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Tarifa de ônibus fica mais barata nas maiores cidades do Paraná

domingo, 16 de junho de 2013

Os usuários do transporte coletivo de oito das dez maiores cidades do Paraná pagam menos pela passagem de ônibus.
Além de Foz do Iguaçu, onde a passagem baixou R$ 0,05, a tarifa de ônibus custa menos nas cidades de Londrina, Cascavel, Ponta Grossa, Maringá e Guarapuava, e nos municípios de São José dos Pinhais e Colombo (que tiveram a passagem reduzida em linhas da região metropolitana). As demais são Curitiba e Paranaguá.

A redução das tarifas é resultado da isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), determinada pelo governo estadual, em maio, e da redução de alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre o setor, decidida pelo governo federal, em junho.


Mais barata
Em Cascavel, a tarifa será reduzida de R$ 2,60 para R$ 2,50 a partir de 1º de julho. A cidade possui 52 linhas e 142 ônibus que transportam mais de 2 milhões de passageiros por mês.

No município de Londrina, o preço da passagem passou de R$ 2,45 para R$ 2,35. A cidade tem uma frota com 417 ônibus que operam 129 linhas urbanas e transportam 166,5 mil passageiros por dia.

Em Guarapuava, o preço das passagens de ônibus cairá de R$ 2,50 para R$ 2,40. Para o cidadão que usa o cartão eletrônico, a tarifa será de R$ 2,25. Para estudantes, o preço cai de R$ 1,35 para R$ 1,20. Cerca de 25 mil usuários utilizam os 65 ônibus das 51 linhas do transporte coletivo na cidade diariamente.

Na cidade de Maringá a tarifa passa de R$ 2,65 para R$ 2,55 já neste domingo. O município possui 65 linhas, 282 ônibus e atende mais de 3 milhões de usuários todos os meses. Com o preço mais baixo, a prefeitura também fará a integração do transporte com as cidades de Sarandi e Paiçandú.

Ponta Grossa tem 94 linhas e 100 mil usuários por dia. A tarifa vai reduzir de R$ 2,60 para R$ 2,50 para quem usa o bilhete eletrônico e custará R$ 1,25 para estudantes cadastrados.

Na última quarta-feira, o governo estadual anunciou a redução de R$ 0,10 na tarifas de ônibus de 81 linhas metropolitanas gerenciadas pela Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec). Cerca de 3 milhões de usuários de 18 municípios da região metropolitana serão beneficiados. 

Além de São José dos Pinhais e Colombo, a redução também vale para Campo Largo, Balsa Nova, Araucária, Almirante Tamandaré, Quatro Barras, Piraquara, Bocaiúva do Sul, Campina Grande do Sul, Itaperuçu, Rio Branco do Sul, Quitandinha, Fazenda Rio Grande, Mandirituba, Contenda, Agudos do Sul e Curitiba.

Informações: RIC MAIS
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Rio terá a 1ª obra de PPP em mobilidade urbana do país

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, acompanhou a presidente Dilma Rousseff, na assinatura do Termo de Compromisso para implantação da primeira obra de Parceria Público Privado (PPP) em mobilidade urbana do país. A obra será um Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) nas Áreas Central e Portuária do Rio de Janeiro.

O investimento será de R$ 1,164 bilhão, sendo R$ 532 milhões recursos do Ministério das Cidades e R$ 632 milhões de contrapartida da prefeitura do Rio. A assinatura que aconteceu nesta sexta-feira na região portuária do Rio de Janeiro, também teve a participação do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes e do Superintendente Regional da Caixa, Tarcísio Luiz Dalvi. “Esta é uma das obras mais importantes do mundo por causa da sua integração com todos os modais, como o teleférico, as barcas, BRT, metrô e trem. Esta área será uma das mais bonitas deste país”, observou o ministro Aguinaldo Ribeiro.


O ministro garantiu que nunca se investiu tanto no Brasil. As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana, no Rio, serão aproximadamente R$ 60 bilhões. “O tema dos investimentos de mobilidade urbana foi retomado. Temos agenda de programação de investimentos toda semana”, afirmou.

A presidenta Dilma Rousseff, na ocasião, falou do entusiasmo de aprovar uma obra como o VLT que “cria um sistema de transporte que será as veias que irão irrigar e ressuscitar a cidade. O sistema que trará as pessoas para o centro”.
Os brasileiros, disse ela, não podem esquecer que este é um país rico. “Nunca duvidem disso. O Brasil mudou. É outro. Um Brasil que investe. Nós não merecemos menos”.


A integração com outros meios de transportes - metrô, trens, barcas, BRT, redes de ônibus convencionais, teleférico e aeroporto - vai melhorar o trânsito da região central, reduzindo o fluxo de veículos.

A distância média entre as estações é de 400 metros. Cada composição comporta até 450 passageiros, e o tempo máximo de espera entre um trem e outro vai variar de 3 a 15 minutos, de acordo com a linha.

O empreendimento será realizado por meio de Parceria Público-Privada (PPP), pelo Consórcio VLT Carioca, formado pelas empresas Actua - CCR, Invepar, OTP - Odebrecht Transportes, Riopar, RATP e Benito Roggio Transporte. A previsão é de que a obra seja concluída em até 36 meses.

