A professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio (UFRJ) e vice-presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Fabiana Izaga, avalia que a Transoeste - primeira linha de BRT inaugurada no Rio - está levando urbanização para uma área da cidade que deveria permanecer de proteção ambiental. Com 56 quilômetros de extensão, a Transoeste liga a Barra da Tijuca a Campo Grande e Santa Cruz, no extremo oeste do Rio.
Para Fabiana, a Transcarioca tem um bom traçado, que une linhas radiais, mas deverá ser inaugurada já com a demanda defasada, tendo serviço de má qualidade. No caso da Transbrasil, a arquiteta avalia que a discussão deveria ser ampliada, porque o BRT vai passar pelo centro do Rio, um patrimônio histórico.
Especialista em transportes da Coppe/UFRJ, Paulo Cezar Ribeiro diz que a opção por BRTs consta do plano apresentado ao Comitê Olímpico Internacional e contribuiu para a escolha da cidade como sede dos Jogos. "Estão fazendo o que foi prometido. Se isso resolve os transportes no Rio, aí é outra questão."
Ele ressalta que o BRT apresenta faixa de demanda que não pode ser ultrapassada - o metrô pode transportar de 60 mil a 80 mil passageiros/hora em cada sentido. Já o BRT, ao redor de 20 mil. "Mas nosso sistema de transporte é tão ruim que qualquer coisa que se fizer, mesmo que não seja ótima, melhora um pouco. O que foi acordado com o COI está sendo atendido, mas, pelo nosso feeling, os BRTs logo terão capacidade esgotada." /F.W.
1 comentários:
Uma BRT de sucesso poderia ter no maximo 12 quilometros.A Transoeste tem 56 só pode dar negativo.É linha pra metrô que os politicos não querem por não dar fama.Empresario de ônibus precisa largar o osso e investir em trilhos . A população está sofrendo nos solavancos,sacolejos e atraso dos para e anda dos ônibus.
Marcos Ribeiro
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