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Ônibus elétricos de transporte público nos EUA registraram aumento de 66% em 2022

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Os ônibus elétricos têm ganhado popularidade nos Estados Unidos devido a preocupações com o meio ambiente e a necessidade de transporte mais limpo e eficiente. O aumento de 66% na quantidade de ônibus elétricos sem emissões de gás poluente na América em 2022, conforme dados recentes, mostra que a tendência está crescendo. 

A Califórnia lidera o país com a maior frota de ônibus elétricos e a célula de combustível, e também registrou o maior aumento de ônibus com emissão zero no ano passado. Além disso, a administração Biden incentivou o uso de ônibus elétricos ao conceder mais de US$ 1,66 bilhão em subvenções para a compra de ônibus limpos.

De acordo com o relatório “Zeroing in on ZEBs”, da ONG de defesa do transporte limpo Calstart, houve 5.480 ônibus de transporte público com emissão zero financiados, encomendados e/ou entregues nos EUA em 2022, o que se divide em 5.269 ônibus elétricos a bateria e 211 ônibus elétricos a célula de combustível.

Em 2021, haviam 3.168 ônibus elétricos e 129 ônibus elétricos com célula de combustível.

Portanto, embora os ônibus elétricos com células de combustível sejam amplamente superados pelos ônibus elétricos a bateria, o primeiro aumentou 64% em 2022.

A adoção de ônibus de emissão zero – ônibus de trânsito que são Classe 3 a 6 e com menos de 9 metros de comprimento – cresceu 42% nos EUA no mesmo período. Em setembro de 2022, 876 pequenos ônibus foram adotados nos EUA, em comparação com 615 em 2021.

O estado com a maior frota de ônibus elétricos e movidos a célula de combustível é a Califórnia, com 1.977. Na verdade, a Costa Oeste, incluindo Oregon e Washington, responde por 41% de todos os ônibus de emissão zero nos EUA. E isso não é surpreendente, já que a Califórnia está exigindo que as novas vendas de ônibus de transporte público tenham emissões zero até 2030.

Nova York (489) e Flórida (450) ocupam, respectivamente, o segundo e o terceiro lugar em número total de ônibus com emissão zero. E a Califórnia também liderou o país com o maior aumento de ônibus com emissão zero em 2022, com 735, seguida por Nova York, com 285. A Infraestrutura Act da administração Biden atuou como catalisador no ano passado para o grande salto de ônibus com emissão zero em todo o EUA. A Federal Transit Administration concedeu mais de US$ 1,66 bilhão em 2022 através dos programas de subvenções Low or No Emission Vehicle e Grants for Bus and Bus Facilities. Esse dinheiro financiou 1.100 ônibus limpos.

Informações: Engenharia É
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Brasil já tem capacidade de produção de ônibus elétricos para a transição

sexta-feira, 4 de novembro de 2022

Com os anúncios recentes de eletrificação da frota de transporte público nas principais cidades do Brasil, a ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos) divulgou uma nota reiterando a capacidade da indústria brasileira de produzir todos os ônibus elétricos requeridos pelas novas leis de descarbonização.

Essa manifestação surgiu logo após o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, anunciar a proibição da compra de novos ônibus a diesel para a frota paulistana, e do secretário municipal de Mudanças Climáticas, Antônio Fernando Pinheiro Pedro, que levantou dúvidas sobre a capacidade da indústria de suprir a demanda por ônibus elétricos.

O prefeito de São Paulo já tinha assumido compromisso de eletrificar pelo menos 20% da frota até 2024, o que equivale a cerca de 2.600 ônibus elétricos em circulação na maior cidade do país em pouco mais de um ano. 

Esse compromisso está alinhado com as metas de transição da frota de ônibus a diesel para ônibus de baixa emissão de poluentes fixadas pela Lei 16.802 e pela atual licitação para renovar os contratos da Prefeitura com as empresas de transporte.

No entanto, poucos dias depois, o secretário executivo de Mudanças Climáticas da própria Prefeitura, Antônio Fernando Pinheiro Pedro, admitiu, numa entrevista ao programa Olhar de Repórter, da Band, ter se surpreendido com o anúncio da SPTrans.

No programa, o secretário lançou dúvidas sobre a capacidade da indústria brasileira de suprir a demanda por ônibus elétricos requerida pelas metas de transição da frota paulistana definidas pela lei citada acima. 

Dessa forma, a ABVE rebateu as afirmações do secretário, reafirmando um compromisso da própria cadeia produtiva nacional de ônibus elétricos, que diz ser capaz de lidar com a demanda crescente por veículos elétricos no transporte público.

Na prática, a entidade lembrou que o compromisso da cadeia produtiva nacional de produzir até 2 mil ônibus elétricos/ano já tinha sido afirmando em documento enviado ao Ministério Público do Estado de São Paulo já em 2017, um ano antes da aprovação pela Câmara Municipal da Lei 16.802.

Confira abaixo a íntegra do documento: 

INDÚSTRIA BRASILEIRA ESTÁ PREPARADA PARA ATENDER A DEMANDA POR ÔNIBUS ELÉTRICOS

Cadeia produtiva nacional pode produzir mais de 2 mil veículos/ano

A Associação Brasileira do Veículo Elétrico vem a público reiterar o compromisso da indústria brasileira de ônibus elétricos de atender às demandas por transporte público sustentável no Município de São Paulo e em qualquer outra cidade do Brasil.

