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Uso de ônibus como meio de transporte nas cidades caiu em todo o País

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Nos últimos sete anos, a participação dos ônibus como meio de transporte utilizado pela população de todo o País teve uma queda de 14,3 pontos percentuais, passando de 45,2% em 2017, para 30,9% em 2024.

Os dados são de um estudo inédito feito pela Confederação Nacional de Transportes (CNT) sobre mobilidade e transporte público, apresentado nesta segunda-feira (25) em Belo Horizonte para especialistas e empresários do setor.

A tendência é considerada preocupante já que nem as cidades e nem o setor de transporte urbano estão aptos a receber um grande volume de transporte individualizado. Isso porque os municípios não possuem infraestrutura para tantos veículos. E no caso das empresas do setor, ter apenas o passageiro pagante para custear o sistema não é suficiente.

“Ou a gente começa a priorizar o transporte público, a voltar o foco para melhorar o sistema e retomar a chamada de usuários, ou as cidades, num período não tão longo, vão parar”, alerta o diretor executivo da CNT, Bruno Batista.

Atualmente, o tempo perdido no trânsito das principais capitais do País é significativo. Um percurso de 10 quilômetros (km) durante um congestionamento chega a ser em média 90% maior que um período de viagem considerado “normal”. Em Belo Horizonte, o índice chega a ser ainda maior, alcançando 103%.

Uma viagem normal de 10 km que dura cerca de 28 minutos, passa para 57 minutos durante um congestionamento.

Fetram defende parceria com a iniciativa privada

O presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado de Minas Gerais (Fetram), Rubens Lessa, acredita que é necessária uma parceria entre poder público e iniciativa privada para solucionar o problema da mobilidade das cidades. 

“Aumentou muito o número de gratuidades. A expectativa de vida quando a gratuidade começou era 67 anos, hoje, é 80. É preciso uma fonte de custeio que não seja só o usuário pagante”, defende.

Para Lessa, é importante tanto aportes públicos de subsídios e custeio do sistema, quanto investimentos em infraestrutura de transporte como faixas e corredores exclusivos.

Em contrapartida, ele defende que as empresas forneçam um serviço de qualidade com transparência total nas suas prestações de contas. “Se nada for feito, as pessoas não conseguirão circular pelas grandes cidades. Será um colapso total”, alerta.

Individualização do transporte
O presidente da CNT, Vander Costa, também ressalta a preocupação pela tendência de individualização do transporte. Ele acredita que para reverter a situação é preciso melhorias nas condições ofertadas e incentivo ao uso do transporte coletivo.

Costa defende que empresas e poder público trabalhem para oferecer segurança, previsibilidade e conforto.

“Tendo estes três itens, naturalmente, as pessoas deixam o automóvel em casa e vão para o público, como acontece nas grandes cidades do exterior”, comentou.

O que leva os usuários a abandonarem os ônibus?
De acordo com a pesquisa, os motivos para que boa parte da população substitua o transporte coletivo por opções alternativas ocorrem, principalmente, por causa do pouco conforto dos ônibus e da falta de flexibilidade dos serviços, que estão relacionadas a rotas e horários, e também ao elevado tempo de viagem.

O preços das passagens e a insegurança também são itens citados mas, dessa vez, foram menos mencionados pela população.

O diretor executivo da CNT, Bruno Batista, enxerga os motivos apontados pela população como pontos de atenção tanto para a iniciativa privada quanto para a iniciativa pública.

“O preço que, no passado, era apontado por 29% dos entrevistados como motivo para abandonar o transporte público, já não é mais um dos motivos principais para o abandono. A comodidade e a conveniência oferecidas pelo transporte alternativo fizeram dos aplicativos grandes concorrentes, sobretudo, nas pequenas viagens”, alerta Batista.

Veja mais dados da pesquisa:

a utilização do carro próprio subiu de 22,9% para 29,6%;
o uso da moto própria, mais do que duplicou, passando de 5,1% para 10,9%;
e o uso dos serviços de transportes por aplicativos, que em 2017, era praticamente inexistente, responsável por 1% da fatia, em 2024, já respondem por 11,1%

Passageiros voltariam para o ônibus se problemas fossem resolvidos

O diretor executivo da CNT ressalta, portanto, que 63,5% das pessoas que deixaram de utilizar o ônibus como principal meio de transporte, alegaram que poderiam voltar caso os motivos apontados para o abandono fossem resolvidos.

