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Florianópolis precisa investir em transporte sustentável para manter imagem de capital da qualidade de vida

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Se Florianópolis quiser manter a imagem de cidade com qualidade de vida para atrair cada vez mais turistas de outros estados e exterior, precisa investir em alternativas de transporte sustentável, com estrutura para o uso da bicicleta, locomoção a pé e transporte público de qualidade.

Especialistas renomados no mundo são taxativos ao dizer que manter a cultura do carro pode afetar o futuro turístico e inverter a fama para Capital da imobilidade.

O alerta foi dado no Fórum Internacional sobre Mobilidade Urbana, que começou nesta quarta-feira, no Hotel Majestic, na Beira-Mar Norte, na Capital. O diretor executivo da ONG canadense 8-80 cities (em português Cidades Voltadas para Públicos de 8 aos 80 anos), Guillermo Peñalosa, aponta que Florianópolis vive os problemas do congestionamento por priorizar a ampliação dos espaços para o uso do automóvel.

Ele, que foi um dos responsáveis pela reurbanização de Bogotá, na Colômbia, reconhece que o discurso da mobilidade sustentável já é explorado em Florianópolis, mas é preciso transcender e partir para a prática. Peñalosa apontou exemplos para mostrar como é possível evoluir com agilidade na administração pública.

— A decisão de fechar o largo da Times Square para carros e deixar exclusivamente para pedestres levou apenas 30 dias. Também foi em um mês que Chicago construiu a primeira ciclovia. A mudança de postura a favor de uma mobilidade sustentável não é um problema financeiro, mas técnico e político. Quanto mais se constrói estradas, mais carros haverá nas ruas — observa Peñalosa.

O especialista acredita que Florianópolis poderia ser um exemplo internacional de qualidade de vida se houvesse investimento na humanização da mobilidade. Uma cidade com menos emissão de gás carbônico, recreação e saúde para todos ao invés da ansiedade e obesidade provocada pelo tempo perdido no trânsito.

— Deus foi muito generoso com Florianópolis, ofereceu uma natureza maravilhosa. Não é justo construir uma avenida (Beira-Mar Norte) de 12 faixas de frente para o mar. Deveria ter no máximo oito e o restante ser um calçadão de 30 metros de calçadas e parques para pedestres e bicicletas, além de uma canaleta para ônibus. Isso que vai atrair o turismo — salienta.

O diretor da ONG holandesa International Bicycle Consultancy (Consultoria Internacional de Bicicleta), Ton Daggers, afirma que investir mais em ciclovias e transporte coletivo traz, inclusive, economia para uma cidade que conta com 60% do território de áreas de proteção permanente (APP). Isso porque as construções não precisariam de tantas vagas de garagens.

— A natureza é bela, mas nas minhas visitas percebi que nos últimos 10 anos aumentou o número de carros, houve pouco aumento de ciclovias e nenhuma melhoria em transporte de massa. É preciso definir como vão querer manter a bela imagem de Floripa no mundo — questiona Daggers.

Por Roberta Kremer
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Passageiros reclamam do tempo de espera em pontos de ônibus de Teresina

Os usuários do transporte público de Teresina reclamam da falta de ônibus e do precário atendimento do metrô. Para os passageiros, as 90 linhas já não são mais suficientes para transportar os mais de 320 mil passageiros que precisam do serviço diariamente.

A estudante Raquel Santos reclama do tempo de espera nas paradas e do desconforto. “Esperamos até uma hora para o ônibus passar e quando ele vem está lotado. Isso ocorre diariamente em Teresina e o metrô não oferece um serviço seguro e por não ter estrutura é subutilizado”, afirmou.

O superintendente municipal de trânsito, Pang Yen Hsiao, confirma que será feita uma maior racionalização e integração das linhas de ônibus. “A princípio vamos racionalizar algumas linhas que chocam o percurso e colocar elas para atender bairros com poucas linhas, bem como promover a utilização dessa integração proposta anteriormente”, afirmou Hsiao.

