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Saiba como será o trajeto do BRT em Cuiabá e Várzea Grande

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

O novo modal de transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande, o BRT, vai contar com cinco serviços, sendo três de linhas expressas e dois de linhas com paradas em estações para atender a população. Para o trajeto, o modal vai utilizar um corredor expresso, no canteiro central, preservando o número de pistas que já existem nas vias das cidades.

O secretário adjunto de Gestão e Planejamento Metropolitano, Rafael Detoni, explica que não haverá redução no número de faixas em nenhum trecho do BRT em relação ao que existe hoje para o tráfego geral, tanto em Cuiabá como em Várzea Grande.

“Não haverá redução de capacidade. Nas vias onde tem duas faixas por sentido, continuará as duas faixas por sentido, só que agora vai ter uma terceira faixa no canteiro central para o transporte coletivo. E onde tem parada, onde tem estação, haverá a implantação de uma faixa de ultrapassagem entre os ônibus, mas essa faixa de ultrapassagem não vai entrar na faixa de tráfego geral”, ressaltou.

Em Várzea Grande o trajeto inicia na Avenida da FEB, entra na Avenida Couto Magalhães, seguindo pela Travessa Maracaju até o novo terminal André Maggi, retornando pela Avenida Filinto Muller até novamente a Avenida da FEB.

A linha 1, chamada de paradora, vai sair do terminal André Maggi e seguir até o Terminal do CPA, e vice e versa, parando em todas as estações no meio do caminho. Da mesma forma, a linha 4 irá parar em todas as estações entre o Terminal do Coxipó até o Centro de Cuiabá.


Já a linha expressa 2, vai sair do Terminal do CPA e fazer uma parada na Avenida Rubens de Mendonça, imediações do Centro Político, até chegar ao centro de Cuiabá. Já a Linha 3, também expressa, sai do Terminal André Maggi e vai parar apenas nas estações Dom Bosco e Bispo Dom José, antes de acessar a Avenida Getúlio Vargas. Por fim, a linha 5 sairá do Terminal do Coxipó e fará paradas apenas na UFMT e Morro da Luz, antes de chegar até a Avenida Getúlio Vargas.

O secretário adjunto de Obras Especiais da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, Isaac Nascimento Filho, ressalta que as obras estão em ritmo acelerado na Avenida da FEB, em Várzea Grande, e têm previsão de conclusão ainda este ano.

“Conforme o cronograma das obras, a previsão de conclusão era para janeiro do ano que vem, mas estamos trabalhando para adiantar e entregar ainda este ano. Conforme as obras forem andando, a normalidade no trânsito irá voltando gradativamente”.

Audiência

No dia 22 de agosto, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) realizará duas audiências públicas para apresentar o Estudo e o Relatório de Impacto de Vizinhança (EIV/RIV) para a implantação dos corredores estruturais de Transporte Coletivo Metropolitano em Cuiabá e Várzea Grande.

As audiências serão realizadas de forma presencial e remota, podendo ser acompanhadas também pelo YouTube.

“Vamos apresentar o relatório final do estudo de impacto de vizinhança e também fazer mais uma apresentação do anteprojeto de implantação do BRT. É uma oportunidade para que toda a sociedade de Cuiabá e Várzea Grande participe, conheça e acompanhe tudo o que está sendo feito”, ressalta Detoni.
A primeira audiência será em Cuiabá, das 08h às 12h, no Auditório da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Rua Engenheiro Edgar Prado Arze, Quadra 01, Lote 05, Setor A, CPA. Para quem pretende participar de forma remota pode acessar o Google Meet aqui.

A audiência em Várzea Grande será das 14h às 18h, na Câmara de Vereadores, na Avenida Alzira Santana, nº 1741, Bairro Água Limpa. A participação também pode ser de forma remota pelo Google Meet aqui. 

Para quem quiser fazer perguntas e tirar dúvidas podem ser feitas pelo e-mail sagpm@sinfra.mt.gov.br ou whatsapp (65) 98167-6534.

Informações: Governo do Mato Grosso
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Série sobre a discussão Bus Rapid Transit (BRT) e Veiculo Leve sobre Trilhos (VLT) para Cuiabá-MT

sábado, 6 de agosto de 2011

Nesta segunda parte da série sobre a discussão Bus Rapid Transit (BRT) e Veiculo Leve sobre Trilhos (VLT) para Cuiabá-MT, o entrevistado é o especialista e consultor internacional em Transítica Jean Van Den Haute, que conta com 54 anos de experiência nesta área e serviços prestados na adequação do sistema VLT de Bruxelas às exigências da Exposição Universal de 1958, evento de proporções semelhantes a 4 Copas do Mundo e que mais de 42 milhões de pessoas visitaram.

Para simplificar o termo e explicar a onipresença da logística no dia a dia, Jean lembra sua influência no cotidiano mais simples até as mais complexas operações urbanas, decorrendo da evolução deste processo a "Transítica", ou logística automatizada.

 “Ao se levantar de manhã, a pessoa se dirige à cozinha para fazer um café. Se a pia onde ela coleta água estiver na contramão do fogão, ou fora da cozinha onde se colocará a chaleira com a água para ferver, já não temos uma boa logística”, aponta, pontuando que ao multiplicar esta atividade por todos os dias do mês, perfazendo o ano (12 meses), e somando os anos e demais atividade presentes na vida de uma pessoa, temos um cotidiano que, com a mudança de lugar da pia, seria mais fácil e rápido. “Imagine em uma cidade do porte da Cuiabá, agregando o trânsito de diferentes veículos, variadas direções e diferentes espaços, e a quantidade de pessoas? Por isso a importância do "Plano Setorial Metropolitano de Transporte e Mobilidade", verdadeiro plano de ordenamento do espaço metropolitano”, define.

Diretor técnico da Associação dos Usuários de Transporte Público – ASSUT/MT e membro do Concidades de Várzea Grande, ele aponta que o Ministério das Cidades e do Planejamento, ao atrelar o recurso financeiro ao BRT, está passando por cima da lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade) e ignorando dados técnicos importantes, que comprometerão a capital, em curto prazo, justamente no que se acredita que seja o objetivo desta verba - a Mobilidade Urbana.

Honéia Vaz – Jean, em termos legais, o Ministério foi arbitrário em condicionar a verba ao BRT, quando o PNDU define que este deve atender ao Plano Diretor das cidades?
Jean  VDH – Tudo isso foi feito de improviso, na intuição, sem que o Ministério, que tem obrigação de agir correta e tecnicamente, recorresse às prerrogativas dos conselhos das Cidades ("ConCidades"). Caro mesmo sairá tudo isso para a presidente Dilma, que ao tentar economizar, terá um problema de Mobilidade Urbana nas capitais já daqui a 4 anos, sem contar que BRT não resolve nem a atual demanda existente em Cuiabá-MT. Para evitar futuras obras inacabadas ou desproporcionais à demanda, a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (PNDU) define que nada pode ser feito sem considerar o Plano Diretor, prevendo no de Cuiabá, em seu artigo 11, Inciso 12, “que se implante um sistema de transporte coletivo de grande capacidade e com freqüência controlada nos principais corredores, de forma a otimizar o fluxo e restringir o número de veículos nesses eixos e na área central”. É, portanto, metrô ou VLT, este segundo o adequado para a atual e futura demanda da capital de Mato Grosso.

H.V. – Mas, Jean, “transporte coletivo de grande capacidade...” não pode ser interpretado de forma genérica, dando margens para se colocar o BRT nesta modalidade...?
J.V.D.H – Sistemas de grande capacidade e de massa neste caso só pode ser sobre trilhos. O conceito estrutural do ônibus com a atenção necessária à direção, e com as suas limitações de espaço e de aceleração, não possibilita que seja um veículo de transporte de grande capacidade. Independente do tamanho que alcançar, não permite a grande velocidade comercial que se alcança nos trilhos. E mesmo se passássemos por cima desta verdade e quiséssemos colocar o BRT como sendo de ”grande capacidade”, este não atende à demanda atual aqui na capital. Para atender ao padrão técnico, eles teriam que colocar no corredor mais de 40 ônibus biarticulados...Como farão isso? Na verdade, para driblar este fato, vão superlotar os ônibus (em Bogotá se coloca até 12 passageiros/m²) e criarão um terceiro corredor para ultrapassagem (já previsto no projeto), mas que também não resolverá o problema de constantes acidentes e engarrafamentos de ônibus, e ainda gerará uma gigante desapropriação, que vai afetar de forma extremamente negativa a atividade comercial da cidade quando, de fato, o VLT é o vetor do desenvolvimento socioeconômico e ambiental definido no Estatuto da Cidade e o instrumento básico da nova mobilidade e acessibilidade definida no Decreto Federal n°5296/04, "Brasil Acessível".

