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Cuiabá atinge 98.44% de frota operacional climatizada circulando nas ruas da capital
quarta-feira, 26 de junho de 2024Postado por Meu Transporte às 12:21 0 comentários
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Em Cuiabá, TCU suspende troca de VLT por BRT
domingo, 8 de maio de 2022
Postado por Meu Transporte às 22:50 0 comentários
Marcadores: B R T, Mato Grosso, VLT
Sistema BRT garantirá conforto e agilidade no transporte público de Cuiabá
terça-feira, 22 de março de 2011
Postado por Meu Transporte às 08:20 0 comentários
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Cuiabá: BRT vem aí para resolver o problema
sábado, 14 de agosto de 2010
Em maio deste ano, durante a visita do Comitê Organizador Local (COL) da Fifa a Cuiabá, um veículo de BRT desfilou pelas ruas da cidade para testar os limites do carro articulado em situações de curvas, ruas estreitas e subidas íngremes. Houve aprovação no teste e Cuiabá está pronta para receber o sistema.
Com uma obra que deve durar até dois anos até sua conclusão, o sistema vai capitalizar recursos de aproximadamente R$ 420 milhões e vem com a proposta de solucionar o problema da mobilidade urbana, especialmente no transporte de passageiros.
O BRT já tem suas linhas definidas para a Grande Cuiabá. O sistema percorrerá dois eixos: da avenida do CPA até o aeroporto Marechal Rondon, passando pela avenida da FEB (Várzea Grande), e do Centro à região do Coxipó, passando pela avenida Fernando Corrêa
Enquanto o sistema vem para resolver o principal problema do trânsito da capital, por outro lado o município prevê os obstáculos naturais à sua implantação, que são principalmente desapropriações na área central e a ampliação da avenida do CPA.
Segundo o coordenador de Mobilidade Urbana da Agecopa, Rafael Detoni, o teste feito com o veículo Volvo, ideal para a implantação do BRT (Bus Rapid Transit), servirá para que os consultores que prestam serviço para a agência avaliem se este tipo de ônibus servirá para compor o novo sistema.
"É um veículo confortável e seguro, de piso de baixo, que vai atender os deficientes e se adapta à necessidade de toda a comunidade", observou o coordenador de Transportes da SMTU, Leopoldino Pereira. O veículo seguiu pelas vias que vão formar os principais corredores exclusivos para o sistema BRT.
O secretário de Trânsito e Transporte Urbano de Cuiabá, Edivá Pereira Alves, que convive com a angústia da crise no transporte coletivo e individual ,vislumbra agora a oportunidade de resolver, senão todos, grande parte dos problemas referentes à mobilidade urbana, que será legado da Copa 2014.
De acordo com o projeto, o novo modelo compreenderá a área urbana da cidade, que será cortada por corredores exclusivos para ônibus, num desenho em forma de "Y".
O BRT vem com a promessa de apresentar transporte coletivo de qualidade e representar a saída para o problema do trânsito em Cuiabá. Na cidade, há um carro para 2,2 habitantes. O BRT, que terá deslocamento muito mais rápido nos horários de pico, já que haverá faixas exclusivas e cercadas para seu tráfego, vai estimular os motoristas a deixarem o carro em casa para aderir ao novo sistema. E isso, por si só, já traria um alívio ao trânsito da capital.
A Agecopa espera que com a implantação dos corredores do BRT e as melhorias previstas no projeto de mobilidade, Cuiabá vai solucionar seu problema de congestionamentos. Hoje a frota de veículos está na casa dos 250 mil e a previsão é de que daqui a 10 anos este número dobre. As soluções devem ser implantadas agora.
Uma solução para o caos
O aperto que perdura nos ônibus da cidade pode até sugerir o contrário, mas cada vez menos pessoas utilizam o transporte público em Cuiabá. Segundo a prefeitura, a cada ano os coletivos da capital perdem 5% de seus usuários para carros e motocicletas. Infelizmente, as atuais facilidades para compra em massa de veículos ainda não foram capazes de livrar os ônibus da pecha de "latas de sardinha", mas têm sido suficientes para deixar as ruas insuportavelmente saturadas.
