Após o incidente que resultou no descarriliamento do metrô de Salvador, na manhã desta terça-feira, 4, o estado voltou a acusar a prefeitura municipal de dificultar a integração operacional e tarifária do modal com os ônibus do Sistema de Transporte Coletivo de Salvador (STCO).
Eduardo Martins | Ag. A TARDE |
Segundo nota da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), o poder municipal não tem se disponibilizado a dialogar e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps) tem dificultado o relacionamento com a CCR Metrô.
Ainda de acordo com a nota, a prefeitura não liberou alvará para início das obras da linha 2, o que está atrasando o cronograma. O titular da Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte (Semut), Fábio Mota, negou a versão do estado. Segundo ele, a Semut participou das reuniões e de uma visita técnica feita com a concessionária.
"Estamos com o planejamento de integração pronto, mas constatamos que há problemas de acessibilidade dos ônibus às estações do Retiro e Acesso Norte, por exemplo. Encaminhamos relatório à concessionária e aguardamos retorno", explicou.
Conforme Mota, seria necessário deslocar 300 linhas, ou seja, 900 ônibus para as estações, o que causaria impacto aos passageiros e ao trânsito", afirmou.
Segundo nota da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), não há atrasos na emissão do alvará. A assessoria alega que, por se tratar de um projeto de grande porte, foram feitas minuciosas análises técnicas, já concluídas, e agora o projeto encontra-se na Semut.
Já Fábio Mota diz que o projeto está sendo analisado. "Demanda tempo porque alguns trechos terão que ser interditados. Se a prefeitura não quisesse que o metrô funcionasse não o teria passado para o estado", completou.
Por Priscila Machado
Informações: A Tarde Online
|
|||
|