H.V. – Inclusive a Lei Complementar n.150 de 29 de janeiro de 2007 (Plano Diretor de Desenvolvimento Estratégico de Cuiabá, art.11-11) requer “a melhoria do sistema de transporte coletivo em termos de rapidez, conforto, segurança e custos operacionais”. Mas, tecnicamente falando de BRT...
J.V.D.H - Lotado desde a implantação e muito mais caro. Não faltam números mostrando esta realidade. O VLT se paga na operacionalidade e ainda evita desapropriações onerosas, estimadas em mais de R$ 1 bilhão. Mais que isso, ao invés de necessitar desapropriações, o VLT libera mais de 18% dos espaços hoje abarcados pelo ônibus convencional e consome apenas 1/4 da energia que usa o ônibus, o que reflete também no meio ambiente e na qualidade de vida dos cidadaõs. É padrão mundial que os ônibus têm vida útil de até 8 anos e o VLT 30 anos o que, em longo prazo, empata o custo dos projetos, mas não da qualidade da prestação de serviço e na manutenção. Trilhos: não se desgastam em menos de 30 anos, é praticamente para a vida útil do sistema. Asfalto, pelo peso do sistema BRT, anualmente terá que ser refeito em várias partes. Pneus: VLT não tem. Ônibus, numa projeção anual de uma frota de 200 veiculos articulados, gastará mais de R$ 1 milhão. Ou seja, se os governos federal e estadual, no lugar de estudarem o custo-benefício de 30 anos, o normal em qualquer projeto, simplesmente quiserem dar destino a estes R$ 450 milhões direcionando ao BRT, eles vão gerar uma dívida em longo prazo ou mau gerenciamento de gasto público, e não investimento planejado, que é o que precisamos no Brasil, justamente para evitar tanto desperdício e reconstrução de obras. O PNDU também tem este objetivo: evitar que as determinações de aplicação do dinheiro público sigam a políticas partidárias ou a “vontade” do prefeito, do governador e do ministro simplesmente pela vontade, sem normas técnicas ou deixando de atender à realidade da população a ser beneficiada.

H.V.- Sua colocação contempla “custo operacional” e já mostramos que o BRT de Cuiabá não oferecerá conforto, por causa da superlotação. De forma igualmente técnica, vamos à outra previsão da Lei Complementar n.150 e fator vital na Mobilidade Urbana: “rapidez”...
J.V.D.H - Para atender a 6 mil passageiro/sentido/hora, dados do projeto BRT apresentado ao governo, eles teriam que colocar saídas de 40/hora ônibus biarticulados (120 se for modelo convencional), no mínimo. Já se fala que, na verdade, são 7.500 passageiros...E mesmo os 40 ônibus biarticulados, tendo o terceiro corredor, teríamos que ter o intervalo de 60 minutos  dividido por 40 veículos, o que daria um veículo a cada 90 segundos, quando o mínimo é de 180 segundos.Ou seja, teremos 40 ônibus em sentidos opostos disputando o corredor central! Com isso não se pode brincar! No metrô de São Paulo se investe pesado em sistemas inteligentes para baixar o intervalo de 120 para 90 segundos. E há o complicante de tempo de embarque e desembarque muito mais lento no Bus que no VLT, principalmente se estiver superlotado (mais de 185 pessoas por biarticulado). Neste caso, o chamado “headway” (distância entre os veículos) não é plausível. Mas esta mesma demanda pode ser perfeitamente atendida pelo VLT, que, com headway de 150 segundos e capacidade nominal de 300 passageiros (4 por m²) atende de 7.200 passageiros até 10.800 passageiros (6 por m²). Lembro que o VLT é evolutivo até 800 passageiros nominal, caso aumente a demanda, mantendo a mesma infraestrutura.
 
H.V. – Quer dizer que o corredor BRT já nascerá saturado para a atual demanda Cuiabá-Várzea Grande...
J.V.D.H – Sim, o corredor não comporta o número de ônibus necessário para atender ao índice de passageiros Cuiabá-Várzea Grande. E ônibus biarticulado carrega, normalmente, até 185 passageiros/hora; o VLT carrega 200 a 800 passageiros, de acordo com a composição. Em termos de freqüência, podemos seqüenciar/intervalar 20 ônibus/hora; e 24 VLTs/hora. Por que isso? Por causa das dimensões próprias de cada tipo de veículo x sua capacidade de velocidade x carga x condições de embarque e desembarque, entre outros parâmetros. Nas contas que fizemos acima, o BRT carregará 3.700 passageiros/hora nominal e 5.550 passageiros/hora na hora do pico, o que explica o artifício do terceiro corredor.
 

H.V.-
 O que faremos com o restante dos 6 mil ou 7,5 mil?
J.V.D.H - Ou superlotamos ou eles esperarão mais de uma hora em vários pontos, pois não tem como colocar os 40 ônibus biarticulados, que, aliás, já seria um custo muito mais alto do que outro sistema (e por isso outro sistema, o VLT). Um exemplo de como o corredor se satura, está em São Paulo. O sistema BRT, mesmo os com 3 corredores, foram planejados para velocidade comercial de 30 km/hora. Hoje temos um pouco mais de 14 km/hora na maioria dos trechos. E o terceiro corredor, em centros urbanos de avenidas estreitas, é apenas saída emergencial até que se arrume outro sistema de alta capacidade. Não podemos implantar um novo sistema desde já como se fosse saída emergencial...É preciso fazer o correto.

H.V. – Jean, o tempo todo falamos em Cuiabá-Várzea Grande. Esta abrangência é exclusivamente por causa da obrigatoriedade do caminho Aeroporto-Cuiabá para a Copa?

J.V.D.H – Primeiramente, trazer o VLT apenas até o aeroporto seria matar definitivamente o comércio na Avenida Couto Magalhães. Neste caso é preciso deixar possibilidade de extensão até a Prefeitura de Várzea Grande. E, em segundo, respondendo à pergunta, pela Lei Estadual 359, os municípios estão integrados. Trata-se da Lei de “Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá”, o que, portanto, requer plano estratégico comum. No caso de recursos federais, os projetos pelo PNDU devem obedecer aos planos diretores de cada cidade - o de Cuiabá prevê o sistema de alta capacidade nas vias principais, como já explicado. E o de Várzea Grande define que as soluções, como as de Transporte, sejam feitas em conjunto com Cuiabá. Por isso o Ministério das Cidades, mesmo que anteriormente tenha acertado de forma equivocada o investimento no BRT, por meio de Blairo Maggi, governo na época, precisa agora corrigir a opção para atender à lei e à sua responsabilidade técnica de “planejamento”. É uma questão de mudança do investimento do Ministério para a opção de transporte em acordo com todas as previsões legais e técnicas que atendam realmente à Cuiabá-Várzea Grande – o VLT. O projeto de Transportes, e nenhum outro, pode ser mera vontade política e burocracia, mas caso de aplicação das leis vigentes e de metodologia técnica, visando encontrar a solução certa – que é a que realmente atende às necessidade da população. Isto não é brincadeira e jogo, e atinge seriamente o dia a dia de milhares de pessoas. Aliás, o que ninguém parece saber é que sem a aplicação rigorosa das leis vigentes, não existe engenharia financeira em longo prazo nem para VLT, nem para BRT.