“As pessoas querem uma boa experiência, querem ter informação, querem saber daqui a quanto tempo o ônibus vai chegar, e quanto tempo vão esperar. Elas querem esperar o mínimo possível. Quando o tempo de espera reduz, a avaliação do serviço melhora, pois a viagem fica mais rápida”, comenta. 

Bruno Batista defende o ônibus como principal solução. Ao considerar que 31,7% da população usam o transporte coletivo e, dentro dessa faixa, mais de 81% usa ônibus, ele é taxativo: “o ônibus não é só fundamental na vida urbana, ele é insubstituível. Pela capilaridade, pela possibilidade de implantação de sistemas e, sobretudo, pela flexibilidade que ele permite ao chegar em áreas que nem metrô ou BRT chegarão”, comenta.

Ao defender o ônibus, o diretor também considera a questão da segurança. “O ônibus é mais seguro e mais barato que a motocicleta, e a população precisa saber disso”, conclui.

Informações: Diário do Comercio
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Prefeitura de Salvador fará pesquisa sobre a qualidade do transporte coletivo

terça-feira, 5 de novembro de 2024

A Prefeitura de Salvador vai fazer uma pesquisa com os usuários sobre a qualidade do transporte coletivo por ônibus. A pesquisa é através da Secretaria de Mobilidade de Salvador (Semob), em parceria com a Associação das Empresas de Transporte de Salvador (Integra) e o WRI Brasil e começará nesta terça-feira, 5 de novembro.

De acordo com a Semob, a pesquisa será aplicada em diversas linhas de ônibus e do BRT Salvador durante os dias úteis entre as 5h30 e 19h30.

Os passageiros responderão a um questionário que avalia 16 fatores da qualidade do sistema, incluindo disponibilidade, rapidez, confiabilidade, conforto nos pontos de ônibus e dentro dos veículos, segurança pública e em acidentes, exposição a ruído e poluição, além de itens sobre atendimento, informações, formas de pagamento e custos.

Para o secretário de Mobilidade, Fabrizzio Muller, a pesquisa oferece aos usuários a oportunidade de contribuir com sugestões de melhorias. “Essa vai ser uma importante oportunidade para que os usuários dos sistemas de transporte público do município possam avaliar a qualidade dos serviços e contribuir para a cidade”, ressaltou.

Esta é a segunda vez que Salvador aplica a pesquisa QualiÔnibus – ferramenta que também é usada por outras capitais, como Porto Alegre, Curitiba, Fortaleza e Recife. A Prefeitura de Salvador faz parte do grupo desde 2019.

Informações: A Tarde

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Goiânia é a cidade que mais construiu ciclovias em 2024 no Brasil

domingo, 20 de outubro de 2024

Um levantamento realizado pela Aliança Bike, com base em dados obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI), aponta que Goiânia foi a capital brasileira com maior crescimento na extensão de ciclovias e ciclofaixas em 2024. O estudo divulgado pelo jornal Folha de São Paulo revela que a malha cicloviária da cidade teve um aumento de 66%, passando de 47 km para 78,2 km no período de um ano.

O resultado coloca Goiânia em destaque no cenário nacional, superando outras capitais como Palmas (TO) e Belém (PA). Enquanto Palmas teve um crescimento de 35,7%, saltando de 68,5 km para 93 km, Belém apresentou uma expansão de 29,2%, consolidando-se em terceiro lugar no ranking.

De acordo com a prefeitura de Goiânia, o crescimento da malha cicloviária reflete investimentos contínuos em mobilidade urbana. Nos últimos anos, a cidade entregou 20,4 km de novas ciclofaixas, sendo a conclusão do Anel Cicloviário, em 2022, uma das principais obras. Essa intervenção conecta importantes vias da cidade, como a Avenida T-63 e a Avenida dos Alpes.
Além das expansões já realizadas, a prefeitura anunciou que está em tramitação uma licitação que prevê a construção de mais 48 km de ciclofaixas. A proposta, atualmente sob análise da Semad, tem expectativa de publicação do certame ainda neste semestre.

A Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM) também realiza estudos semestrais para monitorar o uso das ciclovias e ciclofaixas. Esses levantamentos, baseados na contagem de bicicletas em horários de pico e finais de semana, indicam um aumento constante no número de ciclistas que utilizam essas estruturas na capital.

