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Blumenau registra mais de 1,8 milhão de passageiros no transporte coletivo em outubro

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

No mês de outubro, mais de 1,8 milhão de pessoas utilizaram o transporte coletivo em Blumenau, um marco que não era alcançado desde a pandemia de COVID-19, em 2020. Segundo dados da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), o aumento no número de passageiros pode ser atribuído à Oktoberfest e aos investimentos em novos veículos e à inclusão e ajustes dos horários.

Desde o início do ano até outubro, foram transportados 16,1 milhões de passageiros, e os números continuam a crescer. “Estamos otimistas, mas ainda não é o ideal. Há dez anos, transportávamos em média mais de 33 milhões de pessoas por ano, e os números caíram muito, prejudicando o sistema de transporte coletivo na nossa cidade,” comentou Lairto Leite, diretor de Transportes.

Para Fábio Campos, secretário da SMTT, os investimentos em novos ônibus com ar condicionado, câmeras de segurança nos ônibus e terminais, além da ampliação e inclusão de novos horários, foram fundamentais para este crescimento. “A Prefeitura está sempre investindo na mobilidade urbana da nossa cidade, e o transporte coletivo é uma das prioridades do governo municipal. Essas melhorias têm o objetivo de atender cada vez melhor a nossa população e promover qualidade de vida e agilidade na mobilidade urbana,” afirmou Campos.

O prefeito Mário Hildebrandt relembra os esforços realizados para manter a compromisso de um transporte coletivo de qualidade para as famílias de Blumenau. “A pandemia diminuiu consideravelmente o número de passageiros e tivemos que atuar, enquanto poder público municipal, para manter o serviço para a comunidade. Foi um grande desafio que enfrentamos com coragem e os resultados começam a aparecer agora. Temos certeza que, cada vez mais, o transporte coletivo seguirá evoluindo graças aos desafios que enfrentamos com coragem e aos investimentos que a prefeitura e a empresa responsável vêm fazendo”. 

Confira os números do transporte coletivo de Blumenau:

- Quantidade de inclusões e ajustes (Janeiro a Outubro): 622
- Quantidade de passageiros transportados (Janeiro a Outubro): 16.177.774
- Quantidade de passageiros pagantes (Janeiro a Outubro): 13.620.298
- Quantidade de câmeras instaladas (nos terminais e nos ônibus): 800 câmeras
- Quantidade de novos ônibus em circulação: 30 novos ônibus até o final de outubro (serão substituídos mais 67 veículos a partir de julho de 2025)

Informações: Prefeitura de Blumenau

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Em Joinville, Caio entrega dezesseis novos ônibus para a gidion

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

A Gidion Transporte e Turismo, que opera o transporte público em Joinville (SC), adquiriu dezesseis novos ônibus Caio para a renovação de sua frota, com carrocerias Apache Vip versão V, sobre chassis Volkswagen Euro VI, que reduzem cerca de 75% de poluentes na atmosfera.

Com as novas unidades, a Gidion mais uma vez demonstra seu objetivo de oferecer transporte público de qualidade, com o que há de mais moderno, seguro e confortável, para os moradores da Joinville.

Para o representante da Caio, Jardel Stadtlober, “a Gidion é um modelo para o transporte público de todo o Estado. Trabalha com os ônibus da Caio há muitos anos, e com mais esta aquisição demonstra o principal foco dos serviços prestados: qualidade e segurança para os passageiros”.

Sobre os ônibus

Apache Vip V chassi Volkswagen, 13,2 metros, 7 unidades

As unidades são do modelo Apache Vip Caio, da quinta geração. Sete das unidades possuem 13,2 metros de comprimento, lotação total para 85 passageiros e foram encarroçadas sobre chassis 17-230 ODS full air Volkswagen.

Cada unidade conta com três portas tipo fole do lado direito, sendo elas uma dianteira, uma central e uma traseira. É equipada com elevador semiautomático na porta central, do lado direito da carroceria; cinco assentos reservados para pessoas com deficiência (PcD), mobilidade reduzida e idosos; um assento para obesos, e uma área exclusiva para cadeirantes ou pessoas com deficiência visual, acompanhadas por cão-guia, com cinto de segurança de três pontos, proporcionando total acessibilidade no transporte.

