O governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou nesta sexta-feira, 14, que a entrega do primeiro sistema de monotrilho da capital paulista não ocorrerá em março, conforme anunciado no início do ano. Agora, a inauguração da Linha 15-Prata, na zona leste, só deve ocorrer em maio -- originalmente, seria em janeiro, o que não se concretizou. E o funcionamento ocorrerá de um jeito bastante limitado, em forma de "visitas" dos passageiros apenas aos finais de semana.
Segundo o presidente do Metrô de São Paulo, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, houve atraso em relação ao cronograma e a empresa responsável pela construção dos trens do ramal, a canadense Bombardier, está sendo multada. "Agora, é um trem novo, que nunca tinha sido desenvolvido, é a primeira vez que se faz um trem desse tamanho." No Brasil, o monotrilho, que terá capacidade para mil pessoas (o maior do mundo), só tem aquele trecho para ser testado.
"O grande problema de Vila Prudente e Oratório não diz respeito à obra civil, diz respeito às questões do trem, que é novo, que está sendo desenvolvido pela primeira vez. Nunca a Bombardier fez um trem dessa magnitude. Hoje, só temos três trens entregues pela Bombardier no pátio, então, não dá para operar. Ainda não foram feitos testes suficientes, então, por uma questão de segurança, e temos discutido muito isso com a Bombardier, não adianta termos uma precipitação de colocar em operação assistida um equipamento que é moderno, novo, mas que ainda não tem a quantidade de testes necessária para se ter segurança", disse Pacheco durante evento na sede da Prefeitura de São Paulo.
Sobre o início do funcionamento das duas primeiras estações da Linha 15-Prata, remarcado para maio, o dirigente esclareceu que, diferentemente do que ocorre no restante do Metrô, as composições só estarão disponíveis aos passageiros aos sábados e domingos.
"Não estamos nem querendo chamar mais de operação assistida. No caso lá, inclusive, estou chamando de visita controlada, que provavelmente o regime de operação na fase inicial vai ser mais no final de semana, do que no regime como está (a Estação Adolfo Pinheiro) na Linha 5 (que só abre em dias úteis). Porque precisamos de muito tempo ainda para testar, então, a ideia é que lá seja uma visita controlada aos finais de semana, de tal maneira que a Bombardier possa ter o sistema durante a semana para testes."
Informações: Estadão Conteúdo
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