BRASÍLIA - No dia seguinte à primeira reunião do ano para iniciar a operação “pente fino” nas obras e nas ações para a Copa do Mundo, integrantes do governo voltaram a se reunir. No encontro, comandado pela ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, os integrantes do Executivo deram prioridade a obras de mobilidade urbana. Entre elas, a construção da Transcarioca, via que irá ligar a Barra da Tijuca ao aeroporto Tom Jobim, na Ilha do Governador, cortando diversos bairros no percurso.
Por ser uma obra que traz consigo outras diversas intervenções de infraestrutura, a Transcarioca foi citada na reunião como uma das que têm de ficar pronta antes do início do evento, porque tem grande potencial de atrapalhar o fluxo no Rio de Janeiro se ainda estiver em obras durante a Copa. A reunião de quinta-feira teve participação de um grupo menor de ministros, e sem a presença da presidente Dilma. Gleisi Hoffmann (Casa Civil), um representante do ministério do Esportes e Aguinaldo Ribeiro (Cidades) se encontraram para começar a mapear o andamento das obras para a Copa e aquelas que, mesmo sem ter relação direta com os jogos, possam atrapalhar a locomoção e o sistema operacional na realização do evento.
Outro exemplo tratado na reunião foi o caso das obras de drenagem nas cidades-sede, que estejam sendo feitas em locais de passagem para os jogos ou perto de estádios. Por ordem do Palácio do Planalto, deverá ser feito um levantamento sobre essas obras e quais as providências serão tomadas para que não atrapalhem o evento.
Sinal amarelo aceso
Dilma deu início às reuniões para tratar os assuntos relacionados à Copa do Mundo nesta quarta-feira, depois de novas críticas da Fifa sobre o atraso nas obras das cidades-sede que irão receber os jogos. Na ocasião, a presidente convocou nove ministros para iniciar a operação “pente fino” nas diversas áreas relacionadas, especialmente sobre os problemas nos aeroportos e a segurança nos estádios e de autoridades. A pouco mais de cinco meses do início da Copa do Mundo, o sinal amarelo no Planalto acendeu devido a atrasos em obras e dúvidas sobre a eficiência do sistema operacional para o evento.
Dilma fez uma espécie de interrogatório com seus subordinados a respeito dos problemas relacionados à Copa que cada pasta está enfrentando e exigiu que os ministros tragam um plano de soluções detalhado para cada um dos obstáculos que terá de ser enfrentado nos próximos meses. As reuniões com os ministros serão constantes a partir de agora e, já nos próximos dias, Dilma também chamará para reuniões no Planalto os governadores dos 12 estados que vão sediar os jogos. A presidente pretende fazer duas reuniões, com grupos de seis governadores para acompanhar o quadro de cada local e cobrar soluções.
Por Júnia Gama
Informações: O GLOBO
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