O coordenador geral do Ação Metrópole, Cesar Meira, diz que as obras de implantação do corredor da BR-316 e Almirante Barroso têm custo orçado em R$ 480 milhões. A maior parte desse dinheiro, R$ 320 milhões, será financiada pela Jica, a agência internacional de cooperação do governo japonês, entrando o governo do Estado com os restantes R$ 160 milhões. Além de participar financeiramente, a agência japonesa vem prestando consultoria técnica ao projeto desde que ele começou a ser estudado, há duas décadas.
De acordo com Marilena Mácola, o projeto prevê um terminal de integração em Marituba e uma estação de integração na altura do bairro de Águas Lindas, em Ananindeua. Ao longo do trajeto, deverão ser instalados 29 pontos de paradas, todos eles em nível, para facilitar o acesso aos ônibus. A bilhetagem será feita fora dos coletivos, para evitar atropelos no embarque e desembarque de passageiros. Nos seis municípios, em trabalho a ser conduzido pelos respectivos prefeitos, a ideia é que venham a ser criadas linhas locais, de alcance restrito, e também linhas alimentadoras, que deverão alimentar o sistema troncal.
Já na implantação do eixo Augusto Montenegro, o Ação Metrópole projeta investir R$ 245 milhões. A obra foi inscrita no PAC 2 – Mobilidade, do Ministério das Cidades, para cobertura de 80% do custo, ficando os 20% restantes como contrapartida do Estado. O projeto contempla a implantação de um terminal na vila de Icoaraci e de uma estação de integração na altura do Tapanã.
Os estudos conduzidos pela equipe técnica da Secretaria de Projetos Estratégicos, tendo a consultoria de especialistas japoneses, já descartaram alternativas ferroviárias como o monotrilho e o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos). A opção afinal aprovada é a do Sistema BRT (Bus Rapid Transit). O BRT, que funciona com corredores de ônibus rápidos, foi implantado com enorme sucesso em Bogotá e hoje é considerado um dos melhores sistemas de transporte público do mundo, segundo Marilena Mácola.
Ela acrescentou que a equipe do Ação Metrópole está trabalhando atualmente na tramitação dos processos de empréstimos que vão equacionar financeiramente o projeto. Em breve, deverão ser contratados os projetos executivos. O cronograma de trabalho está sendo traçado de modo a permitir o início das obras em meados de 2013, para efetivo início das operações no final de 2015.
Fonte: Diário do Pará
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