Informações: Monitor Mercantil
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Em São Paulo, Frota de ônibus encolhe, mas número de passageiros cresce 80% em 8 anos

Nos últimos oito anos, o número de passageiros transportados nos ônibus paulistanos disparou, mas a frota total de coletivos diminuiu no mesmo período. Dessa maneira, mesmo com um aumento real de 30% no valor arrecadado nas catracas desde 2004, cada ônibus passou a transportar cerca de 80% mais passageiros em 2012.

O atual contrato de concessão do transporte coletivo na cidade foi assinado em 2004, na gestão de Marta Suplicy (PT). Naquele ano, 1,6 bilhão de passageiros foram transportados nos ônibus da capital - total contabilizado cada vez que alguém gira uma catraca de algum coletivo. Esse número disparou nos anos seguintes, principalmente após a adoção do bilhete único, que passou a permitir conexões gratuitas dentro de um certo período de tempo. Em 2012, os passageiros transportados chegaram a 2,9 bilhões.


No mesmo período, o valor arrecadado com o pagamento de passagens passou de R$ 3,3 bilhões - valor já corrigido pela inflação no período - para R$ 4,5 bilhões. Entretanto, a quantidade de ônibus circulando na cidade diminuiu ligeiramente em vez de crescer. Hoje, são 13,9 mil coletivos, ante 14,1 mil em 2004. O número total de viagens feitas pelos ônibus também teve uma ligeira queda no período, passando de 200 mil para 193 mil por dia útil. Ou seja: é mais gente sendo transportada pagando um valor mais caro, mas em menos ônibus e em menos viagens.

Os números são da própria Secretaria Municipal de Transportes e foram compilados pela reportagem. Como revelam uma queda de conforto no sistema, eles ajudam a entender por que grande parte da população de São Paulo critica a qualidade do transporte coletivo na capital, bandeira que virou tema de protestos nas últimas semanas.

Eficiência. Uma das explicações para que o aumento da arrecadação não ter se traduzido em mais ônibus é a alta de custos do sistema, segundo especialistas. Isso aconteceu por dois motivos. "Em primeiro lugar, a inflação setorial é maior que a inflação ao consumidor amplo. Além disso, há um aumento da ineficiência do sistema nesse período", afirma o assessor técnico da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Marcos Bicalho.

Esse crescimento na ineficiência está ligado à piora do trânsito na cidade ao longo dos últimos anos. Dos dez últimos recordes de congestionamentos registrados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), oito ocorreram de 2008 para cá. "Como a economia melhorou, é normal que você tenha mais gente usando o transporte público. Mas os ônibus estão fazendo menos viagens, porque ficam parados no congestionamento. Isso aumenta o custo de operação e resulta em uma piora no serviço, mesmo arrecadando mais", diz Bicalho.

A própria Secretaria Municipal de Transportes admite o problema, conforme atesta documento que faz parte da nova licitação da rede de ônibus. "O sobre-custo gerado pelas deseconomias advindas da falta de racionalização do sistema (...) recai sobre os usuários, que sofrem pela ineficiência do sistema, com o aumento dos tempos de viagens. Por outro lado, também são pressionados os custos do sistema, em especial os custos fixos representados pelo custo do capital e do pessoal operacional, além de um aproveitamento ineficiente da infraestrutura instalada", diz o órgão municipal.

A proposta do prefeito Fernando Haddad (PT) para melhorar esse cenário é justamente essa licitação. A ideia é criar 150 km novos corredores de ônibus - o que, segundo a Prefeitura, deverá aumentar a velocidade média dos coletivos nessas vias para 24 km/h - e outros 150 km de faixas exclusivas na direita. Além disso, as linhas seriam reorganizadas de maneira mais eficiente, privilegiando a conexão nos novos terminais e corredores. As concorrências para os ônibus e as vans somam R$ 46,3 bilhões.

Por Rodrigo Burgarelli
Informações: Estadão
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Em Pernambuco, Edital do corredor da 4ª perimetral do Recife é lançado

A Secretaria das Cidades vai relançar no Diario Oficial, deste sábado, o edital de licitação do corredor da BR-101, no contorno Recife, que corresponde a 4ª perimetral. O edital havia sido lançado em março deste ano, mas foi suspenso a pedido do DNIT. O projeto contempla um corredor nos moldes do BRT (Bus Rapid Transit) ou Transporte Rápido por ônibus. A liberação do edital ocorre menos de uma semana depois do governador Eduardo Campos pedir ao presidente do órgão mais agilidade na liberação.

Confira a nota encaminhada pelo DNIT à Secretaria das Cidades.

Foi aprovada pelo DNIT, em Brasília, no último dia 11 de  junho, por intermédio de sua Diretoria Colegiada, edital de licitação da Restauração do Anel Viário de Recife, obra a ser realizada pelo Governo de Pernambuco, em conformidade com Instrução Normativa do Ministério dos Transportes. Trata-se de uma parceria entre o Governo Federal e o Governo de Pernambuco para revitalizar a BR-101/PE (Anel Viário de Recife), com obras que trarão melhoria para a mobilidade urbana da cidade.

A Obra prevê a Reabilitação do Pavimento, Melhoramento, Adequação da Capacidade e Segurança Rodoviária e Implantação do Sistema de Transporte Rápido de ônibus – TRO/BRT, tendo como interveniente executora a Secretaria das Cidades de Pernambuco.