Informações: Curta Mais

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Capitais brasileiras ganharam 280 km de ciclovias e ciclofaixas em 2024, diz levantamento

quinta-feira, 3 de outubro de 2024

As capitais brasileiras ganharam 280 km de ciclovias e ciclofaixas entre em 2024, na comparação com o ano anterior, chegando a um total de 4.106,8 km. O aumento de 7,33%, no entanto, está abaixo do que as cidades poderiam investir para ampliar suas malhas cicloviárias.

É o que diz a Aliança Bike, responsável por consultar as prefeituras e produzir o levantamento, obtido com exclusividade pela Folha de S.Paulo. Os dados foram obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação e consideram o período de julho de 2023 a julho deste ano. A lista considera apenas as estruturas exclusivas para a circulação de bicicletas e separadas do espaço para veículos motorizados, excluindo, assim, as ciclorrotas.

São Paulo lidera com folga na extensão de malha, com 710,9 km de ciclovias e ciclofaixas, embora tenha acrescentado 21 km -um aumento relativo de 3,16%- até a data do levantamento. Atrás da capital paulista estão o Distrito Federal, com 551,5 km, que também teve o maior crescimento absoluto, adicionando 50,2 km às estruturas no período, e Fortaleza (443,1 km).

No outro extremo do ranking, Macapá (18 km), Porto Velho (23,5 km) e Manaus (28,1 km) têm as menores extensões. Outras cinco cidades ficaram estagnadas, e Vitória teve decrescimento. Segundo a entidade, o número pode ser explicado por alguma obra que interferiu em algum trecho de malha cicloviária.

Somadas, as capitais nordestinas têm a maior malha de ciclovias e ciclofaixas entre seus pares de outras regiões, com 1.287,3 km. A marca está ligada, segundo Daniel Guth, diretor-executivo da Aliança Bike, a uma forte cultura de uso da bicicleta.

Essas cidades têm uma cultura antiga de ocupação de espaços públicos, mais do que cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, tanto pela questão topográfica e pela facilidade de trânsito quanto pelo acesso barato, especialmente quando a produção nacional deslanchou no fim dos anos 1950. O outro lado da questão seria o transporte público insuficiente, aliado à baixa renda como barreira para a compra de carros.

O crescimento relativo e o de quilometragem a cada 100 mil habitantes foram maiores em Goiânia, com 78,2 km de ciclovias e ciclofaixas, sendo 31,1 adicionados no último ano. Mas o total da malha é baixo, segundo Guth, e pode estar relacionado à expansão das ciclovias junto a diferentes rodovias que cortam o município.

Já a prefeitura diz que tem investido na ampliação das ciclofaixas e que a gestão atual, de Rogério Cruz (Solidariedade), construiu 20,46 km dessas vias em áreas estratégicas da capital goiana.

“Uma das intervenções mais importantes é a conclusão do Anel Cicloviário em 2022, que liga a avenida T-63 e a avenida dos Alpes, duas das principais vias da cidade. O circuito possui 13 km de extensão e cruza alguns dos bairros mais populosos da cidade.”

O trecho, segundo contagens semestrais da prefeitura, tem apresentado aumento de usuários. Ainda, a gestão espera fazer até o fim do ano uma licitação para construir mais 48 km.

Os principais fatores para uso da bicicleta, segundo o especialista, estão associados a como a cidade cresce e se organiza.

“Nos ‘alphavilles’ da vida, Los Angeles, nos EUA, ou subúrbios, o nível pode ser plano, um tapete, mas vai ter baixo uso. Porque as distâncias são longas, o desenho é favorecido para o uso de carro e baixo adensamento [populacional].”

A classe política que quiser favorecer o uso de bicicleta, inclusive, precisa bancar a decisão, segundo Guth. Ele cita como exemplo o uso de bicicletas em Paris, patrocinado pela prefeita Anne Hidalgo, que superou o de carros em abril deste ano, segundo estudo feito por empresas públicas e privadas da região da capital francesa

“Em São Paulo, o problema é a falta de vontade política. Tem recurso, tem projeto, tem demanda e tem programa de metas.”

A cidade prevê, segundo a meta, chegar a mais 300 km de ciclovias e ciclofaixas no fim deste ano.

Procurada, a gestão Ricardo Nunes (MDB) afirmou que foram entregues 49,7 km de malha desde 2021, em um total de 743 km.

Outros 263 km estão em diferentes fases de implantação, segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), sendo 90 km pela Parceria Público-Privada da Habitação, 15 km em contratos vigentes na pasta municipal de transportes e 158 km em uma licitação em andamento.

