa escolha e por quê?

Eder Moraes – A sociedade toda observou que nós andamos o mundo procurando conhecer como funciona esse modal em regiões similares ao relevo aqui da Baixada Cuiabana. Percebemos o conforto, a flexibilidade, a durabilidade e a questão de um novo visual da cidade, do paisagismo que tudo isso causa em seu entorno, da modernidade. Acima de tudo, por se tratar também de uma questão futurista. Todos nós sabemos como funciona o BRT, nós não podemos andar para trás. Para você criar um BRT de hoje para amanhã em Cuiabá, basta pegar as laterais das avenidas no sentido das duas mãos e tingir de uma cor diferente - de vermelha, amarela, qualquer que seja. E coloca ali como um corredor exclusivo de ônibus. E está estabelecido um BRT. Não é isso que queremos. Nós desejamos um legado de modernidade, geração de emprego, geração de renda, um transporte que seja atrativo e acessível ao trabalhador e a todas as classes sociais. Que haja uma migração dos veículos do dia-a-dia para a utilização desse meio de transporte pelo conforto que ele traz e rapidez com que ele chega a seu destino. Enfim, foi avaliada a questão custo-benefício. Na questão da substituição de um pelo outro, temos uma redução de quase 90% nas desapropriações. E isso, por si só, já justifica o investimento no VLT.

Diário – Quanto ficará mais caro o VLT com relação ao BRT?

Moraes – O BRT ficaria em torno de R$ 500 milhões, o VLT vai ficar em torno de R$ 1,1 bilhão. O Estado pretende bancar sozinho toda essa operação através da majoração da operação de crédito junto ao BNDES, dentro da capacidade de investimento do Estado. Daí futuramente o Estado faz a concessão da exploração, dentro da tarifa que ele melhor se adequar em relação ao bolso do trabalhador. O resultado dessa concessão mensal, já que ela vai estar exonerada do retorno do investimento, será revertida na amortização do empréstimo que foi feito, e se houver a necessidade o Estado complementa.

Diário – Foi levantada uma possibilidade de os vagões do VLT não ficarem prontos até a obra por causa da demanda?

Moraes – Isso não verdade! Algumas empresas estão com sua capacidade de industrialização e de fabricação tomada, mas outras têm espaço, desde que se faça planejamento até 2012 para aquisição disso. Será feita uma licitação para o processo dos vagões e a empresa que oferecer - de acordo com um termo de referência elaborado por especialista da área - melhor qualidade, menor preço, a que melhor atender em questão de durabilidade, manutenção, de retorno do capital investido, é a que será a vencedora.

Diário - Durante o processo de escolha, falou-se numa parceria público-privada, a PPP. Agora, ficou definido que o Estado bancará.

Moraes - Isso, a tendência hoje é que o governo assuma 100% da operação, até para que se dê celeridade a esse processo. E depois, futuramente, faremos a concessão para exploração disso, dentro dos parâmetros que o governo vai criar. Mas também haverá integração entre o governo, prefeitura e entre os entes envolvidos. Mas quero despreocupar as prefeituras municipais do ponto de vista de operacionalizar o sistema, isso ficará a cargo do governo do Estado. Já estamos com técnicos reunidos e trabalhando na questão da integração, da bilhetagem única, da alimentação desses ramais, da integração efetiva dos bairros. Evidente que se terá muito questionamento, bairros onde o VLT passa por perto, onde a distância entre o VLT e a integração não é tão longa. Vamos fazer toda a adequação necessária. Até porque o VLT não é o primeiro sistema implantado em Cuiabá.

Diário – E na questão financeira, como as prefeituras vão ajudar?

Moraes – Com o Estado assumindo toda a implantação do VLT, às prefeituras caberão o que já é de responsabilidade delas, especialmente na restauração e recuperação das vias de acesso. Também é preciso que se faça a execução daquilo que está no PAC, no sentido de esgotamento sanitário da cidade.

Diário – Com a escolha do VLT, o senhor afirma que as desapropriações serão infinitamente menores. Como vai se conduzido esse processo e quanto está reservado para as desapropriações?

Moraes – Nós estamos fazendo um levantamento com a empresa que já venceu a licitação, que já está a campo, apurando valores, notificando as pessoas que inevitavelmente terão que ser deslocadas nesses pontos, especialmente nas obras de desbloqueio. Estamos fazendo isso com justiça social e acima de tudo com respeito ao cidadão. Por isso vemos que não há reclamação. A gente não pode ficar num momento tendo que dar uma satisfação, e principalmente em cima de argumentação sem fundamentação nenhuma.

Diário – Por conta da escolha do VLT, projetos do Dnit terão que ser revistos nas avenidas Miguel Sutil e na FEB. Como fica essa questão?

Moraes – São cinco lotes que o Dnit licitou em cima de projetos que foram encaminhados pelo governo do estado de Mato Grosso. Eu ainda não era presidente da Agecopa. Esses projetos foram feitos na gestão anterior e eles não previram nem o BRT e nem o VLT em sua concepção. Haja vista que o pavimento rígido, a pavimentação necessária para receber os trilhos e toda a carga do VLT não está contemplado em nenhum projeto. É natural que esses projetos, com alterações tão substanciais, sofram questionamento junto ao TCU.

Por isso, vamos refazer cerca de três lotes e validar dois onde não está passando o VLT. Por exemplo, na Miguel Sutil não há necessidade de cancelar o projeto. Em um bom trecho da Fernando Correa também não haverá necessidade, como na Rubens de Mendonça, a Avenida do CPA, não haverá necessidade de a gente alterar o projeto. Mas onde houver a necessidade, terá que ser feito. Já estão sendo realizados estudos, estamos conversando com o Dnit. Os recursos já estão garantidos pela presidente Dilma [Rousseff], então não sofrerá nenhum tipo de solução de continuidade. Nós estamos programando as obras para o início de 2012, e em 2011 cuidando dos projetos, da legalidade e da parte processual.

Diário – O senhor disse que o VLT é um projeto para Cuiabá e não para a Copa. Corre o risco de o VLT não ficar pronto a tempo para o Mundial?

