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Em Ribeirão Preto, Novos ônibus começam a circular a partir de segunda-feira

domingo, 27 de agosto de 2023

Os novos ônibus urbanos que já chegaram a Ribeirão Preto começam a operar na cidade a partir desta segunda-feira, dia 28 de agosto. Inicialmente, esses veículos vão atender a recém-criada linha 810 – Redentor / Via Norte e a linha já existente 236 – São José / Adão do Carmo. Os ônibus zero quilômetro contam com ar-condicionado, entrada USB para carregamento da bateria do celular, internet grátis, suspensão pneumática, câmeras de segurança mais modernas, além de serem mais silenciosos.

“Fizemos toda remodelação do contrato do transporte coletivo, assinado em 2012, que prevê a concessão para 20 anos, e conseguimos, após anos, trazer para população de Ribeirão Preto mais conforto para que faz uso dos ônibus. Ar condicionado, conectividade de celular, wi-fi grátis, tela de monitoramento e câmeras mais modernas para melhor segurança dos passageiros”, explica Duarte Nogueira, prefeito de Ribeirão Preto.

Com ano de fabricação/modelo 2023/2024, os veículos de modelo convencional possuem cores em azul e branco como predominante e detalhes em laranja em referência as linhas de ônibus que ligam locais distintos da cidade. Os ônibus já estão equipados com câmeras de segurança, elevador e assentos para pessoas com deficiências, mobilidade reduzida e idosos, oferecendo 100% de acessibilidade.

Nova linha da região Norte

Com a implantação da 1ª etapa da rede de transporte coletivo urbano denominada “Ribeirão Mobilidade”, bem como o início de operação da nova frota de ônibus, ao proporcionar uma opção de linha regular de ônibus aos moradores e pessoas com interesse no bairro Jardim Cristo Redentor e demais bairros e condomínios situados na área de influência da avenida Eduardo Andrea Matarazzo (Via Norte), será iniciada a operação da linha regular 810 – Redentor / Via Norte. Essa linha substitui a 888 – Expresso Redentor, que operava exclusivamente nos períodos de pico da demanda.

Informações: Prefeitura de Ribeirão Preto
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Tarifa do transporte coletivo de Aracaju pode sofrer aumento

A tarifa cobrada para a utilização dos ônibus do Sistema de Transporte Público da Grande Aracaju poderá sofrer reajuste e ficar mais cara, em decorrência do custo total para operação do serviço. O valor ideal da tarifa foi enviado por meio de planilha pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracaju (Setransp) para a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT).

Segundo o Setransp, a planilha contém todos os insumos que incidem no custo da passagem de ônibus, como combustível, salários, peças, manutenção, impostos, gratuidades, entre outros, além do cálculo final para a tarifa de transporte ideal para a operação do serviço, conforme prevê a Lei Municipal n° 1775/91, que visa assegurar a sustentabilidade econômica do transporte.

De acordo com o sindicato, o cálculo tarifário, em resumo, é dado pela divisão entre custo total para operação do serviço dividido pelo número de passageiros pagantes. “Em Aracaju, a tarifa é a única responsável por arcar com as despesas do serviço de transporte, já que não há fontes extra tarifárias regulares, com fontes de custeio para gratuidades, subsídios e isenção de tributos suficientes para cobrir os custos do sistema. Porém, ao longo dos anos, a tarifa praticada já não se equiparava a tarifa técnica em acordo com o cálculo da planilha de custos. Outro agravante é o número de passageiros, que em 2019 era cerca de 200 mil por dia, na pandemia marcou uma queda de 70%, e hoje ainda não passou dos 120 mil/dia”, explica.
A Setransp disse que essa realidade associada ao aumento de todos os custos para prestação do serviço – como principalmente o reajuste do preço do óleo diesel e do salário dos trabalhadores do transporte -, e a falta de aportes extra tarifários, afetam o equilíbrio econômico-financeiro do sistema de transporte e despontam na necessidade de manter a regularidade do reajuste anual da tarifa de ônibus, de maneira a se evitar um maior desequilíbrio financeiro.