Nesta série os entrevistados foram selecionados em fontes usuais do cenário apresentado, tendo em conta o objetivo de comprovar com números e informações técnicas quatro principais fatores: 1. A viabilidade socioeconômica e financeira do VLT na capital mato-grossense; 2. O praticamente empate de custos da implantação e operação do BRT com os dos VLT; 3. O melhor custo-benefício com economia em médio e longo prazos do VLT sobre o BRT; 4. O maior interesse de investidores pelo VLT contra nenhuma empresa anunciada para financiar o BRT, salvo o próprio governo estadual e a valores bem mais altos do que o disponibilizado pela União. Na primeira entrevista o assunto foi abordado com o representante do Fundo de Investimentos Infinity, interessado em uma Parceria Público Privada (PPP) para implantação do VLT em Cuiabá, Rowles Magalhães Silva. Veja na íntegra em: 
http://www.24horasnews.com.br/index.php?tipo=ler&mat=379436

*Honéia Vaz é jornalista em Cuiabá-MT. (24H News)

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Sistema BRT garantirá conforto e agilidade no transporte público de Cuiabá

terça-feira, 22 de março de 2011

Os benefícios que a Copa do Mundo de 2014 trará para Cuiabá são inúmeros, com obras e investimentos públicos e privados, que de outra forma levariam décadas ou poderiam nem mesmo chegar a acontecer. E Cuiabá, que nos últimos 25 anos ficou sem nenhum tipo de grande investimento ou obra para a área de trânsito e transporte, tem agora a oportunidade de corrigir este problema e obter os investimentos que necessita.
O transporte público da capital é um dos setores que passará por uma transformação total. Junto com as obras de mobilidade urbana, que visam dar mais fluidez e agilidade ao trânsito da capital, será implantado um novo sistema de transporte, denominado BRT (Bus Rapid Transit) ou, em uma tradução livre, Ônibus Rápido no Trânsito.
O sistema BRT é considerado o futuro dos sistemas de transporte urbano. Por isso, é o modelo encontrado para adequar os sistemas de transporte público de Cuiabá e Várzea Grande às exigências da FIFA (organizadora do mundial). O BRT também foi o único sistema que o Governo Federal aceitou financiar, por isso, a Agecopa (Agência Estadual de Projetos da Copa de 2014), conjuntamente com as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande, optou por ele. Este sistema já foi implantado com sucessoem algumas cidades brasileiras, como Curitiba, Goiânia e Belo Horizonte.
O país ou uma cidade, quando escolhidos para promoverem um evento mundial de cunho esportivo, têm a obrigação (por exigência do comitê organizador/FIFA) de apresentar eficácia em seus sistemas de transportes, para que o público visitante possa encontrar toda comodidade (conforto, rapidez e segurança) em seus deslocamentos entre os locais onde serão realizados provas e jogos. Mas, o mais importante é que, passada a Copa, os benefícios ficarão para a população de Cuiabá, que passa contar com um sistema de transporte público ágil e confortável.
O BRT consiste em um sistema “troncal”, interligando inúmeros pontos da cidade. Em Cuiabá serão duas linhas troncais, uma na Fernando Corrêa da Costa e outra que fará boa parte da Avenida do CPA, Prainha, XV de Novembro, entrando na Avenida da FEB (em Várzea Grande), chegando até o aeroporto Marechal Rondon.
Pelo sistema, haverá nas três avenidas um corredor exclusivo destinado aos ônibus (veículos especiais), sendo esta uma das razões de sua rapidez, isto é, as vias não sofrem interferência dos demais veículos. Os veículos de transporte no sistema BRT são maiores, com maior capacidade de transporte de passageiros. As linhas principais serão como alimentadoras de linhas secundárias, que desembocarão nas estações e terminais de integração.
Serão necessárias construções de estações especiais de embarque e desembarque. Para isto, é preciso fazer as desapropriações, já anunciadas pela Agecopa, ao longo da Avenida do CPA e Prainha. Serão 13 estações ao longo da Avenida do CPA e 11 na Fernando Corrêa. Cada estação terá uma distância de aproximadamente 700 metros uma da outra.
As estações do BRT têm plataformas elevadas, ficando o nível de embarque do veículo no mesmo nível do passageiro, garantindo segurança e rapidez no momento do embarque. O acesso do passageiro as estações de embarque será feito somente por meio de cartões smart (isto é, a passagem é paga antecipadamente nas áreas externas à plataforma), o que também garante agilidade no momento do embarque. Em algumas estações, serão instalados elevadores para portadores de necessidades especiais.
Além das estações de embarque, serão construídos três grandes terminais, localizados no Coxipó, Avenida do CPA e no final da XV de Novembro (Atacadão) e uma grande estação na Prainha. Nos três terminais funcionarão shoppings populares no piso superior dos terminais. 
Com o BRT, a expectativa é que o percurso entre a saída do CPA e o Morro da Luz (na Prainha), cujo tempo hoje leva entre 30 e 40 minutos (de ônibus), seja realizado em apenas 18 minutos.
O grande trunfo do BRT será promover a integração total entre os sistemas de Cuiabá  e Várzea Grande e de cidades que compõem a região metropolitana da capital, como Santo Antônio do Leverger, Poconé e Chapada dos Guimarães. O sistema será coordenado em parceria pelos dois municípios – Cuiabá e Várzea Grande – e o Governo do Estado.
O secretário de Trânsito e Transporte de Cuiabá, Edivá Alves acredita que a integração do sistema promoverá a redução da tarifa. “Com o uso de veículos de maior capacidade e racionalização do sistema, haverá uma redução natural de veículos, induzindo, inclusive,  àdiminuição da quilometragem percorrida, possibilitando, em conseqüência, menor pressão na majoração da tarifa”, concluí Edivá.  


Fonte: Prefeitura de Cuiabá




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Trajeto de ida e volta do BRT ao centro de Cuiabá poderá levar até 45 minutos

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

A implantação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT) em Cuiabá e Várzea Grande vai permitir que os passageiros façam viagens com até metade do tempo que é gasto atualmente. A economia de tempo será possível em razão das viagens expressas, que fazem menos paradas até chegar ao destino final - serviço exclusivo do BRT.

É o caso da linha expressa que vai ligar o Terminal do Coxipó até o Centro de Cuiabá. A previsão é que o ônibus leve 42 minutos para sair do terminal, localizado próximo ao viaduto da MT-040 (Rodovia Palmiro Paes de Barros), percorra as Avenidas Fernando Corrêa, Coronel Escolástico, Getúlio Vargas e Isaac Póvoas, e retorne até o Coxipó. Atualmente, este mesmo percurso é feito em uma hora e 27 minutos.

Desta forma, é possível dizer que a expectativa é que um passageiro saia do Terminal do Coxipó e chegue ao centro de Cuiabá em 21 minutos, independente do horário em que ele faça a viagem.

“O BRT anda em um corredor exclusivo, o que permite que ele faça as viagens no mesmo tempo, independentemente do humor do trânsito ao redor”, explica o secretário adjunto de Gestão e Planejamento Metropolitano da Sinfra-MT, Rafael Detoni. 

Além disso, todas as estações do BRT contarão com faixa de ultrapassagem para permitir que a Linha Expressa possa seguir adiante, mesmo com outro ônibus parado para embarque e desembarque de passageiros.

A Linha Expressa é um serviço do BRT que percorre todo o corredor de ônibus praticamente sem fazer paradas. No caso da linha do Coxipó, após sair do terminal, o veículo faz apenas uma parada em frente a Universidade Federal de Mato Grosso, lugar com grande movimento de passageiros, e depois segue até o centro.

No caso do serviço expresso entre o terminal do CPA e o Centro de Cuiabá, o ônibus parte do lado do Comando Geral da Polícia Militar, para no Centro Político e segue até o centro de Cuiabá. A expectativa é que o veículo leve 40 minutos para ir e voltar, sendo que, atualmente, essa viagem tem duração de uma hora e 12 minutos.

Da mesma forma, a viagem de ida e volta entre o centro de Várzea Grande e o Centro de Cuiabá deverá durar 42 minutos, sendo que o tempo atual é de uma hora e 16 minutos. O BRT sairá do Terminal André Maggi e irá parar apenas no Cristo Rei antes de chegar ao centro, fazendo a mesma parada no retorno.

A redução de tempo será observada também no serviço denominado parador, que faz embarques e desembarques em todas as estações. A linha Terminal André Maggi - Terminal CPA tem um tempo de ida e volta estimado em uma hora e 24 minutos, sendo que o tempo atual é de duas horas e três minutos. Esta linha sai de Várzea Grande e para em 24 estações até chegar ao CPA.
O ônibus parador que liga o Coxipó ao Centro fará uma viagem de 52 minutos, uma redução de 35 minutos em relação ao gasto atualmente.

Para absorver o fluxo constante de passageiros a previsão é que os ônibus do BRT passem em um intervalo de menos de 4 segundos na linha do Coxipó e de 6 minutos na linha Várzea Grande - CPA. Já os ônibus expressos devem passar a cada 10 minutos.

Os ônibus do BRT serão movidos a bateria recarregável, garantindo que os automóveis sejam silenciosos e sustentáveis. Além das viagens mais rápidas, o BRT vai entrar no centro de Cuiabá e Várzea Grande, conforme é divulgado desde a apresentação do anteprojeto em 2021. Isso porquê as pesquisas de origem e destino mostram que os centros da cidade são os principais destinos dos passageiros do transporte coletivo.