Neste retrocesso, o "busão" acaba relegado quase que totalmente ao uso por parte dos que não têm mesmo condições de bancar um veículo. Situação impensável para uma cidade que precisa democratizar o direito de ir e vir e proporcionar verdadeira qualidade na mobilidade urbana antes da Copa de 2014, o que só é possível priorizando o transporte coletivo.
E o caminho para isso se espelha no exemplo mundialmente conhecido de Curitiba: o sistema de BRT, lançado no País pelos paranaenses em 1974. É ele que deve levar os cuiabanos, de todas as classes sociais, de volta aos ônibus – desta vez, sem apertos.
Para a capital mato-grossense, o modelo desbancou o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e emplacou entre o meio político, sendo anunciado como principal intervenção para a mobilidade urbana, tal como em outras sub-sedes da Copa de 2014. Funciona em pelo menos 100 cidades no mundo – grande exemplo é Bogotá (Colômbia).
O sistema segrega nos principais corredores urbanos pistas centrais exclusivas para ônibus articulados de grande capacidade (alguns de até 270 passageiros), possibilitando viagens rápidas e confortáveis e deixando as pistas laterais para o tráfego dos demais veículos.
Postado por Meu Transporte às 06:54 0 comentários
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Cuiabá: População sente alívio após liminar que impede aumento
segunda-feira, 25 de maio de 2009
Para Roberto Diogo, o fato da tarifa não aumentar, neste momento, significa economia, pois na sua casa quatro pessoas dependem dos ônibus e micro-ônibus. “Se hoje a R$ 2,05 você carrega R$ 100,00 - não dura um mês, dependendo da quantidade de ônibus que tem de pegar, imagine com a tarifa a R$ 2,42”, se assusta ele.
Enquanto a população segue a vida, normalmente, com a tarifa do transporte de Cuiabá estagnada, empresários não sabem mais o que fazer. Segundo o presidente do Sindicato do Transporte Alternativo de Cuiabá (Seta/Cuiabá), João Pedro Wesner, os empresários querem o aumento pelo fato de não estarem tendo lucro algum com o transporte na Capital.
Por que aumentar?Segundo o presidente da Associação Mato-grossense dos Transportes Terrestres (MTU), Ricardo Caixeta, há dois anos a tarifa não tem aumento e neste meio tempo houve aumentos nos preços dos insumos, como pneus, salários dos funcionários, óleo diesel, manutenção dos veículos, além do atendimento à novos bairros de Cuiabá. Ele ainda diz que Cuiabá é uma cidade em que o custo do transporte é alto, devido ao fato dela “ser esparramada” e das condições de trafegabilidade serem ruins. De acordo com o conselheiro da Corecon, Anaor Silva, “a população precisa saber que não é a quilometragem das linhas que define a tarifa, mas sim o Índice de Passageiros por Quilômetro (IPK)”.
De acordo com Francisco, essa greve não tem nada a ver com o aumento da tarifa do transporte coletivo de Cuiabá e sim com o reajuste salarial. "Se fosse por causa da tarifa, Várzea Grande não entraria em greve também, porque eles já tiveram reajuste, inclusive no transporte coletivo intermunicipal que a Ager já realizou. Várzea Grande vai parar também por causa do reajuste salarial”, disse Francisco.
Postado por Meu Transporte às 18:21 0 comentários
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Cuiabá: Passagens de ônibus serão reajustadas neste domingo
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
As prefeituras de Cuiabá e de Várzea Grande também a anunciaram o reajuste do transporte nesta terça-feira (9) e, a partir de agora, o início da cobrança no transporte Intermunicipal (Cuiabá/Várzea Grande) e no transporte coletivo das duas cidades passa a ser realizado na mesma data. Na Capital, a nova tarifa é de R$ 2,50 e os várzea-grandenses vão pagar pelo transporte coletivo na cidade, R$ 2,40. A unificação é o primeiro passo para uma única tarifa nos três sistemas de transporte, até a Copa de 2014. A presidente da Ager-MT, Márcia Vandoni, o prefeito de Cuiabá, Francisco Galindo, e o superintendente de Trânsito e Transporte de Várzea Grande, Fernando Sé, comunicaram a medida em reunião, na tarde de ontem, na prefeitura de Cuiabá.