Enquanto não são iniciadas as obras de revitalização, o DNIT mantém um contrato de Conservação, do tipo tapa-buracos, que é o serviço recomendado e economicamente viável, antecedendo a um obra que vai atuar na estrutura do pavimento, garantindo nova vida útil ao leito estradal.

Com informações do blog Mobilidade Urbana

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Custo mensal de cada ônibus em SP é de R$ 32 mil

Para entender melhor como é composto o preço da passagem de ônibus de São Paulo e o que significam R$ 0,20 de aumento ocorrido no dia 2 - que desencadeou a onda de protestos na cidade - é preciso ter em mente duas coisas: quanto custa manter os 15 mil ônibus da frota em operação e quanto do dinheiro público pode ser usado para baratear a tarifa.

Para a Prefeitura, que cumpre contratos firmados há uma década com oito consórcios de empresas de ônibus e uma dúzia de cooperativas, o custo para manter cada coletivo em circulação é de cerca de R$ 32 mil por mês. Nessa conta, entram de gastos com diesel e lubrificantes a pagamento do motorista e do cobrador, além de investimentos em peças e validadores do bilhete único das catracas. Nesse valor, também está o lucro dos empresários do setor, que é garantido por contrato (o equilíbrio financeiro).


As informações estão em uma planilha que o prefeito Fernando Haddad (PT) enviou à Câmara Municipal no dia 22 de maio - por lei, o governante tem de mostrar as contas feitas pela Secretaria Municipal de Transportes para explicar por que a tarifa do ônibus precisa ser reajustada, em um prazo de até cinco dias antes do reajuste ocorrer.

Mas a composição da tarifa não é feita só dos gastos que os empresários têm, segundo a conta da Prefeitura. Só para conseguir vender os créditos do bilhete único, por exemplo, existe um custo mensal de R$ 10 milhões por mês. O dinheiro também vai para empresas terceirizadas. Há quatro companhias credenciadas para vender créditos (elas operam as cabines e as máquinas de atendimento automático em terminais de ônibus e estações do Metrô) e as lotéricas e bancas de jornal.

Resumindo: para rodar pela cidade, cada ônibus deve receber um número de passageiros pagantes suficiente para cobrir todos esses gastos. Ou então os coletivos iam parar em algum momento, sem combustível ou por causa da quebra de alguma peça que não foi trocada. Ou ainda a própria empresa de ônibus ficaria devendo na praça até falir ou deixar de pagar os funcionários, segundo as planilha.

Ocorre que a o dinheiro das passagens não é suficiente. Isso porque a arrecadação mensal com a venda de bilhetes é de cerca de R$ 375 milhões por mês. E os custos para operar o sistema, somados, são de R$ 516 milhões, segundo as planilha obtidas pelo Estado.

Subsídio. É aí que entra o segundo fator determinante do preço da passagem na cidade. O subsídio - dinheiro do Orçamento municipal investido no transporte público para baratear a passagem.

Sem ele, o preço da passagem teria de ser de R$ 4,13, pelas contas da gestão Haddad. E esse valor teria de ser pago por todo mundo: idoso, estudante e usuário comum.

A diferença entre o valor "real" e o preço praticado, de R$ 3,20, existe por causa do subsídio. É um investimento que neste ano deve chegar, em dezembro, a R$ 1,25 bilhão.

Com o subsídio, além de manter a tarifa em R$ 3,20, a Prefeitura ainda permite que cada usuário possa andar em até três ônibus no intervalo de três horas. E paga os benefícios, como a meia passagem para estudante e a gratuidade dos idosos.

Passe livre. Conferindo as contas da Prefeitura, é possível afirmar que a revogação do aumento da passagem, como reivindicam os manifestantes que tomaram as ruas, exigiria um gasto anual de mais R$ 360 milhões, fazendo com que o subsídio passasse do R$ 1,5 bilhão por ano. É possível, mas seria preciso tirar dinheiro de alguma outra área.

O prefeito Haddad já fez as contas de quanto custaria o passe livre (com o subsídio pagando todo os custos): seria de R$ 6 bilhões por ano. Ou 14% de todo o Orçamento da cidade - cinco vez mais do que é gasto com Habitação, por exemplo.

A OPERAÇÃO EM SP

- R$ 67 mi é o gasto mensal dos ônibus com óleo diesel; com biodiesel, o custo é de R$ 14 milhões

- R$ 994 mil é o custo da eletricidade que mantém os trólebus

- R$ 221 mi é quanto se gasta com pessoal; os motoristas de ônibus tiveram cerca de 10% de reajuste salarial neste ano, mais que a inflação

- R$ 585 mil é o preço pago para manter os validadores do bilhete único funcionando nas catracas

- R$ 21 mi é quando as empresas recebem, por mês, para garantir que os ônibus tenham, no máximo, dez anos de uso; é uma espécie de ajuda de custo para as empresas comprarem ônibus novos, que após uma década de uso viram patrimônio público

Por Bruno Ribeiro
Informações: Estadão
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Linha de ônibus executivo opera no Aeroporto de Salvador

Baianos e turistas já contam com o novo serviço de transporte para o Aeroporto de Salvador, feito por ônibus executivos e climatizados, dentro dos padrões oferecidos em terminais das principais capitais brasileiras, como São Paulo e Belo Horizonte. A linha Aeroporto/Campo Grande/Aeroporto passou a operar desde o dia 8 deste mês, com uma frota de oito veículos com bagageiro.