Informações: Governo do Estado
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Em Cuiabá, BRT vai atender melhor às necessidades de quem usa o transporte público, afirma especialista

sexta-feira, 17 de março de 2023

A implantação do corredor do Ônibus de Transporte Rápido (BRT) vai permitir um melhor atendimento às necessidades daqueles que utilizam diariamente o transporte público de Cuiabá e Várzea Grande. Além de passar por ruas que não seriam acessadas pelo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o modal também permite a implantação das chamadas linhas expressas, que proporcionam viagens mais rápidas entre os terminais.

Originalmente, o projeto do VLT iniciava suas operações em Várzea Grande saindo do terminal construído atrás do Aeroporto Marechal Rondon. 

No entanto, conforme explica o secretário adjunto de Gestão e Planejamento Metropolitano, Rafael Detoni, as pesquisas de Origem e Destino realizadas para a elaboração do projeto mostram que o Aeroporto não é um ponto comum para o início das viagens dos várzea-grandense.

“O projeto do VLT buscava atender, principalmente, as pessoas que chegariam pelo aeroporto para a Copa do Mundo, não necessariamente o transporte do dia-a-dia do cidadão”, explica. “Com o BRT, as viagens terão início e terminarão no Terminal André Maggi, que concentra passageiros vindos de todos os bairros da cidade, atendendo ainda melhor às necessidades de quem usa o transporte público”, afirma o especialista.

Da mesma forma, o BRT vai acessar as avenidas Getúlio Vargas e Isaac Póvoas em Cuiabá, dois dos principais destinos dos passageiros do transporte público da região metropolitana e que hoje já são atendidas pelo transporte coletivo da capital.

“O que isso significa? Significa ganho de tempo para o cidadão. Ele não precisará descer no Morro da Luz e caminhar até a Getúlio Vargas para pegar outro ônibus, porque o próprio BRT vai subir a Getúlio, contornar a Praça 8 de Abril e retornar pela Isaac Póvoas”, seja para quem vem de Várzea Grande, do CPA ou do Coxipó, explicou Detoni.

O BRT de Cuiabá e Várzea Grande também vai permitir a implantação de linhas expressas, com poucas paradas entre o terminal de início até o Centro de Cuiabá. Isso significa que, apesar de serem dois eixos do BRT em Cuiabá e Várzea Grande, haverá cinco serviços diferentes: três expressos e dois deles parando em todas as estações ao longo do trajeto.

A linha 1, chamada de paradora, vai sair do terminal André Maggi e seguir até o Terminal do CPA, e vice-e-versa, parando em todas as estações no meio do caminho. Da mesma forma, a linha 4 irá parar em todas as estações entre o Terminal do Coxipó até o Centro de Cuiabá.
Já a linha expressa 2, vai sair do Terminal do CPA e fazer uma parada na Av. Rubens de Mendonça, imediações do Centro Político, até chegar ao centro de Cuiabá. Já a Linha 3, também expressa, saí do Terminal André Maggi e para apenas nas estações Dom Bosco e Bispo Dom José, antes de acessar a Avenida Getúlio Vargas. Por fim, a linha 5 sairá do Terminal do Coxipó e fará paradas apenas na UFMT e Morro da Luz, antes de chegar até a Avenida Getúlio Vargas.

“As pesquisas realizadas mostram que na Avenida Fernando Corrêa, por exemplo, há poucos desembarques no caminho, exceção feita à UFMT. O destino final dos usuários é o Centro de Cuiabá. Como todas as estações do BRT terão uma faixa de ultrapassagem, podemos implantar as linhas expressas junto com as linhas paradoras, tornando a viagem mais rápida e aumentando o leque de possibilidades aos usuários”, conclui Detoni.

Informações a imprensa
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Cuiabá: BRT vem aí para resolver o problema

sábado, 14 de agosto de 2010


Para resolver o problema do trânsito de passageiros e preparar a mobilidade de Cuiabá para o Mundial de 2014, o governo de Mato Grosso, as prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande e a Agecopa (Agência Executora das Obras da Copa) optaram pela escolha mais viável: o BRT (Bus Rapid Transit), que é hoje a tendência mundial nas cidades que enfrentam congestionamentos no trânsito em horários de pico.

Já que não é possível hoje para Cuiabá falar em metrô ou VLT (metrô de superfície) devido à inviabilidade e custos de exploração, o martelo foi batido para a introdução do BRT. Resta agora saber quem vai explorar os serviços – o que deve ser definido através de processo licitatório.
Em maio deste ano, durante a visita do Comitê Organizador Local (COL) da Fifa a Cuiabá, um veículo de BRT desfilou pelas ruas da cidade para testar os limites do carro articulado em situações de curvas, ruas estreitas e subidas íngremes. Houve aprovação no teste e Cuiabá está pronta para receber o sistema.
Com uma obra que deve durar até dois anos até sua conclusão, o sistema vai capitalizar recursos de aproximadamente R$ 420 milhões e vem com a proposta de solucionar o problema da mobilidade urbana, especialmente no transporte de passageiros.
O BRT já tem suas linhas definidas para a Grande Cuiabá. O sistema percorrerá dois eixos: da avenida do CPA até o aeroporto Marechal Rondon, passando pela avenida da FEB (Várzea Grande), e do Centro à região do Coxipó, passando pela avenida Fernando Corrêa
Enquanto o sistema vem para resolver o principal problema do trânsito da capital, por outro lado o município prevê os obstáculos naturais à sua implantação, que são principalmente desapropriações na área central e a ampliação da avenida do CPA.
Segundo o coordenador de Mobilidade Urbana da Agecopa, Rafael Detoni, o teste feito com o veículo Volvo, ideal para a implantação do BRT (Bus Rapid Transit), servirá para que os consultores que prestam serviço para a agência avaliem se este tipo de ônibus servirá para compor o novo sistema.
"É um veículo confortável e seguro, de piso de baixo, que vai atender os deficientes e se adapta à necessidade de toda a comunidade", observou o coordenador de Transportes da SMTU, Leopoldino Pereira. O veículo seguiu pelas vias que vão formar os principais corredores exclusivos para o sistema BRT.
O secretário de Trânsito e Transporte Urbano de Cuiabá, Edivá Pereira Alves, que convive com a angústia da crise no transporte coletivo e individual ,vislumbra agora a oportunidade de resolver, senão todos, grande parte dos problemas referentes à mobilidade urbana, que será legado da Copa 2014.
De acordo com o projeto, o novo modelo compreenderá a área urbana da cidade, que será cortada por corredores exclusivos para ônibus, num desenho em forma de "Y".
O BRT vem com a promessa de apresentar transporte coletivo de qualidade e representar a saída para o problema do trânsito em Cuiabá. Na cidade, há um carro para 2,2 habitantes. O BRT, que terá deslocamento muito mais rápido nos horários de pico, já que haverá faixas exclusivas e cercadas para seu tráfego, vai estimular os motoristas a deixarem o carro em casa para aderir ao novo sistema. E isso, por si só, já traria um alívio ao trânsito da capital.
A Agecopa espera que com a implantação dos corredores do BRT e as melhorias previstas no projeto de mobilidade, Cuiabá vai solucionar seu problema de congestionamentos. Hoje a frota de veículos está na casa dos 250 mil e a previsão é de que daqui a 10 anos este número dobre. As soluções devem ser implantadas agora.
Uma solução para o caos
O aperto que perdura nos ônibus da cidade pode até sugerir o contrário, mas cada vez menos pessoas utilizam o transporte público em Cuiabá. Segundo a prefeitura, a cada ano os coletivos da capital perdem 5% de seus usuários para carros e motocicletas. Infelizmente, as atuais facilidades para compra em massa de veículos ainda não foram capazes de livrar os ônibus da pecha de "latas de sardinha", mas têm sido suficientes para deixar as ruas insuportavelmente saturadas.
Neste retrocesso, o "busão" acaba relegado quase que totalmente ao uso por parte dos que não têm mesmo condições de bancar um veículo. Situação impensável para uma cidade que precisa democratizar o direito de ir e vir e proporcionar verdadeira qualidade na mobilidade urbana antes da Copa de 2014, o que só é possível priorizando o transporte coletivo.
E o caminho para isso se espelha no exemplo mundialmente conhecido de Curitiba: o sistema de BRT, lançado no País pelos paranaenses em 1974. É ele que deve levar os cuiabanos, de todas as classes sociais, de volta aos ônibus – desta vez, sem apertos.
Para a capital mato-grossense, o modelo desbancou o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e emplacou entre o meio político, sendo anunciado como principal intervenção para a mobilidade urbana, tal como em outras sub-sedes da Copa de 2014. Funciona em pelo menos 100 cidades no mundo – grande exemplo é Bogotá (Colômbia).
O sistema segrega nos principais corredores urbanos pistas centrais exclusivas para ônibus articulados de grande capacidade (alguns de até 270 passageiros), possibilitando viagens rápidas e confortáveis e deixando as pistas laterais para o tráfego dos demais veículos.

