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No Rio, Mudanças nas linhas de ônibus trazem dor de cabeça para moradores

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Quase três semanas após os protestos contra a redução das linhas de ônibus que interromperam a circulação do BRT na Avenida das Américas, os moradores do Recreio tiveram uma surpresa nem tão animadora: uma das linhas de ônibus que atende o bairro será extinta. Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, a linha 753, que leva os moradores do Recreio até Cascadura, passando pela Freguesia, foi substituída por uma linha alimentadora, que faz parte do sistema do BRT

Extinta desde o dia 13, a decisão da retirada da linha veio junto com uma série de reclamações por parte dos moradores. Segundo eles, a linha alimentadora não atende a necessidade dos usuários do antigo 753. Elizabeth Santos, professora e moradora da região, fazia uso da linha todos os dias para chegar à escola, onde trabalha. Segundo ela, o tempo que ela fazia no trajeto aumentou cerca de uma hora e que a opção dada não atende as necessidades de quem sai do bairro. “O 753 mudou pra 882A Tanque - Alvorada. Acontece que neste trajeto, ele não passa mais no Recreio. E ficamos mesmo sem nenhuma linha para a Freguesia”.

Segundo a professora, nos primeiros dias da retirada de circulação da linha 753 ela não recebeu qualquer orientação sobre as alternativas. “Houve uma "divulgação" no site da Prefeitura sobre as linhas que eles decidiram extinguir sem consulta à população que a utilizava, mas essa informação não chegou a todo mundo. Nos ônibus, que as pessoas usam como alternativa ao trajeto antigo, as pessoas não param de reclamar. Essa linha alimentadora (882A) não atende ao Recreio. Ela sai do Tanque até a estação Alvorada”.

A sensação descrita pela professora é de que não é deixada nenhuma alternativa à população. A superlotação do BRT é a principal reclamação de quem faz uso do serviço. “Já fiz uso do BRT no horário do rush e a porta não fechava de tanta gente. O BRT não anda de portas abertas, mas essa situação é normal nesse horário”, lamenta Elizabeth.

A professora relatou também que, antes da extinção da linha 753, ela tentou entrar em contato com a Secretaria de Transportes através do serviço de atendimento ao cidadão, o 1746. No entanto, em um mês ela não recebeu qualquer resposta.

Assim como Elizabeth, a professora, Barbara Giacomelli, também moradora do Recreio, descreve a situação como “muito difícil”. “A viagem demora mais. Eu moro próximo à estação Nova Barra, era mais rápido pegar o 753 direto para freguesia do que pegar o BRT parador até alvorada, para sair da estação e pegar outro ônibus”, explica.

Especialistas criticam a falta de comunicação

Especialistas em trânsito e mobilidade de duas das mais importantes universidades públicas do Rio de Janeiro, Eva Vider, professora da Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Alexandre Rojas, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), explicam que o sistema de linhas alimentadoras, saindo de uma linha principal, como é o BRT é pensado para a retirada do excesso de veículos nas vias da cidade. Porém a prefeitura peca na implantação do sistema pela falta de diálogo com os moradores do Rio de Janeiro.

Para Alexandre, a reclamação sobre a retirada das linhas pela população é válida porque um projeto como esse precisa de um período de adaptação e, também, é preciso que a prefeitura faça um estudo sobre essa linha de ônibus junto à população para saber o quanto ela é válida para essas pessoas. “O que dá para perceber é que tem uma falta de diálogo e isso está bem flagrante. Há pouco tempo atrás teve a manifestação que parou o BRT e isso não é de graça, o desejo da população em relação ao ônibus é genuíno e precisa ser ouvido. O ônibus é um serviço publico e ele tem que atender o povo e não a necessidade de uma empresa” aponta Alexandre.

