Nos últimos anos, tem crescido muito o número de passageiros de avião, no Brasil. Em março, foi 25% maior do que em março do ano passado. Isso acabou provocando uma reação das empresas de ônibus e uma guerra de preços.
Sala vip com ar condicionado, água e cafezinho. O bilhete pode ser comprado pela internet e retirado na máquina de autoatendimento. Na hora de embarcar, tapete vermelho, lanchinho, segurança reforçada e conforto garantido. Na rodoviária de São Paulo, as empresas de ônibus estão fazendo de tudo para conquistar os viajantes.
“A ideia toda é essa mesmo, realmente competir com o avião com serviço diferenciado”, explicou o gerente de empresa de ônibus Marcelo Correia.
“Estamos mimando o passageiro. A gente tem quase que carregar ele no colo”, disse o gerente de empresa de ônibus Marcos Antonio Porto.
Andréia saiu do Rio de avião, não achou passagem na volta e resolveu pegar o ônibus leito. Não ficou nem um pouco chateada. “No avião, as poltronas são mais estreitas e o ônibus, sem comparação, é bem mais confortável, as poltronas são largas e sem contar o espaço que tem”.
Conforto é bom e todo mundo gosta, mas para muitos passageiros o tempo de duração da viagem é muito importante e o preço da passagem também.
As companhias aéreas fazem promoções e as empresas de ônibus contra-atacam com descontos. Assim os preços ficam cada vez mais próximos.
Na a comparação de algumas tarifas promocionais, é possível ir de São Paulo para o Rio de Janeiro de avião por cerca de R$ 119,00, o mesmo preço do ônibus leito. A passagem de ônibus comum pode sair por R$ 64,50.
Com sorte dá até para voar de São Paulo para Florianópolis por R$ 69. A tarifa promocional do ônibus sai mais cara: R$ 91.
E para Fortaleza a passagem aérea com desconto pode custar R$ 209 contra R$ 329 do ônibus. Para ir longe assim, o tempo de viagem faz muita diferença 3 horas de voo contra 44 horas de estrada.
“Em um hora e quinze eu estou em Porto Alegre. De ônibus são 18 horas. Faz muita diferença”, lembrou o gerente comercial Marcelo Barreta.
Mas quando o assunto é conforto e pontualidade: “Poltrona nada confortável, lanche a gente chega a ficar enjoado, nem gosto mais de comer”, contou a professora Edneia Lopes.
Fonte: Jornal Nacional