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Governo de São Paulo diz que Prioridade é para o transporte coletivo

terça-feira, 17 de agosto de 2010


O Estado considera que os investimentos viários que tiveram a sua participação visam "melhorar a mobilidade do cidadão". Diz que ataca "os gargalos do trânsito", mas direciona "recursos vultosos" ao transporte coletivo.O discurso é semelhante ao do governo federal, que cita seus gastos no Rodoanel e na ampliação da Jacu-Pêssego por serem importantes ao fluxo de cargas e investimentos no transporte coletivo, como R$ 250 milhões no Expresso Tiradentes.
A Secretaria de Estado dos Transportes cita crescimento no uso do transporte público, conforme pesquisa de 2007.O resultado mostrou que 55% das viagens na Grande SP eram de ônibus, trem ou metrô, ante 47% em 2002. Ele foi atribuído sobretudo à implantação do Bilhete Único.
O Metrô foi procurado, mas se negou a informar os custos das linhas e estações construídas nesta década.A Folha usou a estimativa de R$ 400 milhões por quilômetro de metrô -acima do parâmetro habitual de R$ 200 milhões por quilômetro de obra, mas que, ao incluir trens e sistemas, fica perto de valores levantados pelo Tribunal de Contas em SP.
A companhia não comentou as comparações de gastos com obras viárias.
O Metrô diz que a atual gestão está aplicando R$ 21 bilhões no transporte coletivo, incluindo todos os gastos. Ele se nega a explicar e detalhar o valor -que a oposição diz ser muito inferior.
O Estado costuma destacar os investimentos na melhoria dos trens da CPTM. Com isso, diz que São Paulo está ganhando 240 km com "qualidade de metrô".
Esse investimento (novos trens, reforma de estações, redução dos tempos de viagem) é considerado positivo por técnicos -embora permaneçam diferenças significativas com a rede de metrô.
O Ministério das Cidades ressaltou um empréstimo de R$ 1,6 bilhão do BNDES ao Metrô. Afirma que ele ocorreu em "condições favoráveis, constituindo subsídio ao investimento direto".
A Prefeitura de São Paulo -que teve participação financeira minoritária nas maiores obras viárias desta década- disse que os gastos de 2003 a 2006 com reformas e implantação de corredores de ônibus atingiram R$ 563 milhões. A atual gestão inovou ao prometer R$ 1 bilhão ao Metrô, mas não informou quanto já transferiu. (AI)



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Rodízio de carros em discussão no Recife


Dirigir na Região Metropolitana do Recife (RMR) virou um exercício de paciência. Só na capital, já há mais de meio milhão de veículos e quatro horários de rush. Minimizar o problema é a proposta do deputado Pedro Eurico, que apresentou à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) um projeto de lei que implementa o rodízio de carros nas cidades da RMR com mais de cem mil habitantes. Se levada em consideração a estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para 2009, a medida valeria para os municípios do Recife, Paulista, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Igarassu, Camaragibe e do Cabo de Santo Agostinho. Mas o assunto já está gerando polêmica antes mesmo de ser levado a votação.

Segundo o presidente do Departamento de Trânsito de Pernambuco (Detran-PE), Manoel Marinho, o posicionamento do setor jurídico do órgão é de que a competência para legislar sobre esse assunto é municipal e não estadual. O deputado André Campos, presidente da Comissão de Constituição, Legislação eJustiça da Alepe, afirmou que "a princípio, o projeto é inconstitucional porque fere a autonomia municipal". "A gente vai ter que analisar com calma, mas também acho que não se pode tratar cidades metropolitanas diferentes de forma igual. Os problemas do Cabo e de Jaboatão são diferentes dos do Recife", disse André Campos.

A restrição não se aplica a todos os veículos. A lista de exceções tem 20 itens, entre eles, transportes coletivos, motociletas e similares, táxis, transporte escolar, guinchos, ambulâncias e automóveis usados para transportar pessoas com deficiências físicas. Quem fosse flagrado desrespeitando a legislação, seria enquadradono artigo 187, do Código de Trânsito Brasileiro, e teria que pagar uma multa de R$ 85,13. De acordo com Eurico, o prazo de tramitação de um projeto de lei ordinária varia de 45 a 90 dias. Caso aprovada, a proposição ainda teria que ser regulamentada pelo poder executivo.