Informações: Jornal de Brasília

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Transporte de passageiros sobre trilhos cresce 4,4% no 1º semestre/2024

quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Os sistemas de metrô, trem urbano, Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e people movers transportaram 1,25 bilhão de passageiros no primeiro semestre de 2024. O valor é 4,4% maior que no primeiro semestre do ano passado.  Os dados fazem parte do Balanço do Setor Metroferroviário do 1º semestre 2024 da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos).

“Analisando os dados dos últimos 18 meses, percebemos uma tendência de crescimento leve e estável, mas sabemos que dificilmente recuperaremos a demanda anterior a pandemia. O trabalho é o principal motivo de viagens dos passageiros e com a adoção do trabalho híbrido e remoto muitas pessoas mudaram o hábito de uso dos sistemas. Além disso, o uso de veículos privados e os incentivos para aquisição de carros também afetam a demanda. Temos ainda as compras pela internet, que contribuem para a redução dos deslocamentos para o consumo”, explica Joubert Flores, Presidente do Conselho Administrativo da ANPTrilhos. 

Em junho deste ano, a frota brasileira de automóveis e motocicletas, por exemplo, superou a marca de 90 milhões. Na comparação com junho de 2023, o aumento geral foi de 3,07%. As políticas públicas de incentivo à compra de veículos particulares não contribuem para o desenvolvimento de mobilidade urbana sustentável.

Além disso, nem todos os operadores apresentaram resultados positivos na movimentação de passageiros. As enchentes no Rio Grande do Sul, em maio deste ano, paralisaram os serviços de transporte na Região Metropolitana de Porto Alegre por 27 dias. No acumulado do primeiro semestre, essa interrupção causou queda acentuada no número de passageiros transportados (-30,0%).

No caso dos sistemas nos estados da Paraíba (-27,1%), do Piauí (-20,7%), de Pernambuco (-10,8%) e do Rio de Janeiro (-3,5%), a redução da demanda envolve outros fatores. 

No Piauí, as obras para requalificação do Metrô de Teresina resultaram em interrupções temporárias e na diminuição das viagens ofertadas. Na Paraíba, a queda é atribuída a problemas de evasão de passageiros nas estações, onde medidas estão sendo tomadas para fechamentos das estações. Enquanto, em Pernambuco, a questão deve-se à redução da regularidade e pontualidade do sistema ocasionado por problemas técnicos, com melhorias previstas por meio do projeto de recuperação aprovado no Programa de Aceleração do Crescimento - Novo PAC 2023–2026. 

No Rio de Janeiro, parte dessa redução foi atribuída ao aumento da diferença tarifária entre os serviços de trens/metrôs e os de ônibus. Esses fatores demonstram a complexidade dos desafios enfrentados pelos operadores, assim como a necessidade de intervenções estratégicas para mitigar os impactos negativos na disponibilidade e qualidade dos serviços ofertados à população.

Avanço na rede e projetos em andamento

O setor registrou a ampliação de 1,5 km de trilhos e inauguração de duas estações. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) inaugurou a Estação de Várzea Nova, integrante do projeto de modernização do sistema de Trens Urbanos da Região Metropolitana de João Pessoa, na Paraíba. No Rio, VLT Carioca iniciou a operação comercial da Linha 4-Laranja, conectando a Praça XV ao novo Terminal Gentileza, também inaugurado no semestre. 

Para 2024 ainda estão previstas as inaugurações:

  • Inauguração do People Mover do Aeroporto de Guarulhos; 
  • Expansão da Linha 9-Esmeralda de trem urbano de São Paulo;
  • Trecho 2 do VLT da Baixada Santista;
  • Ramal Aeroporto da Linha Nordeste do VLT de Fortaleza, no Ceará; e
  • A expansão da Linha 1 de Teresina, no Piauí. 

Os dados completos dos projetos previstos, assim como o detalhamento do documento estão disponíveis no site da ANPTrilhos - http://anptrilhos.org.br/balanco-2024-1sem 

Informações: ANPTrilhos

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Transporte público perde passageiros para aplicativos, diz pesquisa

domingo, 11 de agosto de 2024

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) apontou que o deslocamento urbano através de transporte público, no Brasil, caiu para 30,9% e está perto de se igualar com veículo próprio, com 29,6%. O levantamento foi realizado entre maio e abril e entrevistou mais de 3 mil pessoas moradoras de cidades com mais de 100 mil habitantes. Se comparado a última pesquisa, houve uma queda de 14% no uso do transporte coletivo.