A planilha de custos com transporte público é enviada anualmente pelo sindicato à SMTT. Segundo o sindicato, uma planilha foi enviada no inicio deste ano e outra este mês com sua atualização até o mês de junho, mas até o momento, não houve resposta da Prefeitura ou da SMTT sobre a análise dos números.

“A planilha de custos foi apresentada, como em todos em anos fazemos, e o Setransp alerta sobre a necessidade de se observar todos esses fatores de custos, reajustes e investimentos, que envolvem não apenas o serviço de transporte público coletivo, mas a mobilidade urbana como um todo, já que sabemos que a cidade se movimenta a partir do serviço prestado pelo coletivo também, e aguardamos um posicionamento da Prefeitura”, considerou a presidente executiva do Setransp, Raissa Cruz.

Até o momento, o sindicato não divulgou qual o percentual de aumento.

A SMTT

Em resposta ao Portal Infonet, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) informou que recebeu a planilha de custo, mas que ainda fará uma análise.

“A SMTT ressalta que a Prefeitura de Aracaju vem trabalhando para minorar a grave crise pela qual passa o sistema não só na capital, mas em todo o país, e tomando medidas, a exemplo da revogação da Taxa de Gerenciamento Operacional (TGO), embutido na tarifa do transporte coletivo da capital sergipana; a redução para 0% o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), e o custeio extra tarifário de gratuidade nos transportes coletivos às pessoas com deficiência e seus acompanhantes e o pagamento antecipado, de forma transitória e excepcional, do vale-transporte, aos servidores municipais”, diz parte da nota.

Último reajuste

O último reajuste tarifário aconteceu em maio de 2022, quando a passagem passou a custar R$4,50, valor que representa um aumento de 12,5%. A tarifa não sofria reajuste desde 2018, quando teve um aumento de 14,2% e passou de R$3,50 para R$4.

Informações: Infonet
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BRT de Feira passa a ter via exclusiva na Avenida João Durval Carneiro

A Prefeitura de Feira de Santana iniciou a nova etapa da linha BRT-2 e os ônibus já estão acessando diretamente a avenida João Durval Carneiro através da via de trânsito exclusiva sob o viaduto Georgina Erisman. A operação foi ativada pela Secretaria Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) na manhã de hoje, 25.

De imediato, a oferta de viagens ao usuário neste corredor de transporte salta de 168 para 220 diariamente, e beneficia 7.300 passageiros que ficarão menos tempo nos pontos de ônibus. A ampliação vai representar um alcance do serviço do Bus Rapid Transit a mais 1.700 pessoas que se deslocam do Centro ao vetor Norte do município.

Com a mudança, explica o secretário da pasta Sérgio Carneiro, o cidadão ganha tempo quando estiver embarcado no ônibus; antes o usuário precisava percorrer todo o trajeto do corredor da Getúlio Vargas e parte da Noide Cerqueira, ocasionando um atraso de 25 minutos no itinerário.

"Seguimos a orientação do prefeito Colbert Filho para começarmos a nova etapa de mobilidade no corredor da João Durval com ônibus da linha BRT-2. A ação vai melhorar tecnicamente a oferta de viagens e de horários ao feirense que precisa do transporte público para trabalhar e/ou estudar", afirma o secretário. 

Quatro linhas e nove veículos atendem os usuários. A segunda etapa a ser implementada pela SMTT será a ativação das estações de BRT instaladas ao longo do canteiro central da avenida. 

SINALIZAÇÃO

O novo acesso foi sinalizado verticalmente (placas de trânsito), horizontalmente (faixas de contenção) e com conjunto semafórico pela Superintendência Municipal de Trânsito (SMT). 

Um painel LED móvel (PMV) também está posicionado para auxiliar na orientação de condutores de veículos, pedestres e ciclistas com mensagens de trânsito.