A propósito de manifestações recentes sobre o tema do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, e do secretário executivo de Mudanças Climáticas da Prefeitura paulistana, Antonio Fernando Pinheiro Pedro, a ABVE reafirma a plena capacidade da cadeia produtiva nacional de responder com rapidez e eficiência a todas as exigências da Lei Municipal 16.802/2018, que fixou metas anuais de transição da frota de ônibus a diesel para veículos de baixa emissão.

Empresas instaladas no País, como BYD, Eletra, WEG, Scania, Mercedes-Benz, Moura, Caio, Marcopolo e outras estão plenamente qualificadas e aptas a produzir mais de 2 mil ônibus elétricos por ano.

São empresas que pagam impostos e geram milhares de empregos em território nacional, além de assegurar assistência técnica e reposição aos operadores de transporte público em todas as regiões do Brasil. 

A ABVE entende que as declarações do prefeito e a recente circular divulgada pela SP Trans, proibindo a contratação de novos ônibus a diesel na cidade de São Paulo, limitam-se a reiterar os termos da Lei 16.802 e as regras da atual licitação para renovar os contratos de concessão com as operadoras de transporte.

Por isso mesmo, apoia sem reservas a manifestação do prefeito Ricardo Nunes e seu compromisso de eletrificar até 20% da frota paulistana de ônibus até 2024.

A ABVE lembra que já em 2017 – portanto, antes do anúncio da Lei 16.802 – havia enviado ao Ministério Público do Estado de São Paulo documento assegurando a plena capacidade da indústria brasileira de produzir até 2 mil ônibus elétricos/ano e, assim, responder às metas de descarbonização da frota paulistana de transporte público.

Essa capacidade tem sido reiterada a cada dia, com novos modelos de ônibus elétricos apresentados ao público, novas empresas brasileiras entrando no mercado de transporte público e novos desafios tecnológicos sendo superados.

O mais recentes desses desafios, aliás, foi alcançado pela WEG, uma empresa 100% brasileira, que anunciou a capacidade de fornecer baterias elétricas produzidas no País para ônibus elétricos fabricados em território nacional.

Cabe destacar, ademais, que outras empresas, como BYD e Moura, também se posicionam para assegurar o fornecimento das baterias elétricas requeridas pelo mercado nacional de ônibus de baixa emissão.

Para a ABVE, o Brasil já tem todas as condições de posicionar-se como um importante ator no mercado global de transporte urbano sustentável, com solidez, experiência e tecnologia comprovada.

Cabe agora ao Poder Público pôr em prática as leis já em vigor e dar as garantias mínimas para que a indústria já instalada no País possa fazer a sua parte na grande tarefa de assegurar transporte público limpo e sustentável para as cidades brasileiras.

São Paulo, 25 de outubro de 2022

Adalberto Maluf
Presidente da ABVE 

Informações: Uol
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Brasil tem 642 novos ônibus elétricos em 21 cidades, segundo dados da ABVE

segunda-feira, 26 de maio de 2025

O Brasil emplacou 642 ônibus elétricos em 21 cidades no período de 2022 a 2025. É um número muito baixo ainda, considerando o tamanho do país e a urgência climática. A cidade de São Paulo lidera com mais de 80% dos novos elétricos. Os dados passam a ser monitorados pela Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

“Estamos trabalhando para fazer da ABVE o ponto de convergência da eletromobilidade no Brasil, não só atuando nas políticas públicas que interessam ao setor, mas também produzindo informações confiáveis sobre a evolução desse mercado”, disse Ricardo Bastos, presidente da ABVE.

Segundo a gerente da ABVE Data, Emmanuela Jordão, o objetivo é formar séries históricas que permitam acompanhar a evolução do transporte público sustentável em todas as regiões do país: “E não vamos parar por aí: em breve, começaremos a produzir séries históricas específicas de caminhões elétricos, motos elétricas e veículos elétricos levíssimos em geral”.

O Sudeste lidera disparado as estatísticas, concentrando 89% do total (569), com destaque para o município de São Paulo, que, sozinho, emplacou 518 ônibus no período – sem contar os trólebus. A região Sul aparece em segundo lugar, com 8% dos veículos (49), seguida pelo Centro-Oeste, com 2% (12). O Nordeste (8) e o Norte (4) somam juntos os 2% restantes.

Hoje, nove fabricantes atuam no segmento, sendo que 67% deles (6) produzem ônibus elétricos em território nacional, enquanto os demais 33% (3) importam esses veículos. O mercado brasileiro já conta com 25 modelos disponíveis, prontos para atender às demandas específicas dos municípios.

Os números do início de 2025 já são animadores. Em apenas quatro meses, 248 ônibus elétricos foram emplacados, o que já representa 82% do total de 2024 (302). O crescimento do setor é claro e constante. Em 2022, apenas três fabricantes estavam presentes no país, oferecendo seis modelos de ônibus elétricos e com um total tímido de 11 emplacamentos.

Além do crescimento em números, o setor de ônibus elétricos no Brasil também mostra a liderança da produção nacional. Dos 9 fabricantes que emplacaram ônibus elétricos, 6 produzem localmente, o que representa 67% do mercado. São eles: BYD, Marcopolo, Eletra/Caio, Mercedes-Benz, Volkswagen e Volvo.

