Mais de nove meses após a retirada de comerciantes da Rua Euclides da Cunha, no centro de Porto Velho, para as obras do terminal de transporte público, a construção ainda não foi iniciada. Os comerciantes foram remanejados para um shopping popular na mesma região, mas reclamam do baixo movimento. Os usuários de coletivos continuam sem abrigos nas paradas de ônibus no local.
Há cerca de quatro meses, a Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (Semtran) deu o prazo máximo de 90 dias para finalização do processo licitatório e início das obras, responsabilizando, ainda, o Consórcio Guaporé, formado pelas empresas de transporte coletivos da capital, pelo atraso. O consórcio, por sua vez, passou a responsabilidade para a Semtran.
A proprietária de um salão de beleza, Francisca das Chagas, possuía um ponto na Rua Euclides da Cunha, na parte que foi desocupada pela prefeitura e reclama do baixo movimento no shopping popular, para onde foi transferida. “A rua foi vedada, nos três primeiros meses o movimento caiu 80%, não dava pra tirar nem o do aluguel”, afirma a cabeleireira.
No local desocupado, motoristas utilizam o espaço como estacionamento e não há nenhum sinal do início da obra. “Até hoje não vimos descarregar um saco de cimento aí, tá tudo parado, acumulando lixo”, reclama Francisca.
A comerciante Delicia Vidal, que também possuía um ponto na rua que foi desocupada e reclama da falta de abrigos nas paradas de ônibus na região. “Os [abrigos] que tem, não protegem nada, nem sol, nem chuva”, reclama Vidal, completando que, com a construção do terminal acreditava que a situação do transporte melhoraria, “mas até agora só ficou na promessa”, finaliza.
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