Confira as linhas de mobilidade BRT av. Getúlio Vargas x av. João Durval:

077 - Mangabeira/Agrovila via João Durval 
078 - Mangabeira/Alto do Papagaio via João Durval
108 - Conder/Terminal Ayrton Senna via João Durval
113 - Jardim Europa/ Terminal Ayrton Senna via João Durval

Entenda como funciona e o que muda:

Número de viagens: de 168 para 220.
Passageiros transportados: 5.617 para 7.355.
Frota: 9 ônibus - sendo veículos do tipo articulado, trucado e convencional.

Informações: Tribuna da Bahia
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No Recife, Todas as linhas do TI Barro passam a operar 100% com integração temporal

Com a inclusão da linha 207 - TI Barro/TI Macaxeira (BR-101), no próximo sábado (26), todas as linhas do TI Barro passam a operar por meio da integração temporal entre si (ônibus-ônibus) e no sentido metrô-ônibus. Com mais esta mudança na operação, o embarque de todas as linhas, no terminal, passa a ser pela porta da frente dos veículos com o registro do cartão VEM no validador para liberar a catraca. No TI Barro circulam dez. As outras nove são: 103 - UR-11/Barro, 108 - Barro/Ceasa, 128 - UR-03/Barro (Milagres), 202 - Barro/Macaxeira (Várzea), 203 - Zumbi do Pacheco/Barro (LOT.), 205 - UR-05/Barro (BR-101), 206 - TI Barro/TI Prazeres (Jordão), 209 - Coqueiral/Barro, 216 - T.I. Barro/T.I. Cajueiro Seco.

Para otimizar o embarque nos horários de pico, algumas linhas contam com um validador de pré-embarque instalado na plataforma, conforme a necessidade de cada uma, para permitir o acesso pela porta do meio do coletivo e evitar transtornos. Os TIs Barro, Joana Bezerra, Macaxeira, PE-15 e Pelópidas operam parcialmente com o sistema temporal.

Até o momento, a integração temporal está implantada integralmente em 21 dos 26 terminais integrados da Região Metropolitana do Recife. Em 2021 e 2022, foram integrados os TIs Aeroporto, Jaboatão, Cajueiro Seco, Tancredo Neves, CDU, Cabo, Caxangá, Rio Doce, Camaragibe, Abreu e Lima e Igarassu. O sistema começou a ser implantado em 2017 e também está presente nos TIs Afogados, Xambá, TIP, Prazeres, Cosme e Damião, Getúlio Vargas, Santa Luzia, Recife, Largo da Paz e Cavaleiro.
A integração temporal permite a circulação com o pagamento de uma tarifa no intervalo de até 2h por sentido da viagem (ida ou volta). O embarque no sistema é válido apenas com a utilização do cartão Vale Eletrônico Metropolitano (VEM). Passagens pagas em dinheiro não contemplam a integração.

Quem ainda não tem o cartão VEM pode adquirir o VEM Comum, distribuído gratuitamente no embarque das linhas do TI Barro. Basta procurar a equipe de distribuição e apresentar um documento oficial com foto que comprove o CPF e o nome da mãe. Logo após o cadastro, o usuário recebe seu cartão VEM Comum.

As recargas podem ser realizadas nas máquinas de autoatendimento instaladas nos terminais, estações de BRT e no Posto de Atendimento do VEM na Rua das Ninfas, 278, bairro da Boa Vista. Há ainda vários pontos de recarga e venda do VEM com parceiros descentralizados da Urbana-PE, gestora da bilhetagem eletrônica, espalhados na Região Metropolitana do Recife.

O sistema de bilhetagem eletrônica possibilita a identificação do usuário no embarque e o mapeamento do trajeto, ajudando o Grande Recife Consórcio a sempre planejar melhor o itinerário das linhas de ônibus.

