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SuperVia e Metrô Rio suspendem integração e deixam viagens mais caras

quinta-feira, 15 de março de 2012

O usuário que utiliza o metrô e o trem em passagens integradas pagará 17,85% a mais pelas duas conduções somadas a partir do próximo dia 19. Isso porque as concessionárias SuperVia e Metrô Rio decidiram suspender a "promoção" que mantinham, em conjunto, desde 2000. Não serão mais vendidos tíquetes integração. Em vez de R$ 4,20, o passageiro que usar os dois modais seguidamente, em seus itinerários, pagará o valor cobrado no Bilhete Único estadual: R$ 4,95. Todos os dias são vendidos 70 mil bilhetes integrando as duas conduções.

Entre os motivos alegados pelo Metrô Rio está o fato de haver "vulnerabilidade" no sistema de venda de tíquetes de papel no modelo integração. A empresa não explicou que vulnerabilidade seria essa. Entretanto, a tarifa (R$ 4,20) do bilhete criado em 2000, para combater o crescimento dos ônibus na preferência dos usuários, também vale em cartões do Riocard. Já a SuperVia informou que a adoção do Bilhete Único vai facilitar a obtenção de informações sobre os hábitos dos passageiros.

No mês, mudança representa um gasto extra de R$ 33
Para um passageiro que usa duas vezes por dia o bilhete integração, o custo a mais é considerável. Em 22 dias úteis, os gastos de um trabalhador autônomo com transporte aumentam R$ 33. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os patrões também terão que arcar com um custo maior, já que depositam o montante de passagens, e o funcionário desconta 6% do salário.

A mudança vem sendo mal digerida pelos usuários. O universitário Rogério Figueiredo, de 42 anos, utiliza o serviço do bilhete integração para ir do trabalho, no Estácio, para a faculdade, em Piedade. Isso acontece três vezes por semana. Quando soube que a tarifa de integração acabaria, pediu um cartão do bilhete único municipal. E tomou uma decisão:

- De trem é mais rápido, mas vou passar a utilizar dois ônibus pelo Bilhete Único municipal, pois ficará mais barato. O problema é que, dessa forma, sempre há o perigo de chegar atrasado nas aulas - diz o estudante.

Fonte: Por Antero Gomes | Agência O Globo

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Acordo aceito e fim da greve de ônibus em Belo Horizonte

O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) aceitaram, na manhã desta quinta-feira, a proposta de reajuste de 9% para rodoviários que estão em greve. Com a decisão, os trabalhadores devem anunciar a qualquer momento o fim da paralisação.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de BH (STTRBH) ainda não recebeu o anúncio oficial da decisão patronal. Segundo o assessor de comunicação do Setra-BH, Edson Rios Júnior, a ata da reunião entre empresas será entregue ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para encerrar, com acordo, a conciliação proposta durante audiência na quarta-feira.
Mais cedo, o Setra-BH informou que o aumento de 9% seria um custo alto para empresas de transporte. Mesmo assim, o grupo avaliou os valores e optou pelo acordo. De acordo com Rubens Lessa, presidente do Sintram, o reajuste terá impacto na folha de pagamento de R$ 34 milhões, R$ 12 milhões a mais do que se fosse acatado o reajuste de 6%. Com os novos valores, o salário para o motorista passa de R$ 1.360,97 para R$ 1.483,46 e o de cobrador de R$ 680,48 para R$ 741,72. O valor do ticket no mês passa de R$ 284,60 para R$ 288,41. O Sintram, que atende a rede intermunicipal, tem hoje 18 mil funcionários e transporta 25 milhões de passageiros por mês.

Já o Setra, que atende a rede municipal, terá um impacto de 13,5 milhões por ano, contra custo anterior de R$ 8 milhões. Por mês, serão gastos R$ 1.125.000. O salário dos motoristas vai passar de R$ 1.359, 16 para R$ 1.941,48 e o do cobrador de R$ 679,58 para R$ 740,74. O Setra tem 40 empresas, e atende 35 milhões de passageiros por mês.
A greve dos rodoviários começou na segunda-feira e trouxe prejuízos para a população e comércio da capital e região metropolitana. Nesta quinta-feira, a BHTrans informou que todo o sistema de transporte coletivo da capital está funcionando normalmente.


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Goiânia necessita urgentemente de metrô ou VLT, diz especialista

Com o crescimento avançado da Região Metropolitana de Goiânia a qualidade do transporte público fica comprometida. Moradores de bairros distantes do centro da capital chegam a demorar cerca de duas horas no trajeto entre a residência e o trabalho. Segundo o doutor em engenharia de transporte, Benjamim Jorge Rodrigues dos Santos, somente com a implantação de novos projetos a situação pode mudar.