Para o coordenador institucional do Fórum Mova-se, Tarcísio Abreu, em Goiânia e Região metropolitana, a perda de passageiros no sistema de transporte passou a  ocorrer em 2013 e se agravou com a pandemia de Covid-19. Atualmente a demanda foi recuperada a patamares pré-pandemia. Segundo a CMTC, são em média, 500 mil validações por dia.

Tarcísio Abreu justifica a recuperação às melhorias feitas na infraestrutura e no financiamento do sistema. Mas ainda falta um longo caminho para atrair mais passageiros.

A pesquisa da CNT também mostra que  entre os motivos apresentados para o abandono do transporte público estão falta de conforto (28,3%), falta de flexibilidade (20,7%) e tempo de viagem (20,4%).

Em um intervalo de 7 anos, a busca por aplicativos de transporte saltou de 2,1% para 18,2%. O movimento preocupa, já que esbarra na necessidade de desafogar o trânsito. Por isso mecanismos devem ser buscados para tornar o coletivo mais atrativo.

Apesar da redução do uso, o transporte coletivo ainda custa um terço do valor gasto quando se locomove com um carro, tanto próprio como de aplicativo.

Por José Bonfim
Informações: CBN

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Estudo sugere melhorias em pontos de ônibus para reduzir percepção de espera

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Estudo encomendado pela Prefeitura de Campo Grande como parte da revisão do PDTMU (Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana) está propondo uma série de melhorias nos pontos de ônibus do transporte público da cidade. O objetivo principal é tornar mais eficiente a experiência dos usuários do transporte coletivo, reduzindo a percepção de tempo de espera e aumentando a atratividade do sistema como um todo.

O relatório elaborado pela empresa Logit Engenharia Consultiva, contratada para desenvolver o projeto, destaca a importância da infraestrutura dos pontos de ônibus para a qualidade do serviço. Conforme o estudo, Campo Grande enfrenta grandes desafios relacionados à falta de padronização e à manutenção inadequada dos pontos de parada, fatores que impactam negativamente na experiência dos passageiros.
Segundo o estudo, a melhoria da infraestrutura dos pontos de ônibus tem potencial para atrair mais usuários ao transporte coletivo. Entre as propostas estão a instalação de boa iluminação nos arredores para garantir segurança durante períodos noturnos, a adequação do pavimento das calçadas para melhorar a acessibilidade e evitar acidentes, além da inclusão de mobiliário urbano adequado, como abrigos contra intempéries climáticas, assentos e lixeiras.

Um dos destaques do projeto é a introdução de pontos de ônibus avançados em locais estratégicos. Esses pontos permitem que o ônibus faça a parada para embarque e desembarque de passageiros diretamente na faixa de rolamento, o que reduz o tempo de manobra e aumenta a velocidade e confiabilidade do serviço. A medida também pode melhorar o espaço público ao longo das ruas, criando áreas para espera, estacionamento de bicicletas e outros dispositivos.

De acordo com a proposta, os pontos de ônibus serão classificados de acordo com a demanda e hierarquia de cada localidade, garantindo que todas as áreas da cidade se beneficiem das melhorias planejadas. Além disso, a revisão do plano diretor do transporte incluirá uma projeção de fases das intervenções, levando em consideração o orçamento disponível para investimentos em mobilidade urbana.

"A melhoria dos pontos de parada não é apenas uma questão estética, mas sim uma medida estratégica para tornar o transporte coletivo mais atrativo e eficiente", destacou o relatório. A expectativa é que as mudanças propostas não apenas aumentem a satisfação dos usuários atuais, mas também incentivem novos usuários a optarem pelo transporte público, contribuindo para a redução do tráfego e melhoria da qualidade de vida na cidade.

O próximo passo do projeto será a elaboração da minuta da lei, consolidando as metas e estratégias definidas no estudo atual. A revisão do plano e a regulamentação da aplicação da Política Municipal de Mobilidade e Acessibilidade Urbana estão previstas no Projeto de Lei nº 11.332/24, que está na pauta de votação dos parlamentares de terça-feira (25).

Na manhã desta segunda-feira (24), representantes da população participaram de audiência pública sobre a revisão do PDTMU (Plano Diretor de Transporte e Mobilidade Urbana de Campo), na Câmara Municipal, para apontar diversos problemas da cidade como falta de acessibilidade nas ruas e a situação do transporte público. 