Outra vantagem do sistema temporal é a possibilidade que o usuário tem de embarcar em linhas do Sistema Estrutural Integrado (SEI), que fazem parte do Sistema de Integração Temporal, durante o deslocamento, ou seja, no caminho. Isso evita que seja necessário ir até um terminal integrado para pegar o ônibus que o levará até o destino final. É importante lembrar que essa possibilidade ainda não está acontecendo nas linhas do Sistema Complementar (SIC), que não passam em terminais integrados. “Com essa facilidade, evitamos o que chamamos de deslocamento negativo, que faz com que o usuário passe pelo mesmo percurso duas vezes porque iria para um terminal integrado para pegar a outra linha, quando já poderia ter se deslocado até o destino final pegando essa mesma linha no caminho. É uma economia de tempo para o usuário, que chegará mais rápido às localidades. E isso só é possível por meio da integração temporal”, esclarece o coordenador de Operação do Grande Recife Consórcio, Mário Sérgio Cornélio.

DUPLA COBRANÇA – Nos casos de cobrança de uma segunda tarifa antes do intervalo de 2h, os usuários têm direito ao ressarcimento do valor, desde que devidamente justificado. A orientação é que o passageiro entre em contato com a Urbana-PE, órgão responsável pela gestão da bilhetagem eletrônica, através do telefone 3125.7858. Devem ser informados dia, horário do fato e números do cartão VEM e do CPF para checagem dos dados. Confirmada a cobrança indevida, o valor do desconto será creditado de volta no cartão VEM do usuário.

Para tirar dúvidas, dar sugestões ou registrar reclamações, o usuário pode entrar em contato com a Central de Atendimento ao Cliente do Consórcio, das 7h às 19h, no número 0800 081 0158, apenas para chamadas de telefone fixo, ou pelo WhatsApp (9.9488.3999), das 5h30 às 21h30, para mensagens de texto, áudio, fotos ou vídeos, exclusivo para reclamações. As demandas também podem ser enviadas à Ouvidoria por meio do e-mail ouvidoriapublica@granderecife.pe.gov.br ou pelos telefones 3182.5512/5518.

Informações: GRCT
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BRT/Vetor de Uberaba pode ser modernizado

Mesmo em funcionamento há anos em Uberaba, o sistema BRT/Vetor ainda levanta críticas por parcela da população, inclusive sendo questionado por vereadores. No entanto, a possibilidade de retirada do sistema foi completamente descartada pela secretária de Planejamento, Isabella Nascimento, durante entrevista ao JM News 1ª Edição, da Rádio JM.  

Ao JM, Isabella Nascimento diz que há formas de melhorar o sistema, a fim de mitigar as críticas. E uma das propostas da administração municipal é o VLT, o Veículo Leve sobre Trilhos, nova modalidade de mobilidade urbana. “Ele já está constituído enquanto BRT, nesse eixo de transição, não dá para tirar. Não é reversível isso, já está instalado. Só que na hora que transformar em VLT, que é uma outra tecnologia, gasta menos espaço. E aí, você pode propiciar melhores calçadas para as pessoas ou até ciclo-rotas na Leopoldino ou de repente, alguns bolsões de estacionamento”, sugere.  
A implantação de ônibus elétricos na linha BRT/Vetor sentido Leste/Oeste está no radar da Secretaria de Planejamento (Seplan). No entanto, Isabella Nascimento vê como um plano a longo prazo para Uberaba. De acordo com a secretária de Planejamento, são necessários, no mínimo, dois anos para chegar na fase de busca de recurso para a mudança.  

“O Ministério das Cidades exige o plano de mobilidade pronto. E o plano ainda está na fase de avaliação técnica das três empresas que se apresentaram para desenvolver. Então, eu acredito que vai fechar, a empresa vencedora e ainda tem 1 ano e 4 meses para desenvolver esse plano”, explica a secretária. 

A proposta é que a cidade comece a transição a partir de ônibus híbridos, atualizando o transporte coletivo para diminuir a emissão de gases poluentes. A mudança também teria como objetivo melhorar a qualidade do serviço para atrair mais usuários e diminuir a frota de veículos circulantes em Uberaba.  