Segundo Pang Yen Hsiao está sendo planejada uma licitação para instalar ar-condicionado nos terminais de ônibus. “Já estamos viabilizando esse benefício para a sociedade e fazendo estudos de custo para promover a implantação do ar-condicionado em alguns veículos”, informou o superintendente.

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Tarifa de ônibus de Bauru pode chegar até a R$ 2,93

Quem anda de ônibus em Bauru já tem motivo para ficar preocupado. Ontem, a Transurb, associação que representa as três empresas que prestam o serviço de transporte coletivo na cidade, entregou a planilha na qual pede reajuste da tarifa para os próximos 12 meses. 

E o peso no bolso vai ficar diluído, em média, em 14% de aumento, caso o prefeito Rodrigo Agostinho (PMDB) acate integralmente o que as empresas estão pedindo. 

Alegando aumento de custos, apesar de terem arrecadação crescente nos últimos anos, conforme o BOM DIA mostrou (quase R$ 66 milhões no ano passado), Cidade Sem Limites, Grande Bauru e Baurutrans querem cobrar R$ 2,93 para quem anda de ônibus e paga em dinheiro. 

O reajuste para essa modalidade fica em torno de 12,69%. De acordo com dados da própria Emdurb, aproximadamente um terço dos passageiros usa o dinheiro no pagamento da passagem, algo em torno de 533 mil ao mês. 

De todos os valores propostos pela Transurb, o principal aumento é para quem paga a tarifa integração. Atualmente, uma viagem-extra custa R$ 0,60. Há a previsão de que o valor chegue a R$ 0,72 com esse reajuste das empresas.

vai ter aumento /O prefeito Rodrigo Agostinho está em Brasília e não teve acesso ainda ao estudo. Porém, já deixa claro que o reajuste vai ocorrer e deve ser algo em torno de 10%. “O reajuste do diesel está gerando impacto na tarifa de todo o Brasil”, afirma, lembrando também a queda do número de passageiros do ano passado.

Congelamento /O vereador Roque Ferreira (PT) não quer que a tarifa aumente tão cedo. Isso porque 2013 é ano de discussão de um dos contratos das empresas concessionárias e a Emdurb está para receber um estudo com a remodelagem do sistema de transporte coletivo da cidade. A previsão é para o fim do ano. 
Na semana passada ele abordou o assunto na tribuna da Câmara e cobrou maior transparência da prefeitura. 

Reunião /O presidente do Conselho de Usuários do Transporte Coletivo de Bauru, Pedro Valentim, convocou reunião imediata para discutir a planilha e os valores apontados. O BOM DIA apurou que existe uma tendência dos conselheiros em rejeitar o pedido. 

Na teoria, Rodrigo deveria ouvi-los, já que são representantes dos usuários, mas isso não costuma acontecer. Ano passado houve aumento da tarifa mesmo após o conselho rejeita-lo, o que tem acontecido constantemente. 

Desoneração /Se for para depender de governo para pagar menos e andar nos ônibus do transporte coletivo o bauruense pode ter que esperar uma iniciativa do Palácio do Planalto – e não o das Cerejeiras. 

Além de manter a redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), de acordo com decreto publicado na última segunda-feira (1º), o governo federal também estuda uma desoneração do transporte público.

A medida incluiria a redução ou isenção de tributos de insumos, combustíveis e maquinários e até da folha de pagamento das empresas.

Em tese, isso implicaria na reavaliação e redução de tarifas, em efeito cascata, em todo o país. “É uma situação nova que pode provocar uma revisão dos valores sim”, frisou o presidente da Emdurb (Empresa Municipal de Desenvolvimento Urbano e Rural de Bauru), Nico Mondelli.

Valor da tarifa só aumenta há cinco anos
Em 2008, a tarifa tinha valor de R$ 2 para quem pagava em dinheiro. No primeiro ano de governo de Rodrigo, esse valor subiu para R$ 2,15. 