Eva Vider destaca que o sistema “tronco-alimentador” do BRT é usado em outros países e tem dado bons resultados. No entanto, algumas características do sistema não parecem estar sendo respeitadas. Segundo Eva, o BRT depende de uma linha principal com um centro onde deve ser feita a baldeação para outras linhas chamadas de “linhas alimentadoras”, que seria as alternativas para as linhas que estão sendo extintas. “Essa baldeação deve ser feita de forma rápida. A ideia é que tenha a baldeação, mas o tempo de viagem tem que ser menor, se o passageiro leva mais tempo, então alguma coisa não está fechando nesse sistema”, afirma a pesquisadora.

Além disso, a professora argumenta que as linhas alimentadoras têm que ser mais freqüentes e com abrangência geográfica equivalente a das linhas que foram extintas. “A linha alimentadora tem que ter uma alta frequência e tem que ter espaço para a pessoa fazer a viagem. Não adianta jogar as pessoas em uma linha troncal lotada. A oferta tem que ser melhor do que era antes”.

Eva aponta ainda a pouca informação que é passada para a população, que é crucial nessa fase de reformulação da mobilidade da cidade. “A falta de informação é uma das causas dos atrasos do passageiro, porque sem informação adequada não tem planejamento por parte da população. O sistema de informação dos transportes no Rio de Janeiro é muito precário, seja pra quem mora aqui, seja para quem vem de fora. Tem que melhorar muito, ainda mais se a prefeitura quiser causar uma boa impressão nas olimpíadas”, conclui.

Resposta

Questionados sobre a extinção da linha 753, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) e o Consórcio do BRT, responderam que a linha foi extinta, conforme o programa de implantação do BRT Transcarioca. Segundo SMTR, as linhas que concorrem com o traçado do BRT serão extintas aos poucos. No caso do 753, foi criada a linha alimentadora 882A Tanque x Alvorada(via Freguesia. "A mudança foi feita seguindo o processo de racionalização do sistema das linhas de ônibus das regiões abrangidas pelo BRT Transcarioca e segue o planejamento definido pelo município", segundo o comunicado da Secretaria.

A assessoria do Consórcio do BRT afirmou que foram feitas divulgações em seu site oficial e em suas redes sociais que "que atingem hoje cerca de 135 mil internautas". Apesar das reclamações dos usuários da linha o consórcio afirmou também que "A informação também foi fartamente divulgada por nossa assessoria de imprensa. O mesmo esforço de divulgação também foi feito pela Secretaria Municipal de Transportes”.

por Fernanda Távora
Informações: Jornal do Brasil

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Em SP, Novos terminais de ônibus vão melhorar qualidade do transporte coletivo

Os usuários de transporte coletivo terão novos terminais de ônibus em Itaquera (zona leste), Jardim Ângela (zona sul), Parelheiros (zona sul) e Perus (zona norte) que, juntos, vão beneficiar mais de 500 mil pessoas diariamente. A construção desses terminais faz parte da meta que prevê a construção de corredores de ônibus e tem como objetivo melhorar a qualidade do transporte coletivo.

O transporte coletivo é um dos temas em discussão na Semana da Mobilidade 2014. Clique aqui e veja a programação completa das atividades.

Além da construção desses terminais, a administração municipal prevê a ampliação e melhorias de terminais já existentes. Os terminais de Campo Limpo, Santo Amaro, Parelheiros, João Dias e Capelinha receberam obras de reforma e reestruturação, visando melhorias na acessibilidade.

Já o Terminal Grajaú irá ganhar novos acessos e terá sua área para estacionamento de ônibus (mangueira) ampliada. Os terminais Aricanduva e São Miguel também passarão por reformas para suas ampliações.

Terminal Itaquera
Localizado próximo à estação Corinthians – Itaquera do Metrô, o novo terminal em Itaquera, já em obras, terá aproximadamente 40 mil metros quadrados e irá complementar o terminal já existente, que está sendo ampliado. Ele atenderá uma importante demanda de usuários do Polo Institucional Itaquera e as transferências para as linhas de alta capacidade do Metrô e CPTM (Linha 3 -Vermelha e Linha 11 - Coral). A previsão é que o terminal atenda diariamente 150 mil pessoas. Além disso, o novo equipamento dará apoio aos futuros corredores Leste Radial 1, 2 e 3, Itaquera, Perimetral Leste Itaim, São Mateus e Vila Mara/Jacu-Pêssego.