A diminuição de emissão de gases poluentes é uma das diretrizes da ONU que a Prefeitura de Uberaba tem adotado na construção do novo plano diretor. Para isso, a diminuição dos carros em circulação será um dos desafios da administração. “Aqui em Uberaba, nós levantamos esse dado, tem uma frota de carros gigantesca. Então, as pessoas também não estão nessa pegada de deixar o carro em casa, mas o objetivo do desenvolvimento sustentável que trabalha as ações climáticas e o ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) 11, ele trata de a gente falar com as pessoas, conscientizar as pessoas sobre o efeito estufa”, alerta. 

Informações: Jornal da Manhã
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Governo de Pernambuco não paga subsídios ao sistema de transporte desde fevereiro

sexta-feira, 25 de agosto de 2023

O financiamento do transporte público urbano não é mais possível somente com a tarifa cobrada do usuário, por isso a necessidade de subsídios para compor o equilíbrio do sistema se tornou essencial e fundamental diante de um sistema bombardeado por diversos fatores negativos desde a Pandemia, passando pela exploração de aplicativos por carros e motos e insumos como Óleo diesel e lubrificantes que representam cerca de 30% do custo operacional das empresas.

No sistema da Região Metropolitana do Recife vem acontecendo ao contrário, pois o Governo do Estado em vez de priorizar o transporte coletivo que transporta mais de 80% da população vem sofrendo com severas reduções de oferta de viagens e diminuição drástica de coletivos deixando os usuários a mercê da própria sorte com intervalos enormes e aumento na espera pelos coletivos.

Para se ter uma ideia, aqui o Governo do Estado ainda não repassou os subsídios aprovados através da Resolução 009/2022 no CSTM o que significa cerca de 15 milhões até junho as empresas permissionárias que estejam operando em dificuldade de demanda, um tipo de socorro financeiro para algumas empresas de ônibus da RMR visando as mesmas se estabilizarem em suas operações cotidianas.
Somente 5,8% das cidades brasileiras atendidas por transporte público urbano têm algum tipo de subsídio para financiar seus custos para além da tarifa cobrada ao usuário. Em números, isso é equivalente a 158 municípios. Outros 102 têm separação de tarifa pública e de remuneração. 

Os dados fazem parte do Anuário da NTU (Associação das Empresas de Transporte Urbano) e foi apresentado pelo consultor da RT2, Rodrigo Tortoriello, em painel que discutiu o financiamento do meio de locomoção para além da tarifa na LATBUS 2022.

Não se trata de remunerar as empresa, subsidiar o transporte coletivo é questão social, pois além do direito ao transporte com dignidade, o mesmo tem um objetivo de transportar as pessoas no seu direito de ir e vir e tal ajustes do governo atual vem prejudicando os usuários e ferindo seus direitos de ter um transporte eficiente e com qualidade.

O fato é que até agora o Governo do Estado de Pernambuco só tomou medidas de mobilidade que visam o individualismo, pois com a redução do IPVA serão beneficiados 3,1 milhões de veículos, uma redução da economia para os contribuintes. Por exemplo, um contribuinte com um carro popular no valor aproximado de R$ 70 mil precisou pagar um IPVA de R$ 2.100 em 2023 (alíquota de 3%). Já em 2024, esse contribuinte vai passar a pagar o valor de R$ R$ 1.680, o que representa uma redução de 20%. O fato é que a população espera é que essa audácia também seja refletida aos que mais precisam que é o investimento no transporte coletivo, fato esse que o mesmo não está fazendo, pelo contrário, está diminuindo a frota e não pagando os subsídios desde de fevereiro.

Blog Meu Transporte
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Especialistas sugerem revisão de todo o sistema de transporte de Campo Grande

Para os especialistas ouvidos pelo Correio do Estado, a solução para melhoria do transporte em Campo Grande passa por um estudo aprofundado dos deslocamentos no perímetro urbano da Capital, que, muito provavelmente, indicará mudanças de trajetos das linhas atuais em operação do sistema de transporte coletivo. 