Segundo a ABVE, "isso indica não apenas um aumento da oferta, mas também um fortalecimento da cadeia produtiva interna". As projeções indicam que em breve a população estará usando mais ônibus elétricos, que, além de não poluírem a atmosfera, rodam silenciosamente e sem vibrações, tornando as viagens mais confortáveis.

Ônibus elétricos por municípios
 
SÃO PAULO,  SP - 518
SÃO BERNARDO DO CAMPO, SP - 19
CASCAVEL, PR - 15
GOIÂNIA, GO - 12
PORTO ALEGRE, RS - 12
CARIACICA, ES - 11
CAXIAS DO SUL, RS - 10
CURITIBA, PR - 8
SALVADOR, BA - 8
RIBEIRÃO PRETO, SP - 4
BERTIOGA, SP - 3
CAMPINAS, SP - 3
RESENDE, RJ - 3
SÃO JOSÉ DOS PINHAIS, PR - 3
SERRA, ES - 3
BARUERI, SP - 2
BELÉM, PA - 2
MANAUS, AM - 2
TABOÃO DA SERRA, SP - 2
LONDRINA, PR - 1
OSASCO, SP - 1

Os ônibuis elétricos são uma ótima solução de descarbionização para as cidades. Como eles rodam cerca de 250 km por dia e tem espaço para grande bateria, podem ser carregados no período de não utilização (a grande maioria à noite) e o próprio uso ajuda na eficiência energética. O anda-e-para do trânsito urbano é ótimo para veículos elétricos, que regeneram e eergia nas frenagens.

Segundo a ABVE, é importante ressaltar que os números apresentados estão relacionados com os emplacamentos registrados em cada município, o que não significa, necessariamente, que eles correspondam ao total de ônibus elétricos em circulação nessas cidades.

PAC Seleções

O segmento de ônibus elétricos tende a ganhar escala nos próximos anos, isso porque o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções, por meio da modalidade "Renovação de Frota", está promovendo a modernização do transporte público em diversos municípios brasileiros.

Com um investimento total previsto de R$ 10,6 bilhões, o programa visa a aquisição de 2.529 ônibus elétricos, 2.782 ônibus Euro 6 e 39 veículos sobre trilhos, contribuindo para a eficiência energética e a redução das emissões de CO₂ nas cidades.

A iniciativa contempla 61 municípios e 7 estados, priorizando a melhoria da qualidade de vida urbana e o fortalecimento da indústria nacional. Os recursos serão utilizados para substituir veículos antigos por modelos mais modernos e sustentáveis, alinhando-se às metas de descarbonização e à promoção de uma mobilidade urbana mais eficiente.

Informações: Terra

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Em busca da mobilidade verde, cidades investem em ônibus elétricos

sexta-feira, 24 de maio de 2024

O cumprimento das metas de descarbonização dos países passa também pelo esforço das cidades, algumas delas com metas próprias de redução de emissões. Faz parte desses esforços a busca de uma mobilidade urbana mais verde, o que inclui iniciativas de eletrificação da frota. Em algumas capitais do Brasil, a ambição inclui uma frota 100% sustentável já em 2050, embora ainda sejam poucos os municípios com planos concretos de descarbonização. Agora, o segmento se prepara para uma nova fase de estímulo com o programa Mover, que, embora ainda dependa do aval do Congresso, pretende estimular a produção de veículos movidos à eletricidade com a criação de diversos incentivos financeiros e de linhas de financiamento.

O primeiro passo ocorreu recentemente com o anúncio do BNDES de que financiará, com recursos do Fundo Clima e do FAT, a renovação da frota de ônibus em municípios brasileiros. Ao todo, serão investidos R$ 4,5 bilhões para aquisição de 1.034 ônibus elétricos e 1.149 ônibus Euro 6, tecnologia que permite menor volume de emissão. Até agora, já foram selecionados projetos em oito municípios de 5 estados. Por se tratar de projetos novos que ainda serão analisados pelo banco, e por conta das eleições municipais, os desembolsos devem começar no fim deste ano e serão concentrados em 2025. A transição energética e a busca por recursos para reduzir o aquecimento global são algumas das prioridades do Brasil durante sua presidência do G20.

Segundo Luciana Costa, diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, as cidades têm se esforçado para adotar ônibus elétricos em sua matriz, mas lembra que há uma série de desafios para o crescimento de uma matriz de transporte mais limpa nos próximos anos. Ela cita aspectos relacionados ao dimensionamento da infraestrutura de recarga para baterias, rede elétrica e limitações de autonomia em itinerários longos. Cita ainda as questões financeiras:

— Os ônibus elétricos são 3,5 vezes mais caros que os movidos a diesel. Há ausência do valor de revenda, além de requisitos envolvendo a governança e saúde financeira para operadores e municípios. Assim, as cidades têm um grande desafio, mas, além do impacto climático, investir em transporte coletivo gera benefícios adicionais relacionados a aspectos sociais, econômicos e ambientais — diz Luciana.

No Rio, VLT já é 100% elétrico

Entre as cidades, começam a emergir projetos em diferentes frentes. No Rio de Janeiro, onde o VLT (sistema de Veículo Leve Sobre Trilhos) já é 100% elétrico, mais da metade dos novos ônibus adquiridos recentemente para o BRT contam baixa redução de emissão de gases poluentes. Em abril, a prefeitura lançou um edital para transporte aquaviário 100% elétrico entre os aeroportos do Galeão e Santos Dumont, em um projeto que vai consumir R$ 106 milhões. Em paralelo, a Prefeitura do Rio é a primeira cidade da América Latina a utilizar fontes limpas e renováveis no mercado livre de energia, para abastecer os prédios da administração municipal. Em nota, a prefeitura disse que as ações fazem parte do Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática da Cidade do Rio para se adequar as metas do Acordo de Paris.

