Não bastassem o atraso de dez anos para finalização de apenas 6,5 km de extensão e as denúncias de superfaturamento, as obras do metrô de Salvador não preveem estrutura de isolamento sonoro, o que pode agravar, caso a falha persista, os já elevados níveis de poluição sonora da região da Avenida Bonocô.
O diagnóstico é da arquiteta Débora Barreto, mestre em engenharia ambiental Urbana. Ela fez projeção acústica da área a partir da implementação do metrô. Os estudos apontam para acréscimo de seis decibéis (dB) nos ruídos da avenida, em trechos a menos de 30 metros do equipamento, com os trens rodando. A estudiosa defendeu dissertação de mestrado sobre o tema em 2007.
O diagnóstico é da arquiteta Débora Barreto, mestre em engenharia ambiental Urbana. Ela fez projeção acústica da área a partir da implementação do metrô. Os estudos apontam para acréscimo de seis decibéis (dB) nos ruídos da avenida, em trechos a menos de 30 metros do equipamento, com os trens rodando. A estudiosa defendeu dissertação de mestrado sobre o tema em 2007.
A projeção foi realizada a partir de medições do metrô de Brasília, cuja emissão de ruído a quatro metros de distância do trem chega a 97 dB. “É a mesma tipologia de implantação da via do metrô de Salvador, portanto, ruídos semelhantes”, explica Débora.
Como referência, Débora usou medição de 2006 do estatístico José de Jesus Araújo, hoje fiscal sonoro da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom). À época, o volume sonoro na Av. Bonocô tinha média de 79 dB.
Hoje, inclusive, tende a ser maior. Mesmo assim, 79 dB já é um nível muito acima dos permitidos pela NBR 10.151 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), de 45 dB para ambientes internos e 60 dB para externos. Também extrapolam os limites estabelecidos por lei municipal, uma média de 65 dB.
Níveis sonoros acima de 70 dB aumentam, por exemplo, os riscos de enfarte, provocam alterações do sistema auditivo e perda de 70% dos estágios profundos do sono, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Um aumento de seis decibéis, com o metrô, elevaria os níveis de poluição sonora na região para além dos 80 dB. “Acima de 80 dB, com seis horas de exposição direta, a pessoa pode sofrer de problemas auditivos”, pondera o otorrino Paulo Dórea.
Como referência, Débora usou medição de 2006 do estatístico José de Jesus Araújo, hoje fiscal sonoro da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom). À época, o volume sonoro na Av. Bonocô tinha média de 79 dB.
Hoje, inclusive, tende a ser maior. Mesmo assim, 79 dB já é um nível muito acima dos permitidos pela NBR 10.151 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), de 45 dB para ambientes internos e 60 dB para externos. Também extrapolam os limites estabelecidos por lei municipal, uma média de 65 dB.
Níveis sonoros acima de 70 dB aumentam, por exemplo, os riscos de enfarte, provocam alterações do sistema auditivo e perda de 70% dos estágios profundos do sono, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Um aumento de seis decibéis, com o metrô, elevaria os níveis de poluição sonora na região para além dos 80 dB. “Acima de 80 dB, com seis horas de exposição direta, a pessoa pode sofrer de problemas auditivos”, pondera o otorrino Paulo Dórea.
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