Moraes – No nosso planejamento, não - ele será entregue no início de 2014. A Copa é em julho, então ele estará sendo operacionalizado antes da Copa. O que eu tenho colocado é que muitos colocam como uma angústia o VLT não estar pronto até a Copa. Isso não é uma condição ‘sine qua non’ do processo. VLT é legado, é aquilo que fica de herança do projeto Copa do Mundo e a oportunidade de financiamento. Se nós não tivermos a coragem de ousar nesse momento, nós corremos risco de passar pela história como homens medíocres, que não tiveram a coragem de decidir.

Diário – E quando nós vamos parar de falar de projetos e vamos ver obras nas ruas?

Moraes - A partir de 2012! Mas sobre essas duas obras que estão sofrendo retoques do Dnit, em dois lotes poderão ser dado início ainda este ano, mas será considerada antecipação de cronograma, nossa programação é para 2012. Mas está sendo feita a duplicação da ponte Mário Andreaza, a licitação da duplicação já está na praça. A duplicação da [rodovia] Cuiabá–Chapada está a pleno vapor. A duplicação do Coxipó até a Imigrantes pelo Parque Cuiabá já está toda em obras. Temos travessas que estão em obras aqui próximo da Estrada da Guia. Então estamos tocando, as coisas estão acontecendo. O estádio está com mais de 25% das obras executados. Estamos fazendo nossa obrigação, sim. É que, às vezes, as pessoas querem ver a obra aqui no Centrão. São 58 projetos que estão sendo colocados em licitação nesse momento. Nós só podemos iniciar uma obra com o projeto conceitual, projeto básico, projeto executivo e a licença ambiental efetivamente prontos. Aí, sim, você pode dar a ordem de serviço par se iniciar a obra.

Diário – Sobre a liberação do dinheiro pelo BNDES, como está?

Moraes – Nós fizemos a solicitação, o BNDES está analisando toda a documentação, tem algumas declarações em que eles pediram ajustes e eles estão sendo feitos. A questão de liberação de recursos para a Copa do Mundo é extremamente burocrática, extremamente cheia de regras, e nós estamos vencendo um a um esses obstáculos, não tem sido fácil.

Diário – Com relação a um Centro de Treinamento que seria construído em Várzea Grande e não será mais. Já havia projeto pronto. Por que a desistência?

Moraes – Nós fizemos uma reconsideração sobre esse caso em Várzea Grande pelo apelo que houve de vários empresários que já estavam destinando investimento para aquela região. Fomos ‘in loco’ verificar e há a possibilidade, sim, do Centro de Treinamento ser instalado lá. Nós demos continuidade ao processo, não houve prejuízo nenhum. Em 15 dias, o projeto básico e executivo ficará pronto e nós vamos licitar a construção desse Centro de Treinamento. Da mesma forma estão sendo adiantadas as tratativas junto à Universidade Federal, onde vai ser instalado um Centro de Treinamento. O Dutrinha também será um Centro de Treinamento, mas será a última obra que nós vamos fazer e mexer porque a cidade não pode ficar sem um local para a prática de esporte e de campeonatos estaduais. E na região do Grande CPA, nesses 10 dias, eu defino um local para se colocar um Centro de Treinamento ali.

Diário – Esse Centro de Treinamento da UFMT é novidade e foi uma proposta defendida pelo diretor Carlos Brito.

Moraes – Não, o Centro de Treinamento na UFMT é um consenso em face à melhoria da infraestrutura já existente, também em decorrência da nova avenida Córrego do Barbado que dá um novo acesso à Universidade. E também levando em consideração os investimentos que vamos fazer no zoológico, no teatro municipal, enfim, é um local público que evidentemente será destinado à comunidade. Então esse conceito vai bem dentro daquilo que nós queremos. Em nenhum momento ventilamos tirar o Centro de Treinamento dali.

Diário – Num projeto enviado à Assembleia Legislativa sobre a alteração da Lei que criou a Agecopa, foi incluído um item que acaba com a proibição de os diretores serem filiados a um partido político.

Moraes - Não, isso não foi alterado. Manteve-se o status de não filiação partidária e se alguém tem pretensão de voltar à vida pública isso tem que ser feito dentro dos prazos legais. Primeiro, tem que sair um ano antes das eleições para poder fazer a filiação partidária e, uma vez feita a filiação, tem que se desligar do cargo na Agecopa.

Diário – Com essa sua grande exposição na mídia, comandando todas essas obras que prometem mudar a cara de Cuiabá e tendo vista que o PR e o PMDB ainda não têm nomes fortes ou bem colocados para substituir o governador Silval Barbosa, se o grupo político o convidasse para ser candidato a governador de Mato Grosso o senhor aceitaria?

Moraes – Eu não tenho esse projeto, está totalmente descartado se depender da minha vontade. É uma possibilidade nula se depender do Eder Moraes. Como eu sempre disse na vida pública por onde passei, quero concluir os trabalhos que iniciei e o que estou fazendo. E no atual cargo, os trabalhos só vão terminar em 2014, portanto não há espaço para disputa política.

Diário – O que o senhor considera da Medida Provisória que será votada no Senado flexibilizando as regras das licitações para as obras da Copa e ainda sobre o item específico que coloca sob sigilo o valor de cada serviço pago com dinheiro público?

Moraes – Nós, da Agecopa, vamos continuar com os procedimentos de transparência, abrindo tudo que sociedade quer e precisa saber. Não achamos conveniente, sob nenhuma hipótese, manter sob sigilo questões que são de interesse público. E nós comungamos do mesmo pensamento do presidente do Tribunal de Contas, Valter Albano: as coisas têm que estar muito transparentes e claras. E eu vou manter esse princípio até o final da minha gestão!