Para o conforto dos passageiros, o Apache Vip Caio conta com ar-condicionado e catracas eletromecânicas e validadores, além de tomadas USB na lateral. As unidades ainda permitem a instalação de microcâmeras e sistema Wi-Fi.

Todos os ônibus possuem itinerários eletrônicos sendo um frontal, um na lateral esquerda e outro na lateral direita.

Apache Vip V chassi Volkswagen, 15 metros, 9 unidades

As unidades são do modelo Apache Vip Caio, da quinta geração. Nove das unidades possuem 15 metros de comprimento, lotação total para 109 passageiros e foram encarroçadas sobre chassis 22-260 ODS Volkswagen.

Cada unidade conta com três portas tipo fole do lado direito, sendo elas uma dianteira, uma central e uma traseira. É equipada com elevador semiautomático na porta central, do lado direito da carroceria; cinco assentos reservados para pessoas com deficiência (PcD), mobilidade reduzida e idosos; um assento para obesos, e uma área exclusiva para cadeirantes ou pessoas com deficiência visual, acompanhadas por cão-guia, com cinto de segurança de três pontos, proporcionando total acessibilidade no transporte.

Para o conforto dos passageiros, o Apache Vip Caio conta com ar-condicionado e catracas eletromecânicas e validadores, além de tomadas USB na lateral. As unidades permitem ainda a instalação de microcâmeras e sistema Wi-Fi.

Os ônibus possuem itinerários eletrônicos sendo um frontal, um na lateral esquerda, um na lateral direita e um traseiro fixado no vigia.

Informações: Caio

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Novos ônibus chegam à frota do sistema de Transporte Coletivo de Blumenau

quinta-feira, 10 de outubro de 2024

A partir desta quarta-feira, dia 9, a Prefeitura de Blumenau, por meio da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes ( SMTT),  contará com mais quatro novos ônibus pesados 0km na frota do sistema de transporte coletivo. 

Os novos veículos, modelo MBB, OF 1721, Caio Apache Torino U, com prefixos 9217, 9218, 9219 e 9220, substituirão os antigos ônibus de números 9122, 9140, 9164 e 9178.

Com a entrada desses veículos, serão 20 ônibus 0km em operação, de um total de 30 que deverão entrar em circulação ao longo do mês de outubro. 

A renovação antecipada da frota faz parte do compromisso da Concessionária Blumob, conforme estabelecido no Contrato de Concessão 042/2017, que prevê a substituição de 97 veículos até julho de 2025, quando completarem oito anos de uso.

O secretário da SMTT , Fábio  Campos, comenta: "A modernização da frota estava prevista em contrato para ocorrer entre julho e dezembro de 2025. Entretanto,  SMTT antecipou a ação para atender melhor os passageiros do transporte coletivo."

O prefeito Mário Hildebrandt destaca a importância dos compromissos assumidos e honrados para a melhoria no transporte coletivo. “O aumento gradativo de horários, a garantia de que todos os ônibus tenham acessibilidade e a renovação da frota são os nossos compromissos com a comunidade sendo cumpridos. Milhares de pessoas utilizam o transporte coletivo todos os dias em Blumenau e ele é extremamente importante para a mobilidade da cidade. Seguir avançando é nosso dever enquanto gestão pública”.

A renovação da frota visa proporcionar mais conforto e segurança aos passageiros, além de melhorar a qualidade do serviço oferecido à população de Blumenau.
 
Informações: Prefeitura de Blumenau

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Em Itajaí, Prefeitura instala 40 novos abrigos de ônibus

O Município de Itajaí, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Urbano e Habitação e de Obras, realizou a instalação de 40 novos abrigos de ônibus na cidade. Ao todo, serão 115 novos pontos de quatro modelos, que possuem variação de tamanhos. Além disso, foram realizadas outras ações como a sinalização de paradas com pinturas horizontais e colocação de placas em parceria com a Coordenadoria de Trânsito (Codetran).

Os 40 novos pontos de ônibus foram instalados nos bairros Centro, Vila Operária, São Judas, São João, Cidade Nova, Praia Brava e Fazenda. A previsão do Município é finalizar a instalação dos novos abrigos até o fim do mês de novembro.