Para Márcia Vandoni, o usuário não terá mais dúvidas sobre quando e quanto vai pagar pelo transporte coletivo tendo o reajuste na mesma data. Até então, Cuiabá definia o reajuste anual no mês de abril, o intermunicipal em setembro e Várzea Grande, em agosto. "O usuário não terá mais dúvidas sobre quando começa a pagar o reajuste. Já a empresa concessionária, mantém o equilíbrio econômico financeiro do contrato e tem que garantir a qualidade do serviço", constatou Vandoni.
De acordo com a Ager-MT, o novo valor da tarifa poderia ser menor se fossem computados o número de passagens gratuitas concedidas no sistema de transporte intermunicipal. São 73.796 passageiros que não pagam para utilizar o serviço, em média, por mês. "Na verdade, os usuários pagantes arcam com os custos de quem tem a gratuidade no transporte intermunicipal. Se esses usuários fossem computados a tarifa seria de R$ 2,24", destacou Vandoni.
Entre Cuiabá e Várzea Grande, a média mensal no transporte coletivo é de mais de 1,129 milhão de passageiros. Aprovado em sessão regulatória da Agência, em 21 de julho, este é o terceiro reajuste da tarifa concedido à empresa União Transporte e Turismo Ltda, concessionária do serviço, entre Cuiabá e Várzea Grande, desde dezembro de 2006. O índice solicitado pela União Transporte foi de 15%, mas o percentual estabelecido a partir do levantamento da Coordenadora de Estudos Econômicos (CEE) da Agência de Regulação apontou uma correção menor. Entre os fatores analisados na planilha de custos operacionais estão os insumos (combustível, peças de reposição, frota), número de passageiros e quilômetro rodado, entre outros.
Um dos itens que têm mais peso na composição tarifária, de acordo com o coordenador da CEE, Emerson Almeida, é o número de passageiros. "O sistema de transporte intermunicipal Cuiabá e Várzea Grande registrou uma queda de 17% no número de usuários, entre 2008 e 2009", explicou Almeida. Em 2008, o número de passageiros no sistema de transporte intermunicipal foi de 1.268.371 e em 2009, caiu para 1.055.776.
"Esta redução no número de usuários acontece em todo o país, não só em função da qualidade do serviço, mas principalmente, pela facilidade em adquirir um veículo ou uma moto hoje em dia. Assim, temos um volume menor de pessoas pagando pelo mesmo sistema que acaba não atendo os interesses da população. O governo Federal tem que rever a questão do transporte de massa e adotar medidas para que o sistema seja mais eficiente", ponderou Márcia Vandoni.
Postado por Meu Transporte às 20:51 0 comentários
Marcadores: Mato Grosso
Em Cuiabá, BRT vai atender melhor às necessidades de quem usa o transporte público, afirma especialista
sexta-feira, 17 de março de 2023
Postado por Meu Transporte às 09:11 0 comentários
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Prefeito de Cuiabá realizará a entrega de mais 42 ônibus novos
domingo, 2 de julho de 2023
Postado por Meu Transporte às 10:24 0 comentários
Marcadores: Mato Grosso
Saiba como será o trajeto do BRT em Cuiabá e Várzea Grande
segunda-feira, 7 de agosto de 2023
Postado por Meu Transporte às 07:20 0 comentários
Marcadores: B R T, Mato Grosso
Série sobre a discussão Bus Rapid Transit (BRT) e Veiculo Leve sobre Trilhos (VLT) para Cuiabá-MT
sábado, 6 de agosto de 2011
Para simplificar o termo e explicar a onipresença da logística no dia a dia, Jean lembra sua influência no cotidiano mais simples até as mais complexas operações urbanas, decorrendo da evolução deste processo a "Transítica", ou logística automatizada.