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No Recife, Av. Agamenom Magalhães, pulmão viário do Recife, por onde trafegam diariamente 60 mil veículos, não ganhará um corredor exclusivo de transporte público

Apesar de a Agamenon Magalhães ter ficado de fora nesse primeiro momento, a previsão do governo do Estado é lançar os editais de licitação dos três corredores ainda em julho. São eles: Corredor Leste-Oeste (entre a Praça do Derby e o Terminal Integrado de Camaragibe), Corredor Norte Sul (entre o Terminal Integrado de Igarassu e o Centro do Recife, pela Avenida Cruz Cabugá), e o Corredor da BR-101 (que será restaurada e ganhará um corredor exclusivo de ônibus entre o entroncamento com a PE-15 e Cajueiro Seco, em Jaboatão).
Os estudos comprovaram que a demanda do Norte-Sul, a partir do Shopping Tacaruna, é voltada para o Centro do Recife ou para Boa Viagem. E, em conversas com a Prefeitura do Recife, ficou decidido que só poderemos levar o corredor até a Zona Sul da capital depois que a Via Mangue se concretizar. Sem ela, não haveria alternativa de mobilidade. Seriam muitas obras. E levar o corredor apenas até o Terminal de Joana Bezerra se mostrou sem sentido , explicou Danilo Cabral.
Juntos, os três corredores totalizam quase 100 quilômetros de prioridade ao transporte de massa e investimentos de R$ 940 milhões. Com exceção da BR-101, os outros dois têm que ser licitados o mais rápido possível para que, até o fim do ano, as concorrências públicas estejam concluídas e as obras, iniciadas. São projetos que dependem dos recursos do PAC da Copa e a presidente Dilma Roussef exigiu que até o fim do ano estejamos com tudo licitado. Para nos antecipar aos problemas, criamos um grupo de trabalho em parceria com o Tribunal de Contas (TCE) e todos os projetos já estão sob análise dos técnicos , garantiu.
Os corredores serão de BRT (Bus Rapid Transit), modelo operado por ônibus articulados e biarticulados, com embarque em nível e pagamento antecipado de tarifas. A proposta do Corredor da BR-101, entretanto, poderá sofrer atrasos. O projeto está sendo analisado pelos técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit). Mas, segundo Danilo Cabral, o Corredor da BR-101 não será viabilizado com recursos do PAC da Copa, pois R$ 300 milhões são do Dnit e o restante virá dos cofres do Estado.

Roberta Soares - Jornal do Commercio

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Em BH, Detectores de invasão de faixa exclusiva para ônibus estão em operação

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos e da BHTRANS, informa desde 16/6, estão em operação na capital os detectores de invasão de faixa exclusiva para ônibus. Os equipamentos iniciam a fiscalização do tráfego não autorizado nas pistas e faixas de circulação exclusiva para o transporte coletivo da avenida Nossa Senhora do Carmo, com quatro equipamentos.

Os detectores fazem parte da Concorrência Pública 009/2009, na qual foram licitados 12 equipamentos do tipo “detector de invasão de faixas exclusivas”. Todos os locais estão sinalizados e com faixas de pano. Desde de segunda-feira estão sendo distribuídos 8 mil folhetos informativos para orientar os condutores.

Foto: Sidney Lopes
Inicialmente, quatro equipamentos deverão entrar em operação nos locais abaixo:

- Avenida Nossa Senhora do Carmo, nº 777, entre Rua Cristina e Rua Rio Verde – Sentido Bairro/Centro;
- Avenida Nossa Senhora do Carmo, nº 329, entre Rua Montes Claros e Rua Outono – Sentido Bairro/Centro;
- Avenida Nossa Senhora do Carmo, nº 500, entre Rua Montes Claros e Rua Passa Tempo – Sentido Centro/Bairro;
- Avenida Nossa Senhora do Carmo, nº 624, entre Rua Passa Tempo e Rua Rio Verde - Sentido Centro/Bairro.

PRIORIZAÇÃO DO TRANSPORTE COLETIVO E MOBILIDADE URBANA

A política de priorização de circulação do transporte público, com adoção de pistas e faixas exclusivas, é uma tendência bastante utilizada nos principais centros urbanos do mundo, o que viabiliza um transporte mais rápido para a população. As faixas ou pistas de circulação exclusiva propiciam o aumento da velocidade operacional dos ônibus, reduzindo os conflitos destes com os demais veículos da via e, consequentemente, reduzindo o tempo de viagem para os usuários. Outro benefício importante é que os embarques e desembarques de passageiros ocorrem com maior nível de conforto e segurança, em plataformas dimensionadas para a demanda dos usuários.

Considerando que a média de ocupação de um veículo particular é de aproximadamente 1,2 passageiro/veículo e que um ônibus é capaz de transportar até 70 pessoas/veículo, verifica-se que, para se transportar a mesma quantidade de pessoas embarcadas em apenas um ônibus, são necessários aproximadamente 55 veículos particulares (VEJA FOTO ABAIXO). O espaço físico ocupado por este ônibus no sistema viário é de aproximadamente 12 metros de comprimento, contra aproximadamente 232 metros relativos ao espaço ocupado pelos 58 veículos. Mesmo com os grandes investimentos realizados pela PBH em infraestrutura viária nos últimos anos, estes nunca serão suficientes para absorver o grande número de veículos que entram em circulação diariamente nos grandes centros urbanos, cuja frota atual na capital é de 1,3 milhão de veículos.

Criar as melhores condições para a circulação do transporte coletivo, tornando-o cada vez mais eficiente e atrativo à população, possibilita uma melhor mobilidade dentro da cidade. Os detectores de invasão de faixa exclusiva para ônibus são instrumentos importantes para que as condições de circulação do transporte coletivo melhorem a cada dia, incentivando mais usuários a utilizarem este modo de transporte em seus deslocamentos diários.

INFORMAÇÕES DO TRANSPORTE COLETIVO

- Um ônibus pode transportar até 70 passageiros. Em média, são necessários 55 automóveis leves para transportar o mesmo número de pessoas de um ônibus;

- Pela Avenida Nossa Senhora do Carmo trafegam 38 linhas do transporte coletivo urbano, que levam cerca de 130 mil passageiros por dia. As faixas exclusivas para ônibus na avenida foram implantada em Julho/2009;

- Os ônibus transportam 59,2% das pessoas que circulam pela Avenida Nossa Senhora do Carmo.