Do total de abrigos de ônibus a serem instalados, 53 serão novos pontos e 62 substituições, que também podem incluir a realocação para melhor atender a demanda de usuários. Os modelos contam com estruturas metálicas equipadas com vidros temperados, telhas sanduíche de PVC e bancos de madeira. 

Melhorias em infraestrutura urbana

Além dos novos modelos de pontos de ônibus, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação vai realizar a instalação de novos mobiliários urbanos, como lixeiras, bicicletários e totens. Também há licitações prontas para serviços de engenharia, como calçadas para abrigos e estações, que devem iniciar em novembro. A ação inclui ainda os projetos para a reforma dos terminais dos bairros Cordeiros, Fazenda e Ressacada, que estão em fase de processos licitatórios.

A instalação dos novos abrigos possui um investimento de R$ 1.486.200,00, proveniente da outorga onerosa do direito de construir (Lei nº 214/2012), deliberado no Conselho Municipal de Gestão de Desenvolvimento Territorial (CMGDT). O recurso integra o montante de R$ 9.652.350,25, destinado à execução de infraestrutura urbana e de mobilidade como terminais urbanos, estações, abrigos de ônibus e calçadas do novo sistema de transporte público.
 
Informações: Prefeitura de Itajaí

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Projeto de Lei quer proibir dupla função de motorista e cobrador no transporte coletivo

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Um projeto de lei proíbe a acumulação de cargos de motorista de ônibus e de cobrador. A proposta estabelece pena de detenção de seis meses e multa para o sócio de empresa que exigir ou permitir a prática.

A proposta é de autoria da suplente de deputada Loreny (Solidariedade-SP), atualmente fora do exercício do mandato, apoiada pelos deputados Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) e Luiz Carlos Motta (PL-SP). O texto está em análise na Câmara dos Deputados.

Loreny afirma que o acúmulo das funções de motorista e de cobrador nos transportes coletivos coloca em risco a segurança de passageiros, motoristas e pedestres, além de submeter os trabalhadores a condições precárias e degradantes.

“A principal função do motorista é conduzir o veículo com total atenção e responsabilidade”, diz a autora. “Ao acumular funções, o motorista se vê obrigado a desviar a atenção da direção, e a distração aumenta significativamente o risco de acidentes”, acrescenta.

O projeto inclui a proibição no Código de Trânsito Brasileiro.

Próximos passos
A proposta será analisada pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de ser votada pelo Plenário da Câmara.

Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.

Informações: Portal Correio

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Ciclovias e ciclofaixas avançam nas capitais brasileiras

quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Mobilidade urbana, melhora na qualidade de vida, diminuição nas taxas de poluição, economia de tempo e dinheiro. São inúmeras as vantagens que a expansão das redes cicloviárias em grandes centros urbanos pode trazer. Apesar dos incontestáveis benefícios, a ampliação da malha cicloviária cresce em ritmo muito aquém da necessidade: no último ano, a malha de ciclovias e ciclofaixas nas capitais cresceu 4%, passando de 4.196 km em 2022 para 4.365 km em 2023 – um acréscimo de 169 km no período de um ano.

O monitoramento foi feito pela Aliança Bike (Associação Brasileiras do Setor de Bicicletas), que ouviu todas as prefeituras das capitais brasileiras por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). O período considerado pelo levantamento foi de junho de 2022 a junho de 2023.

Na média, cada uma das capitais brasileiras possui 161,7 km de ciclovias e ciclofaixas em 2023.

É importante ressaltar que os dados contemplam apenas as estruturas segregadas e exclusivas para a circulação de bicicletas. Por esta razão, ciclorrotas e outras estruturas compartilhadas com veículos motorizados não fazem parte dos 4.365 km totais considerados – apenas as ciclovias e as ciclofaixas estão incluídas no monitoramento.

“A construção de mais ciclovias e ciclofaixas é um ponto fundamental no incentivo à mobilidade e mostra o interesse dos municípios em trazer soluções para os deslocamentos urbanos. Oferecer segurança e local apropriado ao uso da bicicleta pode trazer mudanças positivas gigantescas no dia a dia das pessoas e das cidades, contribuindo em vários aspectos. Que esse viés de alta se mantenha e que avance em todas os municípios brasileiros”, comenta André Ribeiro, vice-presidente da Aliança Bike.