A autorização temporária da linha semiexpressa, concedida pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Transporte (Semut), vale para o período da Copa das Confederações, mas está em estudo a sua manutenção após a competição. "Como em outras capitais não tão vocacionadas para o turismo a linha é permanente, avaliamos essa possibilidade também para Salvador", informou o subsecretário Orlando Santos.

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Ele destaca que o serviço não integra o sistema de transporte público convencional, dadas as especificidades dos veículos e da sua operação. A linha circula na Orla Marítima, com pontos próximos aos de táxi, para facilitar eventuais complementos de viagem.

O roteiro parte do Aeroporto, passando pelo viaduto Mário Andreazza e percorrendo a Avenida Caribé, Alameda Praia dos Coqueiros, Rua Professor Souza Brito, Largo da Sereia, Avenida Octávio Mangabeira, Jardim de Alá, Avenida Manoel Dias  da Silva, Largo da Mariquita, Avenida Oceânica, Farol da Barra, Porto da Barra, Ladeira da Barra, Corredor da Vitória, chegando ao Campo Grande. O retorno ocorre na Casa d'Itália, seguindo pelo Corredor da Vitória, Ladeira da Barra, Avenida Oceânica, Largo da Mariquita, Avenida Octávio Mangabeira, Piatã, Itapuã, Largo da Sereia, Rua Professor Souza Brito, Alameda Praia dos Coqueiros, Avenida Caribé, de volta ao Aeroporto.

O percurso de ida e volta dura um total de 180 minutos, com partidas do Aeroporto em intervalos de 30 minutos, a partir das 6h. Os pontos de parada são no Aeroporto, Catussaba Hotel, Hotel Deville, Hotel Bahia Sol, Jardim de Alá (Hotel Atlântico), Pituba, Rio Vermelho (Catarina Paraguaçu), Ondina (Hotel Othon), Barra (Hotel Monte Pascoal), Porto da Barra (Hotel Marazul), Vitória (Hotel Marina), Campo Grande (Hotel Sheraton). A tarifa custa R$ 20.

Informações: Governo da Bahia
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Em Fortaleza, Uso do Bilhete Único começa para 175 mil passageiros

Agora, os usuários vão poder pegar quantos coletivos desejar por um período de duas horas pagando uma passagem

A partir de hoje, a população que utiliza o transporte público de Fortaleza passa a contar com um serviço que promete trazer mais agilidade ao deslocamento dos usuários, o Bilhete Único.

De acordo com dados da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), na Capital, mais de 175 mil pessoas já aderiram ao serviço. A meta, conforme o órgão, é atingir, nos próximos dias, mais 25 mil pessoas, totalizando a meta traçada pelo órgão de 200 mil beneficiados com o serviço.


Apesar de passar a funcionar hoje, quem ainda não fez seu cadastro pode fazê-lo a qualquer momento, pois não há prazo final de adesão. Apesar de, a partir deste sábado, os pontos de cadastro diminuírem, em locais estratégicos e centrais da Cidade é possível realizar o cadastro ao Bilhete Único.

Os shoppings Benfica, North Shopping e Iguatemi, além de todos os sete terminais da Capital continuam oferecendo o serviço, além da Universidade de Fortaleza (Unifor), Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Praças José de Alencar e Coração de Jesus e Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus).

Com o Bilhete Único, será possível que o passageiro pegue quantos ônibus quiser, no período de duas horas, em qualquer sentido de Fortaleza, pagando apenas uma passagem ou, no caso de estudantes, meia passagem. Para inserir o crédito, o passageiro deverá recorrer aos pontos de recarga disponibilizados na Cidade.

Após fazer o cadastro, o usuário recebe o cartão do Bilhete único em até dez dias no mesmo local onde foi realizado o registro. No caso dos estudantes, a entrega será feita exclusivamente na sede da Etufor, independentemente do local onde foi feita a solicitação.

Serviço

A vendedora Cleide Santos está ansiosa pelo serviço. Ela diz que será mais confortável e prático portar o cartão em vez de dinheiro. "O fato de poder recarregar o bilhete vai ajudar muito, além do bônus de pegar mais ônibus. Como o transporte público tem deficiências, os passageiros mereciam essa facilidade".

Já a estudante Vanessa Mendes utiliza coletivos para se deslocar há quatro anos e há tempos esperava por um serviço como esse. "Quem não tem carro toda hora para ir aos lugares, certamente vibrou com o Bilhete Único. É um serviço mais prático e justo ao passageiro, espero que realmente funcione para todos".

Os interessados em participar do programa podem procurar os postos de atendimento com os documentos de identidade, CPF e comprovante de endereço em mãos. Para os alunos que desejam aderir ao sistema, o documento de identificação necessário é a carteira de estudante.

Mais informações

A lista completa dos 44 pontos de recarga disponibilizados na cidade está disponível no site da Prefeitura de Fortaleza (http://www.fortaleza.ce.gov.br/)

Por Lívia Lopes
Informações: Diário do Nordeste
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VLT vai retirar 80% dos ônibus das 3 principais avenidas de Cuiabá

Aproximadamente 80% dos ônibus deixarão de trafegar por três das principais vias de Cuiabá e Várzea Grande após a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O dado faz parte do Plano de Mobilidade Urbana, atualmente em fase de elaboração por parte de uma consultoria contratada pela Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo de Mato Grosso (Secopa/MT). Nas avenidas da FEB, Historiador Rubens de Mendonça (CPA) e Fernando Corrêa da Costa, o metrô de superfície passará a contar com total prioridade.

