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Rio vai ganhar ônibus de turismo de dois andares

sexta-feira, 24 de junho de 2011

A Riotur publicou no Diário Oficial desta quarta-feira a abertura de licitação para concessão de operação de serviço de transporte turístico regular, em ônibus no estilo “double deck”, similares aos largamente utilizados em grandes cidades turísticas internacionais, em um sistema que integre os pontos turísticos e as atrações culturais cariocas.

O usuário do ônibus turístico irá adquirir um bilhete que valerá por período, e não por trecho. A tarifa a ser cobrada do usuário terá validade por um ou mais dias, concedendo direito no período determinado a múltiplas entradas em qualquer dos veículos do sistema aberto (hop-on/hop-of), permitindo, assim, a visitação a diversos pontos turísticos com o mesmo preço. A concorrência pública será do tipo técnica e preço, sendo que a Riotur já estabeleceu o teto máximo de R$ 60 para o preço do bilhete.

O serviço deverá ser operado necessariamente com a presença constante de guia habilitado, falando no mínimo três idiomas (Português, Inglês e Espanhol), além da  obrigatoriedade de equipamento de tradução simultânea eletrônica nos ônibus. O funcionamento deverá ocorrer das 8h às 18h com intervalo máximo de 30 minutos em cada ponto.

Serão contempladas duas áreas, que deverão ter paradas de embarque e desembarque devidamente sinalizadas pela empresa vencedora da licitação, que acontece no dia 10 de agosto. Em novembro de 2011 os novos ônibus devem entrar em circulação.



Fonte: O Dia Online

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Em São Luís, Frota é reforçada com novos ônibus

A Prefeitura de São Luís reforçou a frota do sistema de transporte público da capital maranhense com mais 24 novos ônibus à população. Acompanhado do secretário municipal de Trânsito e Transportes, Clodomir Paz, o prefeito João Castelo disse, durante o ato de entrega dos veículos, que manterá os entendimentos com os empresários para que, a cada ano, possa ser renovada a frota e, consequentemente, seja assegurada a melhoria da qualidade do transporte coletivo da cidade.

Os 24 novos veículos possuem elevadores, permitindo acessibilidade às pessoas com deficiência, e são das empresas Rio Anil/Gonçalves, São Benedito, Pericumã e Viação Pelé. Os veículos vão proporcionar maior conforto aos usuários do Sistema Integrado de Transporte de São Luís nas regiões do Coroadinho, zona rural, São Francisco, São Cristóvão e Divineia. Ao todo, serão beneficiados 54 mil usuários.

“Estamos atingindo a meta traçada para renovação da frota”, disse João Castelo, lembrando que agora o sistema já conta com 280 ônibus novos. “A cada ano, vamos reduzir a idade média de uso destes veículos. Tudo será feito para que ônibus novos, modernos e confortáveis sejam colocados à disposição da nossa coletividade”, ressaltou o prefeito.

Segundo Clodomir Paz, com a inserção destes novos veículos, está sendo cumprida a meta de renovação da frota, conforme compromisso firmado pela Prefeitura de São Luís e pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo em fevereiro de 2010. Na ocasião, ficou acertada a troca de 300 dos 1.108 ônibus que atualmente rodam na capital maranhense. Até o mês de julho, a substituição ultrapassará 300 novos ônibus no Sistema de Transporte.

Nova frota - Diante de diversos vereadores e secretários municipais, os cadeirantes Antônio Nunes e Argemiro Sousa fizeram o teste de utilização dos elevadores adaptados nos novos ônibus. Castelo fez questão de cumprimentá-los, estendendo seus cumprimentos ao empresário Gilson Neto, representante do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo (SET).

Na solenidade, que contou com a presença dos vereadores José Joaquim, Ivaldo Rodrigues, Vieira Lima, Josué Pinheiro, Chaguinha e Silvino Abreu, o prefeito fez a entrega simbólica da chave de um dos novos ônibus ao secretário Clodomir Paz e ao empresário Gilson Neto.