Fonte: BHTrans

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São Paulo: Ciclistas e Motoristas desconhecem as Leis de Trânsito

Apesar de listar direitos e deveres dos ciclistas, o Código de Trânsito Brasileiro não sai do papel quando o assunto é a proteção aos condutores de bicicletas. O artigo 201 da lei, sancionada em 1997 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), determina que os motoristas mantenham distância lateral mínima de 1,5 metro ao ultrapassar as bicicletas.
No entanto, na prática os ciclistas correm riscos ao transitar pelas ruas do Grande ABC dividindo o mesmo espaço com carros, ônibus e caminhões. Nos últimos dois anos, nenhum motorista foi multado por desrespeitar a distância mínima em Santo André, São Bernardo, São Caetano, Mauá e Ribeirão Pires. Diadema e Rio Grande da Serra não informaram se houve autuações no biênio.
Para o advogado Marcos Pantaleão, da comissão de Direito do Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo, o problema da lei é a dificuldade para a comprovação das infrações. "Como o agente de trânsito, ao olhar o veículo, vai saber se está a 1,5 m ou 1,3 m? É complicado fazer esse tipo de autuação. Por outro lado, muitas vezes é o próprio ciclista quem infringe a lei."
O código determina que as bicicletas devem ser equipadas com campainha, sinalização noturna e retrovisor. A maioria, porém, não dispõe desses itens. O ciclista só pode transitar na lateral da via, no mesmo sentido de circulação dos demais veículos.
Na avaliação do advogado, a melhor forma de conscientizar os motoristas é a criação de campanhas educativas. "A multa não vai resolver o problema, até porque muitos desconhecem essa lei."
O engenheiro Dario Rais Lopes, ex-secretário estadual de Transportes, acrescentou a dificuldade para o cumprimento da legislação. "Um carro off-road tem 1,8 m de largura. Se for somar com o 1,5 m de distância, dá 3,3 m, que é a medida da faixa. Ou seja, o motorista irá invadir a pista lateral", acrescenta o professor da Universidade Mackenzie.

Usuários cobram investimento e respeito

Ciclistas ouvidos pela equipe do Diário avaliaram que faltam investimentos do poder público em alternativas que valorizem o transporte sobre duas rodas. Atualmente, a região tem apenas 3,5 quilômetros de ciclovias e 2,7 quilômetros de ciclofaixas. A Prefeitura de Mauá pretende inaugurar nas próximas semanas faixa exclusiva para bikes na Avenida Washington Luís.
"Falta espaço para as biclicletas. Temos que dividir espaço com moto, carro e caminhão", comentou o diretor da Ascobike (Associação dos Condutores de Bicicletas), José Ronaldo Lemos. A associação coordena o bicicletário da estação ferroviária de Mauá, por onde passam 2.000 ciclistas diariamente.
O pintor Antônio Prado, 56 anos, anda 12 quilômetros por dia para ir de casa ao trabalho, em São Bernardo. Ciclista há 30 anos, ele lembrou os cuidados que devem ser tomados. "Tem que ficar muito atento com os carros. O pessoal não respeita."
O ajudante Moacir Silva, 39, já foi atropelado duas vezes enquanto guiava o veículo. "O desrespeito foi tão grande que o carro nem parou para prestar socorro."

Motoristas desconhecem a legislação

Criado em 1997, o Código de Trânsito Brasileiro ainda tem diversos artigos desconhecidos pela população. O trecho que obriga a manutenção de distância lateral mínima de 1,5 m entre veículos automotores e bicicletas nas ultrapassagens é apenas um exemplo.
O assunto veio à tona na semana passada, quando o empresário Antônio Bertucci, 68 anos, presidente do Conselho Administrativo da Lorenzetti foi atropelado por um ônibus na Zona Oeste da Capital enquanto conduzia uma bicicleta.
"O pessoal não respeita, não. Eu mesmo desconhecia essa obrigatoriedade", admitiu o corretor de imóveis Marcos Araújo, 46. Apesar de não ter se envolvido em acidentes com bikes, Araújo afirmou já ter visto diversos atropelamentos de ciclistas na região.
O aposentado Glademir Giovanoni, 65, revelou que também desconhecia a lei, mas disse que respeita os condutores de bicicletas ‘na medida do possível'. "Tem muito ciclista que é folgado também, que joga a bicicleta contra o carro. Mas, no geral, a situação é pior para as bicicletas", avaliou. Giovanoni concorda que é difícil obrigar o cumprimento da lei.


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Capitais seguem modelo de licitação das linhas de ônibus

Outras capitais brasileiras já seguem o modelo de licitar o sistema de transporte urbano. Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Cuiabá, Manaus e João Pessoa são exemplos disso. Assim como a capital do Rio Grande do Norte, estão fazendo suas licitações as cidades de Salvador, Maceió e Porto Alegre. Manaus foi a única onde um novo grupo venceu o certame. Em todas as outras, as mesmas empresas permaneceram explorando o sistema. Elas formaram consórcios, ou seja, o que mudou foi a composição acionária de cada uma na operação do sistema.

Em João Pessoa (PB), a licitação ocorreu em fevereiro e mudou a malha viária (roteiros) e lotes (concessões). Atualmente cinco empresas operam o sistema gerenciado pela Superintendência de Transportes e Trânsito (STTrans), autarquia da prefeitura da capital. A licitação dividiu a capital paraibana em duas regiões de operação, geridas por dois consórcios, com preço de cada um estipulado em torno de R$ 1 bilhão. Cada consórcio poderar operar o sistema até o dia 16 de março de 2031. Atualmente, a frota cadastrada em João Pessoa é de 486 veículos, sendo que 407 estão em operação. "Aproximadamente 8 milhões de pessoas utilizam, mensalmente, nossos transportes coletivos", disse Sandra Vieira, da STTrans.