Entre os tipos de linhas existentes, a redução de quilometragem rodada varia de 12% para as municipais de Várzea Grande, até 60% no caso das intermunicipais. As linhas municipais de Cuiabá sofrerão uma redução de cerca de 50%. Uma das novidades está a mudança da localização do Terminal André Maggi, em Várzea Grande, para atender a demanda de passageiros.


A medida pode resultar na redução da frota atual de ônibus das quatro empresas que operam os sistemas nos e entre os dois municípios. Cuiabá conta hoje com 380 carros, Várzea Grande 78 e os intemunicipais chegam a 92 ônibus. Engenheiro da Secopa, Rafael Detoni Moraes, ressalta que algumas linhas que passam por estas avenidas, ou as cruzam, serão mantidas. "Mas teremos mudanças importantes no sistema como um todo na cidade".

Explica que as mudanças fazem parte de um processo de racionalização do transporte coletivo das duas cidades e podem representar um marco da mudança do conceito de locomoção nos municípios, a exemplo do que ocorre em grandes centros, como São Paulo e Rio de Janeiro. "Com um transporte mais racional, muitas pessoas poderão deixar seus veículos em casa e utilizar, com rapidez, o VLT, os ônibus, ou o sistema integrado".

Atualmente, grande parte das linhas está sobreposta e, em alguns casos, faz junto até 80% do itinerário. Detoni cita como exemplo a região do Coxipó, composta por cerca de 40 bairros. "Hoje, eles (ônibus) saem dos bairros e passam a trafegar juntos pela Fernando Corrêa da Costa, até o centro da cidade. Com o VLT, boa parte dos ônibus vai transportar os passageiros até uma estação de integração e será o metrô de superfície que levará à região central". Para efeito de comparação, cada composição do VLT comporta passageiros de 4 ônibus e meio.

O estudo está sendo tocado por uma das maiores empresas do ramo de transportes da América do Sul, que já realizou diversos estudos nas duas principais cidades de Mato Grosso. "Eles possuem know how e todos os dados necessários para propor as mudanças. Encaminhamos a eles os dados atualizados e isso fez parte do estudo".

A empresa foi contratada em 2010 para realizar o estudo de integração do sistema existente com o modal escolhido até então, o Bus Rapid Transport (BRT).

Detoni salienta parte do plano executado será fruto do reaproveitamento do estudo realizado pela Oficina. "É necessário apenas alguns ajustes, como nos indicadores de demanda do VLT, que comporta mais passageiros do que o BRT, bem como os pontos de cruzamento dos modais, mas ele vai ser reaproveitado, sim".

Outra novidade prevista no plano está a mudança na forma de integração entre veículos. Atualmente, o procedimento é limitado a uma vez por viagem. "A integração passará a ocorrer por tempo, porque para se chegar a alguns lugares será necessário efetuar duas integrações. Uma pessoa que vai da Morada do Ouro para o Liceu Cuiabano, poderá pegar um ônibus direto, mas se achar que a demora será maior, pode pegar o ônibus até o VLT e da Prainha outro ônibus até o Liceu pagando uma passagem".

As mudanças no sistema de transporte coletivo agradam ao doutor em Engenharia de Transportes Luiz Miguel de Miranda. Para ele, a melhor saída para a solução dos problemas hoje enfrentados pelo usuário está na racionalização do sistema. "Não existe mágica quando se fala em plano de sistema de transporte ou engenharia de tráfego. Planejar é muito mais importante do que fazer obra".

O problema, na opinião do especialista, é que o desenvolvimento de projetos leva tempo e requer, acima de tudo, que o usuário do transporte seja ouvido. "Um plano, para ser elaborado, maturado, modificado e definitivamente implementado não leva menos de 3 anos e ouve, mais do que a todos, o cidadão, usuário do transporte, que paga a conta e sofre com os problemas".

Detoni concorda com a opinião de Miranda e afirma que os dados
atualizados do sistema estão
sendo levados em consideração pela consultoria, desde 2010.

Presidente da Associação Matogrossense dos Transportes Urbanos (MTU), Ricardo Caixeta Ribeiro salienta que as empresas que atualmente operam o sistema não foram procuradas para discutir o Plano. "Temos notícia de que há um estudo em andamento, mas não nos sentamos à mesa para falarmos sobre ele". Caixeta destaca que se as empresas forem chamadas pela Secopa para conversar sobre o assunto, irão.

O presidente afirma que até que haja a implantação do VLT e o sistema for mantido, as empresas continuarão a atender a população normalmente. "Temos ordens de serviço, uma frota de veículos e funcionários e iremos atender a população da melhor maneira possível de acordo com o que é determinado".

O VLT será composto por 2 eixos de rodagem e terá mais de 22 quilômetros de extensão, divididos em 33 estações. O metrô de superfície ligará o Aeroporto Internacional Marechal Cândido Rondon, em Várzea Grande, ao CPA e o centro da cidade à região do Coxipó, passando pela avenida Fernando Corrêa da Costa.

