A prefeitura de São Paulo pretende dotar todos os radares da cidade com leitores automáticos de placas, capazes de flagrar motoristas que furam o rodízio municipal de veículos. Hoje, dos 587 radares ativos na capital, só 196 possuem esse tipo de tecnologia. Além disso, novos aparelhos também devem ser instalados, principalmente, em corredores de ônibus, para coibir a invasão de automóveis particulares. A gestão do petista Fernando Haddad prepara um edital, a ser publicado em maio, para a contratação de serviços de fornecimento, instalação e operação dos equipamentos.
Prefeitura estima que novos radares possam aumentar em até 20% a fluidez do trânsito na capital (Nelson Antoine/Fotoarena) |
A instalação dos novos radares deverá começar em agosto, segundo o diretor de Planejamento da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Tadeu Leite Duarte. A Secretaria Municipal dos Transportes pretende também rearranjar os atuais pontos de fiscalização. Um dos focos da ação é a verificação eletrônica intensiva dos corredores de ônibus, para inibir a entrada de veículos que não sejam coletivos ou táxis e, assim, melhorar a velocidade média do transporte coletivo.
Segundo a Prefeitura, a tecnologia também permitirá rastrear o percurso dos coletivos e estimar tempos de viagem, além de subsidiar a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a São Paulo Transporte (SPTrans), que gerencia os ônibus municipais, com dados em tempo real sobre as condições do trânsito.
Todos os radares devem ser ligados por fibra ótica à Central Integrada de Mobilidade Urbana (Cimu), que será construída na região central da cidade. Esse polo também congregará e processará informações recebidas de semáforos inteligentes. Assim, será possível a adoção de medidas mais rápidas para solucionar problemas viários.
A projeção do governo é que as ações melhorem em 20% a fluidez do trânsito. No caso dos corredores de ônibus, a meta é fazer com que a velocidade média dos coletivos salte dos atuais 13 km/h para 25 km/h.
Informações: Veja Abril