Ontem, no Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), foi assinado o convênio para dar início às licitações. O projeto das ciclofaixas faz parte do Plano Diretor Cicloviário de Curitiba, juntamente com o Sistema Integrado de Mobilidade e é financiado com recursos do Banco Mundial e do Global Environment Facility (GEF) e coordenado pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP). O valor de todo o projeto é de US$ 2,1 milhões para a capital paranaense. Além da ciclofaixa, Curitiba vai usar o dinheiro para estudos e revitalização das ciclovias já existentes e ainda vai aplicar em um estudo de vulnerabilidade climática.
O projeto de instalação da ciclofaixa prevê ainda uma segunda etapa: quando a primeira for entregue, o Ippuc pretende ampliar o espaço exclusivo aos ciclistas do Terminal do Carmo até o Parque Iguaçu (no limite com a cidade de São José dos Pinhais), totalizando oito quilômetros de extensão – ainda sem previsão de data para começar. Neste trecho, por enquanto, os ciclistas terão de usar as calçadas ou a canaleta dos ônibus – como muitos já usam por falta de opção. “A intenção é terminar de interligar alguns pontos que não se comunicam, dos 100 quilômetros de vias cicláveis já existentes, revitalizar esta malha viária e ampliá-la para 300 km. Apostamos neste modal de transporte para o futuro. O veículo privado não é o mais adequado para as grandes cidades, pois traz prejuízos também ao meio ambiente”, diz o presidente do Ippuc, Clever Almeida.
Atualmente, cerca de 5% das pessoas usam diariamente a bicicleta de casa ao trabalho e vice-versa. Quem usar a ciclofaixa (depois de pronta) sentido Centro de Curitiba terá de usar a ciclovia compartilhada da Rua Aluizio Finzetto, passando depois pelas ruas João Negrão, Conselheiro Laurindo e, por fim, Mariano Torres para chegar ao Centro. “Vamos revitalizar este caminho, melhorar as sinalizações existentes. Isso é prioritário. Depois vamos começar também uma campanha de conscientização de respeito no trânsito, entre pedestres, ciclistas e motoristas. Cada um vai ter de respeitar o espaço do outro”, diz Almeida.
À parte deste projeto, foi lançado nesta semana o edital de licitação do projeto de revitalização e ciclovia para a Visconde de Guarapuava. Mas ainda não há prazos para o início das intervenções.