Informações: A Gazeta
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Avaliação do transporte público de São Paulo é a pior desde 87, diz Datafolha

A série de protestos contra o aumento da tarifa ocorre no momento de maior insatisfação com o transporte público na cidade de São Paulo já captada pelo Datafolha desde a primeira pesquisa realizada pelo instituto sobre o serviço, em 1987. Foram feitas 15 rodadas de pesquisa desde então.

A pesquisa ouviu 815 pessoas, com 16 anos ou mais, anteontem. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos.

O sistema de transporte, que inclui ônibus, metrô e trem, é considerado ruim ou péssimo por 55% das pessoas, ante 42% da última pesquisa, de setembro de 2011.


No levantamento atual, 15% disseram que o sistema é ótimo ou bom e 29%, regular.

Antes da pesquisa, o mais alto índice de reprovação era de 51%, registrado em 2007.

Pessoas com idade entre 25 e 34 anos (64% de ruim ou péssimo) e com ensino superior (63%) são as mais críticas.
pior avaliação

O ônibus é o meio com pior avaliação --recebe 54% de ruim ou péssimo. Ele é também o meio de transporte utilizado com maior frequência na cidade de São Paulo: 73% das pessoas ouvidas.

Apenas 16% dos entrevistados avaliam o sistema de ônibus como ótimo ou bom. Ele é regular para 27%. A avaliação mais favorável aos coletivos, com 27% de ótimo ou bom, é dada pelas pessoas com 60 anos ou mais, faixa etária que não paga tarifa.

Mesmo o trem, sistema parcialmente paralisado por uma greve anteontem, é apontado como uma alternativa melhor. Recebeu 40% de ruim ou péssimo, 23% de regular e 15% de ótimo ou bom.

É do metrô a melhor avaliação: 32% de ótimo ou bom e 34% de ruim ou péssimo.

No país, ao menos dez grandes cidades já tiveram protestos de rua ou embates por causa do aumento das tarifas neste ano.

Em Goiânia e em Porto Alegre, a Justiça acabou determinando que as tarifas voltassem ao valor pré-reajuste. (JOSÉ ERNESTO CREDENDIO)

Informações: Folha SP

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Sinal amarelo para obras de mobilidade urbana na Região Metropolitana do Recife

Recife tem avançado nas obras de mobilidade urbana para o Mundial 2014. Com a chegada da Copa das Confederações, porém, o sinal amarelo acendeu na capital pernambucana. Palco de três jogos da competição, a cidade-sede tem apenas dois projetos de mobilidade concluídos: o viaduto da BR-408, que dá acesso à Arena Pernambuco, e a Estação Cosme e Damião, em Camaragibe.
Foto: Clayton Leal - Obras no Corredor Leste-Oeste
Com um investimento de 25 milhões, a duplicação da BR-408 foi concluída em abril deste ano. Já a Estação Cosme e Damião, em Camaragibe, foi inaugurada no último sábado (8). O projeto é essencial para o acesso dos torcedores ao estádio de São Lourenço da Mata, já que não será permitida a passagem de táxis e carros não credenciados até a arena durante os jogos oficiais. Do local, os torcedores vão pegar um ônibus circular até a arena. 


A Matriz de Responsabilidades, que lista os projetos ligados à Copa das Confederações e à Copa do Mundo, ainda destaca cinco projetos de mobilidade urbana. São eles: Terminal Integrado Cosme e Damião, Ramal Cidade da Copa, Corredor Norte-Sul, Corredor Leste-Oeste e Via Mangue.

O Terminal Integrado Cosme e Damião estará situado ao lado da estação e tinha previsão de entrega para abril de 2013. No entanto, a conclusão foi adiada para dezembro deste ano. A obra terá um investimento de R$ 18,1 milhões e vai contar com plataformas de embarque e desembarque, bicicletário, lojas e quiosques.

O Ramal Cidade da Copa, que é a principal via de acesso ao estádio, tem uma parte das obras, chamada de Ramal Interno, quase concluída. O trecho, que vai da BR-408 até a ponte do Rio Capibaribe, tinha previsão de entrega para o final de maio. Já o Ramal Externo, que vai da ponte do Rio Capibaribe até a Av. Belmiro Correia, em Camaragibe, tem conclusão prevista para maio de 2014. Serão investidos R$ 131 milhões em toda a obra, que está com 46,28% dos serviços concluídos.

Os corredores Norte-Sul e Leste-Oeste vão operar no sistema BRT (Bus Rapid Transit) e também estão com o prazo apertado. O Corredor Norte-Sul vai passar pelos municípios de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e Recife, e teve 44% dos serviços executados. Foram iniciadas as construções de 10 estações dos BRT´s, do elevado do Engenho do Meio e do Terminal Integrado de Passageiros de Abreu e Lima. A obra tem um investimento de R$ 151 milhões e a conclusão está prevista para o mês de dezembro deste ano. 

De acordo com a Secretaria das Cidades, o Corredor Leste-Oeste possui 23% das obras concluídas e a previsão de entrega é para março de 2014. Este corredor vai ligar o bairro do Derby, que fica próximo ao centro do Recife, até o Terminal Integrado de Camaragibe, localizado no município vizinho à Cidade da Copa. O BRT terá um investimento de R$ 145,3 milhões. 