Desde 2008, no Recife (PE), o sistema é metropolitano, envolvendo a capital e mais treze cidades. Hoje o Consórcio Grande Recife, órgão gestor público ligado ao Governo de Pernambuco, Prefeitura do Recife e Prefeitura de Olinda, é quem determina quais linhas devem operar, o número de veículos, intervalos de viagens, e fiscalização. "São 18 empresas que operam através de concessão. Nós já estamos num processo de concluir a licitação para envolver toda a região metropolitana. É um sistema diferente. Não se está licitando apenas uma cidade, e sim 14, deverá ficar pronto até o final do ano. Será a primeira licitação metropolitana do país", anunciou Mônica Crisóstomo, do Consórcio Grande Recife.

No Recife, a licitação terá pacotes de linhas. Ao todo, a capital pernambucana tem 385 linhas, 2,9 mil ônibus, 1,8 milhão passageiros/dia e 25 mil viagens/dia. O sistema é diferenciado e o preço da passagem varia de acordo com o itinerário do passageiro. "Temos cinco anéis viários. O menor preço de passagem é R$ 0,90 e o maior R$ 3,10, destacando que isso em toda Grande Recife. São 13 terminais de integração, e serão construídos mais sete", anunciou.

Na capital cearense, a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) é quem gerencia e fiscaliza o transporte urbano na capital. O sistema é semelhante ao de Natal, mas atende a uma demanda maior de passageiros (24.055.169). São 1.759 ônibus e o sistema arrecada, anualmente, R$ 41.491.252,80. "A Etufor também fiscaliza o funcionamento. É uma empresa em que a prefeitura é sócia-majoritária", explicou Deli Sátiro, da Etufor.


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Em Goiânia, Proposta quer aumentar a integração de Bicicletas com o Transporte Público

Uma das principais propostas hoje para incentivar o uso das bicicletas em Goiânia é fazendo a sua integração com o transporte coletivo. Os novos terminais construídos, Bandeiras e Cruzeiro, já contam com bicicletários. Só que eles ainda são pouco utilizados.

A ideia que está sendo implantada aqui é copiada do que houve em Bogotá, Colômbia, no projeto Transmilênio, que é uma faixa exclusiva para o transporte coletivo. Lá, as pessoas vão de bicicleta para os terminais e as deixam em bicicletários.

Mas, no caso de Goiânia, ainda não há muita comparação com a eficiência de lá. O Transmilênio incluiu intervenções urbanísticas para a criação da faixa exclusiva para o ônibus, além da construção de ciclovias. Aqui, mal se conseguiu implantar até agora os corredores preferenciais para o transporte coletivo e ciclovias são sonhos distantes.

"As pessoas ainda não se sentem motivadas a seguirem de bicicleta para os terminais e usarem o transporte coletivo. Afinal, o sistema aqui não oferece segurança nem de horários", diz um pesquisador.

Apesar o uso dos bicicletários ainda ser reduzido, o projeto da CMTC e da RMTC é que todos os novos terminais e mesmo os reformados passem a contar com a opção. "Precisamos incentivar essa integração. Isso é fundamental", resume o presidente da CMTC, José Carlos Xavier. Já o diretor da RMTC, Leomar Avelino Rodrigues, acrescenta que os novos bicicletários terão tamanhos menos ousados que o do Terminal Cruzeiro (300 bicicletas). A meta é reservar espaço para 80 bicicletas.

Fonte: O Popular

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SPTrans inicia segunda etapa da requalificação do Corredor Campo Limpo - Rebouças - Centro

A Secretaria Municipal de Transportes, através da SPTrans, deu início a segunda etapa da requalificação do corredor Campo Limpo - Rebouças - Centro, onde circulam em média 250 ônibus por hora, atendendo a aproximadamente 400 mil passageiros. O novo trecho em obras está localizado entre as ruas José Jannarelli e General Sena Vasconcelos, com conclusão prevista para previsão de final de julho de 2011.

Durante os trabalhos de reforma do corredor serão trocados 10,1 quilômetros de asfalto por concreto, aumentando a vida útil do piso, melhorando as condições de tráfego do corredor e diminuindo os gastos com manutenção em médio e longo prazos. Essas obras também vão proporcionar aumento da velocidade dos ônibus que trafegam pelo corredor e maior conforto e segurança aos usuários. A SMT, através da SPTrans, está empenhada em aumentar a velocidade média dos coletivos entre 10% e 15%, o que equivale ao acréscimo de 1.500 a 2.250 ônibus no sistema.

A obra foi iniciada no último dia 22 de maio com a interdição dos trechos entre as ruas Edmundo Scannapieco e Aparaó, que deve ser liberada ao tráfego no próximo dia 01 de julho e entre a Aparaó - Canio Rizzo, com previsão de término em 17 de Julho de 2011.

A requalificação de todo o corredor tem conclusão prevista para maio de 2012 com um investimento total de R$ 22,9 milhões. Para minimizar os efeitos no trânsito, por causa das interdições indispensáveis, a obra será dividida em quatro fases, envolvendo as vias que fazem parte do corredor: Av. Prof. Francisco Morato, Av. Eusébio Matoso, Av. Rebouças e Rua da Consolação, conforme o croqui.


Fonte: Prefeitura de São Paulo

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Prefeitura do Natal promete que concorrência para operar linhas de ônibus vai finalmente ser feita, ainda em 2011

Muito se fala nas mudanças que podem acontecer no sistema de transporte público de Natal quando for feita a até agora adiada licitação das linhas de ônibus. Mas a concorrência parece difícil de sair do papel, e vem sendo protelada há pelo menos oito anos, desde que venceu o prazo da última permissão dada aos empresários do setor, em 26 de julho de 2003. Com a licitação, questões como mais acessibilidade, frota renovada, tarifa mais barata e novos itinerários deverão ser estabelecidas pelo município de Natal, que gerencia o sistema, através da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob), determinando frota, linhas e tarifa.

Há doze anos, sete empresas exploram o transporte urbano na capital: Santa Maria, Reunidas, Cidade do Natal, Guanabara, Riograndense, Nossa Senhora da Conceição e Viasul. Elas atuam em itinerários que, em sua maioria, foram criados ainda na década de 1980, quando os destinos de viagens do natalense eram para os bairros do Alecrim,Cidade Alta e Ribeira. Com a licitação, a ideia é que haja mais polos geradores de viagens, passando para pelo menos 13, e incluindo destinos como Igapó, Felipe Camarão e Ponta Negra, além do polo composto pelas vias Bernardo Vieira, Capitão-mor Gouveia, Salgado Filho e Km 6.