Durante a cerimônia, realizada na Praça Maria Aragão, Clodomir Paz frisou que a substituição destes veículos também possibilitará a redução da idade média dos ônibus que circulam no Sistema Integrado de Transporte de São Luís, conforme previsto em lei municipal. Ele destacou que todos os veículos são adaptados com elevadores, favorecendo melhor acessibilidade aos portadores de necessidades especiais. São carros longos com 16 metros de comprimento e três portas, próprios para terminais de integração. 

O cadeirante Agemiro Sousa, de 53 anos, elogiou os esforços do prefeito João Castelo, afirmando que os ônibus adaptados diminuem, consideravelmente, as dificuldades das pessoas portadoras de necessidades especiais.

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Rio de Janeiro: Niterói terá bilhete único municipal

Niterói está muito próxima de criar o bilhete único municipal. Ontem, a Câmara Municipal aprovou, em primeira discussão, por 12 votos favoráveis e três abstenções, a mensagem do prefeito Jorge Roberto Silveira (PDT) instituindo o benefício. Além do bilhete único, os parlamentares, pelo mesmo placar, também decidiram reduzir a alíquota de 2% para 1% do Imposto Sobre Serviço (ISS) às empresas de transporte coletivo.

Os dois temas serão debatidos conjuntamente na audiência pública da próxima quarta-feira, dia 29, solicitada pela Comissão de Urbanismo, presidida pelo vereador Beto da Pipa (PMDB).

Mais audiências - Além dos debates sobre o bilhete único municipal e a redução da alíquota do ISS, os vereadores vão discutir antes do recesso de julho a situação do Minizoo do Fonseca, esta solicitada pelos vereadores Carlos Magaldi (PP) e José Antônio Fernandez, o Zaff (PDT). A audiência ocorrerá no dia 28, às 20h.

Casas populares - Na sessão de ontem, a Câmara Municipal aprovou a mensagem do Executivo, que prevê a construção de unidades habitacionais no Bairro de Fátima.
Segundo o líder do governo na Casa, a proposta do prefeito Jorge Roberto vai beneficiar 100 famílias desabrigadas nas chuvas do ano passado com a construção de residências para elas. As casas populares serão construídas na antiga Rua dos Marítimos.

Sessão extra
- Dentro do ‘esforço concentrado’ para a ‘zerar’ a pauta de votações até o dia 30, a Câmara vai realizar uma sessão extraordinária na segunda às 17h.



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Cuiabá terá sistema de transporte VLT

O principal sistema de transporte público de Cuiabá e Várzea Grande, as duas principais cidades de Mato Grosso será o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que funcionará em 2 ramais, ao longo da Fernando Corrêa da Costa, interligando o Centro ao Coxipó e o Grande CPA ao Aeroporto Marechal Rondon, já em Várzea Grande, e a um custo estimado da ordem de R$ 1,1 bilhão que será emprestado pelo governo do Estado dentro de sua capacidade de endividamento, que neste ano é de R$ 2,5 bilhões.

Os ramais do VLT terão 23 quilômetros de extensão, sendo que o custo é total e prevê além das linhas e veículos, as estações.

Segundo o governador Silval Barbosa (PMDB), a estratégia é o Estado contratar e executar as obras e posterior a isto, cedê-la à iniciativa privada que, com o pagamento pela exploração, abateria os valores que serão pagos ao longo dos próximos 30 anos e com a vantagem de praticar o preço que considera mais justo sem a necessidade de subsidiar as passagens. "Será um grande passo para a modernidade e um sistema de transporte coletivo digno da população de Cuiabá e Várzea Grande", frisou o governador.

O presidente da Agecopa, Eder Moraes, disse que lhe foi atribuído pelo governador a decisão, e que ele considerando os prós e os contras optou pelo VLT, sendo que suas ponderações foram acatadas pelo governador. "Pagamos uma média de R$ 1 bilhão entre juros e amortização de empréstimos por ano ao governo federal e vamos deixar de executar o mais moderno sistema de transportes do Mundo por causa de recursos financeiros?", frisou o presidente da Agecopa, apontando que existem "n" sinalizações de parcerias em prol da Copa do Mundo em Mato Grosso.