O governo do estado deu início à construção de 21 estações de BRTs, sendo que uma delas, a estação cinco, já está concluída. A pavimentação da avenida Caxangá, a construção do elevado do Bom Pastor, no bairro da Iputinga, e a construção dos Terminais Integrados de Passageiros estão em andamento. Também está sendo feita a retirada de interferências e demolições que são necessárias para a construção do Túnel da Abolição, no bairro da Madalena.  

A Via Mangue, única obra na matriz que é de responsabilidade da Prefeitura do Recife, teve 43% dos serviços executados e deveria ser concluída em setembro de 2013, o que dificilmente acontecerá. Esta obra é a primeira via expressa da cidade e tem um investimento de R$ 443 milhões. A intervenção deve desafogar o trânsito na Zona Sul do Recife, onde fica a maior parte dos hotéis da cidade. 

Por Gabriela Ribeiro
Informações: Portal 2014
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Paulistanos gastam R$ 4,5 bilhões com passagem de ônibus

Os paulistanos gastaram, no ano passado, R$ 4,510 bilhões com as tarifas de ônibus municipais, mostram dados da São Paulo Transporte (SPTrans) obtidos pela reportagem. Para efeito de comparação, esse valor é maior que o Produto Interno Bruto (PIB) de cidades médias do interior paulista, como Araçatuba e Marília.

O montante diz respeito ao total pago pelas pessoas nas catracas dos coletivos, seja com dinheiro vivo ou por meio dos créditos do bilhete único. Em 2011, os passageiros desembolsaram uma quantia um pouco menor, de R$ 4,502 milhões. A tendência é que, com o aumento da passagem de R$ 3 para R$ 3,20 no último dia 2, esse gasto suba.


"Vai crescer na proporção, indiretamente", afirma o arquiteto e especialista em Transportes Flamínio Fichmann. Ainda de acordo com ele, o aumento só não será tão significativo se o desempenho da economia não for tão bom. "Isso se reflete na mobilidade, porque as pessoas se deslocam menos, seja de ônibus ou de carro."

Em 2009, quando o preço da tarifa era de R$ 2,70, os passageiros gastaram, no total, quase 25% menos do que no ano passado com as passagens de ônibus em São Paulo. Foram R$ 3,474 bilhões arrecadados pela SPTrans.

Nesta sexta-feira, 14, o prefeito Fernando Haddad (PT) disse que gostaria de não ter aumentado a tarifa e que não há como baixar o valor. "Se eu pudesse não ter dado o reajuste, eu não teria dado."

Marmita. Para muitos trabalhadores paulistanos, o aumento de 20 centavos no preço do bilhete irá prejudicar o orçamento. É o caso do limpador de vidros Paulo Aparecido da Silva, de 43 anos. "Trabalho de segunda a sábado, gastando R$ 6,40 por dia. É muito dinheiro, que faz falta."

Quem depende do Metrô ou da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também reclama, já que o preço das passagens no sistema sobre trilhos igualmente subiu de R$ 3 para R$ 3,20 no último dia 2.

"Agora, estou tendo que trazer marmita, porque, com o aumento não tenho dinheiro para almoçar", diz o entregador Deividson Pereira da Silva, de 19 anos, que trabalha na capital e mora em Itaquaquecetuba, na Região Metropolitana.

A auxiliar Maria Madalena Oliveira de Lima, de 42 anos, usa ônibus diariamente e diz ser favorável aos protestos pacíficos pela redução da tarifa. "As pessoas têm direito de se manifestar nas ruas, ainda mais pela qualidade do transporte que temos hoje."

Subsídios. Apesar de os gastos dos paulistanos com a tarifa terem aumentado nos últimos anos, a Prefeitura tem gasto cada vez mais com subsídios às empresas que gerenciam o sistema para manter o preço da passagem. Para este ano, devem ser gastos R$ 1,250 bilhão, segundo Haddad. Em 2012, foram desembolsados R$ 953 milhões.

No ano passado, foram transportados nos ônibus municipais de São Paulo 2,916 bilhões de passageiros, ante 2,940 bilhões em 2011.

Informações: MSN
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Sistema Bike Rio ganhará 200 estações e chegará a regiões como Porto, Tijuca e Barra

Desde outubro de 2011, já foram mais de 1,8 milhão de viagens com as magrelas. Agora, os planos são espalhar pelo Rio o sucesso das bicicletas de aluguel. A cidade ganhará 200 novas estações do sistema Bike Rio, que vão se juntar às 60 atuais. Com a expansão, o número de bicicletas disponíveis quadruplicará: passará de 600 para 2.600, como adiantou a coluna Gente Boa, semana passada. E a previsão é que elas cheguem a outras regiões, além da Zona Sul e do Centro, que concentram os pontos de retirada hoje. Os lugares exatos onde as estações ficarão ainda serão definidos. Mas a Secretaria municipal da Casa Civil adianta que áreas próximas a ciclovias e regiões que receberão equipamentos olímpicos, como Barra, Zona Portuária e o entorno do Maracanã e do Engenhão, terão prioridade.

