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População de Maceió sofre com poucos ônibus, o sucateamento da frota, além dos motoristas mal educados

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

É comum ouvirmos que a solução para diminuir os engarrafamentos nas grandes cidades seria que os motoristas deixassem os carros em casa e usassem mais o transporte público. Bom, essa seria uma solução em uma cidade onde as empresas investissem mais na melhoria dos seus serviços, com mais coletivos circulando pelas ruas e a qualificação dos seus funcionários.
Foto: Márcio Andrei
Em Maceió as reclamações contra os serviços de transporte público são constantes. Primeiro pela insuficiência de ônibus circulando pela cidade, segundo pela, poderia dizer sem medo de errar, falta de humanização, principalmente dos motoristas, que por pressa ou mesmo desprezo, muitas vezes não param nos pontos. Não é difícil flagrar idosos e deficientes sendo deixados para traz por esses “profissionais”. O sucateamento da frota também é uma reclamação antiga, assim como o descumprimento de horário, fazendo com que as pessoas passem muito tempo nos pontos e a má distribuição de linhas.

Na noite desta terça-feira (23), o Primeira Edição fez mais um dos inúmeros flagras registrados no dia-a-dia do maceioense. Por volta das 20h30, uma mulher que esperava o ônibus da linha Cruz das Almas/Centro, da empresa Real Alagoas, desistiu de ficar em um ponto localizado na antiga Amélia Rosa depois que o motorista do ônibus de numeração 1864 não parou. “Esse ônibus só passa de hora em hora, e já está ficando esquisito. Vou ter que desistir de resolver as coisas que pretendia e voltar para casa”, reclamou.

Na região, conhecida por constantes assaltos e circulação de usuários de drogas, são registrados assaltos quase que diariamente, principalmente com vítimas sendo mulheres sozinhas em pontos de ônibus. “Já cansei de ver mulheres tendo suas bolsas roubadas por assaltantes que passam em carros, de bicicleta e até mesmo a pé. Por isso não vou esperar mais uma hora até que o próximo ônibus passe, além do mais correndo o risco do motorista não parar novamente”, concluiu a mulher que não quis se identificar.

Não é a primeira vez que o portal denuncia esse tipo de tratamento com os usuários de transporte público, mas, ao que parece, a situação não muda. Não esquecendo ainda dos constantes relatos de assaltos sofridos pelos passageiros dentro dos coletivos, levando, além da insatisfação pelos maus serviços, o sentimento de insegurança para as pessoas que precisam desse transporte.

Rotina de usuário
A administradora de empresas, Íris Leão, conta que todos os dias espera o ônibus da empresa Piedade que faz a linha Graciliano Ramos ou Village/Ponta Verde. Segundo ela, além da demora para que o ônibus passe, é preciso enfrentar sempre o aperto de coletivos lotados de trabalhadores que dependem do transporte.

“As pessoas ficam praticamente penduradas nas portas e janelas. Como na maioria das vezes, por conta da demora, eu já estou atrasada para o trabalho, sou obrigada a entrar no aperto. Sem falar nos motoristas, que não respeitam o sinal de parada dos passageiros. E não são poucos”, reclama.
Íris conta ainda que não tem mais desculpa quando chega atrasada no trabalho. “Só se eu sair de casa de madrugada para esperar os ônibus, porque eles nunca passam no horário”.

Na opinião da administradora, o transporte público de Maceió é um caos. “Nem mesmo com o aumento abusivo das passagens há uma melhora nos serviços, ao contrário, parece que está cada vez pior”, critica Íris, que conta ainda que o sofrimento é o mesmo na volta para casa. “No final do expediente, cansada, não me resta outra alternativa a não ser pegar o José Tenório/Iguatemi [linha da empresa Real Alagoas], e esse me faz enfrentar o percurso para casa em pé, isso quando os motoristas param no ponto, porque eles não se importam com seu cansaço. Só posso lamentar por nós passageiros, que precisamos dessas lástimas para nos deslocarmos”, concluiu.

O jornalista Sandro Melo também conta as situações que presencia todos os dias nos pontos de ônibus. “A empresa Real Alagoas, principalmente na sua linha Saem/Centro e Saem/Iguatemi, não respeitam seus usuários. Como ainda não possuo carro, dependo desses maus serviços para me deslocar até o trabalho e outros locais. Já cheguei a passar duas horas e meia esperando em um ponto de ônibus para poder voltar para casa depois de um dia de trabalho e considero isso desumano. Ficar de pé, cansado, querendo chegar em casa e o ônibus simplesmente não vem”, desabafa o usuário.

Sandro afirma que é obrigado a passar por esse tipo de situação, porque a linha é a única que passa na rua onde mora. “Outro desrespeito dessa e de outras empresas diz respeito ao espaço destinado para idosos e gestantes. Em quase todos os horários essas pessoas ficam ‘se espremendo’, por terem que dividir um espaço pequeno”, destaca o jornalista, afirmando ainda que espera que com o novo edital, as empresas melhorem linha citada. “É inadmissível que só tenha uma opção de ônibus para atender os moradores e usuários do bairro”.

Sobre os motoristas que usam veículos próprios para se locomover pela cidade, Sandro opina. “Eu não acredito que seja viável as pessoas deixarem os seus carros em casa para usufruir do transporte público, uma vez que a cidade de Maceió não oferece um bom serviço. Sabemos que não existe metrô, trens de superfície, como existem em outras grandes cidades. Isso é o resultado da falta de um Plano Diretor. Maceió só tem uma via de acesso, que é a Avenida Fernandes Lima. A cada dia que passa, a quantidade de carros aumenta, o que piora ainda mais o caótico trânsito da nossa cidade. Isso vai ser a pedra no sapato do novo prefeito eleito. Existe um bom projeto, que o o VLT que vai sair da praça do Centenário até o Aeroporto, mas a grande pergunta que é: Será que ele vai mesmo atender e resolver os problemas do transporte público quando o mesmo sair do papel e se tornar realidade? Espero que ele resolva mesmo o problema. Até lá vamos ter que conviver com esse caos dos transporte público. Em relação aos motoristas, mais um pouco de educação e cordialidade amenizaria a situação”, concluiu.

Por Thayanne Magalhães / Primeira Edição

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