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Em Chapecó, Usuários enfrentaram nesta manhã uma paralisação de ônibus

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Quem precisou do transporte coletivo urbano em Chapecó para ir ao trabalho na manhã desta terça-feira teve que enfrentar uma greve no setor. Motoristas e cobradores fizeram uma paralisação, atrasando a saída dos carros.
Segundo o Sindicato dos Condutores de Veículos e Trabalhadores nas Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Transporte Intermunicipal e Interestadual de Chapecó e Região (Sintracol), a categoria quer um aumento de salário e do vale alimentação, além da redução do intervalo de 4 para 2 horas e melhores condições de trabalho.
A paralisação começou às 4h e até a metade da manhã alguns horários haviam sido normalizados.
– Estamos em negociação desde o dia 4 de abril quando entregamos a pauta de reivindicações . Até agora participamos de quatro reuniões e não tivemos acordo – disse Rubismar Cruz, presidente do Sitracol.
Cruz disse ainda que o salário dos profissionais é o mais baixo do Estado. Os cobradores recebem R$ 630 e os motoristas R$ 1.093. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Oeste Catarinense (Sintroeste), disse que já foi oferecido um aumento salarial nas negociações, mas o sindicato da categoria recusou.
Em Chapecó, duas empresas têm a concessão do transporte coletivo. Segundo informações do Sintroeste , uma delas, com 350 funcionários, está com 10% dos funcionários parados, a maioria cobradores. A outra com 100 funcionários disse que apenas cinco profissionais estão parados.

Informações: Diário Catarinense

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Motoristas desrespeitam nova faixa preferencial para ônibus em Fortaleza

No primeiro dia de implantação da faixa preferencial para ônibus na Avenida Bezerra de Menezes, em Fortaleza, foram flagrados vários desrespeitos de motoristas às orientações da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor). Na manhã desta segunda-feira (13), carros particulares continuavam utilizando a duas faixas da direita da avenida, separadas com uma linha de cor azul.

Muitos condutores reclamaram que ainda estavam confusos com as mudanças do Serviço Rápido de Ônibus de Fortaleza (BRS-FOR). "Hoje está complicado por ser o primeiro dia, mas acredito que vai melhorar", afirmou a técnica de enfermagem, Marta Rejane.

Fiscais da Etufor em um carro estavam no local nesta manhã e orientaram os motoristas de carros particulares no trânsito a saírem da faixa preferencial. De acordo com o órgão, nas faixas azuis, é permitido o tráfego de táxis com passageiros nas faixas preferenciais, mas o embarque e o desembarque de passageiros deve ser realizado nas vias transversais. Os carros particulares só podem utilizar as faixas preferenciais quando precisarem acessar um estabelecimento com estacionamento localizado no lado direito da via ou tiverem de fazer conversões à direita. Nesse último caso, eles devem percorrer no máximo 100 metros.

As mudanças também afetaram os usuários de coletivos. As linhas serão divididas nos grupos 1, 2 e 3 e, ao trafegarem na Avenida Bezerra de Menezes, vão parar somente nos pontos de parada que tiverem a sinalização correspondente a elas.

Fonte:  TV Verdes Mares

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Como funciona o BRT Transoeste, principal transporte da Olimpíada de 2016

Quem chega pela primeira vez ao Terminal de Ônibus Alvorada, na Barra da Tijuca, espanta-se com a fila formada para o embarque no BRT Transoeste – mesmo fora do horário de pico. "A fila está grande, mas daqui a pouco devo estar saindo", avisa uma usuária, por telefone. Ela estava certa. Bastou um ônibus e em cinco minutos mais da metade das cerca de cem pessoas se foram. A mulher que falava ao telefone embarcou no carro seguinte. Cada veículo comporta 70 pessoas sentadas, mas são raros os ônibus que deixam a Barra sem que dezenas de usuários já se aglomerem de pé.

A lotação do sistema parece inevitável, afinal, a demanda por transporte para a região que mais cresce no Rio é imensa. E desde o início da operação do sistema, inaugurado há dois meses, o movimento é intenso. Mas a fila de hoje parece ser o menor dos problemas. Quem hoje usa o BRT conseguiu cortar uma hora e meia do seu tempo de viagem, como atesta o motorista Luís Aurélio da Silva Nascimento, de 34 anos. "Antes, demorava duas horas e meia no meu trajeto, e tinha de levantar da cama às 3h30 para chegar a tempo ao serviço. Cheguei a vir de carro um tempo para compensar, só que gastava mais. Hoje, levo de 30 a 40 minutos. Ganhei mais de uma hora de sono de manhã, e mais tempo para brincar com meus filhos à noite", conta. Ele sabe que se trata de uma obra olímpica, mas integra o grupo de quem já é beneficiado antes da chegada dos turistas: os trabalhadores, que representam 84% dos usuários.