“Goiânia precisa urgentemente instalar sistema de transporte público de massa como metrô e VLT [veículo leve sobre trilhos]. Atualmente vemos que o Eixo-Anhanguera está no seu limite de capacidade de atendimento nos períodos de pico”, explica o especialista, que revela. “Os BRTs [sistema de corredores de ônibus rápidos] devem ter o limite máximo de espera a aproximadamente 8 mil passageiros por hora. Em Goiânia, os terminais chegam a ficar com 12 mil passageiros por hora”.

O professor Benjamim Jorge Rodrigues dos Santos afirma que o procedimento de implantação desses sistemas não complicados quanto parece ser. “Para isso acontecer depende principalmente da boa vontade dos gestores públicos. Consequentemente, são feitas elaboração de projetos e estudos adequados ao município. E, dentro do cronograma, deve existir um plano de avaliação para curto, médio e longo prazo no sistema público de transporte. Isso equivale a 10, 15 e 20 anos”, conclui.
Reclamações
 
Enquanto as instalações do metrô ou VLT não acontecem na Região Metropolitana, os usuários do transporte coletivo reclamam do serviço. Eles afirmam que chegam atrasados aos compromissos por causa da ineficiência das linhas itinerárias. “Todos os dias eu chego pelo menos uma hora atrasa na aula”, relata a universitária Karine Brito, que trabalha no Centro e estuda na região Oeste da capital.

Além da demora, a população reclama da superlotação. A TV Anhanguera flagrou a aposentada Maria Francisca Cardoso, de 62 anos, tentando entrar em um ônibus, mas não conseguia por causa da falta de espaço no interior do veículo. “Não sei o que vou fazer. Meu esposo está me esperando em Aragoiânia, porém, não sei que horário vou chegar”, lamenta a idosa.

Fonte: G1 GO

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Em Fortaleza, sistema de faixas para ônibus ainda não tem previsão de início

Apesar de muitas das obras de mobilidade urbana realizadas em Fortaleza, a exemplo do Transfor, já preverem a implantação de faixas prioritárias de ônibus nas vias da Capital, ainda não existe previsão para que o sistema entre em funcionamento. Na Avenida Mr. Hull, por exemplo, é visível no asfalto a inscrição "ônibus", como alusão à prioridade dos veículos coletivos, entretanto, de acordo com o chefe da Divisão de Planejamento da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Ferreira Silva, os estudos para a escolha das vias que devem disponibilizar uma faixa para ônibus ainda estão sendo realizados. Com isso, segundo ele, ainda não há data prevista para a implantação do sistema.
No momento, está sendo realizada, até domingo, a votação que decidirá em qual trecho devem ser implantadas as primeiras faixas prioritárias para o transporte público em Fortaleza. As opções de trechos são: Antônio Bezerra/Centro, Antônio Bezerra/Messejana, Lagoa/Centro, Messejana/Centro e Leste-Oeste/Centro.
Fiscalização é fundamental
A fiscalização do fluxo de veículos particulares nas faixas prioritárias ao transporte público de Fortaleza deve ser fundamental para o funcionamento do Serviço Rápido de Ônibus (BRS). Foi o que garantiu o arquiteto e urbanista da engenharia de transportes da Universidade Federal do Ceará (UFC), Antônio Paulo.
Para ele, o novo sistema já funciona com eficiência em grandes cidades do País, como o Rio de Janeiro, e terá resultado positivo em Fortaleza apenas com o monitoramento necessário. "A Etufor está acertando em implantar o sistema, mas o essencial é que consiga mapear o fluxo dos veículos nessas faixas", disse.
De acordo com Ferreira Silva, da Etufor, os veículos particulares poderão ter acesso às faixas apenas para fazer desvios ou ter acesso a locais. "Temos que dar o acesso ao usuário do automóvel às garagens, mas eles não pode andar mais do que 100 metros, podendo ser multados", disse.
O Chefe de Núcleo de Trânsito da AMC, Acelino Lima, afirmou em entrevista ao Diário do Nordeste Online que a fiscalização será eletrônica e também feita pelos agentes de trânsito. De acordo com ele, os estudos serão concluídos após a definição dos pontos de implantação das faixas.
Conscientização da população
Outro fator que deve garantir o bom funcionamento do novo sistema é a conscientização da população para aderir o uso dos transportes públicos. De acordo com Ferreira Silva, o objetivo do programa é também melhorar a qualidade do serviço de transportes públicos. "Daqui a pouco vai ser inaugurado o metrô, o VLT, incentivando que esse usuário do automóvel utilize. Para você tirar as pessoas de dentro do automóvel é muito difícil. Hoje nós temos consciência que precisamos dar essa velocidade, o conforto, para que parte dessa demanda migre para o ônibus. A Prefeitura de Fortaleza está dando o primeiro passo nesse sentido", disse.

Fonte: Mobilize


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