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Prefeitura de Salvador entrega trecho 2 do BRT com 8 novas estações

quinta-feira, 25 de abril de 2024

Com a entrega do trecho 2 do BRT de Salvador nesta quinta-feira (25), entra em operação a mais nova linha do modal, a B4, que vai ligar a Lapa à Estação Pituba, em frente à sede da Apae, com viagens nos dois sentidos. Neste período inicial, o trajeto vai funcionar de forma assistida, ou seja, em fase de monitoramento e ajustes para que a população vá aos poucos se adaptando à nova opção de transporte.

A operação assistida começará com horário reduzido, das 9h às 15h, com intervalo médio de saída dos ônibus a cada 10 minutos. Além da Lapa e da Pituba, os usuários poderão embarcar ou desembarcar nas novas estações Rio Vermelho e Cidade Jardim. A ideia é que o horário de funcionamento seja ampliado e novas estações sejam integradas com o avanço desta fase piloto, que será avaliada a cada 15 dias.

Como explica Fabrizzio Müller, este faseamento é importante para que a operadora realize ajustes e garanta o melhor funcionamento. “É preciso neste período homologar as estações, treinar as equipes, verificar as demandas das pessoas, são vários aspectos. A cada 15 dias, a gente vai fazer um avanço, aumentando o horário e as estações, por exemplo. Claro que tudo será anunciado com antecedência para que os usuários se preparem. Tenho certeza de que não vão restar mais dúvidas de que o BRT traz muito mais conforto e muito mais eficiência no transporte das pessoas”, disse.

Segundo Fabrizzio Müuler, a B4 terá sete veículos neste período assistido, quantidade que ampliará com o avanço da operação. A linha contará com ônibus de 13 metros, utilizados atualmente pelo modal, e também de 15 metros, que foram adquiridos recentemente pelo município, todos com ar-condicionado e acessibilidade completa. Ainda neste ano, serão integrados à frota veículos articulados, de 18 metros.

O sistema BRT conta atualmente com 44 veículos, fora os sete que chegaram para a B4. Até o final deste ano, serão incorporados mais 51 ônibus, totalizando 102, entre eles a frota elétrica. Com isso, será possível criar mais duas linhas para o modal: a B5, que vai ligar a Rodoviária à Lapa, e a B6, que vai fazer o trajeto entre a Lapa e o aeroporto pela orla por meio do BRS, que está sendo implantado.

A B4 beneficia diretamente a população de 15 bairros pelos quais ela passa: Santa Cruz, Candeal, Chapada do Rio Vermelho, Vale das Pedrinhas, Brotas, Horto, Engenho Velho da Federação, Acupe de Brotas, Engenho Velho de Brotas, Federação, Garcia, Tororó, Barris, Nazaré e Centro. Além disso, é possível realizar a integração com outros modais por meio do Salvador Card, como o metrô e os ônibus convencionais.
Antes mesmo do trecho 2, o BRT já ultrapassou a marca de 1 milhão de usuários por mês. A perspectiva é que, com o modal em pleno funcionamento, sejam mais de 3 milhões. “A população já adotou o BRT porque a população entende o que é bom. As pessoas sabem que ali você tem previsibilidade, menor intervalo entre os ônibus, segurança nas estações. E o mais importante: o BRT trafega por vias exclusivas, permitindo muito mais agilidade, muito mais rapidez e a prioridade do transporte público”, disse Fabrizzio Müller.

O novo trecho do modal se estende por 7 km e possui 8 estações: Cidade Jardim, Vale das Pedrinhas, Rio Vermelho, HGE, Ogunjá, Vasco da Gama, Barris e Lapa. Com isso, o modal alcança 22 km de vias exclusivas e 14 estações, beneficiando 18 bairros, fora o trecho compartilhado. A infraestrutura conta com ciclovias em todo o seu percurso e mais de 5 mil árvores foram plantadas no paisagismo ao redor. Além disso, foram instaladas mais de 1,3 mil luminárias em LED e 542 postes para reforçar a iluminação pública.