"Os maiores favorecidos são as pessoas que moram na zona oeste e dependem do transporte público para chegar ao trabalho. Estamos falando de uma região com 1,64 milhão de habitantes. É outra cidade dentro do Rio. Mas o BRT é ônibus para turista também", destaca Lélis Teixeira, presidente da Fetranspor e do Rio Ônibus, os sindicatos das empresas de ônibus do estado e da capital, respectivamente. Teixeira lembra, por exemplo, que as quatro linhas do BRT (Bus Rapid Transit, em inglês, ou Transporte Rápido por Ônibus), quando concluídas, integrarão duas das regiões que mais recebem investimentos para a Olimpíada de 2016: Deodoro e Barra da Tijuca, este último local do futuro Parque Olímpico, definido pela presidente da Empresa Olímpica Municipal, Maria Silvia Bastos Marques, como "o coração dos jogos".

Linhas - Serão, ao todo, mais de 150 quilômetros de vias segregadas, dos quais 51 estão em funcionamento no trecho da Transoeste – a maior delas, que hoje liga a Barra a Santa Cruz e se estenderá até Campo Grande. São 36 estações divididas entre o corredor expresso e o parador (que, como o nome diz, para em cada uma delas). A próxima a ficar pronta deve ser a Transcarioca, que permitirá integração ao Aeroporto Internacional do Galeão. As outras duas, Transbrasil e Transolímpica, estão em fase de projetos.

Dentro dos ônibus articulados, uma gravação informa a próxima estação de parada em português e inglês, quando necessário – como faz o metrô carioca. Atualmente, a Transoeste transporta 60.000 pessoas diariamente. A estimativa é chegar a 120.000 por dia com a ampliação.

Teixeira assegura que o sistema comportará esse aumento de demanda. E mais: precisa que isso aconteça, para que seja lucrativo. Ao custo de 2,75 reais, o valor da tarifa é o mesmo de uma linha de ônibus comum, que não exige os gastos vinculados ao novo sistema – que tem estações de embarque e desembarque especiais, com equipes de limpeza e segurança próprias para ajudar a conter o vandalismo, e sistema informatizado que avisa o intervalo entre os veículos, monitorados por GPS. "O BRT ainda não se paga, mas acreditamos que nos próximos meses, à medida que o sistema crescer, chegaremos a um equilíbrio. A população não está acostumada, porque não cortamos as linhas paralelas, o que deve acontecer gradualmente a partir da migração", explica o presidente do Rio Ônibus, garantindo que não se cogita aumento de tarifa.

Aprovação - Mais qualidade e rapidez no transporte pelo mesmo preço são razões suficientes para justificar a aprovação do sistema: 90% dos usuários se dizem satisfeitos ou muito satisfeitos, segundo pesquisa realizada no mês de julho pelo instituto de pesquisa Mapear. O índice de insatisfeitos é de 2% (8% se declararam neutros). "É um sucesso que não imaginávamos", admite Teixeira.

A fiscal de caixa Daniele Duarte, de 31 anos, é uma das que engrossa as estatísticas elogiando o sistema que, com corredor exclusivo, escapa de qualquer congestionamento. "Antes, eu ficava de 40 minutos a uma hora parada no trânsito, e chegava em casa cansada e estressada. Não passo mais por isso e sei que vou sempre estar no horário."

Na tarde de segunda-feira passada, a reportagem de VEJA percorreu o caminho de Alvorada a Santa Cruz, e o inverso. A fila observada na ida não se repetiu na volta – nem o volume de pessoas em pé dentro do ônibus. Por ser articulado, o veículo sacode um pouco mais do que os tradicionais, o que exige bom equilíbrio e pulso firme dos usuários. A maioria que conseguiu lugar sentada logo se ajeitou para um cochilo, que só foi interrompido quando um passageiro decidiu ouvir música no celular sem fones de ouvido – afinal, o novo sistema não anula velhos problemas de convivência e educação. Mesmo assim, a principal vantagem apontada pelos usuários foi comprovada: com pouca ou muita gente a bordo, o tempo gasto foi de exatos 50 minutos de ponta a ponta, em ambos os sentidos.

Atropelamentos - A fluidez com que andam esses ônibus, que não têm obstáculos na faixa exclusiva e só param nas estações ou semáforos, permite entender a razão de tantos elogios, mas também leva a pensar diante de outro número que começa a surpreender: o de pessoas atropeladas. Foram cinco acidentes desde a inauguração, em junho, três com morte - a última, na quinta-feira passada, próximo à estação Bosque da Barra, em direção a Santa Cruz. Segundo a CET-Rio, a mulher tentava atravessar a via fora da faixa de pedestres. Em coletiva de imprensa no último dia 3, o prefeito Eduardo Paes disse que o índice não preocupa e que pode ser contido facilmente com campanhas de conscientização. "O que a gente precisa é alertar, educar a população, mostrar que não dá para atravessar fora da faixa - nem em área de BRT nem em área de veículo comum."

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