Ana Elizabeth Thé Bonifácio Freire, titular da Semob, explica que está sendo preparado um termo de referência para a contratação da empresa que vai fazer o edital. "É uma espécie de consultoria. O edital de licitação deverá ser lançado até o final de julho, e haverá um prazo de 120 dias para que os trâmites legais aconteçam, como em qualquer outra licitação. Dá para conhecer o vencedor da licitação do transporte ainda em 2011", previu. Segundo a secretária, o plano de mobilidade iniciado em 2009 será o norteador da licitação. "Características como se o critério para o vencedor vai ser ligado a questões como a técnica ou preço da passagem vão ser definidos por essa consultoria, que vai trabalhar junto com os técnicos. O que sabemos é quehaverá mudanças".

Por enquanto, a Semob evita dar mais detalhes sobre a licitação, porque ela será preparada pela empresa que for contratada para fazer a consultoria e o plano de referência. Dependendo do valor, será definida a modalidade e o prazo para apresentações de propostas: se carta-convite, em 15 dias, se tomada de preços, em 30 dias; se pregão eletrônico ou presencial, de 8 a 10 dias.

Apesar de iniciado há dois anos, o Plano de Mobilidade só foi concluído no final de maio deste ano. O documento foi elaborado pela Fundação Coppetec, ligada à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Desconheço critérios da escolha, que foi feita pela gestão anterior à nossa", disse Elizabeth. "Mas estamos abertos às instituições locais, como a Funpec, da UFRN, que tem técnicos capacitados na área de transportes. Poderemos ouvi-los".

O objetivo principal da elaboração da licitação no transporte público é a modernização do sistema. "Não de imediato, mas a longo prazo, teremos ônibus mais confortáveis, maior pontualidade para o usuário e, se necessário for, aumento da quantidade de ônibus nas ruas", afirmou a secretária.





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Em Porto Alegre, Frota da Capital ganha 26 ônibus novos

Dentro do processo de qualificação permanente do serviço de transporte coletivo, Porto Alegre recebe 26 novos ônibus para atender linhas da Região Norte, como a Parque dos Maias, Nova Gleba, Agostinho, Minuano e Lindoia.
Os novos ônibus têm 13,20 metros de extensão , motor eletrônico, com menos poluição, sendo adaptados para deficientes físicos, com capacidade entre 40 a 46 pessoas sentadas. Atualmente, 40% da frota já está adaptada para pessoas portadoras de deficiência. Cappellari salienta a importância do ingresso dos novos ônibus na frota.

“Buscamos sempre qualificar e renovar nosso serviço de transporte coletivo, para uma melhor comodidade dos usuários. Nossa previsão é de que 270 unidades novas entrem na frota em 2011, fazendo com que a idade média caia de 4 anos e 5 meses para cerca de 4 anos e 2 meses, certamente uma das mais novas do país”, destaca. A partir de julho, a segunda viagem será gratuita na frota de ônibus de Porto Alegre.

Números do transporte coletivo da Capital:
  • 343 linhas urbanas
  • 1,1 milhão de usuários por dia
  • 200 mil isentos
  • 55 km de corredores exclusivos para ônibus
  • Mais de 5 mil pontos de parada (92 estações)

Fonte: Prefeitura de Porto Alegre

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Em Goiânia, RMTC renova frota de ônibus do Serviço Acessível

A frota de veículos da RMTC 100% acessíveis está sendo renovada. O investimento total feito pelas operadoras do transporte coletivo foi de R$1,3 milhão. Os cinco novos carros são do ano de 2011 e atendem ao Regimento Interno do Transporte Acessível da Região Metropolitana, de 2006, que regulamenta os veículos destinados exclusivamente a portadores de necessidades especiais. Além disso, estão de acordo com a Normativa de Segurança ABNT-NDR-1422. Portanto, em relação ao modelo anterior, na qual os bancos do acompanhantes e cadeirante eram voltados para a lateral oposta, na nova configuração os mesmos são posicionados para a frente do veículo. Desta maneira, a cadeira de rodas ficará localizada ao lado de quem acompanha, o que dá maior segurança e facilita a movimentação e auxílio. A fixação da cadeira se dá por uma estrutura de metal individualizada.

Os novos ônibus possuem pintura distinta. Ainda que adotem o padrão dos demais veículos da Rede, uma faixa vermelha na porta do meio e outra na traseira diferenciam tal serviço. O interior é adaptado para oferecer maior comodidade e segurança a quem utiliza. São nove lugares exclusivos para transportar pessoas em cadeira de rodas e 18 poltronas estofadas para os acompanhantes. Ainda em consonância à nova regulamentação, três lugares para cadeira de rodas tiveram que ser retirados; em contrapartida, nove assentos a mais estão disponíveis.

Atualmente cinco rotas são oferecidas, todas passam por 13 entidades parceiras como centros de tratamento, atendimento e fisioterapia a portadores de necessidades especiais, além de laboratórios de análises clínicas. O objetivo é oferecer maior mobilidade àqueles que necessitam de tratamento contínuo ou por tempo indeterminado. A ação beneficia 203 pessoas cadastradas que utilizam o serviço cotidianamente, em 136 bairros nos municípios de Goiânia, Trindade, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo. Os interessados devem entrar em contato com a CMTC para fazer cadastro prévio a fim de analisar o local de moradia de quem solicita com a viabilidade de incluí-lo em um dos trajetos existentes – uma vez que o embarque é realizado na porta da casa do cliente.



