Quando estiverem concluídos, os quatro BRTs em projeto e construção no Rio de Janeiro terão retirado das ruas 2.350 ônibus. A maioria deles será varrida da cidade pela Transbrasil (Deodoro-Centro), que, sozinha, eliminará 1.500 coletivos. De acordo com a prefeitura, a Transoeste retirará 250 veículos; a Transcarioca, 500; e a Transolímpica (Deodoro-Barra da Tijuca), 100.
Hoje, existem cerca de 8.900 ônibus no Rio. Assim, a frota cairia de imediato para 6.550. Considerando-se que os BRTs terão uma média de cem veículos, cada um, a cidade teria aproximadamente 7 mil ônibus municipais.
Mas esse número pode ser ainda menor com a operação dos bondes, a partir de 2015. As seis linhas terão 42 estações em 28 quilômetros. Duas delas atravessarão a Avenida Rio Branco, que será fechada aos ônibus. Segundo a Fetranspor, passam por ali cerca de 2.100 coletivos por dia.
- Não passará mais ônibus na Rio Branco porque o BRT seguirá em duas mãos na Avenida Presidente Antônio Carlos. Quando todos esses modais chegarem ao Centro, 70% dos ônibus saem de lá. Hoje, não tenho como dizer para um cara deixar o carro em casa e ir de transporte público. Quer ir, vá. Mas vai ficar engarrafado - conta o prefeito Eduardo Paes, que não esconde a ansiedade por voltar a ver os bondes no Rio:
- O bonde é a busca da civilização, sem trocador, com bilhete único. Eu queria muito inaugurar uma linhazinha antes da Copa, mas não vai dar tempo.
Além disso, as vans também estarão integradas pelo bilhete único aos BRTs.
Para tanto BRT, foram desapropriados 3.570 imóveis. Ao todo, foram pagos R$ 202,4 milhões até agora.
- Houve um caso em que optamos por desviar o percurso do Transoeste, para não passar por cima de um quilombola - lembra Paes.
por Marcelo Dias
0 comentários:
Postar um comentário