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Curitiba: Urbs testa uso de bagageiro em ônibus do transporte coletivo


A Urbs - Urbanização de Curitiba S/A - está testando o uso de bagageiro interno em ônibus do transporte coletivo da capital. O equipamento foi instalado em um ônibus da linha Interbairros 2, alternado com o Interbairros 3.

A ideia do bagageiro é acomodar bolsas, pastas e mochilas dos passageiros, principalmente de estudantes e trabalhadores, melhorando a circulação dentro do ônibus, o conforto e também o apoio de quem fica em pé.

"Mochilas e bolsas grandes ocupam espaços consideráveis dentro dos ônibus e dificultam a circulação dentro do coletivo, além disso, com as mãos livres, o passageiro pode se apoiar com mais segurança", destaca o presidente da Urbs, Marcos Isfer.

O bagageiro ficará em teste durante 60 dias, e depois desse prazo será avaliado os benefícios e a aceitação dos passageiros. A linha escolhida para o teste é bastante usada por estudantes e trabalhadores.

O professor de educação física Jean Adriano Dias aprovou a ideia. "É uma ótima opção para quem carrega bolsas e mochilas, principalmente quando o ônibus está cheio", fala Dias.

O bagageiro é de madeira com suporte de ferro, e foi encomendado a uma reformadora de ônibus. Com cerca de 10 metros, divididos em quatro partes, no bagageiro cabem de 50 a 60 mochilas grandes. Ele fica do lado direito do ônibus, numa área e altura que não atrapalha a visibilidade do motorista e nem os passageiros. O próximo passado do teste é sinalizar com placas a função do bagageiro.

Durante os testes, a Urbs coletará informações e sugestões dos passageiros e também dos motoristas. Caso seja aprovado, o equipamento será uma exigência na renovação da frota. "Deverá vir instalado de fábrica", diz Isfer.



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37 milhões de brasileiros não têm dinheiro para pagar passagem regularmente