Fonte: A Gazeta


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O governo estadual divulgou ontem projetos para 21 obras nas três principais vias de Cuiabá e Várzea Grande

quinta-feira, 11 de março de 2010


O governo estadual divulgou ontem projetos para 21 obras nas três principais vias de Cuiabá e Várzea Grande, com vistas à melhoria de infra-estrutura das cidades para a Copa de 2014. São melhorias como viadutos, trincheiras e alargamentos de pistas em vias federais (BRs 364, 163 e 070) que, cortando a Grande Cuiabá, seus trechos e prolongamentos estão nas avenidas Fernando Corrêa da Costa, Miguel Sutil e da FEB. O Estado pleiteará com o governo federal uma verba de aproximadamente R$ 350 milhões para executar todas as intervenções.
Dentre as principais obras projetadas, estão oito viadutos e seis trincheiras (passagens subterrâneas de veículos), entre outras obras distribuídas na extensão urbana das três avenidas.

Os locais são pontos estratégicos para a correção de conflitos e melhoria da mobilidade urbana na Grande Cuiabá. Para tanto, os projetos seguem uma nova lógica para o trânsito local: a prioridade ao transporte coletivo, uma exigência da FIFA (Federação Internacional de Futebol que organiza a Copa do Mundo) e que levou ao traçado de grandes corredores de ônibus. A nova lógica de fluxo também visa favorecer os trajetos entre o aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, ao estádio Verdão, aos terminais rodoviários, centros de treinamento, parques e hotéis.
O primeiro grande corredor foi denominado de BRT CPA – Aeroporto. Na sigla, BRT designa o sistema “Bus Rapid Transit”, ou seja, a estrutura de canaleta exclusiva para o tráfego de ônibus. O trecho é num dos de maior demanda de transporte coletivo, pois inclui as avenidas do CPA e da FEB, em Cuiabá e Várzea Grande, respectivamente.
O segundo corredor BRT é o Coxipó – Centro, que passa pela avenida Fernando Corrêa (a segunda maior demanda de transporte coletivo na Grande Cuiabá). Este corredor terá um ponto de intersecção com o primeiro, o CPA – Aeroporto, e a integração dos dois será feita na região da Igreja do Rosário, centro da Capital.
O terceiro corredor BRT foi projetado na forma de um anel que ligará as avenidas Miguel Sutil e Dom Orlando Chaves, esta, na Cidade Industrial. Outro corredor essencial é o da avenida 8 de Abril, cuja eficiência de fluxo será testada principalmente durante os dias de evento no estádio do Verdão. E, como não se pode pensar o trânsito local sem considerar a integração de Cuiabá e Várzea Grande, os outros dois corredores foram projetados na cidade vizinha: na avenida Mário Andreazza e na Estrada da Guarita.
Os projetos divulgados indicam apenas parte das inúmeras intervenções necessárias para que o conglomerado urbano abrigue a Copa de 2014 como sub-sede. Trata-se de um pacote encomendado sob os parâmetros do Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit), responsável pela infra-estrutura das rodovias federais.
O órgão deverá avaliar os projetos e, caso os aprove, eles terão verba liberada para sua implementação por parte do Ministério dos Transportes. O próximo passo será licitar as obras até julho, segundo o diretor de Planejamento da Agência Estadual de Execução dos Projetos da Copa do Mundo do Pantanal de 2014 (Agecopa), Yênes Magalhães.

Fonte: Circuito Mato Grosso

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Em Cuiabá, TCU suspende troca de VLT por BRT

domingo, 8 de maio de 2022

O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu todos procedimentos administrativos para a troca do modal do Veículo Leve sob Trilho (VLT) para o BRT (ônibus de trânsito rápido). A cautelar foi assinada ontem (06), pelo ministro Aroldo Cedraz, e acatou pedido do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).


O Governo do Estado tem até quinze dias para se pronunciar sobre a medida acautelatória e dos pressupostos para sua concessão, além das irregularidades apontadas pelo município de Cuiabá.

“Concordando com a plausibilidade dos argumentos expostos pela municipalidade, verifico que a adoção da medida, na forma requerida, não configura risco à Administração Estadual”, diz  trecho da decisão do ministro Aroldo Cedraz.

Em dezembro de 2020, o governador Mauro Mendes (União) anunciou o abandono das obras do VLT para implementar o BRT, enterrando mais de R$ 1 bilhão já gasto, desde 2014, além dos vagões e mais de 50% da obra executada.

Para tanto, o gestor aceitou pagar mais de R$ 560 milhões de financiamento junto a Caixa Econômica e lançou novo edital, de R$ 480 milhões, para implantar BRT.

Segundo especialista –  que duvidam que o valor sugerido para implantar o BRT seja efetivamente o que será gasto, muito menos sua projeção de passagem mais barata –  o montante aplicado na quitação do financiamento e o acordado na nova licitação já daria pra finalizar e entregar, definitivamente, o VLT, transporte mais moderno à população.

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Desde o anúncio da troca de modal e os pouco conhecidos “estudos técnicos” que teriam lhe embasado, uma verdadeira batalha judicial foi travada entre Estado e municípios envolvidos, no caso, Cuiabá e Várzea Grande.


Conforme o relatório, o ministro levou em consideração os argumentos expostos pelo prefeito da capital para manter o VLT. Pinheiro disse na época que Mendes não ouviu Cuiabá e Várzea Grande – municípios em que passariam o VLT – para realizar a troca, muito menos consultou a população.

“Concordando com a plausibilidade dos argumentos expostos pela municipalidade, verifico que a adoção da medida, na forma requerida, não configura risco à Administração Estadual ou a direito subjetivo de terceiros, posto que seria apenas adiado o início da contratação integrada ou de sua execução, no caso concreto”, disse.

Outra observação seria o tempo para executar tanto os processos judiciais, como da obra em si e no detalhamento das contas. “Na hipótese de eventual prosseguimento da substituição do modal, de VLT para BRT, inexistiria tempo hábil para esta Corte de Contas examinar detalhadamente os possíveis vícios e em pormenor o desatendimento de toda a legislação de regência, de modo a formular um juízo de cognição pleno sobre a matéria, capaz de elidir todas as questões levantadas pelo município de Cuiabá”, argumentou.

O ministro também recordou que o próprio Grupo de Trabalho de Mobilidade Cuiabá, do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), apontou risco na mudança dos modais.

“Esmo ciente de que o cenário de mudança para o modal BRT envolvia riscos maiores do que o cenário de continuidade da obra do VLT com escopo reduzido, o Governo do Estado de Mato Grosso, em dezembro de 2020, formalizou ao MDR pedido de alteração do modal de VLT para BRT, com base em estudos realizados por aquele ente estadual, sem participação do Ministério”, escreveu.

O Governo do Estado tem até quinze dias para se pronunciar judicialmente sobre a medida acautelatória e dos pressupostos para sua concessão, além das irregularidades apontadas pelo município de Cuiabá.

Nota do Governo

Na imprensa, todavia, o governador já se manifestou e indicou que entende que o prefeito induziu o TCU ao erro. “O Governo do Estado recebeu a notícia da concessão da medida liminar pelo Tribunal de Contas da União suspendendo a obra do BRT e lamenta que o ministro tenha sido induzido ao erro pelo Município de Cuiabá, tendo em vista que não há recursos federais envolvidos na referida obra. O pedido de reconsideração ao TCU será apresentado na próxima semana para restabelecer a verdade dos fatos e permitir o início imediato das obras tão aguardadas pela população de Cuiabá e Várzea Grande”, diz a nota.