Todas as prefeituras das 26 capitais estaduais, além do Distrito Federal, foram ouvidas na pesquisa. Dentre as cidades que mais cresceram em quilômetros implantados, a que mais evoluiu em números percentuais foi Palmas-TO, com 39,8% de acréscimo. Em seguida estão Maceió-AL (aumento de 27%) e Brasília-DF com aumento de 20,8% – confira mais na lista logo abaixo.

Utilizando a comparação entre o volume de ciclovias e ciclofaixas e a população residente, o principal destaque é Florianópolis-SC, com 22,96 km a cada 100 mil habitantes. Na sequência, aparecem Brasília-DF, com 21,79 km a cada 100 mil habitantes, e Palmas-TO, com 20,48 km a cada 100 mil habitantes – veja mais na lista abaixo.

Neste comparativo com o número da população, São Paulo-SP aparece na 19ª posição – mesmo tendo a maior malha cicloviária segregada, com 689,1 km.

2023 é o segundo ano consecutivo em que a Aliança Bike realiza o levantamento das ciclovias e ciclofaixas das capitais brasileiras. O objetivo é construir uma série histórica, que funcione como uma base de dados para o acompanhamento da evolução da infraestrutura cicloviária brasileira. O monitoramento não analisa a qualidade das infraestruturas e não pode ser considerado sinônimo de toda a malha cicloviária do país, pois foram consideradas apenas as capitais

Capitais com a maior rede de ciclovias e ciclofaixas em 2023:

São Paulo-SP: 689,1 km
Brasília-DF: 636,89 km
Rio de Janeiro-RJ: 487 km
Fortaleza-CE: 419,2 km
Salvador-BA: 306,64 km
Curitiba-PR: 245,7 km
Recife-PE: 174,3 km
Florianópolis-SC: 131,86 km
Belém-PA: 116,5 km
Belo Horizonte-MG: 105,78 km

Maiores crescimentos (%) em ciclovias e ciclofaixas implantadas – de 2022 a 2023:

Palmas-TO: 39,8%
Maceió-AL: 27%
Brasília-DF: 20%
Teresina-PI: 12,8%
João Pessoa-PB: 12,27%
São Luís-MA: 11,11%
Campo Grande-MS: 9,57%
Florianópolis-SC: 8,47%
Rio de Janeiro-RJ: 8,22%
Boa Vista-RR: 7,85%

Maiores malhas cicloviárias em relação à população residente:

Florianópolis-SC: 22,96 km/100 mil habitantes
Brasília-DF: 21,79 km/100 mil habitantes
Palmas-TO: 20,48 km/100 mil habitantes
Rio Branco-AC: 20,44 km/100 mil habitantes
Vitória-ES: 19,49 km/100 mil habitantes

O que são ciclovias e ciclofaixas

Embora sejam estruturas segregadas dos veículos automotores, ciclovias e ciclofaixas possuem diferenças entre si. De acordo com o Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro – e ratificado no Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito, Volume VIII, Sinalização Cicloviária – ciclovia é uma “pista própria destinada à circulação de ciclos, separada fisicamente do tráfego comum”; e ciclofaixa é uma “parte da pista de rolamento destinada à circulação exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica”.

Portanto, ciclovias podem usar grades, blocos de concretos, canteiros ou mesmo altura diferente da via de rodagem dos demais veículos para garantir uma segregação física.

Já as ciclofaixas funcionam na mesma pista de rolamento dos veículos automotores, mas com faixas pintadas exclusivas para ela. Podem contar com sinalização viária como tachões, balizadores e placas para delimitar o espaço específico para o tráfego de ciclistas.

Sobre a Aliança Bike – Associação Brasileira do Setor de Bicicletas

Criada em 2003 e formalizada em 2009, a Aliança Bike tem em seu escopo de atuação a defesa do setor e da economia da bicicleta no país, sempre visando o interesse coletivo. A entidade é formada por mais de  mais de 170 empresas e organizações associadas, abrangendo fabricantes, montadores, importadores, varejistas e lojistas, espalhados por mais de 20 estados.

