Faixas exclusivas de ônibus encurtam viagem de quem opta pelo transporte coletivo no Rio de Janeiro. Em São Paulo, existem quatro grandes projetos de corredores de ônibus parados na SPTRANS
Recém implantado na cidade do Rio de Janeiro, o BRS (Bus Rapid System), nome dado ao sistema de faixas exclusivas de ônibus pelo governo carioca, dá mostras de sua funcionalidade para resolver a questão da mobilidade urbana na capital. Implantado há apenas uma semana, o BRS da avenida Presidente Vargas, principal via de acesso à região central do Rio, tem a aprovação daqueles que optam pelo transporte público. O tempo de viagem caiu, já que os ônibus não precisam disputar com os milhares de automóveis particulares que circulam pelas ruas.
Enquanto isso, em São Paulo, existem muitos projetos de corredores de ônibus engavetados; enquanto os congestionamentos aumentam a cada dia; já o metrô e o trem, sobrecarregados, quase diariamente apresentam pane, deixando milhares de trabalhadores sem opção de transporte. De acordo com o especialista Adalberto Maluf, da Fundação Clinton, “São Paulo não pode mais esperar somente pelas novas linhas de metrô”, alerta. “É preciso urgentemente investir no transporte público sobre pneus e nas ciclovias, para criar opções complementares ao Metrô”.
Para ele, estudioso do transporte em grandes cidades por todo o mundo, o sistema BRT (Bus Rapid Transit) é a opção ideal para equacionar o problema, pois tem capacidade para transportar até 48 mil passageiros por hora por sentido, como o caso do Transmilenio, na Colômbia, que permite desafogar o Metrô com eficiência e ainda levar mais passageiros do que o monotrilho.
O especialista aponta ainda o custo e o prazo para a execução da obra como vantagens do sistema BRT. “O preço para implantação por quilômetro de um corredor BRT é cerca de 20 vezes menor que o do metrô e 10 vezes mais barato que o do monotrilho. O ritmo de execução das obras também é incomparável: são 2 anos para implantar uma nova linha de BRT contra 8 a 10 anos para cada linha de metrô ou o monotrilho. “São Paulo não pode esperar. Precisamos de soluções para ontem e os corredores são nossa melhor opção”, afirma Maluf
Fonte: segs.com.br
MaisNotícias do Rio de Janeiro
Siga o Blog Meu Transporte pelo Facebook
2 comentários:
Eu não sei até quando o BRS continuará com essa funcionalidade. Além do mais, não confio nesse padrão de transporte coletivo que apresenta mil desvantagens. O ideal é que, pelo menos, houvesse uma faixa alternativa para ônibus para quando houver algum congestionamento por conta de um ônibus enguiçado.
O problema de São Paulo para BRS agora é a falta de espaço. Em Bogotá,Curitiba e até mesmo o Corredor ABD foram construídos quando ainda havia espaço nas cidades para eles, o que evitou um certo número de desapropriações e, consequentemente, ações no Judiciário. As faixas exclusivas na capital (Av. Francisco Morato, Rebouças, etc) vira e mexe estão paradas.
Postar um comentário