Informações: Minuto MT
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BRT em Várzea Grande entra na 5ª fase; veja as mudanças no trânsito e rotas alternativas

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

A implantação do Bus Rapid Transit (BRT) em Várzea Grande, um marco importante para o transporte público da região, está avançando e entrando em sua quinta fase. A partir desta quarta-feira (16), as obras do BRT avançarão da Avenida da FEB, ligando até o Aeroporto Marechal Rondon. Esse empreendimento é uma colaboração entre o Governo do Estado de Mato Grosso e a Prefeitura de Várzea Grande, que também assume a responsabilidade pela sinalização e orientação dos motoristas.

O projeto, que visa melhorar significativamente o sistema de transporte público e a fluidez do trânsito na região, atingirá uma etapa crucial, resultando na interdição de meia pista em ambos os sentidos da Avenida João Ponce de Arruda, trecho que se inicia na trincheira do Zero KM e se estende até o Aeroporto Marechal Rondon. Essa interdição exigirá atenção redobrada tanto dos pedestres quanto dos motoristas que transitam por essa via de acesso vital.

Em uma reunião realizada recentemente, representantes do Governo do Estado e da Prefeitura de Várzea Grande discutiram e tomaram a decisão de avançar para esta próxima fase das obras do BRT. O prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat, comentou sobre a importância dessas melhorias para a cidade: "Estamos empenhados em modernizar nosso sistema de transporte e melhorar a mobilidade urbana para os cidadãos. Essa quinta fase representa um passo significativo nesse sentido".
O Secretário de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana, Breno Gomes, ressaltou a colaboração entre as instituições governamentais: "Essa é uma parceria que visa o bem-estar dos cidadãos. Estamos trabalhando juntos para minimizar os impactos no trânsito durante as obras e garantir que o resultado seja positivo para todos".

Cidomar de Arruda Velo, coordenador de Mobilidade Urbana de Várzea Grande, reforçou a importância de um planejamento cuidadoso: "Nossa prioridade é a segurança dos cidadãos. Estamos investindo em rotas alternativas, sinalizações e orientações para minimizar os transtornos causados pelas interdições".

Como parte dessas obras, foram construídas baias para parada de ônibus, contribuindo para a criação da faixa exclusiva à direita, conhecida como "Direita Livre", em ambas as pistas da Avenida da FEB, e agora da Avenida João Ponce de Arruda. Isso visa garantir uma maior fluidez no tráfego.

Nesta quinta fase, que abrange o trecho do Zero KM até o aeroporto, houve ampliação das baias de ônibus e melhorias na pista da Avenida da FEB. Além disso, a Secretaria de Viação, Obras e Urbanismo de Várzea Grande realizou a revitalização das ruas de acesso que servirão como rotas alternativas, oferecendo opções adicionais aos motoristas.

É importante ressaltar que os semáforos da Avenida João Ponce de Arruda não serão desativados, visando garantir a passagem segura de pedestres. O Secretário Adjunto da Secretaria de Infraestrutura, Isaac Nascimento, mencionou a importância da colaboração entre as equipes técnicas e de fiscalização do município e do estado durante todas as fases da obra do BRT.

“Diante dessas mudanças, os motoristas são aconselhados a planejar suas rotas com antecedência, evitando os horários de pico sempre que possível e explorando as rotas alternativas’, pontua Cidomar, ressaltando que as obras apesar do transtorno estão sendo concebidas para garantir um trânsito melhor, mais eficiente e econômico para a cidade e para sua população.

Como rotas alternativas para esta quinta fase, sugere-se a utilização da Avenida Couto Magalhães como uma via mais rápida para chegar aos destinos desejados. Outra alternativa é pegar a Rua Santos Dumont e a Rua Cel. Gonçalo de Figueiredo para quem está vindo de Cuiabá em direção ao Aeroporto.

O avanço das obras do BRT representa um passo fundamental para a melhoria do sistema de transporte e da mobilidade urbana em Várzea Grande. O compromisso conjunto entre o Governo do Estado, a Prefeitura e as equipes técnicas envolvidas é evidência do esforço para criar uma infraestrutura de transporte mais eficiente e moderna para todos os cidadãos.

Informações: Gazeta Digital
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Sistema VLT é uma vitória para o sistema de transporte coletivo de Cuiabá

domingo, 11 de setembro de 2011

Cuiabá tem que criar um sistema eficiente de transporte coletivo não somente para a Copa do Pantanal de 2014 que é evento manga curta, mas para assegurar condição digna ao cuiabano para sua locomoção. Por isso, a chancela do governo federal para a construção de linhas para Veículo Leve sobre Trilho (VLT) no aglomerado urbano tem que ser recebida como importante conquista do povo mato-grossense.

Praticamente tudo que se faz ou se tenta fazer na esfera institucional em Cuiabá perde sua identidade em nome do projeto da Copa do Pantanal. A nova matriz do transporte intermunicipal metropolitano que até então era discutida entre defensores do VLT e do BRT (ônibus rápido em corredor expresso na sigla em inglês) ficava desfigurada como se o mundial da Fifa fosse a razão para a modernização do sistema que no futuro responderá pelo embarque e desembarque dos passageiros entre os pontos extremos de seu trajeto e em suas estações intermediárias.

O sistema VLT tem reconhecimento internacional e no mesmo plano é considerado bem mais eficiente, seguro, econômico e ambientalmente mais correto que o similar BRT. Daí, a opção do governador Silval Barbosa por esse veículo.

A ineficiência do transporte coletivo em Cuiabá e Várzea Grande e nas linhas intermunicipais exigem a imediata construção da linha do VLT. O estrangulamento do trânsito em ambas as cidades também impõe com urgência alternativa para desafogar as ruas. Que estes e outros argumentos inspirem o governo estadual a usar o máximo de sua criatividade e profissionalismo na solução do problema que ora afeta diariamente milhares de usuários dos ônibus coletivos.

Que dezembro de 2013, a data limite estabelecida para a entrada em funcionamento do VLT não seja ultrapassada e, que num cenário mais otimista seja antecipada, porque Cuiabá e Várzea Grande realmente precisam solucionar o problema da precariedade do transporte coletivo.

O sistema VLT será um dos legados da Copa do Pantanal a Cuiabá e Várzea Grande. Quando o árbitro apitar o final da última partida que será disputada na arena Pantanal – ora em construção – a vida voltará ao seu ritmo normal e a conurbação unida pelo rio que empresta o nome à capital continuará com seu trabalho, suas demandas, gargalos, avanços e sonhos. É no cenário do pós-mundial que cuiabanos e várzea-grandenses efetivamente se encontrarão com a nova matriz de transporte urbano e passarão a contar com a mesma para o vaivém ora tão deficiente, inseguro e complicador do trânsito.

A escolha entre esse ou aquele sistema de transporte é página virada. Que a partir de agora o projeto Copa do Pantanal dedique suas atenções às obras de desbloqueio e da mobilidade urbana, porque as primeiras ainda permanecem no papel e as demais dependem da conclusão dessas para que sejam iniciadas. O VLT é uma das importantes conquistas cuiabanas e, sem dúvida, a maior em seu setor. Que ele seja o precursor de outras vitórias que o mundial proporcionará a Mato Grosso fora das quatro linhas do gramado do estádio.

O sistema VLT será um dos legados da Copa do Pantanal a Cuiabá e Várzea Grande.
 Diário de Cuiabá

Fonte:

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Cuiabá: Opção pelo BRT mostra falta de planejamento e cuidado com a população

sexta-feira, 25 de março de 2011

Esqueçam qualquer interesse maior que possa estar sendo sugerido na disputa entre os meios de transporte BRT versus VLT como elemento fundamental para a mobilidade urbana na Copa do Mundo em Cuiabá. Ainda assim, a definição da Agência Executora da Copa no Pantanal, a Agecopa,  pela implantação do Bus Rapid Transit, o  BRT, que, em verdade, e o ônibus articulado em corredor exclusivo,  mostra apenas a continuidade da “eterna” falta de planejamento do setor público - nos três níveis de Governo, é bom que se diga. Não só nesse caso como para com vários serviços influentes na qualidade de vida da população. E mais: a opção, se confirmada, fere de morte  ao  Plano Diretor Metropolitano.

 O diagnóstico atual do sistema de Transporte Público e Trânsito de Cuiabá pode ser visto como “objetivamente fácil de ser interpretado”. E mais fácil ainda, de se chegar a conclusão sobre o que ele representa. Ou seja, é um sistema que não oferece qualidade aos usuários.  O caos gerencial chega às raias do absurdo. As queixas partem de todos os lados: dos donos das empresas que querem ganhar mais na tarifa, dos operadores, que reclamam dos baixos salários, e dos usuários, que se queixam da qualidade inegavelmente ruim e do mal atendimento.