O atual Terminal existente passou reforma e foi ampliado em 8 mil metros quadrados este ano. Ganhou novas plataformas, mais acessibilidade, um viário interno e uma passarela, com elevadores, que liga o Terminal ao estádio Arena Corinthians.

Todo o entorno do Terminal Itaquera ganhará um viário novo e acessível de 8 km, com alargamento e duplicação das ruas Itaquerinha, São Teodoro e Rua Harry Dannenberg canalização do córrego do Rio Verde, construção de um Parque Linear junto à margem do córrego Rio Verde de 1,9 km, construção de 400 habitações; construção de dois viadutos importantes: um que interligará a Av. Líder às Avenidas São Teodoro e Itaquera (em forma de Y) e outro na Av. São Teodoro interligado à Av. Líder.

Terminal Parelheiros
Em fase licitatória, o Terminal Parelheiros será construído próximo ao trecho sul do Rodoanel, na Avenida Sadamo Inoue, no eixo do corredor do Rio Bonito. Este equipamento irá atender uma demanda diária estimada em 75 mil passageiros, desafogando os dois terminais existentes na região (Parelheiros e Varginha), que atualmente operam no limite de suas capacidades.

Terminal Jardim Ângela
O Terminal Jardim Ângela e seu acesso viário, na Estrada do M’ Boi Mirim, são de fundamental importância para a organização do sistema de transporte na região sul da cidade. Este futuro terminal irá integrar linhas locais, metropolitanas e estruturais que hoje circulam na região.

O equipamento atenderá ainda o Corredor M’ Boi Mirim e aos futuros corredores Carlos Caldeira, Agamenon-Baronesa e Guarapiranga-Guaravituba, além de se integrar à futura Estação Jardim Ângela, da extensão da Linha 5 – Lilás do Metrô. Localizado nas imediações do Hospital Municipal do M’ Boi Mirim, ele irá beneficiar 1,5 milhão de habitantes da região e quase 240 mil passageiros diários.

Terminal Perus
Já os moradores da zona norte serão beneficiados com o Terminal Perus, que será construído sob os viadutos Mora e Ulisses Guimarães, ainda em fase licitatória. Sua construção tem o objetivo de integrar as linhas locais e metropolitanas, com atendimento estrutural proporcionado pela Linha 7 – Rubi da CPTM, beneficiando uma demanda diária estimada em 46 mil passageiros.

Para garantir a fluidez na entrada e saída das linhas de ônibus, o projeto prevê ainda intervenções nas ruas Crispim do Amaral, Fiorello Peccicacco, Silvio de Campos, Joaquim de Souza, Bernardo José Lorena e Padre Manoel Campelo. Inclui também uma alça de acesso ao viaduto Deputado Ulisses Guimarães e o tratamento viário da Praça Inácio Dias.

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No Recife, Faixas e corredores exclusivos para ônibus são desrespeitados

De exclusivos, eles não têm nada. Basta um pequeno engarrafamento que os 12 quilômetros do Corredor Leste-Oeste, os 33 quilômetros do Corredor Norte-Sul e os até agora 28 quilômetros de Faixa Azul são invadidos por um sem-número de carros, motos e caminhões que fazem do desrespeito uma rotina. As faixas foram feitas para facilitar a circulação dos ônibus, comuns e do BRT, e para que o tempo da viagem do transporte coletivo seja menor. As placas e as sinalizações na pista não deixam dúvida, mas, nos horários de pico da manhã e da noite, os flagrantes de transgressão ocorrem a cada minuto. Por três dias, a reportagem da TV Globo acompanhou a ida e a volta do trabalho em trechos das avenidas Caxangá, Mascarenhas de Morais, Domingos Ferreira e da Rua Cosme Viana. O resultado foi um festival de infrações. 

