A expansão das linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trans Metropolitanos) também não alcança o ritmo de ampliação da frota. Em 2006, a cidade contava com 119 km de trilhos. Até março de 2011, são 122,5 km, de acordo com a própria assessoria da companhia. Em cinco anos, o aumento foi de 3%.
Já o engenheiro e mestre em transporte pela Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo) Sérgio Ejzenberg diz acreditar que o aumento no número de veículos causará problemas à segurança de trânsito.
– Há uma explosão na venda de motos. Além de o motorista desse veículo ficar mais exposto, há um aumento no número de atropelamentos de motociclistas. Eles também poluem mais. A poluição de passageiro por quilômetro de uma motocicleta é 20 vezes maior que a de um ônibus.
Em 2010, o R7 já havia informado que um motociclista tem 2,7 vezes mais chances de morrer no trânsito paulista do que o ocupante de um carro.
Ejzenberg diz que é um direito do cidadão comprar um veículo. Porém, não é correto que todos façam suas viagens para o trabalho ou para a escola usando veículos privados.
– A pesquisa Origem-Destino [realizada pelo Metrô em 2007] revelou que 80% das viagens são para trabalho ou educação. É ilógico e irracional que todo mundo queira usar transporte individual nesses casos. É preciso fazer um transporte de massa adequado. É questão de foco. Em vez de plantar asfalto e colher congestionamento, você planta transporte público e colhe qualidade de vida.
Fonte: R7.com