Seppia Geração de Conteúdo
Assessoria de Imprensa
Carlos Ghiraldelli | carlos@seppia.com.br

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Vendidos por quase R$ 2 milhões, ônibus elétricos buscam formas de amenizar custo para abrir caminho no Brasil

quarta-feira, 14 de agosto de 2024

O setor de ônibus elétrico vem tentando abrir espaço para o que promete ser uma revolução nas metrópoles do Brasil, porém o custo alto (três vezes o valor de um ônibus a diesel) ainda assusta prefeituras e companhias de transporte, com caixas pressionados.

Para driblar o descompasso entre a urgência climática e o aperto econômico país afora, este setor produtivo hoje investe em aproximações com secretarias de transporte e começa a fornecer veículos elétricos para testes, ao mesmo tempo em que apresenta novos modelos de negócio às prefeituras e clientes, algo que ocorre em cidades como Niterói (RJ) e Salvador, por exemplo.

Se antes o comprador adquiria um veículo, agora ele entra para um pacote de serviços que vai muito além do momento da compra e inclui a manutenção, o treinamento e a assistência técnica, que cuida não só dos ônibus bem como das redes elétricas destinadas à recarga das baterias.

Em algumas negociações o pacote pode virar uma espécie de aluguel (leasing) pago para usar o ônibus, que ao fim do contrato é devolvido à fábrica.

O setor cobra incentivos governamentais e acredita na queda de preço de componentes, o que deve até 2030 colocar definitivamente em andamento a transição de matriz energética no transporte coletivo, algo que deve melhorar consideravelmente a qualidade do ar das capitais, além de diminuir o ruído do trânsito.

Custo das baterias caiu 89% na última década
A Mercedes-Benz do Brasil lançou seu primeiro ônibus elétrico no país recentemente, focada nesta nova modalidade de negócio, e aposta no crescimento do mercado até o fim da década. “A eletrificação veio para ficar, só que ela vai acontecer em momentos diferentes em cada município, e em proporções diferentes”, analisa Walter Barbosa, diretor de vendas e marketing da montadora.

O custo das baterias, que hoje representa até 50% do valor do ônibus elétrico, deve cair, o que só deve tornar os preços mais atraentes. “Haverá muita evolução nos próximos dez anos na bateria. Hoje uma bateria de ônibus pesa 2.500 kg”, observa Barbosa.

Segundo estudo da agência Bloomberg, apenas em 2020 o preço das baterias de lítio, usadas para abastecer carros e ônibus elétricos, caiu 13%, sendo que na última década (2010-2020) essa queda foi ainda mais acentuada: 89%.

A manutenção é outro argumento forte na migração para o elétrico, segundo fabricantes. Por ser veículo de câmbio automático e com uma simplificação em relação ao diesel que diminui o número de componentes de 15 mil para menos de 1 mil na estrutura do chassi, o ônibus elétrico promete devolver o investimento com um custo operacional até 70% menor.

“A vida útil de um ônibus elétrico tem no mínimo o dobro da vida útil de um ônibus a diesel. Em São Paulo, um ônibus a diesel trabalha por oito anos. O elétrico já está partindo de 15 anos [de operação, de acordo com norma da SPTrans] e com certeza chega a 20 anos”, afirma Iêda de Oliveira, diretora executiva da Eletra, empresa do ABC Paulista que opera há 20 anos no ramo e tem atuação em países como México e Nova Zelândia.

Informações: Globo.com

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Transporte coletivo urbano de passageiros mantém-se como um serviço essencial de mobilidade no país

domingo, 11 de agosto de 2024

Em um ano eleitoral marcado por debates intensos sobre as políticas de mobilidade urbana, o transporte coletivo vive dividido entre suprir as necessidades de deslocamentos diários da população e superar a concorrência dos transportes por aplicativo e o clandestino. Apesar dos desafios, o serviço é essencial, sendo o ônibus a única alternativa de locomoção disponível a 52,7% dos usuários de transporte. É o que mostra a nova Pesquisa CNT de Mobilidade da População Urbana, lançada nesta quarta-feira (7), durante a Lat.bus Transpúblico (Feira Latinoamericana do Transporte), em São Paulo/SP.