Neste período inicial, quem estiver utilizando as outras linhas do BRT pode fazer a baldeação para a B4 na Estação Pituba. Da mesma forma, quem quiser sair da Rodoviária e ir até a Lapa via BRT deve usar a B1, a B2 e a B3 para fazer a troca de linha na Estação Pituba.

O BRT de Salvador possui outras três linhas: a B1, que interliga a Rodoviária e a Estação Pituba via Av. ACM; a B2, que segue um trajeto similar, porém segue até a Praça Nossa Senhora da Luz, na orla da Pituba; e a B3, que sai da Rodoviária e vai até a Av. Manoel Dias da Silva, na orla da Pituba, passando por dentro do Caminho das Árvores e pela Av. Paulo VI e depois volta para a Rodoviária pela Av. ACM.

O BRT de Salvador completou um ano de operação em 30 de setembro do ano passado, quando alcançou a marca de 10 milhões de passageiros transportados. O sistema é pioneiro no país no uso de ônibus elétricos e inaugurou em 2023 o maior terminal público de recarga elétrica de veículos do Brasil. Além de um projeto de transporte, a iniciativa contempla ainda intervenções de macrodrenagem, paisagismo, iluminação e abertura de áreas de lazer com quadras, parques infantis e a maior pista de skate da capital baiana.

Informações: AcordaCidade

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Linhas no Grande Recife passarão a ser operada por outras empresas

O Governo de Pernambuco através do Consórcio Grande Recife de Transportes prepara já para o dia 1º de maio mudanças nas linhas que hoje são operadas pela empresa Vera Cruz, pois tudo indica que a mesma não conseguiu atingir os requisitos de renovação e vistorias referentes ao Termo de Ajuste junto ao MPPE.

Com isso, linhas que são operadas a décadas pela empresa passarão de forma parcial e temporária para as empresas Borborema, Metropolitana e São Judas Tadeu, essas empresas ofertarão cerca de 40 veículos nas linhas que serão entregues de forma provisória.

As linhas que serão operadas já na próxima semana serão 110 IBURA / TI PRAZERES, 115 TI AFOGADOS / TI AEROPORTO, 118 PRAZERES / BOA VIAGEM, 120 ALTO DOIS CARNEIROS / SHOPPING, 135 UR 10, 136 UR 05, 142 ALTO DOIS CARNEIROS / TI TANCREDO NEVES, 178 PORTO DE SUAPE / TI CABO, 196 TI CABO / PORTO DE GALINHAS / NOSSA SENHORA DO Ó, 198 IPOJUCA / TI CABO e 199 CAMELA /TI CABO.

OS AGRAVANTES

SEM LICITAÇÃO
A empresa alega que vem enfrentando problemas operacionais e financeiros, inclusive com recordes de reclamações de usuários que a utilizam. No documento enviado ao Palácio do Campo das Princesas, a Vera Cruz afirma que, apesar de ter vencido a licitação do lote 4 das linhas realizadas ainda em 2014 e revogada pela gestão pernambucana em 2019, dez anos depois, a operação ficou impraticável.

SUBSIDIOS
Os defensores dos subsídios alegam que o principal objetivo é atender ao propósito de aumentar o acesso ao sistema de transporte público, principalmente no contexto de baixa renda, buscando aumentar benefícios para a população e reduzir externalidades. Mas sabemos que, no fundo, a ideia do subsídio transita na busca de garantir os futuros fluxos de caixa, necessários para a modelagem econômico-financeira, em projetos que o agente público acredita serem insuficientes em contratos celebrados no passado. O reequilíbrio financeiro seria o objetivo para garantir a perfeita realização do contrato de prestação de serviço público pelo concessionário contratado ou empresa que recebe ajuda do governo – seja pública ou privada.

E é nesse contraste que a empresa se baseia, pois de fato os atrasos recorrentes desses repasses impactaram demais as finanças da empresa que é uma das mais deficitárias em termos de arrecadação depois que a mesma foi colocada dentro dos terminais integrados.

Enfim, mesmo com uma pequena renovação de sua frota, a empresa agora operará de maneira mais efetiva e consequentemente melhorará sua prestação de serviços, pois agora a Vera Cruz terá sua operação diária com aproximadamente 140 ônibus em vez dos 188 exigidos pelo CTM já considerando a frota reserva.

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