 Isso, por si só, já seria por demais suficiente para se colocar na prancheta dos técnicos da Agecopa, no sentido de, realmente, os mais de R$ 500 milhões que, vale ressaltar, serão pagos com impostos dos cidadãos, serem utilizados em benefício destes mesmos cidadãos, com moderno planejamento de trânsito e escolha de veículos de transporte público condizentes com esta necessidade. E não para beneficiar exclusivamente a compra de um tipo de veículo - os ônibus - dos quais as cidades estão saturadas, e os usuários não têm por parte das empresas responsáveis por estes a busca pela consonância de seus serviços e produtos com as necessidades coletivas, ou mesmo a preocupação com a qualidade do serviço prestado. Talvez aqui, da proposta da Federação Internacional de Futebol Associados (Fifa) e do Governo do Estado, ficará como legado à gente desta terra, a perpetuação de velhos problemas de Transporte Público em Cuiabá.

A presidente da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de Mato Grosso, Marleide Oliveira Carvalho, tem opinião de  que “o BRT desafogará um pouco as linhas alimentadoras e mestras”, mas não resolverá a questão de trânsito e transporte de Cuiabá. “Para se ter uma idéia – ela explica -  um mesmo percurso que há 5 anos demorava cerca de 30 minutos para ser percorrido, hoje leva uma média de 50 minutos, a exemplo do Pascoal Ramos-Centro”. O BRT, por circular em corredor exclusivo,  se movimentará mais rápido que um ônibus convencional, mas, para ser um sistema de média capacidade,  “perde para o VLT em termos de tempo, conforto e segurança".

As grandes transformações atribuídas pela Agecopa ao BRT, segundo a presidente,  é “coisa para inglês ver”. O sistema não adentrará realmente as vias principais de Várzea Grande. Ela cita o caso da Avenida Couto Magalhães -  que atenderia à necessidade da região metropolitana. Marleide frisa que  ainda não se colocou à mesa as melhorias nas linhas alimentadoras  -que vêm dos bairros. “Uma pesquisa, realizada há cerca de quatro  anos, com consumidores, mostrou que um dos problemas que estava causando baixas vendas nos estabelecimentos comerciais de Várzea Grande, era a falta de transporte público adequado” - completa ela, no sentido de pontuar o longo alcance do sistema a ser implantado.

Diferente do BRT, que não atrai determinados tipos de usuários, no VLT a média de passageiros, somando Cuiabá e Várzea Grande, deverá alcançar os 10 milhões desde o primeiro ano de funcionamento deste metrô de superfície. Isto é: é certo que muita gente deverá deixar o carro em casa para circular em um transporte rápido, moderno e eficiente. A experiência nesse sentido é internacional – e se deu em praticamente todo o mundo que adotou o sistema.

A  capacidade do BRT, de acordo com a ASSUT,  é abaixo do adequado para a demanda crescente, bem como para a proposta das cidades modernas de se diminuir o tráfego de carros e motos, atraindo os cidadãos com qualidade, ambiente climatizado e rapidez no cumprimento dos percursos, todos os critérios encontrados no VLT.

 “Certamente continuará a superlotação nos transporte coletivo de Cuiabá, mas agora no BRT, já que serão tirados de circulação das vias principais os ônibus convencionais. E a quantidade de veículos articulados necessários no sistema BRT não atenderá ao atual número de usuários e ainda poderá entupir os corredores, como acontece em São Paulo, onde a velocidade no trânsito caiu pela metade” -  informa Marleide.



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Cuiabá: Sistema VLT é muito mais eficiente e moderno do que o sistema BRT, diz o Pres. da Agecopa

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Apostando na modernidade, agilidade e nova cara que o sistema de transporte VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) vai conferir a Cuiabá e Várzea Grande é que a Agecopa confirmou o modelo R$ 600 milhões mais caro que o sistema inicial escolhido, o BRT.

Para o presidente da Agecopa, Eder Moraes, este foi um momento crucial para o Estado. “Se nós não tivermos a coragem de ousar nesse momento, corremos o risco de passar pela história como homens medíocres”, argumenta.

A escolha do sistema, depois de quase dois anos da criação da Agecopa, tem algumas consequências, como a revisão de projetos das avenidas Miguel Sutil e FEB, que já foram licitados pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Como os projetos básicos serão alterados, o presidente já prevê questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU).

Eder Moraes afirma que os obstáculos burocráticos são muitos, mas a Agecopa tem conseguido vencê-los, apesar das dificuldades. Nem por isso o presidente concorda com o projeto que está sendo votado no Congresso prevendo o sigilo dos valores dos contratos das obras da Copa. Ele afirma que a Agecopa vai continuar divulgando os dados.

Na projeção política, por conta da exposição e do cargo importante que está ocupando, o presidente afirma que não tem pretensão nenhuma de ser candidato ao governo em 2014.

Diário de Cuiabá – O VLT foi escolhido como novo sistema de transporte a ser adotado em Cuiabá e Várzea Grande. Como a Agecopa chegou a essa escolha e por quê?

Eder Moraes – A sociedade toda observou que nós andamos o mundo procurando conhecer como funciona esse modal em regiões similares ao relevo aqui da Baixada Cuiabana. Percebemos o conforto, a flexibilidade, a durabilidade e a questão de um novo visual da cidade, do paisagismo que tudo isso causa em seu entorno, da modernidade. Acima de tudo, por se tratar também de uma questão futurista. Todos nós sabemos como funciona o BRT, nós não podemos andar para trás. Para você criar um BRT de hoje para amanhã em Cuiabá, basta pegar as laterais das avenidas no sentido das duas mãos e tingir de uma cor diferente - de vermelha, amarela, qualquer que seja. E coloca ali como um corredor exclusivo de ônibus. E está estabelecido um BRT. Não é isso que queremos. Nós desejamos um legado de modernidade, geração de emprego, geração de renda, um transporte que seja atrativo e acessível ao trabalhador e a todas as classes sociais. Que haja uma migração dos veículos do dia-a-dia para a utilização desse meio de transporte pelo conforto que ele traz e rapidez com que ele chega a seu destino. Enfim, foi avaliada a questão custo-benefício. Na questão da substituição de um pelo outro, temos uma redução de quase 90% nas desapropriações. E isso, por si só, já justifica o investimento no VLT.

Diário – Quanto ficará mais caro o VLT com relação ao BRT?

Moraes – O BRT ficaria em torno de R$ 500 milhões, o VLT vai ficar em torno de R$ 1,1 bilhão. O Estado pretende bancar sozinho toda essa operação através da majoração da operação de crédito junto ao BNDES, dentro da capacidade de investimento do Estado. Daí futuramente o Estado faz a concessão da exploração, dentro da tarifa que ele melhor se adequar em relação ao bolso do trabalhador. O resultado dessa concessão mensal, já que ela vai estar exonerada do retorno do investimento, será revertida na amortização do empréstimo que foi feito, e se houver a necessidade o Estado complementa.

Diário – Foi levantada uma possibilidade de os vagões do VLT não ficarem prontos até a obra por causa da demanda?

Moraes – Isso não verdade! Algumas empresas estão com sua capacidade de industrialização e de fabricação tomada, mas outras têm espaço, desde que se faça planejamento até 2012 para aquisição disso. Será feita uma licitação para o processo dos vagões e a empresa que oferecer - de acordo com um termo de referência elaborado por especialista da área - melhor qualidade, menor preço, a que melhor atender em questão de durabilidade, manutenção, de retorno do capital investido, é a que será a vencedora.

Diário - Durante o processo de escolha, falou-se numa parceria público-privada, a PPP. Agora, ficou definido que o Estado bancará.

Moraes - Isso, a tendência hoje é que o governo assuma 100% da operação, até para que se dê celeridade a esse processo. E depois, futuramente, faremos a concessão para exploração disso, dentro dos parâmetros que o governo vai criar. Mas também haverá integração entre o governo, prefeitura e entre os entes envolvidos. Mas quero despreocupar as prefeituras municipais do ponto de vista de operacionalizar o sistema, isso ficará a cargo do governo do Estado. Já estamos com técnicos reunidos e trabalhando na questão da integração, da bilhetagem única, da alimentação desses ramais, da integração efetiva dos bairros. Evidente que se terá muito questionamento, bairros onde o VLT passa por perto, onde a distância entre o VLT e a integração não é tão longa. Vamos fazer toda a adequação necessária. Até porque o VLT não é o primeiro sistema implantado em Cuiabá.