Um estudo como esse, contudo, de nada adiantaria sem que estivesse integrado com outras formas de organizar a ocupação urbana do município, como a Lei de Uso do Solo e o Plano Diretor, por exemplo. É o que pensa o arquiteto, urbanista e professor aposentado da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) Ângelo Arruda. 

"Foi na gestão do prefeito Lúdio Coelho que a gente teve o SIT [Sistema Integrado de Transporte], que foi elaborado pelo colega Jurandir Santana Nogueira, que já faleceu. Ele criou as estações de transbordo, os terminais, o planejamento de curto, médio e longo prazos. De lá para cá, o município dobrou de população, e o sistema continua o mesmo. Precisamos de um plano municipal de transporte e mobilidade", argumenta Ângelo Arruda.

Arruda diz que soluções para mobilidade não são uma tarefa burocrática, que vai tratar apenas de financiamento. "É uma equação que tem de estar alinhada e aliada com o uso do solo, com o Plano Diretor, com as políticas compensatórias, com as incentivadoras, e é isso que nos falta hoje na cidade de Campo Grande", explica o arquiteto. 

"A mobilidade hoje se tornou um problema: muita gente andando de carro e motocicleta, com uma atividade pendular centro-bairro, bairro-centro", diz. Arruda lembra que, por mais que os bairros estejam fortalecidos (leia reportagem nesta edição), os empregos gerados nos bairros ainda não são suficientes para segurar a população local onde ela mora. "Moral da história: muita gente na rua, muito veículo, muita demanda por transporte. E o sistema que existe simplesmente precisa ser renovado", analisa. "Mas precisa ser um sistema de transporte diferente, com modais mais robustos, veículos com maior capacidade de cargas, quem sabe um VLT [veículo leve sobre trilho]?", acrescenta. 
Ângelo Arruda lembra que quando o ex-prefeito (e ex-governador) desativou os trilhos, no início da década de 2000, ele sugeriu a instalação de VLTs no espaço por onde passava a ferrovia. "Me disseram que isso só seria viável quando a cidade tivesse 1 milhão de habitantes. Pois bem, estamos quase lá", comenta. 

DISCUSSÃO AMPLA
O engenheiro de formação, mas que estuda o ambiente urbano e faz projetos urbanísticos Fernando Madeira também acredita que o sistema de transporte da Capital precisa de uma reformulação. 

"Hoje, o transporte pensado em 1985 talvez não atenda à necessidade que a população tem de transporte. Ou mesmo a necessidade de locomoção por outros meios, como querer andar a pé ou de carro ou de bicicleta", acrescenta. 

Ao ser perguntado sobre a redução do volume de passageiros no transporte coletivo, o que é, além de uma constatação, uma queixa constante do concessionário do transporte coletivo de Campo Grande, o Consórcio Guaicurus, Madeira reitera que os deslocamentos da população necessitam ser observados. 

"Por exemplo, se eu não preciso mais me deslocar para trabalhar, por trabalhar em casa, certamente terei uma menor necessidade de transporte, seja individual, seja coletivo", exemplifica. 

O especialista também lembra que uma grande fonte de deslocamento, o setor de Educação, também mudou. "Até mesmo as universidades têm aulas a distância", diz. 

Uma das alternativas, segundo ele, seria que os responsáveis pelo transporte coletivo observassem a mudança no comportamento da população, para verificar as rotas e as demandas pelas linhas. "Há muito a ser revisto, a forma de atuação, de atendimento. Se não fizer isso, o sistema quebra", acredita. 

De 1985, quando o SIT foi criado, para cá, muita coisa mudou. O centro de Campo Grande que passou por processo de revitalização, aparentemente frustrado perdeu muito de seu movimento e bairros que eram residenciais, como Jardim dos Estados, hoje são comerciais e de serviços, destino de muitos dos deslocamentos. 

