O Plano de Mobilidade Urbana de Jundiaí apontará, entre outras coisas, a necessidade de uma reestruturação das linhas do transporte público que ligam os sete terminais urbanos da cidade. É o que explica o secretário de Transportes, Wilson Folgozi, sobre o estudo que começa a ser elaborado nas próximas semanas - quando o contrato com a empresa vencedora da licitação, a Sistran Engenharia Ltda., será assinado.
Segundo Folgozi, terminais foram construídos ao longo dos anos em Jundiaí, "mas não foi feita uma rede que incorporasse esses espaços". Para o secretário, "não se pensou na rede como um todo".
O plano custará R$ 4,5 milhões e a empresa vencedora deverá terminá-lo em 12 meses. Ele compreende todos os tipos de transporte da cidade e, por meio de pesquisas, apontará os futuros investimentos e caminhos para o município nos próximos dez anos. Esse estudo dirá se é necessária a construção de mais terminais e onde.
Mudanças, diz Folgozi, já poderão ser feitas ainda no primeiro semestre deste ano. "Não precisaremos estar com o plano pronto para começar a fazer as mudanças." Entre elas, o início das obras do BRT (Transporte Rápido de Ônibus), cujo primeiro corredor ainda não foi definido.
O estudo também inclui um plano cicloviário que dirá onde poderão ser construídas as ciclovias. "Nós temos espaços para ciclovias, mas não as mesmas condições que outras cidades possuem para grandes trechos", explica Folgozi. "Deslocamento maior que cinco quilômetros, de bicicleta, não é muito viável. Você não vai encontrar a maioria das pessoas fazendo isso."
A ideia do secretário é casar a prática de pedalar com o uso do transporte público, levando as ciclovias - se o plano apontar a possibilidade - até os terminais urbanos. "A ideia não é ter uma ciclovia que atravesse a cidade inteira. Mas se o plano disser que é possível, como na região do rio Jundiaí, iremos construir."
PESQUISAS
O alto valor do plano se deve às pesquisas, a serem feitas em diversas regiões da cidade, de porta em porta e mesmo nos sete terminais urbanos. Serão pesquisas de origem e destino, de volume de tráfego, de embarque e desembarque entre outras.
"É cara porque a quantidade de pesquisas é grande, e a cidade é grande, com uma área rural que traz complexidade por causa da distância", explica Folgozi. A empresa - que deverá montar um escritório aqui e cuja quantidade de funcionários ainda não foi divulgada - foi procurada, mas nenhum representante estava disponível para falar com a reportagem.
Informações: Jornal de Jundiaí