Curitiba deverá ter vias ou faixas exclusivas para o transporte coletivo até o final do ano. O estudo está a cargo do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). De acordo com a assessoria do instituto, detalhes sobre os locais em análise não podem ser adiantados antes da conclusão final do levantamento. A informação sobre o estudo foi divulgada pela secretária municipal de Trânsito, Luiza Simonelli, na Tribuna da Câmara Municipal de Curitiba, na última terça-feira, onde ela revelou que o estudo pode ficar pronto até o aniversário de Curitiba, comemorado em 29 de março.
Atualmente, a cidade não tem nenhuma via ou faixa exclusiva para os transporte coletivo. Apenas as canaletas que têm um funcionamento parecido e contribuem para reduzir o tempo do trajeto, porém, exige a construção de estações-tubo, ônibus exclusivos para esse fim e da pista de rolamento própria. Curitiba tem hoje 81 km de canaletas e outros 14 km estão em construção, sendo 10 km na linha Verde Norte e 4 km, na linha Verde Sul, em direção a Fazenda Rio Grande.
Já as vias são faixas exclusivas adotadas para estabelecer algum tipo de prioridade para o transporte público por meio de projetos de intervenção de baixo custo financeiro. Geralmente à direita, e comportam o tráfego de ônibus comuns e, em alguns casos, de táxis quando ocupados por passageiros. O modelo já é adotado em 31 cidades brasileiras de acordo com a Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU) e, além de reduzir o tempo do trajeto do ônibus, apresentam também ganho de tempo no trânsito geral.
Para Marcelo Araújo, presidente da Comissão de Trânsito da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraná (OAB-PR), a criação das vias exclusivas são muito bem-vindas e representam a implantação da lei de mobilidade urbana, 12.587/12. Em vigor desde 13 de abril de 2012, a lei determina que municípios com mais de 20 mil habitantes devem elaborar, até 2015, seus Planos de Mobilidade Urbana. As cidades que não os apresentarem no prazo determinado ficarão impedidas de receber recursos federais destinados à mobilidade urbana.
Araújo ressalta que a idéia da legislação é priorizar o transporte coletivo, em detrimento do transporte individual, a fim de reduzir o número de carros em trânsito nas grandes cidades. “Com um sistema mais rápido, o motorista começa a pensar mais antes de pegar o carro, uma vez que, além do tempo gasto no trajeto, ele ainda perde tempo procurando uma vaga para estacionar o carro, principalmente, na região central da cidade”, conta.
Informações: Bem Paraná
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