Outras cidades também vem acelerando seus projetos com o apoio de financiamento no BNDES. Para José Luis Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, a eletrificação das frotas de ônibus elétricos é um dos temas prioritários do banco:

— Em 2023, foi aprovada operação de R$ 2,5 bilhões para o município de São Paulo viabilizando que os novos ônibus comprados pelos operadores da concessão sejam veículos elétricos. Há outras ações em andamento, como o financiamento ao primeiro BRT elétrico do Brasil, na região do ABC paulista, além de estudos para inserção de ônibus elétricos nas cidades de Curitiba e Salvador, realizados em parceria com o banco alemão de desenvolvimento KfW, e a estruturação da nova concessão de ônibus da Rede Integrada de Transporte de Curitiba com vistas à eletromobilidade — exemplifica Gordon.

Assim, a cidade de São Paulo já obteve um total de R$ 6 bilhões para viabilizar a aquisição de ônibus elétricos para a modernização da frota em operações de crédito com o Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Banco do Brasil, Caixa, além do BNDES. Segundo a prefeitura, a meta de substituição da frota de ônibus da cidade por modelos movidos a energia limpa é de 20% até o fim de 2024. Hoje, dos 12.019 veículos em operação na maior capital do país, 380 veículos são elétricos, dos quais 179 são movidos à bateria e 201 são bondinhos, que contam com dois cabos na parte superior que fornecem energia elétrica. “Os ônibus estão sendo entregues de acordo com a capacidade produtiva dos fabricantes envolvidos na construção de um ônibus elétrico, que envolve chassis, carroceria, baterias e outros elementos”, disse a prefeitura em nota.

Curitiba: 54 ônibus elétricos nas ruas até agosto

Já em Curitiba os primeiros ônibus elétricos começam a circular até agosto deste ano. Nessa primeira aquisição serão 54 veículos, que fazem parte do projeto de eletromobilidade do transporte público da cidade e contam com R$ 380 milhões em investimentos. Segundo Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), que gerencia do transporte coletivo na capital, o novo modelo de concessão vai contemplar, já na sua origem, a prioridade de redução de emissão de gases do efeito estufa com mudança na matriz energética, o que traz também segurança jurídica. Destaca ainda que os primeiros ônibus elétricos serão carregados nas garagens das empresas de ônibus, mas em uma segunda etapa será criada uma rede de recarga tanto nas garagens como o desenvolvimento de estruturas em pontos estratégicos da cidade.

— A compra dos primeiros ônibus elétricos está alinhada ao compromisso de Curitiba em se tornar neutra em emissões e resiliente aos riscos climáticos até 2050. A meta é que até 2030, 33% da frota de ônibus da capital seja zero emissões, percentual que deve alcançar 100% até 2050. A eletrificação da frota das cidades é um passo importante para tornar as cidades mais sustentáveis. Em 2023, iniciamos os primeiros testes com a tecnologia. Até agora, já foram testados sete veículos elétricos da Eletra, Volvo, Marcopolo e BYD. Até o fim do semestre, devem entrar em teste Volkswagen e Ankai e, no segundo semestre, Mercedes Benz e Higer. O edital de chamamento para testes de ônibus elétricos foi prorrogado até março de 2026 — afirma Neto. 

Informações: O Globo
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Prefeitura de Curitiba encaminha à Câmara Municipal projeto de lei para aquisição de 70 ônibus elétricos

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

A Prefeitura enviou à Câmara Municipal de Curitiba (CMC) projeto de lei que permitirá a compra dos primeiros 70 ônibus elétricos que serão integrados à frota da cidade em 2024. A proposta, encaminhada na sexta-feira (8/12), prevê investimento de R$ 317 milhões nos veículos, que serão adquiridos pelas empresas com subsídio da Prefeitura, de acordo com o atual contrato de concessão, e permite que os ônibus retornem ao município em 2025, quando se encerra o atual convênio. 

O projeto de lei é mais um passo de Curitiba rumo à eletromobilidade. A descarbonização da frota está alinhada ao objetivo de tornar a cidade mais sustentável ambientalmente, dentro do Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima), que traduz o empenho em consolidar uma política climática com ações transformadoras e inclusivas por uma cidade neutra em emissões e resiliente ao clima até 2050, de acordo com os objetivos do Acordo de Paris e da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. A meta é que 33% da frota de ônibus da cidade seja zero emissões até 2030, percentual que deve evoluir para 100% até 2050. 

A eletrificação da frota também é uma das prioridades do novo contrato de concessão do transporte coletivo, a partir de setembro de 2025. O atual contrato, em vigor desde 2008, não será renovado. A Prefeitura já contratou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) para a formatação do novo modelo de concessão que prevê a modernização do sistema, a reestruturação dos serviços de mobilidade da Rede Integrada de Transporte e a descarbonização gradual da frota.
Para possibilitar a aquisição dos veículos elétricos antes da nova concessão, a proposta da Prefeitura acrescenta três artigos à lei número 12.597 de 17 de janeiro de 2008, que regula o atual contrato do transporte coletivo, que se encerra em agosto de 2025. 
“O projeto de lei é necessário para permitir o subsídio e assegurar o retorno imediato da frota de ônibus elétricos para a Prefeitura, com o fim do atual contrato de concessão, e também para evitar que a aquisição de elétricos tenha impacto no valor da tarifa. Mesmo com a compra dos ônibus elétricos, não haverá reajuste da tarifa em 2024”, diz o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto.