Silval Barbosa frisou ainda que o VLT vai ser um legado para as futuras gerações e que o sistema com certeza será ampliado nas próximas administrações até estar atendendo a maioria da população da Grande Cuiabá e Várzea Grande. "Acredito que fizemos a melhor opção, já que foram vencidas as possibilidades de que o outro sistema pudesse contemplar de forma menos onerosa os custos", disse o governador.

O presidente da Assembleia, José Riva (PP), defensor do VLT, reafirmou suas convicções de que o governador fez a melhor opção e deixou de olhar para problemas do Estado para compreender a importância de se prestar um serviço de qualidade à população. "O serviço atual é pago, mas é prestado precariamente. Agora será diferente, e as pessoas pressionarão os serviços que continuarem sendo realizados por ônibus para que eles sejam melhores", disse o parlamentar.
Já Sérgio Ricardo, que esteve na Europa conhecendo o sistema em companhia do governador Silval Barbosa, frisou que pesou na decisão do governador a qualidade do serviço, independentemente de custos. "O Estado existe para atender a sociedade da melhor maneira possível e é isto que nos interessa".

O presidente da Agecopa, argumentou que em 70 dias estará com o projeto básico concluído e que até outubro tudo deverá estar pronto para em janeiro iniciar as obras que manterão na avenida da Prainha quatro pistas de rolamento para os demais veículos e uma do VLT, que pelos cálculos iniciais no primeiro trimestre de 2014 estará pronto e funcionando para atender a população e os turistas que vierem para cá na Copa do Mundo.


Fonte: A Gazeta
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Em São Paulo, Passageiros reclamam de catraca dupla em ônibus, porém Sptrans diz que a demora no embarque caiu 40%

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Usuários do transporte público de São Paulo reclamam da instalação da catraca dupla em ônibus da capital. Eles afirmam que as filas de embarque nos terminais continuam e se queixam da perda de espaço nos veículos. Segundo a SPTrans, a ideia é que a cobrança de passagem seja mais rápida com as duas catracas. O novo sistema está em teste há três meses e a SPTrans diz que o resultado é positivo.
Quem acorda cedo e enfrenta fila e ônibus lotados acredita que a única solução para melhorar o transporte é colocar mais veículos nas linhas. “Às vezes passam dois ônibus que não param, a gente espera 45 minutos, mesmo com duas catracas”, diz o estudante Vitor Hugo Dias.
Os ônibus com duas catracas funcionam da seguinte forma: uma é exclusiva para quem usa o Bilhete Único e o vale transporte. A outra serve para quem compra a passagem com dinheiro e para quem usa os cartões de idoso, deficiente e estudante.


Na capital, 19 ônibus circulam com a novidade nas zonas Leste e Sul. Depois de três meses de testes, a Prefeitura diz que a demora no embarque caiu 40%. A justificativa é que esses ônibus com duas catracas agora perdem menos tempo parados nos pontos.
A catraca dupla agiliza a entrada no ônibus, só que ocupa espaço. Alguns passageiros temem que a viagem fique ainda mais apertada. “Continua a mesma coisa, tudo lotado”, fala a auxiliar de expedição Sandra Oliveira. "O corredor do ônibus não aumentou, só a população no ônibus. Isso que é pior", reclama a costureira Nádia Vilarinho.
Segundo o diretor de operações da SPTrans, Eliziário Barbosa, as pessoas irão perceber as mudanças e melhorias ao longo do tempo. “Depois que elas acostumarem com essas catracas e quando tivermos mais ônibus nessas linhas com esses dispositivos.”


Informações do G1 SP
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Veículos Sobre Trilhos e Ônibus farão ligação entre Lauro de Freitas e Salvador

 

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O sistema de transporte público metropolitano entre os municípios de Lauro de Freitas e Salvador será misto, formado por um corredor central estruturante de veículos sobre trilhos, passando pela Avenida Paralela até a Rótula do Abacaxi (Acesso Norte), e ônibus, modelo convencional ou Bus Rapid Transit (BRT), nas vias alimentadoras, como as avenidas Dorival Caymmi, Orlando Gomes e Pinto de Aguiar.