“Ao se levantar de manhã, a pessoa se dirige à cozinha para fazer um café. Se a pia onde ela coleta água estiver na contramão do fogão, ou fora da cozinha onde se colocará a chaleira com a água para ferver, já não temos uma boa logística”, aponta, pontuando que ao multiplicar esta atividade por todos os dias do mês, perfazendo o ano (12 meses), e somando os anos e demais atividade presentes na vida de uma pessoa, temos um cotidiano que, com a mudança de lugar da pia, seria mais fácil e rápido. “Imagine em uma cidade do porte da Cuiabá, agregando o trânsito de diferentes veículos, variadas direções e diferentes espaços, e a quantidade de pessoas? Por isso a importância do "Plano Setorial Metropolitano de Transporte e Mobilidade", verdadeiro plano de ordenamento do espaço metropolitano”, define.
Diretor técnico da Associação dos Usuários de Transporte Público – ASSUT/MT e membro do Concidades de Várzea Grande, ele aponta que o Ministério das Cidades e do Planejamento, ao atrelar o recurso financeiro ao BRT, está passando por cima da lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade) e ignorando dados técnicos importantes, que comprometerão a capital, em curto prazo, justamente no que se acredita que seja o objetivo desta verba - a Mobilidade Urbana.
Honéia Vaz – Jean, em termos legais, o Ministério foi arbitrário em condicionar a verba ao BRT, quando o PNDU define que este deve atender ao Plano Diretor das cidades?
Jean VDH – Tudo isso foi feito de improviso, na intuição, sem que o Ministério, que tem obrigação de agir correta e tecnicamente, recorresse às prerrogativas dos conselhos das Cidades ("ConCidades"). Caro mesmo sairá tudo isso para a presidente Dilma, que ao tentar economizar, terá um problema de Mobilidade Urbana nas capitais já daqui a 4 anos, sem contar que BRT não resolve nem a atual demanda existente em Cuiabá-MT. Para evitar futuras obras inacabadas ou desproporcionais à demanda, a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU) define que nada pode ser feito sem considerar o Plano Diretor, prevendo no de Cuiabá, em seu artigo 11, Inciso 12, “que se implante um sistema de transporte coletivo de grande capacidade e com freqüência controlada nos principais corredores, de forma a otimizar o fluxo e restringir o número de veículos nesses eixos e na área central”. É, portanto, metrô ou VLT, este segundo o adequado para a atual e futura demanda da capital de Mato Grosso.
H.V. – Mas, Jean, “transporte coletivo de grande capacidade...” não pode ser interpretado de forma genérica, dando margens para se colocar o BRT nesta modalidade...?
J.V.D.H – Sistemas de grande capacidade e de massa neste caso só pode ser sobre trilhos. O conceito estrutural do ônibus com a atenção necessária à direção, e com as suas limitações de espaço e de aceleração, não possibilita que seja um veículo de transporte de grande capacidade. Independente do tamanho que alcançar, não permite a grande velocidade comercial que se alcança nos trilhos. E mesmo se passássemos por cima desta verdade e quiséssemos colocar o BRT como sendo de ”grande capacidade”, este não atende à demanda atual aqui na capital. Para atender ao padrão técnico, eles teriam que colocar no corredor mais de 40 ônibus biarticulados...Como farão isso? Na verdade, para driblar este fato, vão superlotar os ônibus (em Bogotá se coloca até 12 passageiros/m²) e criarão um terceiro corredor para ultrapassagem (já previsto no projeto), mas que também não resolverá o problema de constantes acidentes e engarrafamentos de ônibus, e ainda gerará uma gigante desapropriação, que vai afetar de forma extremamente negativa a atividade comercial da cidade quando, de fato, o VLT é o vetor do desenvolvimento socioeconômico e ambiental definido no Estatuto da Cidade e o instrumento básico da nova mobilidade e acessibilidade definida no Decreto Federal n°5296/04, "Brasil Acessível".
H.V. – Inclusive a Lei Complementar n.150 de 29 de janeiro de 2007 (Plano Diretor de Desenvolvimento Estratégico de Cuiabá, art.11-11) requer “a melhoria do sistema de transporte coletivo em termos de rapidez, conforto, segurança e custos operacionais”. Mas, tecnicamente falando de BRT...