SUGESTÃO
Madeira tem algumas sugestões para melhorar o transporte público, inclusive para torná-lo mais sustentável financeiramente. "Se descentralizasse o horário de entrada das escolas: município, Estado, federais, universidades particulares, entrada no comércio, certamente o transporte e o trânsito estariam menos cheios", sugere. 

O especialista em mobilidade afirma que fora dos horários de pico parte da frota fica ociosa, porque há uma demanda menor, enquanto nos horários de pico a frota nas ruas é maior. A análise ainda não leva em consideração o trânsito de automóveis e motocicletas, que certamente ficaria melhor distribuído. "Certamente até a passagem, por exemplo, ficaria mais barata", opina. 

SISTEMA PATINA
O sistema de transporte coletivo de Campo Grande passa por uma crise aguda desde 2020, início da pandemia de Covid-19, que trouxe medidas de isolamento social. De lá para cá, município e Estado voltaram a subisidiar o concessionário, o Consórcio Guaicurus, com repasse de R$ 31,2 milhões anual pelo município e de R$ 10,2 milhões pelo Estado. Além disso, a prefeitura da Capital renuncia à cobrança de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN) do operador do transporte coletivo. 

O contrato de concessão do transporte da Capital foi firmado no fim de 2012, com a promessa de investimentos em ônibus com ar-condicionado, veículos articulados e uma série de melhorias. No entanto, o que se viu foi uma redução dos serviços e da demanda do sistema. 

A chegada de aplicativos facilitadores de transporte individual, como Uber, 99 e outros, absorveu parte significativa dos passageiros. A redução da formalização do mercado de trabalho, com mais trabalhadores atuando como microempreendedores individuais (MEIs) também tirou um grande volume de financiamento do sistema, o vale-transporte, reduzindo assim a demanda por viagens. 

Atualmente, o Consórcio Guaicurus tenta provar na Justiça que o contrato de concessão necessita de um reequilíbrio econômico-financeiro. O primeiro laudo pericial, contudo, não demonstra essa necessidade. 
Por outro lado, várias cláusulas do contrato foram descumpridas, conforme apontou o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul (TCE-MS) há dois anos. Um termo de ajustamento de gestão (TAG) chegou a ser acordado, mas não chegou ao fim.

Informações: Correio do Estado
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STF dá aval para contrato do BRT no ABC

O STF – Supremo Tribunal Federal aprovou, na segunda-feira (21), por 8 votos a 3, o contrato de R$ 22,6 bilhões para a construção e operação do BRT-ABC, o sistema de corredores de ônibus elétricos que ligará o ABC aos terminais Tamanduateí e Sacomã, na Capital Paulista.


A contestação ocorreu por meio de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, que questionava a ausência de concorrência para a adjudicação deste contrato, que abrangia não apenas a construção e operação do BRT-ABC, mas também a renovação da frota de 111 linhas da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos no ABC, bem como a reforma do Corredor ABD de ônibus e trólebus.
No total, aproximadamente 800 ônibus e meio milhão de passageiros diários serão impactados por essa decisão, que favoreceu a continuidade do contrato. A maioria dos ministros do STF entendeu que a licitação não era necessária, argumentando que se tratava da prorrogação de um contrato já licitado em 1997, com a inclusão de investimentos adicionais.

Integração

O BRT-ABC, quando concluído, pretende atender a quase 200 mil passageiros por dia e deve ter um dos trechos entregues até o primeiro semestre de 2024. O deputado federal Alex Manente – Cidadania, celebrou o avanço, mas destacou a importância de estratégias integradas.

“O transporte coletivo integrando o ABC, e em particular São Bernardo, com a capital é um problema crônico que a população da região enfrenta. Toda medida no sentido de ampliar a oferta de transporte coletivo é bem-vinda e merece nosso aplauso. Contudo, não podemos esquecer que o Metrô chegar ao ABC é fundamental. Assim como a extensão no BRT, podendo ser através da integração com o transporte público municipal.”

Informações: ABC Reporter
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