A divulgação do modelo multimodal, a partir do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) da Mobilidade Urbana, foi nesta terça-feira (21), durante coletiva de imprensa na Secretaria Estadual do Planejamento, em Salvador. A próxima etapa do projeto é a elaboração do Termo de Referência que dará base ao edital de licitação.

Durante o início da fase licitatória serão realizadas audiências públicas a fim de apresentar à população de Salvador e Lauro de Freitas o novo sistema de transporte público. A previsão é que o processo licitatório seja concluído em dezembro e a obra no início de 2014.
Para a escolha do modal, foi avaliada a consistência de viabilidade técnica, ambiental e financeira. Sete projetos concorreram por meio do PMI, realizado pelo Governo do Estado. O secretário do Planejamento, Zézeu Ribeiro, explicou que o modal vai se interligar ao metrô de Salvador. De acordo com ele, o corredor estruturante, com 22 quilômetros, será interligado à linha 1 do metrô em construção. Para isso, a linha 01 do metrô deverá ser complementada até Pirajá, ampliando sua extensão de seis para 13 quilômetros. “No total, a capital contará com 35 quilômetros de transporte sobre trilho, dando mais dinamismo ao tráfego”, complementou.

O projeto está orçado em cerca de R$ 3 bilhões e deverá contar com investimentos de R$ 570,3 milhões, já disponíveis pelo Ministério das Cidades através do PAC Copa, e mais R$ 2,4 bilhões, do PAC da Mobilidade Urbana.


Sistema será um legado da Copa 2014

Para o governador Jaques Wagner, além de melhorar o trânsito durante a Copa 2014, o novo sistema de transporte é um legado, solucionando o tráfego de Salvador e Lauro de Freitas. Wagner afirma também que este é um momento para viabilizar a conclusão da linha 1 do metrô, que chegará até Pirajá.

De acordo com o governador, haverá apenas uma licitação para o sistema intermodal. Ou seja, não haverá licitação separada para a construção do corredor estruturante (transporte sobre trilho), e outra paras as vias transversais (BRT ou ônibus comum). “Este novo modal de transporte que vai vir do aeroporto, passando pelo Iguatemi até a Rótula do Abacaxi terá uma licitação única. Portanto, não vou pegar o novo modal de transporte, entregar para um e depois dar uma outra parte a outra empresa. Uma única empresa será responsável por toda obra”, enfatizou. Com os modais interligados, um dos benefícios para a população é o bilhete integrado, que deverá ter o valor de uma única passagem.

Apresentação das propostas

A apresentação dos sete projetos que participaram do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) foi no dia 7 de junho, com transmissão ao vivo pela internet. Um workshop foi promovido para que as empresas e consórcios participantes do processo exibissem seus projetos ao Grupo de Trabalho Executivo (GTE), responsável pela avaliação das propostas.

PMI

O Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) convida interessados a contribuírem com estudos técnicos de engenharia, arquitetura e urbanismo, transporte, tráfego, tarifários, viabilidade econômica e financeira, estruturação de garantias, modelagem jurídica e avaliação ambiental, que visem subsidiar eventual processo de contratação pelo Governo do Estado de Projeto de Mobilidade Urbana, compatível com o Sistema Integrado de Transporte Metropolitano, sob o regime de concessão, para transporte público metropolitano entre o Município de Salvador e o Município de Lauro de Freitas.

Utilidade do PMI

O PMI não pode ser confundido com o processo de licitação. O objetivo do PMI foi coletar contribuições técnicas para a solução do problema da mobilidade urbana entre Salvador e Lauro de Freitas e isto foi alcançado com a entrega de sete propostas. Com base nos estudos entregues, o Governo do Estado pode seguir três caminhos. São eles: rejeitar todos os estudos; escolher integralmente uma proposta; ou selecionar partes dos estudos dos participantes do PMI. A terceira opção foi a escolhida neste momento, por utilizar trilhos no eixo estruturante e BRT nas vias alimentadoras.