Os primeiros ônibus elétricos devem começar a rodar no transporte coletivo até junho de 2024, nas linhas Interbairros II e Ligeirinhos.Segundo o presidente da Urbs, o valor de R$ 317 milhões será utilizado para a compra de ônibus tipo padron e articulado. “Inicialmente prevíamos apenas a compra de veículos padron, de 12,8 metros. Mas como os ônibus vão circular também na linha Interbairros II houve a necessidade de elevar o investimento para R$ 317 milhões”, explica.  Pelo cronograma, o planejamento é fazer a aquisição em cinco lotes:  16 ônibus modelo padron piso alto em abril, 20 padron piso alto em maio, 14 articulados de piso baixo em junho, 14 articulados de piso baixo em julho e 6 padron piso baixo em agosto. 

Pela proposta encaminhada à CMC, a Prefeitura, por meio da Urbs, subsidiará a compra dos ônibus e a infra-estrutura de recarga reutilizável (carregadores elétricos), que serão revertidos ao FUC (Fundo de Urbanização de Curitiba) ao fim do contrato de concessão. A subvenção será feita por meio de conta em instituição financeira que poderá ser acessada pelas empresas exclusivamente para a aquisição dos ônibus. 

Dessa maneira, não serão pagas às empresas nem a amortização de capital e nem a rentabilidade sobre os ônibus elétricos. Um termo aditivo, celebrado entre as empresas e a Urbs, vai estabelecer o percentual de remuneração pela prestação do serviço e a taxa de utilização da área de garagem.  

Testes
A compra dos 70 ônibus levará em conta os testes com ônibus elétricos promovidos pela Urbs entre abril e novembro deste ano.
Curitiba foi a primeira cidade do país a fazer testes estruturados de ônibus elétricos. Foram avaliados sete veículos de quatro fabricantes: BYD, Volvo, Eletra e Marcopolo. Nos testes, realizados nas linhas Interbairros II e Inter 2, foram avaliados desempenho operacional, consumo e desgaste de pneus.  Confira aqui o resultado dos testes técnicos.  

Tire suas dúvidas sobre a compra de ônibus elétricos

Por que a Prefeitura vai adquirir 70 ônibus elétricos?
O objetivo é tornar a cidade mais ambientalmente sustentável. Com zero emissões e sem ruídos, os ônibus elétricos são considerados o futuro da mobilidade nas cidades. A meta de Curitiba, de acordo com o PlanClima, é que 33% da frota de ônibus seja zero emissões até 2020, percentual que deve chegar a 100% até 2050.

Haverá impacto na tarifa ao usuário?
Não haverá impacto na tarifa paga pelo usuário.

Por que a necessidade de um projeto de lei para a compra de ônibus elétricos?
Primeiro, porque é necessária uma lei para autorização do subsídio de R$ 317 milhões. Segundo, porque o artigo 17 da Lei 12.597/2008, que regula o atual contrato de concessão - que se encerra em 2025 e que não será renovado -, prevê que não serão considerados bens reversíveis os veículos e frota de ônibus. É necessário alterar a lei para prever a reversibilidade desses bens, porque é ela que permite que o projeto possa ser efetivado, já que faltam dois anos para o fim da concessão. 

Devido ao curto período de tempo que resta para a concessão se encerrar, não há como pagar integralmente um veículo elétrico ao concessionário sem que este bem passe a compor o patrimônio do município ao final da concessão.

O que estabelece o projeto de lei?
É uma norma específica que autoriza a subvenção do valor a ser investido pelos concessionários para aquisição de frota elétrica. Prevê também a reversibilidade desses bens, e traz algumas regras gerais do que o termo aditivo deverá observar em relação à remuneração das concessionárias.

Quais as mudanças no regime de aquisição do veículo elétrico em relação ao veículo à combustão?
Previsão de reversibilidade dos veículos, previsão de que parte da infraestrutura de recarga também será revertida ao poder público. Muda, em parte, a lógica remuneratória. Sai diesel e entra eletricidade.

A Prefeitura anunciou inicialmente investimento de R$ 200 milhões. O valor foi corrigido para R$ 317 milhões. Por que?
O valor de R$ 200 milhões previa a aquisição inicialmente de ônibus tipo padron, de 12,8 metros. Porém para o funcionamento da linha Interbairros 2 são necessários ônibus articulados, o que eleva a necessidade de recursos para R$ 317 milhões.

A Prefeitura vai subsidiar esse valor, que será repassado para as empresas em uma conta bancária vinculada. Por que a Prefeitura não adquire diretamente os veículos, já que eles precisarão ser revertidos ao FUC no fim de contrato de concessão?
Porque os atuais contratos de concessão estão plenamente vigentes e nas regras atuais quem compra veículo é o concessionário. Não seria possível comprar veículos e obrigar os concessionários a operar, ceder mão de obra ou a ceder espaço de sua garagem, pois o que foi licitado no atual contrato foi a delegação do serviço público de transporte coletivo como um todo e não simples contratos administrativos de locação de garagem, cessão de mão de obra ou gerenciamento de frota pública. 

