Foi-se o tempo em que bastava dependurar-se numa brecha do bonde para viajar no transporte coletivo. Logo, a modernidade trouxe o ônibus fechadão e o vale transporte, uma espécie de dinheiro de papel que dava ao trabalhador o direito de usar o veículo.
E o que falar dos cartões de transporte que vieram depois? O progresso no sistema de pagamentos, enquanto o dinheiro em espécie seguiu lá.
O mundo continuou em busca da inovação. Em Londres, na Inglaterra, com seu entrelaçado sistema de metrô, foi meio que a cidade precursora de um novo sistema que, aos poucos, está sendo adotado aqui no Brasil.
Desde abril, no metrô do Rio de Janeiro, dá para pagar a viagem com o cartão de crédito, débito ou pré-pago apenas aproximando ele do equipamento ou pagar com o cartão digital, via celular ou relógio smart, se já estiver com a tecnologia habilitada.
"Logo que eu soube que ela tava disponível, eu já passei a utilizar o aplicativo. Economiza tempo e é uma facilidade. Superprático", disse um usuário do metrô do Rio.
Essa tecnologia de pagamento por aproximação NFC (Near Field Communication), na sigla em inglês, está funcionando nas 41 estações da rede e quase 60% das passagens peagas pelo sistema, segundo o MetrôRio, foram através de dispositivos inteligentes, como celulares, relógios e pulseiras.
São Paulo está experimentando o sistema. Ainda é uma fase de testes em 12 linhas, 200 ônibus, que circulam na capital paulista e transportam cerca de 2,9 milhões de passageiros por mês. Durante três meses, o sistema vai ser colocado à prova.
É para sentir como as pessoas vão se adaptar a mais essa forma de pagar a passagem.
"Acho mais prático, né? Onde daqui a pouco no ônibus não vai ter cobrador. Tá tendo tanta mudança. Pelo menos uma mudança que seja mais agilizada para o passageiro"
Como ainda é um teste, não dá para pagar meia, nem fazer a integração do transporte público usando uma tarifa apenas. É do mesmo jeito de quem paga com o dinheiro vivo. Útil, principalmente, para turistas.
O representante de uma das companhias de pagamentos diz que o grupo já está nos sistemas de transportes públicos de 20 cidades, em 12 países e há outros 150 projetos em andamento.
"A gente tem planos de expansão em outras cidades do Brasil, em outras geografias do Brasil. E acho que quem ganha é o cidadão. Existe um legado pra sociedade. É um legado firme consistente sólido para que as pessoas cada vez mais tenham uma liberdade de escolha de usar a tecnologia da forma que melhor lhe convier", afirma Percival Jatobá, vice-presidente de produtos e inovação da Visa do Brasil.
É a corrida para não chegar atrasado demais na próxima estação. E atual, como pede o mundo 4.0.
Informações: G1
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