Informações: CAMPO GRANDE NEWS

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Reclamações sobre ônibus urbanos em São Paulo aumentaram em 2023

sexta-feira, 3 de maio de 2024

As queixas dos usuários de ônibus urbanos na cidade de São Paulo aumentaram significativamente em 2023, em comparação com o ano anterior, revela um relatório divulgado pela SPTrans na segunda-feira (29). O documento aponta um crescimento de 29,3%, totalizando 77.254 reclamações registradas ao longo do ano passado, o equivalente a uma média de 211 reclamações por dia.

Embora a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) não tenha fornecido informações específicas sobre os principais motivos das queixas, a SPTrans assegurou que fiscaliza rigorosamente a operação do sistema de transporte público coletivo na cidade, 24 horas por dia.

Entretanto, no primeiro trimestre de 2023, as reclamações foram principalmente atribuídas ao intervalo excessivo entre os ônibus, seguidas por queixas relacionadas ao comportamento inadequado dos motoristas, cobradores ou fiscais, além de casos em que os motoristas não atenderam aos sinais de embarque/desembarque.

Rafael Calabria, coordenador de mobilidade urbana do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), ressalta que não houve mudanças ou melhorias nos canais municipais de denúncia nos últimos meses, tornando o processo de reclamação bastante burocrático. O aumento nas queixas, segundo ele, reflete o desconforto dos passageiros com o serviço.

Além disso, dados indicam que o descontentamento da população está relacionado à redução da circulação de ônibus na cidade. Calabria destaca que a frota de veículos está diminuindo, resultando em tempos de espera mais longos.

A SPTrans afirma que adota medidas operacionais e de planejamento para melhorar a fluidez do transporte público na capital, incluindo a criação de faixas exclusivas para ônibus e a aplicação de multas às operadoras de linhas quando são constatadas irregularidades.

No entanto, Calabria acredita que a abordagem da gestão municipal é insuficiente para oferecer um serviço de transporte coletivo de qualidade em São Paulo. Ele destaca que a prefeitura tem o poder de exigir maior frequência dos ônibus nas linhas e garantir uma melhor qualidade para os passageiros, mas até agora avançou pouco nesse aspecto, especialmente em relação à promessa de ampliar os corredores de ônibus na cidade.

Informações: Mobilidade Sampa

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Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

São Paulo tinha quase 5 milhões de domicílios em 2022, mas só 1,4 milhão deles (29% do total) ficam próximos de alguma estação de metrô ou trem. A análise foi a partir de dados inéditos do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No levantamento, foram considerados os endereços visitados pelos recenseadores e classificados como domicílios (particulares ou coletivos). Em seguida, foi traçado um raio de 1km ao redor do endereço de cada uma das 145 estações de Metrô e trem dentro da cidade. Por fim, a análise verificou se cada um dos 4.996.529 domicílios no território da capital ficava dentro de um desses raios.

No total, 1.444.368 domicílios foram localizados “próximos” de pelo menos uma estação. Isso quer dizer que 3,5 milhões de domicílios estão a mais de mil metros de qualquer estação de Metrô, incluindo as de administração direta e as que estão sob concessão.

A distância de 1km é adotada por especialistas em mobilidade porque representa uma caminhada de 10 e 15 minutos da casa de uma pessoa até o transporte público de média ou alta capacidade, como é o caso do transporte sobre trilhos (subterrâneo ou não) e de alguns corredores de ônibus de alta velocidade (ou BRT, na sigla em inglês: Bus Rapid Transport).

Estar perto do transporte público, segundo eles, significa acessar mais oportunidades de emprego ou gastar menos tempo no deslocamento entre a casa e o trabalho, além de maior acesso a atividades de lazer.

O levantamento também mostra que as cinco estações com mais domicílios próximos são todas de Metrô e ficam concentradas no Centro de São Paulo. Só no raio de 1km da Estação Higienópolis-Mackenzie, da Linha 4 – Amarela, são 61.183 domicílios.

As outras são Santa Cecília, República e Marechal Deodoro (da Linha 3 – Vermelha) e Japão-Liberdade, da Linha 1 – Azul do Metrô. Em cada uma os recenseadores do IBGE localizaram entre 43 mil e 58 mil domicílios a uma distância de até mil metros.

No outro extremo estão quatro estações de trem da Linha 9 – Esmeralda e uma de metrô; a Estação Cidade Universitária tem apenas 1.811 domicílios próximos, seguida da Estação Portuguesa-Tietê, da Linha 1- Azul, e das estações Villa-Lobos Jaguaré, Jurubatuba e Santo Amaro.

Informações: G1

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