RMTC acessível
A aquisição de novos veículos acessíveis faz parte da política de inclusão desenvolvida pela RMTC. Além deste serviço específico, dos 1371 ônibus da Rede, 80% contam com elevadores especialmente projetados para o embarque de cadeirantes, sendo que em todas as 257 linhas em operação há, ao menos, um veículo acessível. Em todos os ônibus há, ainda, espaço reservado e cinto de segurança especial para a acomodação de uma cadeira de rodas, além de banco para acompanhante. “Queremos garantir a todos os cidadãos o direito de ir e vir com segurança, inclusive a quem é portador de alguma necessidade especial”, enfatiza o diretor do Consórcio Rmtc, Leomar Avelino.

Os terminais de integração também focam a acessibilidade. A partir da reforma ou ampliação dos mesmos, está previsto a instalação de elementos como rampas de acesso, piso podotátil (para orientação de deficientes visuais), sistema de sonorização, treinamento dos organizadores de fila para auxílio no embarque/desembarque. O terminal Cruzeiro, com fluxo de mais de 50 mil pessoas por dia, já conta com as facilidades que, em breve, serão disponibilizadas ao Bandeiras e Garavelo – com a construção do terminal definitivo.

O passe livre aos portadores de necessidades físicas, visuais, renais, fonoauditivas ou de terapia educativa especial também é assegurado pela RMTC. Para ter o benefício é necessário agendar perícia médica na sede do SIT-PASS no Parthenon Center (Rua 4, Centro) e portar documentação pessoal ou outros requisitados no ato da solicitação. Cerca de 30 mil pessoas, das quais 20% referem-se a acompanhantes, possuem o cartão que dá direito a seis viagens diárias no serviço convencional. São realizadas em média 805.000 viagens por mês sem pagamento de tarifa, algo que se pago fosse representaria R$2 milhões por mês.




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Obras da Transnordestina estão atrasadas


Somente após a inclusão do Metrofor no PAC é que as obras conseguiram ganhar ritmo. A Transnordestina, entretanto, não teve a mesma sorte. Iniciado em 2006, o empreendimento está atrasado em mais de um ano.


O teste realizado pelo governador Cid Gomes (PSB), que conduziu trem da Linha Sul do Metrô de Fortaleza, em Maranacaú, no último dia 17 de junho, indica por quais obras pode esperar o Ceará em breve. Marcada por transtornos históricos desde o início de sua execução, há 12 anos, o projetos só entregou 21 trens remodelados que atendem à Linha Oeste. Ele foram inaugurados no dia 13 deste mês. Porém, as duas seguintes deverão esperar um pouco mais, tendo as linhas Sul e Leste operação comercial prevista somente para acontecer em 2012 e em 2017, respectivamente.

Para evitar que a Linha Leste faça todo o percurso de um arrastado projeto sem recursos, o Governo do Estado o inscreveu no PAC 2 - Mobilidade, Grades Cidades, do Ministério das Cidades. A proposta é que o empreendimento receba R$ 1,6 bilhão do orçamento da União, com contrapartida de R$ 633 mil e financiamento do Estado de R$ 800 milhões. A nova linha terá início na Estação Central Xico da Silva (de onde partem as Linha Oeste e Linha Sul), no Centro, seguindo em trecho subterrâneo pela avenida Santos Dumont e terminando na zona da avenida Washington Soares.

Os trechos mais adiantados constam no rol de projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), em sua primeira edição. E, segundo o diretor-presidente da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), Rômulo Fortes, foi, inclusive, essa inserção que permitiu a retomada das obras do metrô, em 2007, ainda através do Projeto Piloto de Investimentos (PPI), antecessor do programa. “O PAC fez com que o escopo da Linha Sul retornasse à condição original do projeto e garantiu o repasse contínuo por parte da União”, declarou.

Mesmo com o subsídio garantido há quatro anos, a obra ainda tem de lidar com problemas herdados durante os períodos de paralisação equacionados desde a década de 1990. “Advindos das variáveis agregadas por conta da paralisação da obra durante a falta de recursos que geraram uma burocracia não prevista e nem normatizada quanto às devidas soluções”, indica Fortes.

Metrô para a Copa

Além das linhas Oeste, Sul e Leste, está também incluído no PAC o ramal Mucuripe-Parangaba-Castelão, cujas obras não foram iniciadas. O projeto total custará R$ 640 milhões, dos quais R$ 290 milhões foram assegurados por meio do PAC da Mobilidade Urbana, sendo R$ 25 milhões de contrapartida do governo estadual. (Marcela Belchior)

À ESPERA DOS GANHOS

De acordo com relatório de parecer emitido pela comissão especial para acompanhamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Ceará, publicado em 2010, a Ferrovia Transnordestina, no ano passado, trabalhava com a perspectiva de operação para 2012. Nos último seis meses, porém, a situação se agravou, estendendo em mais um ano o término das obras.

Com o objetivo de erguer uma infraestrutura integrada para atender às regiões Nordeste e Centro-Oeste do Brasil, a obra tem foco no agronegócio e na indústria. Serão 1.728 km de ferrovia ligando o município Eliseu Martins, no Piauí, aos portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará. O projeto terá investimento total de R$ 5,4 bilhões e se pretende permitir uma solução logística de alta capacidade e baixo custo. A perspectiva é de geração de 500 mil empregos diretos e indiretos.
 



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Usuários do sistema de transporte coletivo de Sorocaba criticam superlotação

Caminhando pelas ruas de Sorocaba, o BOM DIA  ouviu diversas reclamações sobre os ônibus da cidade, mas uma delas superou todas as demais: a superlotação.

Depois de coletar informações, a reportagem decidiu acompanhar uma viagem da linha 62-São Bento, sentido bairro. Na avenida Ipanema, na altura do número 176, em frente ao Carrefour, o  repórter fotográfico Gilson Hanashiro e eu tivemos de esperar o veículo por quase meia hora.

Depois do chá de cadeira, enfrentamos o que a população narrou, em detalhes. O motorista não queria abrir a porta por um motivo drástico: o ônibus estava lotado, sem condições de transportar mais ninguém. Mas após perceber que era a reportagem do BOM DIA, um dos usuários gritou: “É o jornal, abre para eles”.

Com dificuldade, foi possível apurar o que passa o passageiro, dentro do que chamam de “lata de sardinha”. Sensações de aperto, falta de ar, calor e   cansaço, com a mão imóvel ao teto, sem poder se mexer.