O edital de licitação para ampliação do sistema, que deve ser publicado nesta sexta-feira no Diário Oficial do município, determina que, após a assinatura do contrato, a localização das estações seja definida em até 30 dias, com prazo de um ano para instalação dos equipamentos. A escolha seguirá orientações da Secretaria municipal de Meio Ambiente, que sugeriu 346 pontos, dos quais 200 serão selecionados. Na lista de sugestões estão estações na Zona Sul (91 pontos), Barra (58), Recreio (16), Centro (70), Tijuca e Maracanã (20), Vila Isabel (12), Grajaú (seis), Ilha (20), Engenho Novo e Méier (15), Praça Seca (11), São Cristóvão, Curicica e Madureira (nove em cada bairro).
Na Tijuca, os adeptos das bicicletas comemoram a possível chegada do Bike Rio. Mas cobram que, junto à novidade, sejam construídas mais ciclovias, uma vez que a região ainda tem uma pequena malha cicloviária. O ciclista Alexandre Dias, de 35 anos, por exemplo, afirma que andar de bike em meio ao trânsito hostil de ruas como a Conde de Bonfim é um verdadeiro desafio. Mesma impressão do entregador Diogo da Silva Santos, de 19 anos, que trabalha todo dia de bicicleta no bairro.

— Sábado passado, um ônibus quase me atropelou. Tive que me jogar na calçada para não me machucar. O ciclista não é respeitado. Muitos motoristas sequer conhecem bem o Código de Trânsito. Não sabem que podemos andar pelo bordo da pista, no sentido dos carros. E, quando nos veem, xingam e buzinam para sairmos da pista. Mais ciclovias seriam muito bem-vindas — diz.

Valor dos passes será mantido

Secretário municipal da Casa Civil, Pedro Paulo garante que, além da expansão do Bike Rio, aumentará o número de ciclovias na cidade. Até 2016, diz ele, o planejamento é chegar a 450 quilômetros, 150 a mais do que atualmente, inclusive em áreas como a Tijuca. Com o estímulo ao uso das bicicletas, ressalta, a expectativa é que, nessa nova fase do Bike Rio, o sistema deixe de ser basicamente usado apenas para o lazer, mas que uma quantidade crescente de usuários comece a utilizá-lo como transporte para o trabalho ou outras atividades do dia a dia.

— Nossa ideia é que a pessoa possa ir, por exemplo, do Recreio à Barra de bicicleta. No edital, deixamos inclusive aberta a possibilidade de o sistema ser incluído no bilhete único — diz Pedro Paulo, ressaltando que os preços atuais dos passes para aluguel das bikes (R$ 10 para o mensal e R$ 5 para o diário) serão mantidos.

Usuários cadastrados já são 160 mil

Com valor de outorga mínima de R$ 25 milhões, o novo contrato do sistema terá vigência de 5 anos. A licitação incluirá não só as 200 novas estações, mas também as 60 já existentes (operadas até setembro próximo pela Serttel e pelo Itaú, que também poderão participar da nova disputa). Hoje, o Bike Rio já tem mais de 160 mil usuários cadastrados e uma média de 10 mil viagens por dia. Números que, para o subsecretário municipal de Meio Ambiente, Altamirando Moraes, mostram que a demanda futura pelas bicicletas de aluguel pode ser ainda maior.

— Foi um sucesso além do esperado. Quando começamos, tínhamos 12 estações, em Copacabana e Ipanema. Poucos acreditavam no programa. Mas hoje a cidade inteira quer mais bicicletas. O carioca aderiu. E, em breve, nossa ideia é integrar o Bike Rio, por exemplo, às estações de BRT — diz Altamirando, lembrando que o Rio é a cidade com maior número de viagens de bicicleta do Brasil, 1 milhão por dia, contra 250 mil de São Paulo.

Amantes, mas numa relação nem sempre tão amigável

Bem que a advogada Thaily Pizarro, de 26 anos, gostaria de ir de casa, em Copacabana, para o trabalho, no Humaitá, de bicicleta. Mas as dificuldades de fazer o percurso pedalando a levaram a recuar da pretensão. Embora o Rio tenha a maior malha cicloviária do país e planeje ampliar o sistema Bike Rio, a cidade nem sempre é tão amigável assim aos ciclistas, como demonstram episódios recentes como a morte do triatleta Pedro Nikolay, atropelado em abril em Ipanema.

— Só não vou para o trabalho de bicicleta por isso: em Botafogo, teria que passar por trechos sem ciclovia e com trânsito intenso. Acho perigoso. Além disso, eu me sinto insegura de atravessar de bicicleta os túneis que ligam Copacabana a Botafogo. Várias amigas já tiveram bicicletas roubadas ali — diz Thaily, que, apesar disso, recorre à bicicleta em trajetos curtos, e fez um cadastro do Bike Rio semana passada.

Pedestre também reclama

Embora a convivência entre ciclistas e motoristas realmente não seja tão pacífica no Rio, o engenheiro de transportes Alexandre Rojas, da Uerj, afirma serem positivas ideias como a expansão do Bike Rio. Para ele, o aumento do número de bicicletas nas ruas estimulará não só mais investimentos em ciclovias, mas também forçará mudanças de hábitos dos motoristas e, inclusive, dos ciclistas. Afinal, constata quase diariamente a aposentada Rosângela Elídio, de 60 anos, moradora de Copacabana: também são comuns os desrespeitos às leis de trânsito por parte dos que seguem nas magrelas.

— Na ciclovia da Avenida Atlântica, quando o sinal de trânsito fecha para carros e ciclistas, dificilmente quem vem de bicicleta para. Somos nós, pedestres, que temos de esperar eles passarem.

Por Suzana Velasco
Informações: O Globo
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