O Metrô informou que vai ampliar em uma hora e meia o horário de pico do serviço na noite desta segunda-feira (8) para atender passageiros e minimizar os efeitos da greve dos rodoviários do Distrito Federal. De acordo com a empresa, 24 trens vão rodar entre 16h e 21h – normalmente, o serviço funciona com capacidade máxima das 16h45 às 20h15. A ampliação também ocorrerá na manhã de terça. Haverá 24 trens rodando de 6h às 9h45 – o horário de pico usualmente termina às 8h45.
Foto: Isabella Calzolari/G1 |
Os 12 mil motoristas e cobradores do transporte público ignoraram a liminar do Tribunal Regional do Trabalho e cruzaram os braços a partir da meia-noite em protesto por 20% de reajuste salarial e 30% no tíquete refeição e plano de saúde familiar. As empresas oferecem 8,34% de reajuste nos salários com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
A paralisação prejudica mais de 1 milhão de passageiros de todas as regiões administrativas do DF. A opção é contrária à indicação do sindicato da categoria, que pediu aos rodoviários que cumprissem a liminar do TRT. A multa diária por descumprimento da decisão é de R$ 100 mil. Os horários de pico vão de 5h às 9h30, das 11h às 13h e das 15h às 19h30.
O DF tem cerca de 12 mil rodoviários. Com a greve, as paradas de ônibus amanheceram lotadas. Policiais militares acompanharam a movimentação na garagem da Pioneira em Santa Maria, responsável por 200 mil passageiros de nove regiões. O DER liberou o trânsito de carros nas faixas exclusivas da EPTG e da EPNB até as 18h para diminuir os transtornos. Na W3 e no Setor Policial, a medida vale até meia-noite.
O vice-presidente do sindicato dos rodoviários, Jorge Farias, afirmou que vai cumprir a determinação da Justiça de manter 70% dosônibus em circulação nos horários de pico e, paralalemente, recorrer da decisão para tentar cassar a liminar. O salário de um motorista de ônibus é R$ 1.928 e o de um cobrador, R$ 1.008. As negociações com as empresas começaram em abril.