Num dos casos, 12 veículos invadiram o corredor do BRT na Caxangá em um intervalo de apenas 30 segundos, no começo da manhã. A presença de um orientador da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU), que não tem autonomia para multar, não constrangia os infratores. "Nós sempre avisamos que estamos aqui para orientar, e todos desrespeitam. É difícil orientar os condutores. Quando vamos falar, acabamos entrando em atrito", diz o orientador Hamilton Vicente, enquanto via, resignado, carros e motos passando na faixa que deveria ser exclusiva para o ônibus rápido. Hamilton trabalha ali há quatro meses e, segundo ele, não houve um dia sequer em que não tenha flagrado motoristas de veículos particulares na via do transporte público.

Um motorista que havia invadido o corredor do BRT e tentava sair admitiu a manobra irregular. Ao ser questionado sobre o que o motivou a infringir a lei, ele simplesmente fechou a janela. Segundos depois, foi a vez de um motoqueiro parar na faixa proibida em pleno sinal vermelho. "É a primeira vez mesmo. Estou apressado", justificou. As desculpas são recorrentes e parecidas. Um condutor, no entanto, fugiu à regra: abriu o vidro elétrico, desacelerou o automóvel e exibiu um distintivo policial. Estava errado do mesmo jeito. Apenas viaturas em serviço podem circular pelo local - além de ambulâncias e carros do Corpo de Bombeiros.

Na mesma Avenida Caxangá, outro dia, o guarda de trânsito Ronald Ataíde falava que havia multado cinco motoristas no período da tarde por invadir o corredor do BRT. No meio da entrevista, a sexta autuação. Na manhã da última segunda-feira, duas pessoas foram atropeladas por carros comuns no corredor exclusivo do ônibus rápido na Avenida Caxangá. Trafegar no local é infração grave, com pena de cinco pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e multa de R$ 127,69.

As infrações também se revelaram constantes na Avenida Mascarenhas de Morais, na Imbiribeira. De acordo com a CTTU, a Faixa Azul é de uso exclusivo dos ônibus de segunda a sexta-feira, entre 6h e 22h. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), o veículo particular flagrado trafegando pelo local comete infração leve, o que resulta em multa de R$ 53,20 mais três pontos na CNH. Mas, na prática, a falta de fiscalização dá guarida ao desrespeito. Foram dezenas de carros flagrados na Faixa Azul nos dias e horários proibidos.

Taxistas sem passageiro também não podem circular pela Faixa Azul. "Eu não sabia. É porque sou de Paulista", argumentou o taxista, a dois metros de uma placa que, em letras garrafais, mostrava que ele estava errado. Um motorista disse ser de outro Estado, mas as placas do carro eram do Recife.

O desafogamento proporcionado pela inauguração da Via Mangue reduziu os congestionamentos e, por consequência, as transgressões na Avenida Domingos Ferreira, mas também foram muitos os maus exemplos na via, sobretudo no pico noturno. Em dois casos, veículos comuns travavam a passagem de ônibus lotados. Em outro ponto, na frente do Clinical Center, no Pina, havia até um carro parado em plena Faixa Azul. Na Rua Cosme Viana, em Afogados, a primeira a receber a pintura azulada, ainda em dezembro do ano passado, o tempo pouco ensinou aos motoristas. As motos e cinquentinhas, campeãs no quesito desrespeito, ignoravam o Código de Trânsito, enquanto a cidade aguarda as 406 câmeras prometidas para fiscalizar os 60 quilômetros em que a prefeitura pretende implantar Faixa Azul, envolvendo ao todo 13 corredores. A previsão inicial era instalar os equipamentos de filmagem em fevereiro.

Wagner Sarmento
Da TV Globo | Informações: G1 PE

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