As mulheres ficam na retaguarda para evitar o assédio. “Levanta o pé, levanta o pé ou deixa ele de lado, rápido”, avisou Jonas Carvalho, 50 anos, estoquista. Veterano na arte de subir em ônibus lotado, ele salvou o pé do repórter, que quase foi prensado pela porta.

Receptivo, o motorista , cujo nome preferimos não revelar, comentou que o procedimento de passar batido pelos pontos virou rotina. “Hoje, depois que saí do terminal, peguei só um nos pontos. O veículo sai de lá saturado. No horário de pico, é sempre assim. A Urbes não toma providência nenhuma”, afirma.

Ao passar por Marcela Alves, 20, operadora de telemarketing, foi fácil perceber sua indignação e angústia. Usuária costumaz da linha, disse: “A lotação é o problema mais grave do sistema de ônibus em Sorocaba. A prefeitura aumenta a tarifa enquanto a qualidade continua ruim”. E é ruim mesmo. O usuário consegue mexer o pé apenas no Terminal de Transferência Ipanema. Lá, o ônibus volta ao normal.

Para o aposentado João Eduardo, 57, a Urbes poderia criar um Expresso Circular “para levar os usuários à área de transferência”. A linha atual levaria os usuários do São Bento ao ponto final, sem paradas.

O BOM DIA apurou que outras linhas estão superlotadas. São: 10-Senac, 14- Santa Rosália, 15-Jardim São Paulo, 16- Angélica, 31-Cajuru, 52-Cidade
Universitária, 65-Campolim, 58-Vitória Régia, 53-Éden e 70-Novo Horizonte.

Outras duas denúncias surgiram no meio do percurso: ar condicionado quebrado e atendimento ruim. As pessoas não sabem a quem reclamar – os fiscais não aceitam
sugestões e não conversam com o seu principal cliente: o usuário.

Urbes põe a culpa em contrato  emergencial

Dificuldade para investir. Esta é a causa da saturação do transporte coletivo de Sorocaba, segundo a Urbes – Trânsito e Transporte. A empresa informa, em nota, que parte do sistema está em regime de contratação emergencial, o que dificulta investimentos imediatos.

“Contudo, a Urbes monitora as linhas e faz 37 viagens extras por dia. Renovamos 70% da frota, que passou de 332 para 377 veículos, um aumento de 12%”, diz a empresa.

E continua: “A idade da frota caiu de oito para três anos. Inauguramos cinco áreas de transferência e reduzimos a tarifa aos domingos. Implantamos novas linhas, horários e itinerários. Em breve, teremos mais veículos, com maior capacidade no atendimento para a zona norte e industrial (concessão do lote 1, finalizado pela prefeitura na semana retrasada). Atenderemos eventuais situações que mereçam ações imediatas”.

A empresa alega que os ônibus não têm ar-condicionado, mas um “sistema de ar forçado que assegura a renovação do ar no interior do veículo”.

A Urbes esclarece, na mesma nota, que “é dever dos fiscais registrar toda e qualquer reclamação e encaminhar as providências cabíveis”, e que os itinerários seguem trajetos nem sempre tão racionais, em razão do traçado urbano e do crescimento desordenado dos bairros.

Sobre o desconforto nos ônibus, a empresa reafirma que renova e amplia a frota, incluindo ônibus maiores e com mais qualidade, mas não detalhou quais regiões atendem.

Segundo a Urbes, os motoristas que trabalham nas 88 linhas - 55 no Terminal
Santo Antônio e 33 no Terminal São Paulo - são treinados e capacitados pelas cinco concessionárias.

Ainda de acordo com a empresa, as linhas mais utilizadas são a 100-Expresso, 65-Campolim, “linha que possui a maior oferta de viagens do sistema, recebeu dois ônibus especiais de 15 metros e uma viagem extra às 7h30”, 58-Vitória Régia, 31-Cajuru, 42-Laranjeiras e 62-São Bento, “afetada com a saída de quatro veículos articulados e alongados da antiga operadora do lote 1. É operada por uma empresa emergencial e recebe oito viagens extras/dia. A empresa estuda implantar um corredor na avenida Ipanema e três ônibus”. 

Tempo dos intervalos e a lotação são as principais reclamações recebidas pela Urbes. A empresa reconhece que quatro linhas estão com demanda acima do normal: 65-Campolim, 100-Expresso, 14-Santa Rosália e 52-Cidade Universitária.

Sorocaba acumula queda no número de passageiros

De 1997 a 2010, levantamento da Urbes apontou uma diminuição de 11% nos usuários. Porém, há crescimento na demanda desde 2007.

4,5
milhões de usuários são transportados todo mês em Sorocaba
Limite é de 6 pessoas por metro quadrado

O valor é  matemático e leva em conta os passageiros que ocupam
o veículo e aqueles que deixaram de embarcar por falta de espaço.

Fonte: Rede Bom Dia

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Porto Alegre: Obras da Ciclovia da Avenida Ipiranga devem começar em 90 dias

Com a parceria de empresas privadas, a prefeitura da Capital tenta acertar o ritmo dos pedais e acelerar a estacionada construção da ciclovia da Avenida Ipiranga. De acordo com o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vanderlei Cappellari, a obra deve ser iniciada em até 90 dias, quando a revisão do projeto for finalizada pela Cenpla Engenharia e Planejamento.

A construtora foi contratada pelo Grupo Zaffari e pelo Praia de Belas Shopping para estudar e detalhar o desenho da faixa destinada aos ciclistas. O processo é acompanhado de perto por técnicos da Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov) e da EPTC, que não quer ser surpreendida por um projeto fora dos padrões da Prefeitura — o que atrasaria ainda mais a execução da nova ciclovia.

O trajeto, que deve ter 9,4 quilômetros, irá da Avenida Edvaldo Pereira Paiva (Estádio Beira-Rio) até a Avenida Antônio de Carvalho. ''Por Vanessa Beltrame''


Fonte: Zero Hora

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