Atualmente, a capital paulista ocupa o 39º lugar no ranking de extensão das linhas de metrô do mundo, com 69,7 km de trilhos. Nesse total está incluída a linha 4-Amarela, inaugurada em maio deste ano sem todas as estações concluídas.
A meta de 284 km de metrô até 2020 foi estipulada no Pitu (Programa Integrado de Transportes Urbanos), criado em 1999 durante o governo de Mário Covas (PSDB), e ainda vigente no planejamento do governo do Estado, como consta no site da Secretaria de Transportes Metropolitanos. Cálculos da bancada de oposição ao governo na Assembleia Legislativa mostram uma realidade ainda mais diferente do Pitu: nos últimos oito anos, o Metrô diminuiu a média de expansão para 1,6 km de trilhos por ano.
Prioridade
A razão é muito simples: um político começa a obra, mas quem termina e inaugura é outro.
O engenheiro e consultor de trânsito Telmo Giolito Porto afirma que é possível alcançar a meta em uma década com a construção de 20 km anualmente. Mas, segundo ele, a cidade não precisa mais dessa rede.
– Se construir 10 km por ano e fizer uma melhoria geral na CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos], já vai poder resolver parte do problema da mobilidade urbana da região.
Tanto Branco quanto Porto apontam que reformar os trens de superfície da cidade (CPTM), deixando-os com a mesma qualidade do Metrô, seria mais rápido e barato do que construir a malha restante da meta. Essa mudança, de acordo com os especialistas, seria importante para resolver grande parte do problema do trânsito em São Paulo. Melhorias como ampliação da velocidade, aumento na frequência dos trens e do conforto atrairiam mais usuários para o transporte.
Fonte: R7.com