Por que não será feita uma licitação?
Porque não há como obrigar os concessionários a operar frota pública, ou a ceder sua garagem, nem mesmo ceder empregados para operarem frota pública. Estando vigentes os contratos de concessão atuais, a regra é de que quem compra veículo é o concessionário, que deverá o fazer por sua conta e risco, contudo, deve ser devidamente remunerado e, no caso, por faltar apenas dois anos para o fim dos contratos, os bens precisam ser revertidos. 

Além disso, se a URBS fosse licitar a aquisição dos veículos elétricos também teria que licitar a infraestrutura de recarga, fornecimento de energia e locação de espaço para garagens, porque não seria possível obrigar os concessionários a ceder a deles, já que não são eles que estão adquirindo os veículos, tratando-se de compra fora do contrato de concessão. Além disso, seria necessário licitar mão de obra de motoristas e funcionários administrativos para a operação, gestão de frota, tornando o projeto inviável no curto prazo. Isso concorreria com os contratos atuais, o que poderia fazer com que os concessionários pedissem reequilíbrio no contrato deles.

Quem vai pagar pela energia contratada para abastecimento dos ônibus elétricos?
 O FUC. Substitui o diesel pelo custo de energia

Como será a remuneração das empresas?
A remuneração das empresas será sobre a operação do serviço.

Como fica o cálculo da tarifa técnica?
A tarifa técnica para os ônibus elétricos terá planilha separada dos ônibus à diesel, evidenciando separadamente os custos de operação de cada um e sem impacto no valor final pago pelo usuário.

Informações: URBS

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Niterói prevê substituir 10% da frota de ônibus movidos a óleo diesel por veículos elétricos com zero emissões

domingo, 3 de outubro de 2021


A Prefeitura de Niterói iniciou nesta segunda-feira (20) uma fase de testes operacionais com um ônibus elétrico modelo Caio Millenium, cedido pelo fabricante. O veículo será usado nos próximos 60 dias pelos dois consórcios rodoviários da cidade para uma avaliação mais profunda do uso da tecnologia no dia a dia. A partir desta terça-feira (21), o ônibus já estará em circulação na linha 49. Niterói pretende lançar no primeiro semestre do ano que vem uma licitação para uma compra inicial de 40 ônibus elétricos, o que corresponde a 5% da frota atual de ônibus da cidade, ampliando depois para 10% o uso dos elétricos.

O prefeito Axel Grael, acompanhado dos secretários municipais de Urbanismo e Mobilidade, Renato Barandier e de do Clima, Luciano Paez, e do presidente da NitTrans, Gilson Souza, participou de uma primeira viagem do ônibus pelo trajeto do corredor da TransOceânica, partindo da estação de Charitas.

O prefeito disse que a adoção dos ônibus elétricos no transporte de passageiros vai reduzir a emissão de gases do efeito estufa e que a prefeitura pretende testar veículos semelhantes de outros fabricantes para ver qual deles se adapta melhor ao uso nos itinerários da cidade. “Estamos testando as diferentes tecnologias para termos certeza de que a autonomia e os parâmetros técnicos, que são anunciados pelos fabricantes, são os adequados para Niterói. O ônibus elétrico é uma solução muito mais sustentável que os ônibus a diesel, com zero emissão de gases na atmosfera, e uma solução que tem a ver com o nosso compromisso climático para Niterói”, disse Axel Grael.

O secretário de Urbanismo e Mobilidade, Renato Barandier, que coordena o processo de aquisição dos ônibus elétricos, disse que o período de testes será fundamental para uma decisão da prefeitura e dos consórcios sobre os investimentos na tecnologia. “Esse primeiro ônibus elétrico a circular em Niterói vai nos oferecer por 60 dias a oportunidade de testar todos os indicadores operacionais de manutenção desse tipo de veículo que é inovador aqui no estado do Rio de Janeiro. Vamos ter a oportunidade de verificar a autonomia, a manutenção, como funciona todo o sistema eletrônico do veículo, dentro das características das linhas de ônibus que Niterói possui, que são linhas curtas em trajetos mais carregados e linhas com percursos mais distantes, que sobem por ladeiras”, disse o secretário.

MENOS EMISSÕES

O secretário municipal do Clima, Luciano Paez, disse que adotar ônibus elétricos no transporte de passageiros vai ajudar Niterói a reduzir a emissão de gases do efeito estufa. Segundo ele, cada veículo deixará de emitir 115 toneladas de gases por ano. “O setor de mobilidade gera muitas emissões de gases do efeito estufa. Por isso, consideramos esse projeto de uso de ônibus elétricos fundamental para a gente reduzir as emissões de gases na cidade. Cada ônibus elétrico deixa de emitir 115 toneladas de carbono por ano. Isso equivale ao plantio de 800 árvores para retirar esse carbono da atmosfera”, comparou o secretário.

Renato Barandier disse que, com esse período de testes, os consórcios vão poder conhecer a tecnologia empregada neste tipo de veículo, fazer avaliações operacionais de custo, de manutenção e entender a sua eficiência. Segundo ele, os empresários vão poder comparar o ônibus elétrico com o ônibus tradicional, movido a óleo diesel. Ele espera que, ao final desta avaliação, já se tenha uma percepção mais clara sobre os benefícios econômicos e de sustentabilidade ambiental que os ônibus elétricos têm a oferecer para Niterói.

