Representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), dos ministérios da Saúde e da Justiça, da Polícia Rodoviária Federal e Secretaria Nacional Antidrogas apresentaram nesta quinta-feira (29) em Curitiba o Projeto Mundial de Prevenção de Lesões no Trânsito e de Segurança Viária.
A apresentação foi feita no auditório da Urbs, Urbanização de Curitiba S/A.
"Curitiba é modelo no Brasil em ações preventivas, políticas integradas de circulação e transporte, fiscalização, atendimento a vítimas no trânsito e segurança viária", disse a representante do Ministério da Saúde Marta Silva.
Marta Silva disse que o projeto de prevenção de lesões, que tem apoio da Fundação Bloomberg, dos Estados Unidos, visa reduzir ao máximo as mortes provocadas pelo trânsito, com adoção de medidas de segurança viária a longo prazo - entre 2011 e 2020.
"Curitiba é a precursora na busca de boas idéias nos mais diversos campos do planejamento urbano e em alternativas preventivas para um trânsito e um transporte público mais seguros, reduzindo os riscos da mortalidade, que são crescentes no mundo", disse o presidente da Urbs, Marcos Isfer, ao abrir a reunião.
Participaram do encontro as secretárias municipais da Saúde, Eliana Chomatas, e da Educação, Eleonora Bonato Fruet, o secretário municipal Antidrogas, Nazir Abdala Chaim, e representantes do Detran/PR, Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), da Polícia Militar, e da Polícia Rodoviária Federal.
Isfer disse que medidas preventivas no trânsito são o principal instrumento utilizado em Curitiba desde os anos 1970, quando a cidade ganhou sua atual conformação graças à infra-estrutura desenhada pelo Plano Diretor, originalmente implantado a partir de 1966.
Marcos Isfer disse ainda que Curitiba é uma das cinco cidades brasileiras que participa do projeto mundial, ao lado de Palmas (TO), Campo Grande (MS), Teresina (PI) e Belo Horizonte (MG).
O presidente da Urbs disse que os problemas de trânsito urbano não podem ser tratados isoladamente, e sim, de forma integrada com outros órgãos municipais, estaduais e federais, por se tratar de um problema de saúde pública.
Números - Pesquisas realizadas pela OMS e pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) revelam que os custos com mortes provocadas pelo trânsito em todo o mundo equivalem de um a dois por cento do Produto Interno Bruto (PIB) dos países, e que até o ano de 2030 a expectativa é que ocorram 2,4 milhões de mortes por ano, no mundo.
"A maior causa de mortes, hoje em décima colocação mundial, até lá passará a ser a quinta", afirmou a representante da OMS e da OPAS, Maria Alice Barbosa Fortunato, que participou da reunião na Urbs.
Maria Alice disse ainda que a faixa etária mais vitimada pelo trânsito tem idade de 15 a 29 anos. A segunda, de cinco a 14 anos, seguindo-se a na faixa etária de 30 a 44 anos. Os números de trânsito mais críticos ocorrem em países de baixa renda, onde até 70% das mortes envolvem, pela ordem, pedestres, motociclistas e ciclistas.
Fonte: URBS
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