Mais uma promessa não cumprida, esse é o sentimento concreto dos usuários que precisam se deslocar frente a uma rodovia cheia de problemas nas obras frente ao TCE devido a desvios bem como por problemas nas áreas lindeiras e retornos incompletos.
Em 2013, o governo de Pernambuco prometia aos usuários do sistema um dos maiores e principal ramal com a implementação de um BRT na BR 101 desde Abreu e Lima até Cajueiro Seco em Jaboatão, cortando toda capital num corredor que contaria com 39 estações de transporte rápido em um percurso de 30,7 km.
Esse trecho do BRT na chamada 4ªPerimetral daria aos usuários eficiência e mais pontualidade a um sistema que hoje sofre com engarrafamentos diários deixando terminais superlotados.
Para se ter uma ideia, hoje o usuário que sai de Cajueiro Seco em Jaboatão dos Guararapes com destino ao terminal de Abreu e Lima precisa fazer baldeação em dois terminais (Barro e Macaxeira) e o BRT faria essa ligação de forma direta e em menos tempo.
A BR 101 está concedida ao Estado desde meados 2010 e passou por diversas intervenções e obras mal elaboradas, onde muitas vezes as mesmas foram paradas por suspeitas de superfaturamento nas licitações e até hoje a mesma não contempla os usuários devido a constantes engarrafamentos, principalmente na altura da entrada de Muribeca e entornos da Caxangá.
Vale salientar que o Governo Federal liberou em 2012 cerca de 192 milhões de reais que incluía a troca do pavimento, recuperação do acostamento e vias marginais e era nesse momento que o BRT deveria ser implementado, ou seja, durante a própria obra de requalificação da via.
A sensação é que o sistema BRT na BR 101 que seria um sonho para os usuários virou um tremendo pesadelo, na qual as chances para sua implementação perdeu essa oportunidade, fica aos mesmos a frustação por erros de planejamento por parte do governo do Estado.
Números
60 mil carros passam por dia na BR-101, no contorno do Recife
20% do tráfego são de veículos pesados
30,7 km formam o trecho entre Abreu e Lima e Jaboatão
R$ 774 milhões seriam aplicados no trecho entre o km 51 e o km 82
150 mil pessoas circulariam por dia pelo novo corredor após as obras
39 estações para o BRT e 39 passarelas para pedestres
R$ 224 milhões seriam investidos na primeira etapa, que incluia:
Troca de asfalto e placas de concreto
Abertura de via exclusiva com duas faixas de rolamento para a futura passagem do BRT
R$ 550 milhões seriam investidos na segunda fase, que incluia:
Implantação de estaçãoes de BRT e ciclovias
Construção de pontes, viadutos e elevados
Construção de elevado para o BRT entre a Caxangá e a BR-232
Implantação do novo Terminal Integrado da Macaxeira, maior e mais confortável que o atual
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