Diário – E na questão financeira, como as prefeituras vão ajudar?

Moraes – Com o Estado assumindo toda a implantação do VLT, às prefeituras caberão o que já é de responsabilidade delas, especialmente na restauração e recuperação das vias de acesso. Também é preciso que se faça a execução daquilo que está no PAC, no sentido de esgotamento sanitário da cidade.

Diário – Com a escolha do VLT, o senhor afirma que as desapropriações serão infinitamente menores. Como vai se conduzido esse processo e quanto está reservado para as desapropriações?

Moraes – Nós estamos fazendo um levantamento com a empresa que já venceu a licitação, que já está a campo, apurando valores, notificando as pessoas que inevitavelmente terão que ser deslocadas nesses pontos, especialmente nas obras de desbloqueio. Estamos fazendo isso com justiça social e acima de tudo com respeito ao cidadão. Por isso vemos que não há reclamação. A gente não pode ficar num momento tendo que dar uma satisfação, e principalmente em cima de argumentação sem fundamentação nenhuma.

Diário – Por conta da escolha do VLT, projetos do Dnit terão que ser revistos nas avenidas Miguel Sutil e na FEB. Como fica essa questão?

Moraes – São cinco lotes que o Dnit licitou em cima de projetos que foram encaminhados pelo governo do estado de Mato Grosso. Eu ainda não era presidente da Agecopa. Esses projetos foram feitos na gestão anterior e eles não previram nem o BRT e nem o VLT em sua concepção. Haja vista que o pavimento rígido, a pavimentação necessária para receber os trilhos e toda a carga do VLT não está contemplado em nenhum projeto. É natural que esses projetos, com alterações tão substanciais, sofram questionamento junto ao TCU.

Por isso, vamos refazer cerca de três lotes e validar dois onde não está passando o VLT. Por exemplo, na Miguel Sutil não há necessidade de cancelar o projeto. Em um bom trecho da Fernando Correa também não haverá necessidade, como na Rubens de Mendonça, a Avenida do CPA, não haverá necessidade de a gente alterar o projeto. Mas onde houver a necessidade, terá que ser feito. Já estão sendo realizados estudos, estamos conversando com o Dnit. Os recursos já estão garantidos pela presidente Dilma [Rousseff], então não sofrerá nenhum tipo de solução de continuidade. Nós estamos programando as obras para o início de 2012, e em 2011 cuidando dos projetos, da legalidade e da parte processual.

Diário – O senhor disse que o VLT é um projeto para Cuiabá e não para a Copa. Corre o risco de o VLT não ficar pronto a tempo para o Mundial?

Moraes – No nosso planejamento, não - ele será entregue no início de 2014. A Copa é em julho, então ele estará sendo operacionalizado antes da Copa. O que eu tenho colocado é que muitos colocam como uma angústia o VLT não estar pronto até a Copa. Isso não é uma condição ‘sine qua non’ do processo. VLT é legado, é aquilo que fica de herança do projeto Copa do Mundo e a oportunidade de financiamento. Se nós não tivermos a coragem de ousar nesse momento, nós corremos risco de passar pela história como homens medíocres, que não tiveram a coragem de decidir.

Diário – E quando nós vamos parar de falar de projetos e vamos ver obras nas ruas?

Moraes - A partir de 2012! Mas sobre essas duas obras que estão sofrendo retoques do Dnit, em dois lotes poderão ser dado início ainda este ano, mas será considerada antecipação de cronograma, nossa programação é para 2012. Mas está sendo feita a duplicação da ponte Mário Andreaza, a licitação da duplicação já está na praça. A duplicação da [rodovia] Cuiabá–Chapada está a pleno vapor. A duplicação do Coxipó até a Imigrantes pelo Parque Cuiabá já está toda em obras. Temos travessas que estão em obras aqui próximo da Estrada da Guia. Então estamos tocando, as coisas estão acontecendo. O estádio está com mais de 25% das obras executados. Estamos fazendo nossa obrigação, sim. É que, às vezes, as pessoas querem ver a obra aqui no Centrão. São 58 projetos que estão sendo colocados em licitação nesse momento. Nós só podemos iniciar uma obra com o projeto conceitual, projeto básico, projeto executivo e a licença ambiental efetivamente prontos. Aí, sim, você pode dar a ordem de serviço par se iniciar a obra.

Diário – Sobre a liberação do dinheiro pelo BNDES, como está?

Moraes – Nós fizemos a solicitação, o BNDES está analisando toda a documentação, tem algumas declarações em que eles pediram ajustes e eles estão sendo feitos. A questão de liberação de recursos para a Copa do Mundo é extremamente burocrática, extremamente cheia de regras, e nós estamos vencendo um a um esses obstáculos, não tem sido fácil.

Diário – Com relação a um Centro de Treinamento que seria construído em Várzea Grande e não será mais. Já havia projeto pronto. Por que a desistência?

Moraes – Nós fizemos uma reconsideração sobre esse caso em Várzea Grande pelo apelo que houve de vários empresários que já estavam destinando investimento para aquela região. Fomos ‘in loco’ verificar e há a possibilidade, sim, do Centro de Treinamento ser instalado lá. Nós demos continuidade ao processo, não houve prejuízo nenhum. Em 15 dias, o projeto básico e executivo ficará pronto e nós vamos licitar a construção desse Centro de Treinamento. Da mesma forma estão sendo adiantadas as tratativas junto à Universidade Federal, onde vai ser instalado um Centro de Treinamento. O Dutrinha também será um Centro de Treinamento, mas será a última obra que nós vamos fazer e mexer porque a cidade não pode ficar sem um local para a prática de esporte e de campeonatos estaduais. E na região do Grande CPA, nesses 10 dias, eu defino um local para se colocar um Centro de Treinamento ali.

Diário – Esse Centro de Treinamento da UFMT é novidade e foi uma proposta defendida pelo diretor Carlos Brito.

Moraes – Não, o Centro de Treinamento na UFMT é um consenso em face à melhoria da infraestrutura já existente, também em decorrência da nova avenida Córrego do Barbado que dá um novo acesso à Universidade. E também levando em consideração os investimentos que vamos fazer no zoológico, no teatro municipal, enfim, é um local público que evidentemente será destinado à comunidade. Então esse conceito vai bem dentro daquilo que nós queremos. Em nenhum momento ventilamos tirar o Centro de Treinamento dali.

Diário – Num projeto enviado à Assembleia Legislativa sobre a alteração da Lei que criou a Agecopa, foi incluído um item que acaba com a proibição de os diretores serem filiados a um partido político.

Moraes - Não, isso não foi alterado. Manteve-se o status de não filiação partidária e se alguém tem pretensão de voltar à vida pública isso tem que ser feito dentro dos prazos legais. Primeiro, tem que sair um ano antes das eleições para poder fazer a filiação partidária e, uma vez feita a filiação, tem que se desligar do cargo na Agecopa.

Diário – Com essa sua grande exposição na mídia, comandando todas essas obras que prometem mudar a cara de Cuiabá e tendo vista que o PR e o PMDB ainda não têm nomes fortes ou bem colocados para substituir o governador Silval Barbosa, se o grupo político o convidasse para ser candidato a governador de Mato Grosso o senhor aceitaria?

Moraes – Eu não tenho esse projeto, está totalmente descartado se depender da minha vontade. É uma possibilidade nula se depender do Eder Moraes. Como eu sempre disse na vida pública por onde passei, quero concluir os trabalhos que iniciei e o que estou fazendo. E no atual cargo, os trabalhos só vão terminar em 2014, portanto não há espaço para disputa política.

Diário – O que o senhor considera da Medida Provisória que será votada no Senado flexibilizando as regras das licitações para as obras da Copa e ainda sobre o item específico que coloca sob sigilo o valor de cada serviço pago com dinheiro público?

Moraes – Nós, da Agecopa, vamos continuar com os procedimentos de transparência, abrindo tudo que sociedade quer e precisa saber. Não achamos conveniente, sob nenhuma hipótese, manter sob sigilo questões que são de interesse público. E nós comungamos do mesmo pensamento do presidente do Tribunal de Contas, Valter Albano: as coisas têm que estar muito transparentes e claras. E eu vou manter esse princípio até o final da minha gestão!


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