J.V.D.H - Lotado desde a implantação e muito mais caro. Não faltam números mostrando esta realidade. O VLT se paga na operacionalidade e ainda evita desapropriações onerosas, estimadas em mais de R$ 1 bilhão. Mais que isso, ao invés de necessitar desapropriações, o VLT libera mais de 18% dos espaços hoje abarcados pelo ônibus convencional e consome apenas 1/4 da energia que usa o ônibus, o que reflete também no meio ambiente e na qualidade de vida dos cidadaõs. É padrão mundial que os ônibus têm vida útil de até 8 anos e o VLT 30 anos o que, em longo prazo, empata o custo dos projetos, mas não da qualidade da prestação de serviço e na manutenção. Trilhos: não se desgastam em menos de 30 anos, é praticamente para a vida útil do sistema. Asfalto, pelo peso do sistema BRT, anualmente terá que ser refeito em várias partes. Pneus: VLT não tem. Ônibus, numa projeção anual de uma frota de 200 veiculos articulados, gastará mais de R$ 1 milhão. Ou seja, se os governos federal e estadual, no lugar de estudarem o custo-benefício de 30 anos, o normal em qualquer projeto, simplesmente quiserem dar destino a estes R$ 450 milhões direcionando ao BRT, eles vão gerar uma dívida em longo prazo ou mau gerenciamento de gasto público, e não investimento planejado, que é o que precisamos no Brasil, justamente para evitar tanto desperdício e reconstrução de obras. O PNDU também tem este objetivo: evitar que as determinações de aplicação do dinheiro público sigam a políticas partidárias ou a “vontade” do prefeito, do governador e do ministro simplesmente pela vontade, sem normas técnicas ou deixando de atender à realidade da população a ser beneficiada.
H.V.- Sua colocação contempla “custo operacional” e já mostramos que o BRT de Cuiabá não oferecerá conforto, por causa da superlotação. De forma igualmente técnica, vamos à outra previsão da Lei Complementar n.150 e fator vital na Mobilidade Urbana: “rapidez”...
J.V.D.H - Para atender a 6 mil passageiro/sentido/hora, dados do projeto BRT apresentado ao governo, eles teriam que colocar saídas de 40/hora ônibus biarticulados (120 se for modelo convencional), no mínimo. Já se fala que, na verdade, são 7.500 passageiros...E mesmo os 40 ônibus biarticulados, tendo o terceiro corredor, teríamos que ter o intervalo de 60 minutos dividido por 40 veículos, o que daria um veículo a cada 90 segundos, quando o mínimo é de 180 segundos.Ou seja, teremos 40 ônibus em sentidos opostos disputando o corredor central! Com isso não se pode brincar! No metrô de São Paulo se investe pesado em sistemas inteligentes para baixar o intervalo de 120 para 90 segundos. E há o complicante de tempo de embarque e desembarque muito mais lento no Bus que no VLT, principalmente se estiver superlotado (mais de 185 pessoas por biarticulado). Neste caso, o chamado “headway” (distância entre os veículos) não é plausível. Mas esta mesma demanda pode ser perfeitamente atendida pelo VLT, que, com headway de 150 segundos e capacidade nominal de 300 passageiros (4 por m²) atende de 7.200 passageiros até 10.800 passageiros (6 por m²). Lembro que o VLT é evolutivo até 800 passageiros nominal, caso aumente a demanda, mantendo a mesma infraestrutura.
H.V. – Quer dizer que o corredor BRT já nascerá saturado para a atual demanda Cuiabá-Várzea Grande...
J.V.D.H – Sim, o corredor não comporta o número de ônibus necessário para atender ao índice de passageiros Cuiabá-Várzea Grande. E ônibus biarticulado carrega, normalmente, até 185 passageiros/hora; o VLT carrega 200 a 800 passageiros, de acordo com a composição. Em termos de freqüência, podemos seqüenciar/intervalar 20 ônibus/hora; e 24 VLTs/hora. Por que isso? Por causa das dimensões próprias de cada tipo de veículo x sua capacidade de velocidade x carga x condições de embarque e desembarque, entre outros parâmetros. Nas contas que fizemos acima, o BRT carregará 3.700 passageiros/hora nominal e 5.550 passageiros/hora na hora do pico, o que explica o artifício do terceiro corredor.