Renato Barandier disse ainda que a meta da prefeitura é ter 10% da frota de ônibus da cidade com ônibus elétricos. Segundo ele, no primeiro momento serão comprados 40 ônibus (5% da frota) e depois, em uma nova licitação, outros 5%. “O nosso objetivo é lançar um edital já no primeiro semestre do ano que vem para aquisição de pelo menos 5% da frota de Niterói, ou seja, 40 ônibus. E analisar em quanto tempo a gente consegue alcançar a meta de 10%, com 80 ônibus elétricos em circulação. Todo esse período de testes vai nos trazer por meio do sistema de telemetria informações que vão ser cruciais para a nossa decisão em relação a isso”, completou o secretário de Urbanismo.

ESPECIFICAÇÕES

O veículo em teste possui autonomia para 250 quilômetros, com até 4 horas para recarga das baterias, possui ar-condicionado, carregadores de celular e tem o piso baixo, com acesso mais fácil para os passageiros. A capacidade é de 80 passageiros, sendo 26 sentados e 54 em pé. Veículos do tipo do modelo testado têm vida útil de 16 anos, com uma troca de baterias prevista para quando chegar aos 8 anos de uso.

O ônibus chegou a Niterói na madrugada da última quinta-feira (16), vindo da fábrica São Paulo. Na sexta e no sábado, 20 motoristas foram treinados por técnicos do fabricante. Foram selecionados 12 deles. Seis vão se revezar na condução dos ônibus nos próximos 30 dias e seis poderão entrar na escala para substituir os colegas. O coletivo vai circular nas linhas 49, 61 e 62 nos primeiros 30 dias. Daqui a um mês, o ônibus passará a ser testado nas linhas Oceânica 1, 46, 48 e 33.

A subsecretária de Mobilidade, Ivanice Schutz, explicou que um pesquisador acompanhará as viagens de teste para ouvir a opinião dos usuários sobre o veículo, como facilidade de acesso e conforto. Também será realizada uma pesquisa de satisfação pela plataforma Colab. Ela disse ainda que o fabricante também está cedendo veículos para testes em Volta Redonda, Salvador e Ribeirão Preto e que São Paulo já tem uma frota de 18 ônibus elétricos a bateria em circulação. Para o usuário, o preço da passagem terá o mesmo valor modal cobrado pela passagem, R$ 4,05.

“Como estudioso do transporte há mais 25 anos, presenciar o teste do ônibus elétrico em Niterói, minha cidade, me dá muito orgulho. Priorizamos o transporte público de qualidade em Niterói”, destacou o presidente da Nittrans, Gilson Souza.

Informações: Cidade de Niterói

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Primeiros ônibus elétricos devem começar a rodar no transporte coletivo de Curitiba em maio de 2024

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Os primeiros ônibus elétricos de Curitiba devem começar a rodar no transporte coletivo em maio do próximo ano, segundo estimativa da Urbanização de Curitiba (Urbs), que gerencia o transporte coletivo da cidade. O projeto de lei que permite a compra dos primeiros 70 ônibus elétricos foi aprovado na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) na manhã desta terça-feira (19/12) em segundo e último turno, com  22 votos favoráveis contra 7 contrários. Na segunda-feira (18/12), o texto foi aprovado com 25 votos a favor e 8 contra. O projeto segue agora para sanção do prefeito Rafael Greca. 

A proposta prevê investimento de R$ 317 milhões nos ônibus elétricos e o recurso será incluído no orçamento de 2024. Os veículos serão adquiridos pelas empresas com subsídio da Prefeitura e retornarão ao município em 2025, quando se encerra o atual contrato de concessão.

"Demos, com o apoio da CMC, um passo muito importante no caminho de descarbonização da frota do transporte coletivo. Curitiba é signatária do Acordo de Paris e nossa meta é que 33% da frota seja zero emissões até 2030, percentual que deve chegar a 100% até 2050. É o compromisso forte de Curitiba com a sustentabilidade e com maneiras de mitigar o impacto do efeito estufa", disse o presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs), Ogeny Pedro Maia Neto, logo após o fim da votação. 

O que diz o projeto
Para possibilitar a aquisição dos veículos elétricos antes da nova concessão, a proposta da Prefeitura acrescenta três artigos à lei número 12.597 de 17 de janeiro de 2008, que regula o atual contrato do transporte coletivo, que se encerra em agosto de 2025. 

“O projeto de lei é necessário para permitir o subsídio e assegurar o retorno imediato da frota de ônibus elétricos para a Prefeitura, com o fim do atual contrato de concessão, e também para evitar que a aquisição de elétricos tenha impacto no valor da tarifa. Mesmo com a compra dos ônibus elétricos, não haverá reajuste da tarifa em 2024”, disse Maia Neto.

Custos
Os primeiros ônibus elétricos devem rodar no transporte coletivo nas linhas Interbairros II, Interbairros I e Ligeirinhos. Pelo cronograma, serão cinco lotes de compras, que têm início em maio. "Nosso cronograma é começar em maio a aquisição dos veículos, que serão integrados à frota de acordo com o ritmo de produção das fabricantes contratadas", disse Maia Neto.

Dos 70 ônibus, 36 são modelo padron piso alto; 28 articulados de piso alto; e 6 padron piso baixo. "Essa primeira compra será uma oportunidade para que possamos testar estes ônibus na prática, já com vistas ao novo edital de concessão do transporte coletivo, em 2025", acrescenta Maia Neto.