Prazos

Dentro de 45 dias será concluído o Termo de Referência, que é o documento que serve de balizador para a elaboração do edital, apontando os parâmetros técnicos e prazos para a implantação do sistema de transporte metropolitano visando a Copa de 2014. Logo após a confecção do Termo de Referência será publicado o edital de licitação. A expectativa é que até dezembro de 2011 seja concluído o processo licitatório, com o início das obras em 2012.

Empresas e consórcios participantes do PMI

Onze consórcios/empresas manifestaram interesse, sendo que dez foram habilitadas a realizar os estudos e sete entregaram propostas. São elas: Consórcio Odebrecht Transporte S.A. / Setps – Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador; Consórcio Camargo Corrêa Infraestrutura S.A. / Consultora Andrade Gutierrez S.A.; ATP Engenharia Ltda; Construtora Queiroz Galvão S/A.; Invepar – Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A.; Metropasse – Associação Baiana de Transportes Metropolitanos; Prado Valadares Arquitetos Ltda.

Os vídeos das propostas apresentadas estão disponíveis no canal da Seplan no Youtube.


Fonte: Governo da Bahia


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Em Belo Horizonte, Especialistas elegem BRT como o melhor para desafogar o tráfego no Vetor Sul

O metrô seria o ideal, mas o BRT deve largar na frente entre as alternativas de transporte coletivo analisadas pela BHTrans para desafogar o tráfego no Vetor Sul de Belo Horizonte, ligando o Centro à BR-356, no Bairro Belvedere. É o que apostam especialistas em trânsito ouvidos pelo Estado de Minas. Ainda que eles avaliem que uma linha de metrô absorveria maior demanda de passageiros, pois o sistema é projetado para transportar até 50 mil pessoas por hora, devido a outros fatores, como o custo de implantação e os impactos causados pelas obras, a saída deverá ser a criação de uma rota de bus rapid transit (BRT), com capacidade para 8 mil a 15 mil usuários por hora. Os técnicos ressaltam que, embora ainda não tenham saído do papel, rotas de BRT foram a alternativa encontrada pela BHTrans para suprir a carência do metrô em BH na Copa’2014.

Como publicado com exclusividade pelo EM na edição dessa segunda-feira, consultoria licitada pela BHTrans apontou 11 opções de rotas no Estudo de Desenvolvimento de Transporte do Eixo Sul. São três de metrô, três de BRT, três de veículo leve sobre trilhos (VLT), uma de veículo leve sobre pneus (VLP) e uma de monotrilho. Todas ligam o Centro à BR-356, no Belvedere, passando pela Savassi. Com extensão variando de oito a nove quilômetros, elas passam por importantes vias da cidade, como as avenidas Afonso Pena, João Pinheiro, Cristóvão Colombo, Uruguai e Nossa Senhora do Carmo, além das ruas Pernambuco e Alagoas. Até setembro, a BHTrans promete definir qual alternativa é mais viável, em pontuação baseada em multicritérios, com peso variando de 2 a 5.
Morador do Bairro Sion, na Região Centro-Sul, o engenheiro civil Renato Guimarães Ribeiro, mestre em engenharia de transportes, professor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) e ex-assessor da BHTrans, enfrenta engarrafamentos todos os dias na Avenida Nossa Senhora do Carmo. Com fluxo de 95 mil veículos diariamente, ela é a via mais sobrecarregada do Vetor Sul. “O metrô é a solução mais cara, mas nenhum outro sistema transporta tantos passageiros. Todos os dias surgem grandes prédios na região e a demanda de transporte coletivo também é crescente. Mas o BRT se mostra mais viável, por ser mais barato e porque nós já dominamos a tecnologia desse meio de transporte”, afirmou. Ele também defendeu o VLT. “Tem um design mais bonito e charmoso, se tornando mais atraente para a classe média alta dominante do Vetor Sul.”

SobrecargaO engenheiro civil Márcio Aguiar, mestre em transportes e professor da Faculdade de Engenharia e Arquitetura da Universidade Fumec, ressalta que, embora o custo de implantação do metrô seja mais caro, o meio de transporte não ficaria sobrecarregado futuramente, como os demais analisados para o Vetor Sul. “O BRT seria um sistema de maior flexibilidade na região, onde a topografia acidentada e a densidade populacional são obstáculos para um novo sistema de transporte. Ele chega tarde a BH, como paliativo para a Copa. Existe há mais de 30 anos em Curitiba, onde dá sinais de sobrecarga”, afirmou.