Madrugada no Parque São José, bairro da periferia de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Às 4h30m, o operário da construção civil Lincoln Key Taíra, 49 anos, tira do bolso R$ 5,50 para a passagem de ônibus. Ao sair de casa com destino ao trabalho, Taíra não tem a certeza de voltar para casa à noite, abraçar a mulher e os quatro filhos. Quando não consegue o dinheiro para pagar a tarifa, resta a ele procurar um lugar para dormir. Para não ficar na rua, Taíra recorre à calçada do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, como abrigo.
O morador de Belford Roxo é um dos 37 milhões de brasileiros que, semanalmente, não podem usar o transporte público de forma regular, por não terem como pagar a tarifa ou, simplesmente, como forma de economizar. A estatística é da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU) e tem como base estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
- Temos as tarifas de ônibus mais caras de toda a História, pesando cada vez mais no orçamento. Não é uma exclusividade do Rio, é praticamente em todo o país - afirma Ailton Brasiliense, pesquisador da NTU que se dedica há 35 anos ao estudo dos transportes. Rotina árdua de ônibus lotados
O caminho entre a casa e o trabalho é longo para Taíra. São cerca de 40 quilômetros até o Centro do Rio que, muitas vezes, transformam-se em uma viagem cansativa que supera duas horas.
- Além de o ônibus demorar para aparecer, anda sempre cheio e, quando chega na Avenida Brasil (uma das principais ligações entre a região central do Rio com a Baixada Fluminense e a Zona Oeste), o trânsito não anda. O ônibus fica preso no engarrafamento - reclama Taíra, que trabalha em uma empreiteira como calceteiro (pedreiro que faz calçadas) e presta serviço para a prefeitura do Rio. Sua jornada no emprego começa às 7h e vai até o fim da tarde. Para não se atrasar, ele sai de casa antes das 5h.
A renda mensal de Taíra é de pouco mais de R$ 1 mil. Ele economiza para garantir a volta para casa. Mas nem sempre consegue. Na madrugada do dia 4, fez do corrimão de acesso ao setor de emergência do Hospital Municipal Souza Aguiar uma cama. O local, diz ele, é mais seguro, longe da violência, do sereno e do frio.
- Hoje não consegui dinheiro. Também não pedi emprestado - disse Taíra, que se orgulha do sobrenome. - Meu filho descobriu, na internet, que meu pai é descendente de samurais japoneses. Herdei a força deles, só não aprendi a lutar - brinca.
Segundo a NTU, o transporte público é responsável no Brasil pelo deslocamento diário de 59 milhões de passageiros. Os ônibus detêm 92% da demanda e, afirma Ailton Brasiliense, o serviço pouco difere nas capitais. Para ele, os baixos investimentos refletem hoje no bolso dos brasileiros.
- A falta de corredores exclusivos para ônibus, os engarrafamentos, ruas e estradas ruins, além da falta de planejamento das cidades, que empurraram a população para a periferia obrigando a ter linhas com percursos longos, contribuíram para a tarifa elevada. Como não há investimentos, muitos passageiros deixam de usar o transporte público e compram um carro velho. Ou seja, mais engarrafamentos, poluição e queda na qualidade de vida das cidades, um caos.
O transporte coletivo movimenta R$ 25 bilhões por ano e gera 500 mil empregos diretos. A maioria dos usuários é de baixa renda. Nos últimos 12 anos, o sistema regular de transporte perdeu 30% da demanda.
Brasiliense ressalta que a carga tributária responde por 11,6% do valor das tarifas nas capitais, encarecendo o serviço. O pesquisador cita apenas Curitiba, capital do Paraná, como um exemplo de organização no transporte. Os corredores exclusivos para ônibus começaram a ser planejados e implantados ainda nos anos 1960.
- Isso aconteceu quando a cidade tinha apenas 340 mil habitantes.
Taíra não era o único a dormir no Souza Aguiar. Distante poucos metros, dentro do setor de emergência, o ambulante Paulo Gardino, 53 anos, morador na Vila Santo Antônio, em Duque de Caxias, também na Baixada Fluminense, encontrou abrigo. Com uma renda mensal de R$ 600, ele mantém uma rotina noturna de dormir no hospital ou em igrejas evangélicas, que promovem vigílias.
O ambulante tem como hobby a percussão. Toca em igrejas cristãs e participa de gravações de CDs de música gospel de cantores iniciantes. O trabalho é garantia de reforço no bolso. Gardino conta que sempre foi ambulante. Sua renda não é suficiente para conseguir manter a casa, mulher e quatro filhos. Acaba faltando para o transporte. De segunda a sábado, ele trabalha no Centro do Rio, próximo à Central do Brasil, área de comércio popular e de grande movimentação de pedestres.
- Vendo de tudo, mas o que sai mais é refrigerante e água. Gostaria de ir todo dia para casa, mas nem sempre dá - diz.
Fã de Roberto Carlos, ele sonha em se dedicar à música:
- Toco bongô, gosto de música. Às sextas-feiras à tarde me apresento num culto - conta ele, que segue rígidas recomendações de seu pastor, que vão desde ser dizimista a nunca tirar fotos.
Aos sábados, quando volta para casa, o dinheiro economizado com o transporte financia uma pequena felicidade: ele leva os quatro filhos para passear no Parque do Flamengo.

Fonte: O Globo


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Corredores rápidos de ônibus mais perto de Belo Horizonte


Para garantir uma melhor qualidade do serviço o prefeito Marcio Lacerda assinou ontem um convênio com a Embarq e o Centro de Transporte Sustentável do Brasil (CTS-Brasil), organizações focadas no transporte sustentável e experientes na implantação de sistemas Bus Rapid Transit (BRT). O objetivo do projeto é reduzir o tempo de deslocamento do passageiro, aumentar o conforto e a segurança, e consequentemente, melhorar as condições de mobilidade urbana. A cerimônia, que aconteceu na sede da Prefeitura, contou com a presença de representantes de órgãos da PBH, autoridades do governo do Estado e sindicatos de concessionárias.

O BRT vai interligar os corredores das avenidas Antônio Carlos com Pedro I, Pedro II e Carlos Luz, além de potencializar o transporte coletivo na avenida Cristiano Machado. Além disso, vias da região central também serão atendidas. Segundo Marcio Lacerda, a previsão é que no segundo semestre de 2012 corredores no Centro e Pampulha comecem a operar. "Os ônibus BRTs irão complementar e substituir os tradicionais que existem", afirmou o prefeito.