De acordo com o projeto, a Prefeitura, por meio da Urbs, subsidiará a compra dos ônibus, que serão revertidos ao FUC (Fundo de Urbanização de Curitiba) ao fim do contrato de concessão.

Dessa maneira, não serão pagas às empresas nem a amortização de capital e nem a rentabilidade sobre os ônibus elétricos. Um termo aditivo, celebrado entre as empresas e a Urbs, vai estabelecer o percentual de remuneração pela prestação do serviço e a taxa de utilização da área de garagem.  

Custo benefício
De acordo com estudo da Urbs, os ônibus elétricos têm um custo, ao longo dos anos, inferior ao dos movidos a diesel. Ao longo de 16 anos, a aquisição dos 70 ônibus elétricos representará uma economia de custos da ordem de R$ 147 milhões em relação à compra dos mesmos 70 ônibus a diesel.

"O preço de entrada do veículo elétrico é mais caro, mas ao longo da vida útil, incluindo os custos de troca de bateria, o veículo movido a energia é mais barato que o movido a combustão. Ou seja, estamos comprando por R$ 317 milhões, mas teremos uma economia, ao longo da vida útil, de R$ 147 milhões", diz o presidente da Urbs. "Isso sem contar, é lógico, o benefício ao meio ambiente. Sem emissões, silencioso e mais confortável, o ônibus elétrico traz um avanço tecnológico muito grande para o transporte coletivo", acrescentou.

A descarbonização da frota, prevista no Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas de Curitiba (PlanClima),  traduz o empenho em consolidar uma política climática com ações transformadoras e inclusivas por uma cidade neutra em emissões e resiliente ao clima até 2050, de acordo com os objetivos do Acordo de Paris e da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Na CMC também foram aprovadas quatro emendas propostas pelo Legislativo ao texto-base, três delas de cunho técnico e uma delas que trata da venda da publicidade nos ônibus, com a possibilidade de anúncios sonoros e plotagem em estações-tubo, terminais e linhas de ônibus.

Informações: URBS

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Prefeitura de Belém solicita ao TCM a anulação da medida que suspende compra de frota de ônibus elétricos

quarta-feira, 17 de julho de 2024

A Prefeitura de Belém esclarece à população que não há irregularidade na aquisição dos ônibus elétricos e já requereu ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), por meio da Procuradoria Geral do Município (PGM), a anulação da medida cautelar, que suspendeu o contrato da compra, emitida pela conselheira Ann Pontes.

Tal medida não se justifica, porque a licitação foi concluída há mais de um mês e os recursos públicos estão assegurados na Lei Orçamentária Municipal para viabilizar a compra dos coletivos. Não há justificativa social e nem amparo legal para manter a decisão. Todos os esclarecimentos em relação ao contrato de compra serão prestados, uma vez que se trata da aquisição de um tipo de tecnologia nova (ônibus elétricos) e que há uma nova lei de licitações em vigor.

A Prefeitura de Belém confia que o pedido de anulação da decisão da conselheira será acatado pelo colegiado pleno do TCE e que a conselheira terá sensibilidade, uma vez que será um prejuízo para os trabalhadores e a população em geral, que sofre com o sistema de transporte público.

Belém é a primeira cidade da Amazônia a obter uma frota própria de ônibus com ar-condicionado e elétricos, um avanço observado em poucas cidades do Brasil como em São Paulo, Santo André e São José do Rio Preto.
Os ônibus elétricos, que vão compor a primeira frota própria da Prefeitura de Belém, foram adquiridos com recursos obtidos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, com autorização da Câmara Municipal de Belém. No total, são 112 ônibus, dos quais 20 são elétricos.

Financiamento - A Prefeitura de Belém também informa, que já solicitou empréstimo de mais R$ 100 milhões ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra de mais 100 ônibus, sendo mais 10 elétricos. No total, serão 182 ônibus a diesel e 30 ônibus elétricos. 

A compra dos ônibus foi realizada por meio do contrato nº 02/2024-Semob, gerado pelo pregão eletrônico SRP Nº 90001/2023-Semob e inclui, além dos ônibus, cinco carregadores elétricos. Até agora, cinco ônibus elétricos foram entregues no início deste mês. 

Frota será renovada em parceria

No que se refere aos 300 novos ônibus a diesel com ar-condicionado e wi-fi, a aquisição desses veículos para renovação da frota é resultado de um acordo judicial entre a Prefeitura Municipal de Belém, o Governo do Estado do Pará e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Belém (Setransbel).

O acordo visa garantir isenção tributária às empresas na compra dos ônibus, que será realizada diretamente pelo Setransbel, sem envolver processo de licitação, já que não está sendo conduzida pela administração pública municipal.

A previsão inicial para a circulação dos novos ônibus é no mês de agosto e a entrega dos veículos será feita de forma gradual, uma vez que os novos ônibus deverão passar pelo processo de regularização junto aos órgãos competentes e, posteriormente, por vistoria. Somente após esses procedimentos, estarão autorizados a operar.

Cabe reforçar, portanto, que não há qualquer irregularidade na aquisição dos ônibus elétricos e que a Prefeitura de Belém está em contato com o TCM/PA para dar agilidade e andamento ao processo o quanto antes.

Informações: Agência Belém

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