Escadas, catracas, assentos diminutos, falta de sensibilidade e preconceito. Estes são alguns dos obstáculos que os obesos enfrentam para utilizar os transportes coletivos nas grandes cidades. Em Fortaleza, apenas 40,6% da frota de ônibus possui assentos especiais, ou seja, com dimensões aumentadas para o uso de pessoas com obesidade.
De acordo com pesquisa realizada em 2009 pelo Ministério da Saúde nas capitais brasileiras, 47% da população de Fortaleza acima de 18 anos sofre de sobrepeso. O dado aponta para a necessidade de garantir mais conforto e condições de acesso para este tipo de usuário. A incompreensão e o desrespeito à exclusividade do assento tornam esta luta mais cansativa e frustrante.
Acessibilidade
Conforme o chefe da Divisão de Planejamento da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Antônio Ferreira Silva, 710 veículos adaptados circulam, atualmente, na Capital cearense, numa frota operante de 1.748 ônibus. No caso do transporte alternativo, somente 84 dos 320 micro-ônibus contam com estrutura de acessibilidade, o que representa 26,25% da frota hoje operante.
"Com a norma 1.402/2008, todo o transporte coletivo deve ser feito com veículos adaptados para pessoas com necessidades especiais. As empresas têm até 2014 para se adaptarem".
Segundo a lei municipal 7.163/92, a pessoa com obesidade deve ter o acesso facilitado no transporte coletivo, cabendo ao motorista permitir o acesso pela porta da frente para quem não consegue passar pela catraca. Antônio Silva lembra que o usuário também precisa ter mais consciência e não ocupar os assentos reservados.
"A Etufor capacita motoristas e cobradores, recomendando que observem a ocupação dos assentos de forma indevida. Sabemos que isso nem sempre é possível, em especial nos horários de maior fluxo".
A endocrinologista Fabiana Araripe ressalta que a obesidade deve ser entendida como uma condição patológica, e que por isso essas pessoas precisam de condições especiais para se locomover. "Dependendo do grau da obesidade, o paciente não consegue subir escada ou passar pela catraca. Já tive uma paciente que ficou presa na catraca por ter os quadris largos".
A médica acredita que os obesos deveriam ter as mesmas prerrogativas dos idosos e portadores de necessidades especiais, não só quando o assunto é transporte, mas também em filas, restaurantes e espaços, como cinemas e auditórios. "Junto com isso é preciso pensar em como diminuir o número de casos de obesidade. E isso só será possível quando tivermos uma política de saúde pública voltada para o problema".
Informações de KAROLINE VIANA - Diário do Nordeste
De acordo com pesquisa realizada em 2009 pelo Ministério da Saúde nas capitais brasileiras, 47% da população de Fortaleza acima de 18 anos sofre de sobrepeso. O dado aponta para a necessidade de garantir mais conforto e condições de acesso para este tipo de usuário. A incompreensão e o desrespeito à exclusividade do assento tornam esta luta mais cansativa e frustrante.
Acessibilidade
Conforme o chefe da Divisão de Planejamento da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor), Antônio Ferreira Silva, 710 veículos adaptados circulam, atualmente, na Capital cearense, numa frota operante de 1.748 ônibus. No caso do transporte alternativo, somente 84 dos 320 micro-ônibus contam com estrutura de acessibilidade, o que representa 26,25% da frota hoje operante.
"Com a norma 1.402/2008, todo o transporte coletivo deve ser feito com veículos adaptados para pessoas com necessidades especiais. As empresas têm até 2014 para se adaptarem".
Segundo a lei municipal 7.163/92, a pessoa com obesidade deve ter o acesso facilitado no transporte coletivo, cabendo ao motorista permitir o acesso pela porta da frente para quem não consegue passar pela catraca. Antônio Silva lembra que o usuário também precisa ter mais consciência e não ocupar os assentos reservados.
"A Etufor capacita motoristas e cobradores, recomendando que observem a ocupação dos assentos de forma indevida. Sabemos que isso nem sempre é possível, em especial nos horários de maior fluxo".
A endocrinologista Fabiana Araripe ressalta que a obesidade deve ser entendida como uma condição patológica, e que por isso essas pessoas precisam de condições especiais para se locomover. "Dependendo do grau da obesidade, o paciente não consegue subir escada ou passar pela catraca. Já tive uma paciente que ficou presa na catraca por ter os quadris largos".
A médica acredita que os obesos deveriam ter as mesmas prerrogativas dos idosos e portadores de necessidades especiais, não só quando o assunto é transporte, mas também em filas, restaurantes e espaços, como cinemas e auditórios. "Junto com isso é preciso pensar em como diminuir o número de casos de obesidade. E isso só será possível quando tivermos uma política de saúde pública voltada para o problema".
Informações de KAROLINE VIANA - Diário do Nordeste
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