De acordo com o presidente da CTS-Brasil, Luis Antônio Lindau, a missão é garantir a implantação de um projeto sustentável. "Belo Horizonte tem uma demanda grande de passageiros e o BRT será um verdadeiro metrô circulando na superfície, pois o coletivo terá um tamanho maior que o normal", enfatiza.

Fonte: BHTrans


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Recife: Começam as obras de recuperação na Avenida Conde da Boa Vista


Um dos principais corredores de transportes e de pedestres do Recife está em manutenção. Começou hoje pela manhã a operação que vai reparar os danos causados pelo tempo e pelo vandalismo na avenida Conde da Vista. A recuperação está sendo realizada em duas etapas. Hoje, a Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) começou a fazer os primeiros reparos nas calçadas, com a troca de tijolos danificados. Já a segunda, que começa na quinta-feira, os reparos serão realizados na paradas de embarque do corredor de exclusivo de transporte coletivo.
A manutenção das calçadas começou hoje, às 10h da manhã. Foram mobilizados dois caminhões, com seis trabalhadores em cada sentido da avenida. Segundo um dos responsáveis pela obra Gilson Gomes, os reparos na Conde da Boa Vista começaram desde o início do mês de agosto. “Como o tráfego na via é intenso, começamos a fazer isso por partes para não prejudicar motoristas e pedestres. O primeiro reparo foi na parte que só circula ônibus, perto do Cinema São Luiz”, disse.
Segundo diretor da Emlurb, Carlos Muniz, esta é a quarta intervenção na Conde da Boa Vista para reparar o estrago provocado pelo vandalismo, que traz um grande prejuízo para a cidade. De acordo com Muniz já foram investidos mais de R$ 170 mil em obras de recuperação do local, verba que poderia ser usada para revitalizar praças ou calçar ruas.

Por conta das obras para a construção do Corredor Leste/Oeste, em 2006, a conservação das paradas de ônibus da Conde da Boa Vista ficou sob responsabilidade da Emlurb. Com a revitalização, a Prefeitura formalizará o repasse de manutenção das estações para o Consórcio Grande Recife, órgão gestor do Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife.

Fonte: Pernambuco.com


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Prefeitura de Poços de Caldas apresenta adequações no transporte coletivo


Na tarde desta segunda-feira (16), o prefeito Paulo César Silva apresentou adequações do transporte coletivo urbano do município. As alterações foram propostas depois da análise dos resultados da pesquisa de satisfação realizada com os usuários, divulgada no dia 15 de julho.

Em entrevista coletiva, o prefeito apresentou também os decretos que regulamentam a ampliação do passe escolar gratuito aos estudantes e a publicidade que será veiculada nos ônibus. “O grau de satisfação que a população quer é o que a Prefeitura busca. A empresa apresentou as propostas de melhorias do sistema, constatadas pela população, e algumas delas já foram autorizadas por decreto”, explicou o prefeito Paulo César Silva.

Segundo o prefeito, já serão feitas mudanças nas linhas dos bairros Country Club, Dom Bosco, Santa Rosália, São Geraldo e Jardim Novo Mundo, com ampliação de linhas radiais. “A empresa vai agora apresentar estudos, baseados na pesquisa, de adequações que virão no futuro”, completou.

A iniciativa considera os resultados da avaliação, as diversas solicitações encaminhadas por usuários do serviço de transporte coletivo e a determinação feita à empresa concessionária prestadora do serviço de transporte coletivo para que apresentasse propostas de adequações para o Sistema Integrado de Transporte Coletivo.

Passe escolar

O desconto de 50% aos estudantes e professores usuários do Sistema Integrado de Transporte Coletivo de Passageiros do Município de Poços de Caldas, que se adequarem ao disposto na Lei nº 8.668/10, somente será concedido quando em trânsito de ida e volta às aulas e durante o período letivo.

Para ter direito ao benefício de que trata a presente lei, o interessado deverá apresentar documentos como comprovante de matrícula, de freqüência escolar e de residência. Os passes concedidos serão custeados pela arrecadação da exploração de publicidade nos veículos integrantes do Sistema de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros.

Os benefícios concedidos anteriormente à vigência da Lei nº 8.668/10, aos professores e estudantes da rede pública, ficam mantidos da forma como estão. A aquisição dos passes escolares será concedida de forma gradativa. A logística a ser implantada, visando o atendimento aos interessados no benefício, será determinada e amplamente divulgada pela empresa concessionária.



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