O levantamento da CNT (Confederação Nacional do Transporte), com o apoio da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), ouviu 3.117 pessoas, em 319 municípios com mais de 100 mil habitantes, de 18 de abril a 11 de maio deste ano. A pesquisa busca, entre outros aspectos, identificar os principais modos de transporte utilizados pela população brasileira, bem como caracterizar os deslocamentos diários e avaliar a percepção dos passageiros sobre o setor de transporte urbano no país.

O presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, declara que, ao conhecer os principais problemas enfrentados pelos usuários do transporte público, a CNT tem a oportunidade de propor e trabalhar em prol de soluções que possam fomentar a utilização desses serviços no território nacional. “Em um ano com eleições municipais, é fundamental que os candidatos coloquem a mobilidade urbana no centro de suas propostas, garantindo investimentos e políticas que tornem o transporte público mais eficiente, seguro e acessível para todos.”

Os dados divulgados podem auxiliar os entes públicos, sendo referência na formulação de políticas para o setor e aos agentes privados em seus processos de tomada de decisões, planejamento e desenvolvimento de ações. O diretor executivo da NTU, Francisco Christovam, afirma que “a revitalização do transporte público urbano passa por colocar o passageiro em primeiro lugar. Ele é o nosso cliente e a razão de ser do nosso trabalho. Por isso, precisamos ouvir o passageiro, entender suas expectativas e suas necessidades, para poder entregar um serviço de melhor qualidade. Daí a grande importância da pesquisa CNT de mobilidade”.

Principais resultados

Melhores condições

Em meio à busca por acesso a melhores condições, chama a atenção, nos resultados, o percentual de pessoas que são favoráveis ao investimento em conforto nas viagens e em soluções ambientais. A coleta indica que mais de 57% dos entrevistados estão dispostos a pagar uma tarifa mais cara para viajarem somente sentados nos ônibus. Em relação à sustentabilidade, 52,6% afirmaram estar dispostos a pagar uma tarifa diferenciada por uso de veículos menos poluentes e 32,1% por ônibus elétricos.

Alterações na demanda do transporte público

Por outro lado, em comparação com a edição anterior da pesquisa, realizada em 2017, a parcela da população que considera o transporte um problema quase dobrou. Em sete anos passou de 12,4% para 24,3%. O percentual de pessoas que utilizam o ônibus também diminuiu. Neste ano, o quantitativo é 14,3 p.p. menor na comparação com 2017, quando a parcela que utilizava esse veículo era de 45,2%. Nesse mesmo sentido, o uso do metrô reduziu de 4,6% para 4,2%.

Fatores que podem ter influenciado a queda são o aumento da utilização do carro próprio, que passou de 22,2% para 29,6% no período, e a obtenção de moto própria, que também teve um salto significativo. A utilização desta mais que duplicou, saltando de 5,1% para 10,9% em sete anos.

Concorrência dos serviços por aplicativos

Os serviços de viagens oferecidos por aplicativos têm sua cota de responsabilidade na baixa procura por transporte público. Realizada com veículo particular, a modalidade teve uma evolução expressiva nesse período, passando de 1,0%, em 2017, para 11,1%, em 2024.

É possível que essa evolução seja um dos fatores que contribuem para a substituição de um meio por outro, uma vez que, neste ano, 56,9% dos entrevistados confirmaram que deixaram de usar totalmente o ônibus (29,4%) ou diminuíram o uso (27,5%). Além disso, essa modalidade vem ganhando espaço na população de baixa renda. Segundo a pesquisa da CNT, dentre as pessoas que substituíram o ônibus pelos aplicativos de transporte, 56,6% pertencem à classe C e 20,1% às classes D/E.

Serviço essencial

Mesmo com todas as mudanças, o transporte público coletivo urbano ainda se caracteriza como um serviço fundamental para a faixa populacional de baixa renda, haja vista as classes C e D/E serem as que mais se deslocam por ônibus (79,2%), trem urbano/metropolitano (77,1%) e metrô (62,3%). O alto percentual ressalta a importância de maior atenção ao acesso da população com menor poder aquisitivo.

Informações a imprensa

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