H.V.- O que faremos com o restante dos 6 mil ou 7,5 mil?
J.V.D.H - Ou superlotamos ou eles esperarão mais de uma hora em vários pontos, pois não tem como colocar os 40 ônibus biarticulados, que, aliás, já seria um custo muito mais alto do que outro sistema (e por isso outro sistema, o VLT). Um exemplo de como o corredor se satura, está em São Paulo. O sistema BRT, mesmo os com 3 corredores, foram planejados para velocidade comercial de 30 km/hora. Hoje temos um pouco mais de 14 km/hora na maioria dos trechos. E o terceiro corredor, em centros urbanos de avenidas estreitas, é apenas saída emergencial até que se arrume outro sistema de alta capacidade. Não podemos implantar um novo sistema desde já como se fosse saída emergencial...É preciso fazer o correto.
H.V. – Jean, o tempo todo falamos em Cuiabá-Várzea Grande. Esta abrangência é exclusivamente por causa da obrigatoriedade do caminho Aeroporto-Cuiabá para a Copa?
J.V.D.H – Primeiramente, trazer o VLT apenas até o aeroporto seria matar definitivamente o comércio na Avenida Couto Magalhães. Neste caso é preciso deixar possibilidade de extensão até a Prefeitura de Várzea Grande. E, em segundo, respondendo à pergunta, pela Lei Estadual 359, os municípios estão integrados. Trata-se da Lei de “Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá”, o que, portanto, requer plano estratégico comum. No caso de recursos federais, os projetos pelo PNDU devem obedecer aos planos diretores de cada cidade - o de Cuiabá prevê o sistema de alta capacidade nas vias principais, como já explicado. E o de Várzea Grande define que as soluções, como as de Transporte, sejam feitas em conjunto com Cuiabá. Por isso o Ministério das Cidades, mesmo que anteriormente tenha acertado de forma equivocada o investimento no BRT, por meio de Blairo Maggi, governo na época, precisa agora corrigir a opção para atender à lei e à sua responsabilidade técnica de “planejamento”. É uma questão de mudança do investimento do Ministério para a opção de transporte em acordo com todas as previsões legais e técnicas que atendam realmente à Cuiabá-Várzea Grande – o VLT. O projeto de Transportes, e nenhum outro, pode ser mera vontade política e burocracia, mas caso de aplicação das leis vigentes e de metodologia técnica, visando encontrar a solução certa – que é a que realmente atende às necessidade da população. Isto não é brincadeira e jogo, e atinge seriamente o dia a dia de milhares de pessoas. Aliás, o que ninguém parece saber é que sem a aplicação rigorosa das leis vigentes, não existe engenharia financeira em longo prazo nem para VLT, nem para BRT.
Nesta série os entrevistados foram selecionados em fontes usuais do cenário apresentado, tendo em conta o objetivo de comprovar com números e informações técnicas quatro principais fatores: 1. A viabilidade socioeconômica e financeira do VLT na capital mato-grossense; 2. O praticamente empate de custos da implantação e operação do BRT com os dos VLT; 3. O melhor custo-benefício com economia em médio e longo prazos do VLT sobre o BRT; 4. O maior interesse de investidores pelo VLT contra nenhuma empresa anunciada para financiar o BRT, salvo o próprio governo estadual e a valores bem mais altos do que o disponibilizado pela União. Na primeira entrevista o assunto foi abordado com o representante do Fundo de Investimentos Infinity, interessado em uma Parceria Público Privada (PPP) para implantação do VLT em Cuiabá, Rowles Magalhães Silva. Veja na íntegra em: http://www.24horasnews.com.br/index.php?tipo=ler&mat=379436
*Honéia Vaz é jornalista em Cuiabá-MT. (24H News)
Postado por Meu Transporte às 17:34 0 comentários
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Postado por Meu Transporte às 15:01 0 comentários
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Postado por Meu Transporte às 07:20 0 comentários
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Postado por Meu Transporte às 22:38 0 comentários
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domingo, 2 de junho de 2024
Postado por Meu Transporte às 21:32 0 comentários
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