Para o engenheiro civil e urbanista Ronaldo Guimarães Gouvêa, especialista em planejamento de transportes urbanos e professor do Núcleo de Transportes da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), “o BRT se torna muito interessante por aumentar a capacidade da rede rodoviária já existente, mas trafegando em canaleta própria, sem disputar o trânsito com outros veículos”. Porém, observa: “É um sistema intermediário e, mesmo o metrô sendo caro, ele jamais pode ser descartado. Já o monotrilho deve ser desconsiderado, pois causa um impacto muito grande”, disse.

Segundo estudo da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), um quilômetro de metrô custa de US$ 80 milhões (R$ 128 milhões) a US$ 100 milhões (R$ 160 milhões). O valor de mesmo trecho de VLT, VLP e monotrilho varia de US$ 20 milhões (R$ 32 milhões) a US$ 30 milhões (R$ 48 milhões), enquanto o custo de um quilômetro de BRT vai de US$ 15 milhões (R$ 24 milhões) a US$ 20 milhões (R$ 32 milhões). O presidente da BHTrans, Ramon Victor César, afirmou que não há recurso assegurado, nem previsão de quando o projeto que será definido pela empresa sairá do papel.

PROPOSTAS VIÁRIAS

Critérios para escolha do transporte mais viável para o Vetor Sul de BH e os pesos na avaliação

Tecnologia
Disponibilidade tecnológica: 3
Facilidade de manutenção: 3
Adequação à topografia: 5
Adequação ao sistema viário: 4
Capilaridade (distância mínima entre estações): 4
Grau de interferência no espaço viário: 4
Demanda de áreas adicionais vinculadas: 3
Vulnerabilidade (intempéries, vandalismo, acidentes): 4

Adequação urbanística Custos sociais (remoções de moradias, etc.): 3
Grau de interferência (remanejamento de redes de água e esgoto, etc.): 4
Impacto paisagístico: 4

Adequação ambiental Repercussões ambientais (ruídos e vibrações): 4

Desempenho Tempos de viagem: 3
Transferências: 2
Grau de convivência com outros serviços: 4
Grau de interferência no tráfego geral: 3

Econômico Custo de implantação: 3
Custo operacional: 2
Prazo para implantação: 3
Disponibilidade de financiamento: 2
Equilíbrio econômico (análise de viabilidade): 2

Informações do Estado de Minas

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Em Curitiba, Usuários dos ônibus reclamam de lotação e tarifa alta

Para os usuários, o sistema de transporte de Curitiba é caro e não oferece qualidade, principalmente quando a tarifa é levada em consideração. De acordo com um levantamento da Paraná Pesquisas, feito com exclusividade para a Gazeta do Povo, em janeiro deste ano, 77% das 510 pessoas ouvidas disseram considerar R$ 2,50 uma tarifa muito alta diante da qualidade oferecida pelo sistema.

Apesar de ser o transporte mais utilizado pelos entrevistados (58,2% usam o ônibus) e ser considerado ótimo e bom por 53% deles, metade das pessoas ouvidas apontaram a lotação como o maior problema do transporte coletivo da capital. O preço da passagem apareceu em terceiro lugar, com 18%. Em segundo, com 38%, ficou a de­­mora entre os ônibus. Ques­tionados sobre o que os levaria a utilizar o transporte público, 14,3% responderam que os ônibus menos lotados e 10,4% uma tarifa mais barata.

Para André Caon, coordenador do Fórum de Mobilidade Urbana de Curitiba, o resultado do levantamento mostra os motivos que levam Curitiba a perder passageiros. “Está implícito, as demandas dos usuários não estão sendo atendidas. Hoje é muito mais caro andar de ônibus do que de automóvel. É preciso alterar o foco das políticas públicas de transporte, que priorizam o transporte individual em detrimento do transporte coletivo”, afirma.




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