30,9
É o número em milhões de passageiros que as empresas receberam no ano passado 

Número caiu, mas ano foi de greve 
Comparando com 2011, o ano de 2012 registrou queda de 920 mil passageiros. Vale lembrar, porém, que houve greve de pelo menos quatro dias, o que ajudou nesse número decrescente.

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Ação da Cidadania inaugura posto de coleta no metrô do Recife

O Comitê da Ação da Cidadania Pernambuco Solidário começa nesta quarta-feira uma campanha emergencial de arrecadação de alimentos não perecíveis e água. A iniciativa será marcada por dois atos, um na Estação Recife do Metrô e outra na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Às 9h será inaugurado o posto de arrecadação na Estação Recife do Metrorec. Os donativos serão encaminhados para famílias em maior risco de segurança alimentar na região afetada pela estiagem, especialmente o Agreste.

Às 18h, o cantor Nando Cordel lançará a música que será o carro-chefe da campanha de solidariedade. O evento acontece em frente ao Palácio Joaquim Nabuco, sede da Assembleia Legislativa, convocando a sociedade pernambucana para doar.

Nos últimos 90 dias mais de duas mil famílias do Agreste e Sertão foram beneficiadas na rede de parcerias do Comitê em todo o estado. No início da próxima semana, a Faculdade Boa Viagem começa uma mobilização envolvendo os alunos. Quem preferir pode doar diretamente na sede do Comitê da Ação da Cidadania Pernambuco Solidário, no Parque de Exposições do Cordeiro, na Avenida Caxangá.

Informações: Metrorec e Diário de Pernambuco


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Maceió tem apenas 30 quilômetros dos 600 necessários

Uma audiência pública realizada nesta terça-feira (2), no Ministério Público Estadual (MPE), discutiu a mobilidade urbana e a criação de espaços voltados especialmente para a circulação de ciclistas na capital alagoana, que conta atualmente com apenas 30km de ciclovia, quando ideal seria, no mínimo, 600km, ou seja, cerca de 20 vezes a mais.

O promotor Max Martins, ao iniciar a audiência pública, solicitou que todos fizessem um minuto de silêncio em homenagem aos ciclistas vítimas do trânsito e destacou a necessidade de garantir acessibilidade às pessoas que fazem uso de bicicletas para se deslocar.

Precisamos garantir a acessibilidade às pessoas que precisam desse meio de transporte. Temos que acabar com esse paradigma de Alagoas sempre sair à reboque de outros estados. Não podemos figurar sempre como a última capital a executar determinados projetos, falou o promotor, ao ser informado que a capital vizinha, Aracaju, que possui uma população bem menor que a de Maceió, possui mais de 100km de ciclovia.

Representantes da Associação Alagoana de Ciclistas (AAC), do Movimento Bicicletada e do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Alagoas (Sinduscon/AL) participaram a audiência e falaram sobre os problemas aos quais os ciclistas de Maceió ficam expostos diariamente.

O representante da AAC, Antônio Facchinetti, fez a entrega de um documento ao Ministério Público que expõe a situação das ciclovias da capital – algumas em estado caótico – e contém a listagem das avenidas onde há a necessidade de construção de ciclovias, entre elas a Fernandes Lima, Durval de Góes Monteiro, Governador Afrânio Lages, Álvaro Calheiros, Siqueira Campos e Menino Marcelo.
“Hoje nós não temos um sistema cicloviário em Maceió. Na orla lagunar, por exemplo, casas estão sendo construídas em cima da ciclovia”, ressaltou Facchinetti.

Como representante do município, a secretária Municipal Adjunta do Planejamento, Andrea Estevão, afirmou que estará contratando, ainda esse ano, a pesquisa de origem/destino e, até o final do próximo ano, o Plano de Mobilidade Urbana de Maceió deve ser concluído.

Os representantes do município também informaram que estão tentando, junto do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), a construção de uma ciclovia após a duplicação da AL-101 Norte, diferente do que aconteceu na AL-101 Sul, que foi duplicada e não possui ciclovia, tendo vitimado várias vítimas desde que foi inaugurada, no ano passado.

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